Funções exponenciais Prof. Jorge
As aparências enganam Mateus e Hugo são colegas de turma. Outro dia, Hugo, o melhor aluno da sala em Matemática, fez a Mateus uma proposta estranha: ou melhor, as potências Durante 10 dias, a partir de hoje, vou lhe dar 10000 reais por dia. Em compensação, você me dará 10 reais hoje e, a cada dia até o último dia, o triplo do dia anterior. Prof. Jorge
A operação potenciação Se a, b e x são números reais, define-se a operação potenciação, expressa pela igualdade: a é a base ax = b x é o expoente b é a potência De acordo com o tipo de expoente, a potenciação apresenta restrições quanto ao valor da base. Prof. Jorge
A operação potenciação Potência de expoente natural Se a é real e n é natural, definimos: a0 = 1 (a ≠ 0) a1 = a an = a.a.a. ... .a (n ≥ 2) n fatores Prof. Jorge
Exemplos 60 = 1 (√5)1 = √5 (–2)5 = (–2).(–2).(–2).(–2).(–2) = –32 Prof. Jorge
A operação potenciação Potência de expoente inteiro negativo Se a e n são números reais, com a ≠ 0, define-se: 1 n 1 a–n = = a an Prof. Jorge
Exemplos 1 1 5–1 = = 51 5 –8 -1 –3 1 –3 = = . 3 8 8 Prof. Jorge
A operação potenciação Potência de expoente inteiro fracionário racional Se a é real, m e n são números inteiros, com n > 0, define-se: a = m n √am Prof. Jorge
Exemplos √4 √25 √16 41/2 = = 2 251/2 = = 5 161/3 = 3 = 2√2 3 . 41/2 = √4 = 2 251/2 = √25 = 5 161/3 = √16 3 = 2√2 3 . Prof. Jorge
Propriedades da potenciação Prof. Jorge
Propriedades operatórias ax . ay = ax+y (a.b)x = ax.bx ax = ax–y a x ax ay = b bx (ax)y = ax.y Prof. Jorge
Exemplos 40,3. 40,2 = 40,3+0,2 = 40,5 = 41/2 = √4 = 2 32x (3x)2 40,3. 40,2 = 40,3+0,2 = 40,5 = 41/2 = √4 = 2 32x (3x)2 32x – 1 = = 31 3 33.32 33.32 . = = 33 + 2 – 1/2 = 39/2 √3 31/2 x x 2x.32x 2x.(32)x 2x.9x 2.9 18 . = = = = 5x 5x 5x 5 5 Prof. Jorge
Crescimento e decrescimento exponencial Prof. Jorge
Crescimento exponencial Vamos imaginar o seguinte experimento. A temperatura de um líquido, inicialmente a 10 ºC, aumenta em 30% a cada minuto. Isso significa que, a cada minuto, sua temperatura T é multiplicada por 1,3. (100% + 30% = 1 + 0,3 = 1,3). Prof. Jorge
Crescimento exponencial Vamos obter as temperaturas em oC, em alguns instantes do experimento. Temperatura inicial: T0 = 10 1 minuto: T1 = 10.(1,3)1 = 10.(1,3) = 13 2 minutos: T2 = 10.(1,3)2 = 10.(1,69) = 16,9 3 minutos: T3 = 10.(1,3)3 = 10.(2,2) = 22 4 minutos: T4 = 10.(1,3)4 = 10.(2,86) = 28,6 6 minutos: T6 = 10.(1,3)6 = 10.(4,83) = 48,3 t minutos: T = 10.(1,3)t Prof. Jorge
Crescimento exponencial Veja o gráfico de T em função do tempo t. T(oC) t(min) T(oC) 10 1 13 2 16,9 3 22 4 28,6 6 48,3 80 60 40 20 1 2 3 4 5 6 t(min) Prof. Jorge
Decrescimento exponencial Vamos supor agora a seguinte situação. A temperatura de um líquido, inicialmente a 70 ºC, diminui em 20% a cada minuto. Isso significa que, a cada minuto, sua temperatura T é multiplicada por 0,8. (100% – 20% = 1 – 0,2 = 0,8). Prof. Jorge
Decrescimento exponencial Vamos obter as temperaturas em oC, em alguns instantes do experimento. Temperatura inicial: T0 = 70 1 minuto: T1 = 70.(0,8)1 = 70.(0,8) = 56 2 minutos: T2 = 70.(0,8)2 = 70.(0,64) = 44,8 3 minutos: T3 = 70.(0,8)3 = 70.(0,512) = 35,8 4 minutos: T4 = 70.(0,8)4 = 70.(0,41) = 28,7 6 minutos: T6 = 70.(0,8)6 = 70.(0,262) = 18,3 t minutos: T = 70.(0,8)t Prof. Jorge
Decrescimento exponencial Veja o gráfico de T em função do tempo t. T(oC) t(min) T(oC) 70 1 56 2 44,8 3 35,8 4 28,7 6 18,3 80 60 40 20 1 2 3 4 5 6 t(min) Prof. Jorge
Funções exponenciais Funções como a que acabamos de analisar são chamadas de funções exponenciais. Nos dois casos a variável t é expoente de uma potência de base constante. T = 10.(1,3)t base (1,3) ⇒ Crescente. T = 70.(0,8)t base (0,8) ⇒ Decrescente. Prof. Jorge
Funções exponenciais elementares Prof. Jorge
Funções exponenciais De modo geral, se a é uma constante real (a > 0 e a ≠ 1), chamamos de função exponencial elementar de base a a função definida por: y = f(x) = ax Prof. Jorge
Exemplos y = 5x → base 5 y = (0,3)x → base 0,3 x 1 y = 2–x ou y = Prof. Jorge
Exemplos Traçar o gráfico da função exponencial elementar y = f(x) = 2x. y x y = 2x 4 –2 ¼ –1 ½ 1 2 1 2 1 2 4 –2 –1 1 2 x D = R e Im = R+* → função é crescente Prof. Jorge
Exemplos Traçar o gráfico da função exponencial elementar y = f(x) = (1/2)x. y x y = (1/2)x 4 –2 4 –1 2 2 1 1 ½ 1 2 ¼ –2 –1 1 2 x D = R e Im = R+* → função é decrescente Prof. Jorge
Funções exponenciais - Resumo Da análise dos dois últimos gráficos, tiramos algumas conclusões sobre a função exponencial elementar y = ax (a > 0 e a ≠ 1): O domínio é os Reais; O conjunto imagem é os Reais positivos; Ela é crescente em todo o seu domínio para a > 1. Ela é decrescente em todo o seu domínio para 0 < a < 1. Prof. Jorge
Propriedades da função exponencial elementar Prof. Jorge
Propriedades operatórias A função exponencial y = ax (a > 0 e a ≠ 1), é injetora. Isso significa que potências de mesma base só são iguais se os expoentes forem iguais. x y –1 1 2 4 –2 y = 2x am = an ⇔ m = n Prof. Jorge
Exemplos 5x = 53 ⇔ x = 3 3x – 1 = 32 ⇔ x – 1 = 2 ⇒ x = 3 Prof. Jorge
Propriedades operatórias Os gráficos de todas as função exponenciais têm apenas em comum o ponto (0, 1). Isso significa que potências de bases diferentes só são iguais apenas se o expoente comum é 0. y y = 2–x y = 4x y = 2x am = bm ⇔ m = 0 1 x Prof. Jorge
Exemplos 3x = 7x ⇔ x = 0 2x + 1 = 5x + 1 ⇔ x + 1 = 0 ⇒ x = –1 Prof. Jorge
Propriedades operatórias A função exponencial y = ax é crescente em todo o seu domínio, se a > 1. y y = 2x Quanto maior o expoente x maior é a potência ax. 4 2 am > an ⇔ m > n 1 Mesmo sentido –2 –1 1 2 x Prof. Jorge
Propriedades operatórias A função exponencial y = ax é decrescente em todo o seu domínio, se 0 < a < 1. y = 2–x y Quanto maior o expoente x menor é a potência ax. 4 2 am > an ⇔ m < n 1 Sentidos contrários –2 –1 1 2 x Prof. Jorge
Exemplos 32 < 35 ⇔ 2 < 5 (0,7)3 < (0,7)–2 ⇔ 3 > –2 ⇔ 2 < 5 base > 1, sinal mantido (0,7)3 < (0,7)–2 ⇔ 3 > –2 0 < a < 1, sinal invertido 2x > 2–3 ⇒ x > –3 a > 1, sinal mantido Prof. Jorge
Equações e inequções exponenciais Prof. Jorge
Equacões exponenciais Chama-se equação exponencial toda equação cuja incognita aparece no expoente. A resolução de uma equação exponencial se baseia nas propriedades abaixo. am = an ⇔ m = n P1 am = bm ⇔ m = 0 P2 Prof. Jorge
Exemplos Resolver as equações exponenciais. a) 3x = 27 3x = 27 b) 52x – 1 = 125 52x – 1 = 125 ⇒ 52x – 1 = 53 ⇒ 2x – 1 = 3 ⇒ 2x = 4 ⇒ x = 2 Prof. Jorge
Exemplos Resolver as equações exponenciais. 22x.2x+7 c) = 1 23 – x ⇒ 22x + x + 7 – (3 – x) = 20 23 – x ⇒ 24x + 4 = 20 ⇒ 4x + 4 = 0 ⇒ 4x = –4 ⇒ x = –1 Prof. Jorge
Exemplos Resolver as equações exponenciais. d) ⇒ x + 1 = –2 ⇒ x = –3 9 d) = 3 4 x + 1 2 x + 1 –2 2 3 2 2 = ⇒ = 3 2 3 3 ⇒ x + 1 = –2 ⇒ x = –3 Prof. Jorge
Exemplos Resolver as equações exponenciais. e) 2x + 1 – 2x + 3.2x – 2 = 14 Vamos isolar em toda equação a potência 2x. 2x.21 – 2x + 3.2x.2–2 = 14 Fazendo 2x = y. y 2y – y + 3. = 14 ⇒ 8y – 4y + 3y = 56 4 ⇒ 7y = 56 ⇒ y = 8 ⇒ 2x = 8 ⇒ 2x = 23 ⇒ x = 3 Prof. Jorge
Exemplos Resolver as equações exponenciais. f) 9x + 3x + 1 = 4 Vamos isolar em toda equação a potência 3x. (32)x + 3x.3 = 4 ⇒ (3x)2 + 3x.3 = 4 Fazendo 3x = y. ⇒ y2 + 3y – 4 = 0 ⇒ y’ = –4 e y” = 1 ⇒ 3x = –4 (impossível) ⇒ 3x = 1 ⇒ 3x = 30 ⇒ x = 0 Prof. Jorge
Inequacões exponenciais Chama-se inequação exponencial toda inequação cuja incognita aparece no expoente. A resolução de uma inequação exponencial se baseia nas propriedades abaixo. am > an ⇔ m > n P3 ⇒ para a > 1 Mesmo sentido am > an ⇔ m < n P4 ⇒ para 0 < a < 1 Sentidos contrários Prof. Jorge
Exemplos Resolver as inequações exponenciais. a) 53x – 1 > 25x + 2 base > 1, mantém-se o sentido ⇒ 3x – 2x > 4 – 1 ⇒ x > 3 Prof. Jorge
Exemplos Resolver as inequações exponenciais. b) (0,9)2x – 1 ≤ (0,9)x + 2 (0,9)2x – 1 ≤ (0,9)x + 3 ⇒ 2x – 1 ≥ x + 3 base < 1, inverte-se o sentido ⇒ 2x – x ≥ 3 + 1 ⇒ x ≥ 4 Prof. Jorge
Exemplos Resolver as inequações exponenciais. c) 9x – 3x + 1 – 3x + 3 ≤ 0 Vamos isolar em toda equação a potência 3x. (32)x – 3x.31 – 3x + 3 ≤ 0 Fazendo 3x = y. ⇒ (3x)2 – 3x.3 – 3x + 3 ≤ 0 ⇒ y2 – 3y – y + 3 ≤ 0 ⇒ y2 – 4y + 3 ≤ 0 ⇒ 1 ≤ y ≤ 3 ⇒ 1 ≤ 3x ≤ 3 ⇒ 30 ≤ 3x ≤ 31 ⇒ 0 ≤ x ≤ 1 Prof. Jorge
Calculando juros compostos ou capitalizados Prof. Jorge
Exemplos Cláudia tomou um empréstimo de R$ 1 000,00, pagando juros a uma taxa de 5% a.m. Mas no final de cada mês sua dívida é acrescida dos juros relativos o mês. Qual será o montante M da dívida após t meses? 100% + 5% = 105% (1 + i) = 1,05 1º mês: M1 = 1 000.1,05 2º mês: M2 = M1.1,05 = 1 000.(1,05)2 3º mês: M3 = M2.1,05 = 1 000.(1,05)3 4º mês: M4 = M3.1,05 = 1 000.(1,05)4 ............................................................... t meses: M = 1 000.(1,05)t Prof. Jorge
Calculando juros compostos Para um capital inicial C e uma taxa mensal i, o fator de aumento é (1 + i). O montante M, após t meses, no sistema de juros compostos é calculado pela fórmula: M = C.(1 + i)t Nessa fórmula, é importante que a taxa i e o tempo t estejam expressos na mesma unidade de tempo. Prof. Jorge
Exemplos Um agiota emprestou R$ 6 000,00 a Paulo, a uma taxa fixa de 5% ao mês. Qual foi o rendimento do agiota, após 4 meses? C = 6 000 Dados: i = 5 % a.m = 0,05 t = 4 meses M = C.(1 + i)t = 6 000 . (1 + 0,05)4 M = 6 000 . 1,2155 ⇒ M = 7 293 M = C + j ⇒ 7 293 = 6 000 + j ⇒ j = 1 293,00 Prof. Jorge
Exemplos Marcos tomou um empréstimo de R$ 2 000,00 em um banco, a juros compostos, com taxa de 2% ao mês. De quanto tempo foi o empréstimo, se ele pagou R$ 438,00 de juros? 1,026 ≈ 1,126 1,027 ≈ 1,148 1,028 ≈ 1,171 1,029 ≈ 1,195 1,0210 ≈ 1,219 C = 2 000 Dados: i = 2 % a.m = 0,02 M = 2 000 + 438 = 2 438 M = C.(1 + i)t ⇒ 2 438 = 2000 . (1,02)t ⇒ 1,02t = 1,219 ⇒ t = 10 ⇒ t = 10 meses Prof. Jorge
Crescimento e decrescimento exponencial Prof. Jorge
Crescimento e decrescimento exponencial Há muitas situações práticas em que uma variável cresce ou decresce, segundo taxas percentuais fixas, na unidade de tempo. Nesses casos, usamos raciocínio semelhante ao dos juros compostos. Suponhamos que uma variável V, de valor inicial V0, seja função do tempo t. Se V cresce segundo uma taxa fixa i, temos: V = V0 . (1 + i)t Se V decresce segundo uma taxa fixa i, temos: V = V0 . (1 – i)t Prof. Jorge
Exemplos O valor atual de um lote é de R$ 30 000,00. Estima-se que, nos próximos anos, ele valorize 8% ao ano. Quanto ele valerá daqui a 6 anos? V = V0 .(1 + i)t = 30 000 . (1,08)6 ⇒ V = 30 000 . 1,59 ⇒ V = 47 700 ⇒ O lote valerá R$ 47 700,00 Prof. Jorge
Exemplos O valor atual de uma máquina é de R$ 2 500,00, e ela se desvaloriza segundo uma taxa anual fixa. Obter essa taxa, sabendo-se que, daqui a 2 anos, a máquina valerá R$ 2 0 25,00. V = V0 .(1 – i)t = 2 500 .(1 – i)t Para t = 2, V = 2 0 25. ⇒ 2 025 = 2 500 . (1 – i)2 ⇒ (1 – i)2 = 0,81 ⇒ (1 – i)2 = √0,81 ⇒ 1 – i = 0,9 ⇒ i = 0,1 ⇒ i = 10 % a.a. Prof. Jorge
Veja os cálculos Prof. Jorge 1º dia (hoje): V1 = 10 2º dia: = 10.(3) = 30 3º dia: V3 = 10.(3)2 = 10.(9) = 90 4º dia: V4 = 10.(3)3 = 10.(27) = 270 5º dia: V5 = 10.(3)4 = 10.(81) = 810 6º dia: V6 = 10.(3)5 = 10.(243) = 2 430 7º dia: V7 = 10.(3)6 = 10.(729) = 7 290 8º dia: V8 = 10.(3)7 = 10.(2 187) = 21 870 9º dia: V9 = 10.(3)8 = 10.(6 561) = 65 610 10º dia: V10 = 10.(3)9 = 10.(19 683) = 196 830 Total ................................................... = 295 230 Prof. Jorge