FRATERNIDADE: IGREJA E SOCIEDADE CF Eu Vim para servir (Cf. Mc

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Transcrição da apresentação:

FRATERNIDADE: IGREJA E SOCIEDADE CF - 2015 Eu Vim para servir (Cf. Mc Apresentação: Pe. Almir Magalhães

O texto inicia em sua primeira parte (VER), com um breve histórico das relações Igreja e sociedade no Brasil, começando das origens à Cristandade indo até os desafios da redemocratização da sociedade

DAS ORIGENS À CRISTANDADE A CRISTANDADE LUSITANA - Século XVI Reforma protestante, Iluminismo, Padroado O IMPÉRIO E O INÍCIO DA REPÚBLICA – 1824 D. Pedro I. Constituição reconhece a religião católica como Religião Oficial do Império Brasileiro. Igreja se fez presente dirigindo estabelecimentos de ensino e Casas de Misericórdia em favor dos enfermos e pobres. Bispos e padres com destaque na administração imperial. O Padroado chegou ao fim por meio da Constituição Republicana de 1891. A Igreja se liberta da tutela do Estado.

OS DESAFIOS DA PRIMEIRA METADE DO SÉCULO XX – 1930 a 1950 Surgem novos desafios pastorais: idéias revolucionadoras, novos movimentos sociais e culturais e de transformações sociais e econômicas em curso. Expansão dos centros urbanos, formação das classes médias, a ditadura de Vargas... Resposta da Igreja – Criação da CNBB (1952), mobilização dos leigos Ação Católica Especializada, o MEB e os sindicatos rurais de inspiração eclesial. Destaque para o I e II Encontro dos Bispos do Nordeste em Campina Grande –PB em 1956 e 59 – reivindicações para solucionar problemas do nordeste.

Criação do CELAM 1955. Fortaleceu e ampliou a presença da Igreja na sociedade brasileira. A Igreja aproximou-se muito da realidade e de seus desafios e assim preparou-se para receber o Vaticano II. Após a renúncia de Janio e a ascensão de João Goulart, a Igreja participou ativamente da mobilização popular que culminou com o movimento militar de 1964.

DESAFIOS DO PERÍODO DA REPRESSÃO Década de 60 e início da década 70, novas situações e novos desafios = avanço da industrialização, agravamento dos problemas sociais, ditadura militar e ebulição cultural nos centros urbanos. Resposta da Igreja: CPT, CBJP, CIMI, CEB’s... Início da CF em 1964. Década de 70 a CF foi veículo de denúncias e debates relativos a temas sociais: migração, trabalho, fome, moradia... Em 1976 a Assembléia Geral do Episcopado aprovou o documento “Exigência Cristãs para uma nova ordem política” e traduziu a experiência da Igreja no período de oposição do regime militar.

DESAFIOS DA REDEMOCRATIZAÇÃO DA SOCIEDADE Final da década de 80 - Igreja participou e acompanhou todo o processo de remocratização do país. MOVIMENTOS PELA ABERTURA POLÍTICA - Anistía e Diretas Já encontraram na Igreja um abrigo para sua articulação. Documentos foram lançados para ajudar no aprimoramento das relações democráticas no país. (Documentos 36, 42 e 50). Setor Pastoral Social e novas iniciativas - pastoral carcerária, criança, menor, migrantes, mulher marginalizada.

Final do Século XX e início do Séc Final do Século XX e início do Séc. XXI a participação da Igreja prossegue através de Novos Movimentos, CEB's, Pastorais Sociais, Movimento Fé x Política, Semanas Sociais, Grito dos Excluídos. O que isso significa mesmo? ?????????????

2. A SOCIEDADE BRASILEIRA ATUAL E SEUS DESAFIOS Época de mudanças profundas. Situação geradora de crises e angústias na vida pessoal, nas instituições e nas várias dimensões da sociedade. A DEMOGRAFIA – Ultrapassou os 200 milhões de habitantes. Diminuição do número de crianças e aumento dos idosos - pode cooperar mas tem implicações. Custo com os idosos, hoje absorvido pelas famílias (mais as mulheres), tende a aumentar. Redução de crianças e adolescentes, poderia facilitar o sistema educacional, não proporcionou melhorias. Na sociedade do saber, a falta de qualificação profissional é punida com a exclusão de postos de trabalhos mais dignos

A URBANIZAÇÃO E SUAS DIFICULDADES Cerca de 44 dos brasileiros vivem em regiões metropolitanas. Urbanização caracterizada pela falta de planejamento: favelização, poluição, violência, drogadição, enchentes, mobilidade e precárias condições sanitárias, inchaço, sem acompanhamento de políticas de moradias, transporte público (ruim e ineficiente), longas esperas, veículos lotados e caro. (cf. a resposta que a Prefeitura de Fortaleza vem dando – corredores para ônibus, maior distância entre as paradas e ônibus articulados,ciclovias).

Mais de 50 dos domicílios no Brasil não tem coleta de esgoto e do coletado menos de 40% recebem algum tratamento. A urbanização provocou um aumento na produção de lixo. A falta de um destino adequado a estes resíduos é fonte de diversos problemas sanitários e ambientais.

ARTICULAÇÃO: POLÍTICAS PÚBLICAS COM OBJETIVOS ECONÔMICOS E SOCIAIS: - Tentativa de políticas públicas com objetivos econômicos e sociais em vista da inclusão social: BOLSA FAMÍLIA (atinge ¼ da população). Após dez anos, contribuiu para a diminuição da pobreza extrema; REDUÇÃO DA MORTALIDADE DE CRIANÇAS. Existem críticas – assistencialistas.

ECONOMIA: ESTABILIDADE E AVANÇO DA CLASSE MÉDIA: A economia brasileira é a maior da A.L. e a oitava do mundo. Duas décadas de estabilidade econômica proporcionaram a geração de mais empregos, aumento da renda inflando a classe média = estimada em mais de 100 milhões de pessoas. Passou a consumir produtos antes restritos à classe alta, como planos de saúde, escolas particulares, previdência privada, viagens aéreas.

AS MINORIAS NA SOCIEDADE BRASILEIRA: Parte das dificuldades são enfrentadas por grupos étnicos e culturais minoritários e está ligado à dimensão econômica da pobreza = indígenas, quilombolas, pescadores, comunidades tradicionais e grupos nômades. Precisam de apoio para suas lutas. Outros grupos requerem a devida atenção: dependentes químicos, portadores de necessidades especiais. Os pobres e excluídos têm rosto – são indivíduos e grupos sociais. Sociedade brasileira apresentou avanços na retirada das pessoas da miséria e da fome, não pode esquecer estas minorias e suas demandas.

A VIOLÊNCIA: Não para de crescer, são 50. 000 mortes violentas por ano A VIOLÊNCIA: Não para de crescer, são 50.000 mortes violentas por ano. Causas: Comércio de drogas e a drogadição. País é o maior consumidor mundial de drogas como o crack e o segundo em cocaína. Já chegou às cidades do interior. Mais de meio milhão de brasileiros estão no sistema carcerário - maioria é jovem, negra e pobre. Existem sugestões de soluções duras como DIMINUIÇÃO DA MAIORIDADE PENAL e a PENA DE MORTE.

3. O SERVIÇO DA IGREJA À SOCIEDADE BRASILEIRA - A mensagem do Evangelho exige dos cristãos o direito e o dever de participar da vida da sociedade. Cita a importância do diálogo cooperativo que significa parcerias com instituições e organizações sociais A Igreja organiza movimentos em defesa dos direitos das pessoas, combate as injustiças que atentam contra a dignidade humana e promove assistência as pessoas ou grupos necessitados. A CF é momento privilegiado de meditação, oração e transformação.

Exemplo de engajamento social e político com parcerias foi a sua participação e apoio ao Projeto de Participação Popular que resultou na LEI DA FICHA LIMPA e desde agosto de 2013 tramita no Congresso - é o chamado "Saúde + dez" que pleiteia 10% das receitas brutas da União para a Saúde Pública - (decorrente da CF 2012).

A SOLICITUDE DA IGREJA NA ASSISTÊNCIA AOS MAIS NECESSITADOS - Nisto a Igreja fez história. Em épocas de inexistência de políticas sociais a evangelização suscitou iniciativas e associações para educar as crianças, suprir fome, atender a doentes, prover lar para crianças abandonadas, lugar seguro para idosos como: Santas Casas, Conferências Vicentinas, orfanatos, colégios, clínicas, hospitais...

A SOLICITUDE DA IGREJA POR MEIO DAS PASTORAIS SOCIAIS: Pastoral do idoso, carcerária, da saúde, do menor, dos pescadores, do povo de rua... Elas exprimem a solicitude e o cuidado de toda a Igreja nas situações de marginalização, exclusão e injustiça. Um organismo da Igreja com atuação importante é a CÁRITAS BRASILEIRA, tanto em campanhas emergenciais, na defesa dos direitos humanos e em projetos de superação da vunerabilidade social. Atualmente ela conduz em nosso país a Campanha Mundial contra a Fome e a Pobreza, lançada em 10 de dezembro de 2013. Cita a Pastoral da Juventude na "Campanha Nacional contra a Violência e o Extermínio de Jovens". A Pastoral da Família que visa a coesão das famílias.

A IGREJA E O CONTEXTO RELIGIOSO DA SOCIEDADE BRASILEIRA: Aqui também existem mudanças. As pessoas não valorizam mais a pertença a determinada religião. Está condicionada aos interesses pessoais no seio de uma sociedade competitiva e individualista. Busca por curas e prosperidade, suscitou o crescimento de grupos religiosos com promessas para solucionar as demandas das pessoas. (Cf. Doc. 100, n. 23). Sobre esta religiosidade individualista Papa Francisco alertou para o MUNDANISMO ESPIRITUAL , ou seja, práticas baseadas na autossatisfação, da perda do sentido comunitário e do projeto de Jesus. Este tipo de religiosidade apresenta reisitência a apelos em prol da edificação de uma sociedade justa e fraterna.

O último Censo – 2010 chama a atenção para a diminuição da porcentagem dos que se declaram católicos nas pesquisas.

O ECUMENISMO – Vaticano II incentivou a Igreja ao diálogo em três campos: Ecumenismo, com as religiões não cristãs e sobre a Liberdade religiosa. São temas de diversidade religiosa que incidem na relação da Igreja com a sociedade. A Igreja desenvolve ações ecumênicas integrando o CONIC – Conselho Nacional de Igrejas Cristãs Além do ecumenismo (diálogo com as Igrejas cristãs, a Igreja promove o diálogo inter-religioso – Judaísmo, Islamismo, Budismo, Hinduismo.

4. IGREJA – SOCIEDADE : CONVERGÊNCIAS E DIVERGÊNCIAS: O PLURALISMO – Sociedade brasileira apresenta pluralidade cultural – matriz européia, africana e indígena. Com o desenvolvimento dos meios de comunicação e transportes, a sociedade brasileira inseriu-se ainda mais no mundo globalizado. Pluralismo pode trazer mais benefícios ao conceder mais liberdade às pessoas, por outro lado, a perda, a relativização das referências. Pode gerar fragmentação e desorientação em todas as dimensões da existência.

Permite também a abertura= ela é necessária para o reconhecimento de que a diferença do outro, que o distingue, não é motivo de afastamento e isto é pressuposto indispensável para o estabelecimento de diálogo e partilha de experiência. A Igreja, neste ambiente plural busca participar de debates das questões relevantes – através da CNBB apresenta pontos de vista com NOTAS E PRONUNCIAMENTOS, acolhe grupos diversos para ouvir pontos de vista contraditórios. ABORTO, EUTANÁSIA, MANIPULAÇÃO DE EMBRIÕES... são acompanhados pelos membros da Comissão para a Vida. ( Superação da CRISTANDADE).

A REFORMA POLÍTICA E A PARTICIPAÇÃO POPULAR – o Brasil cresceu após a redemocratização a partir da década de 80, mas este processo sofre com a corrupção. Reflexo desta situação – declínio da confiança nas instituições políticas e na administração dos governos, na condenação e na prisão de dirigentes e lideranças governamentais e partidárias. O aprimoramento do processo político e a qualificação dos políticos e dos partidos requerem o empenho e a participação dos cidadãos conscientes, e por isso dos cristãos.

A luta pela reforma política é a maneira de os cristãos se colocarem contra o difuso sentimento de decepção e descrença na política institucional. OBS: Muito mais coisas = não à reeleição, financiamento público das campanhas eleitorais, fidelidade partidária, eleição dos suplentes de senadores, falta ideologia partidária, alianças espúrias...

AS REDES DE COMUNICAÇÃO - Internet, celulares, tablets e computadores pessoais permitem novas formas de sociabilidade e de conhecimento; aproximam as pessoas apesar de seu “mau uso”. Manifestações sociais em diversas partes do mundo evidenciaram o papel destas novas mídias. Agora, a grande quantidade de informações disponíveis nestes meios pode levar à fragmentação e ao enfraquecimento da capacidade de discernimento relativa às questões ético-morais. São entretanto muitas vezes frágeis e artificiais. A relação “face-a-face” possibilita compromissos. Afinal de contas as relações éticas se vivenciam através do encontro com o outro e com suas interpelações. Vale a pena a possibilidade de conexões duradouras e resistentes às crises Estas redes dgitais complementam e fortalecem as comunidades presenciais.

A RACIONALIDADE CIENTÍFICA OU INSTRUMENTAL- A razão instrumental (OU CIENTIFICA) reduz a realidade ao mundo sensível e sendo o único método capaz de produzir conhecimento. Está a serviço do modo de produção do modelo econômico vigente na sociedade e se mantém INSENSÍVEL ÀS PROBLEMÁTICAS HUMANAS E SOCIAIS. A afetividade, as artes, a mística e a espiritualidade devem ser dominadas pela razão. Tudo aquilo que não é submetido à razão deveria ser posto do lado de fora.

Esta cultura promoveu a liberdade, mas também a opressão e a dominação com seus excessos, e provocou crise na cultura moderna, desconfiança na capacidade da própria razão; daí o desprestígio da razão e a desconstrução dos pressupostos da modernidade e foi para o outro lado do EMOCIONAL, DA SUBJETIVIDADE. Esta situação tornou-se campo fértil para o aparecimento de algumas expressões culturais, muitas delas acompanhadas de formas radicais de relativismos ou fundamentalismos.

O LAICISMO E A LAICIDADE - A doutrina da laicidade propõe ao estado não optar por uma religião oficial. Para se constituir com o perfil laico e não religioso confessional, resguardar o governo e a sociedade de possíveis fundamentalismos religiosos. Através desta doutrina quer-se a constituição de um Estado sem interferência de uma religião específica, para garantir a liberdade religiosa e o sadio pluralismo. Este conceito nem sempre foi bem compreendido por certos grupos políticos ou religiosos, gerando enormes resistências que desfiguram a proposta da LAICIDADE DO ESTADO, como o LAICISMO, uma ideologia antirreligiosa militante.

O Laicismo procura desqualificar o empenho social e político das religiões. Não cabe às Igrejas e a qualquer outra instituição religiosa, definir e determinar os destinos da sociedade, como apregoa a doutrina. A Igreja reconhece a laicidade, não tem pretensões de influir no poder para impor suas idéias e doutrinas, por isso não tem partido nem apóia nenhum partido. Sua participação se dá pelo fomento de valores em prol da vida, da dignidade das pessoas e do bem comum a partir de JC. Repudia com veemência a proposição do laicismo, pelo preconceito contra a religião em particular com o catolicismo. A atuação do cristão na política é uma das exigências de sua missão de testemunhar o Evangelho da vida.

A CULTURA DO DESCARTÁVEL – É a cultura que tende a transformar as pessoas em consumidores, estimulando-as a uma busca constante de satisfações de demandas que o próprio mercado propõe. Nesta sociedade tudo é passível de se tornar objeto de satisfação do sujeito. Não ocorre só com as coisas mas também com as pessoas. Como afirmou o Papa Francisco: “O SER HUMANO É CONSIDERADO, EM SI MESMO, COMO UM BEM DE CONSUMO QUE SE PODE USAR E DEPOIS LANÇAR FORA” (EG , n. 53).

SINAIS DOS NOVOS TEMPOS - Em contraposição à cultura do descartável, do relativismo e do materialismo, encontram-se hoje sinais de formação de uma nova cultura, que permita uma maior realização humana Esta cultura é marcada pelo respeito à consciência de cada um, pela tolerância e abertura à diferença, pela rejeição das injustiças e por uma sensibilidade com os pobres. Também a responsabilidade em relação a todas as formas de vida se faz presente hoje em muitas pessoas.

ESPERANÇA DIANTE DOS DESAFIOS - Papa Francisco exortou a todos os cristãos a não assumirem um posição pessimista diante das dificuldades, nem uma posição meramente reativa, ou pior, de resistência e isolamento. (EG n. 67). Os limites efetivos dos chamados e documentos eclesiais para alterar tais fenômenos sociais são evidentes... Os desafios colocados às relações entre Igreja e Sociedade assumiram no Brasil características próprias, com natureza dinâmica que as análises sociais, econômicas ou culturais simplistas não conseguem propor respostas adequadas aos desafios desta realidade, quanto mais mldificá-los, (Cf. Doc. CNBB 94, nn. 21-24).

ATENÇÃO! LEITURA INDISPENSÁVEL: A ALEGRIA DO EVANGELHO – Papa Francisco – Cap. IV – A DIMENSÃO SOCIAL DA EVANGELIZAÇÃO.