Indivíduo, cultura e sociedade Parte 03 Aula 06 Profª Karina Oliveira Bezerra

Cultura e Subcultura A cultura das sociedades simples, como notadamente as sociedades tribais, tende a possuir um grau muito alto de homogeneidade e de integração. O ritmo de transformação dessas culturas, tende a ser lento. Nas sociedades complexas, como as predominantemente organizadas com base na industrialização e na urbanização, as culturas são heterogêneas. A participação cultural dos indivíduos é fragmentária e diversificada. Assim é necessário identificar as subculturas que a compõem. Subcultura não é cultura inferior, mas parte de uma cultura, distinta desta última pela posse de crenças, valores, normas e padrões de comportamento exclusivos. Ex: subculturas etárias, profissionais, religiosas e de classes. Mas são dependente do todo através da participação de elementos culturais comuns ao todo, que é o que torna possível a integração da cultura de uma sociedade complexa, os chamados universais da cultura. Ex: idioma comum, os mesmo princípios éticos básicos, uma tradição histórica compartilhada, e sentimentos de participação dessa tradição e da totalidade. Esses são núcleo de integração social ou cultura dominante

Cultura e sociedade de massa Os padrões da cultura de massa, são partilhados por todos ou pela maioria dos indivíduos em sociedades complexas, independentemente do nível de renda, do grau de instrução, do tipo de ocupação e da localidade espacial. A cultura de massa é um produto da indústria cultural e, portanto, não possui o mesmo grau de estabilidade da cultura dominante que deriva da tradição. A cultura de massa refere-se sobretudo a aspectos superficiais do lazer, do gosto artístico e do vestuário. A cultura de massa foi possível com a invenção dos meios de comunicação de massa.

Cultura popular Enquanto a cultura de massa resulta da indústria cultural, a cultura popular está ligada àquelas subculturas nas quais a permanência de padrões tradicionais é mais forte. No Brasil a cultura popular está mais presente em várias subculturas regionais espalhadas por todo o território nacional. Há desse modo, uma cultura popular gaúcha como há uma cultura popular típica da região norte, bem como uma cultura popular nordestina. A cultura popular não só está ligada a manifestações lúdicas (maracatu, bumba- meu-boi) e à arte (música, dança, cerâmica) mas também a práticas médicas, a linguagem, e os meios de conviver, de ver e de sentir o mundo. E não só inclui invenções anônimas do povo (lendas, cantigas de roda), mas também de autores conhecidos (literatura de cordel).

Estereótipos Em sociologia, estereótipos são imagens preestabelecidas para todos os indivíduos pertencentes a alguma categoria social, mediante a atribuição generalizada de qualidades de caráter positivas ou negativas. Os participantes de subculturas mais evidentes tendem a ser vítimas de rotulações sociais, ou seja, de estereótipos. Ex: judeus, portugueses

Símbolos e normas A atribuição de significados a alguma coisa, seja sons, cores ou objetos, é sempre convencional ou arbitrária, o que equivale dizer que o significado de um símbolo não é intrínseco ao seu veículo físico. É típico da condição do homem que o seu comportamento seja regulado por normas, quer se trate do costume, quer se trate de etiqueta ou de códigos legais. O símbolo, contudo, é o que confere sentido as normas, pois afinal, somente as obedecemos porque a elas associamos algum significado. Ex: quando procuro obedecer as normas de etiqueta, é porque essas normas simbolizam boa educação e refinamento. As normas possuem função simbólica, e, assim, estão carregadas de significados, sem os quais não teriam poder de pressão sobre os indivíduos. Símbolo, norma e socialização sintetizam, pois, o modo humano de convívio. Só o homem tem o seu comportamento e a satisfação de suas necessidades regulamentados por normas coletivamente partilhadas; só o homem tem o seu comportamento moldado pela aprendizagem (socialização) através da comunicação simbólica.