Unidade 6 – Estudo das Cônicas

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Cônicas.
Advertisements

Cálculo 3 9. Integrais Duplas Volumes Amintas Paiva Afonso
Ensino Superior Cálculo 2 3- Volume de Sólidos Amintas Paiva Afonso.
Agrupamento de Escolas drª Laura Ayres
Trabalhando Figuras Planas No Graphmática
Geometria.
Universidade Bandeirante de São Paulo Fundamentos da Álgebra
Equação de um lugar geométrico (LG)
Posições relativas de duas retas
Função quadrática: a função geral de 2º grau
Ensino Superior Cálculo 3 4. Derivadas Parciais Amintas Paiva Afonso.
ROTAÇÃO DE CÔNICAS UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO (UFERSA)
COLÉGIO MARISTA SÃO LUÍS
CNSN 2011 ÓPTICA GEOMÉTRICA Professor Antenor Professor Antenor.
IG-UNICAMP A RETA Fonte : PRINCIPE JR, A.R., Noções de Geometria Descritiva V. 1, 36. ed., Sao Paulo : Nobel, 1983.
Seções cônicas: hipérbole
Seções cônicas: elipse
Seções cônicas: parábola
O que você deve saber sobre
O que você deve saber sobre
O que você deve saber sobre
O que você deve saber sobre
O que você deve saber sobre
Cônicas não degeneradas
EQUAÇÕES POLINOMIAIS Prof. Marlon.
Geometria Espacial.
SISTEMAS LINEARES II Prof. Marlon.
Superfícies Quádricas
Óptica Geométrica Estuda a propagação da luz sem preocupar-se
Questão 1: O gráfico abaixo representa um polinômio P(x) de grau 4
José Antônio Araújo Andrade Graziane Sales Teodoro Ana Paula Pedroso
Tecnologias - Matemática Equações da circunferência
COORDENADAS NUM EIXO Num eixo a posição de um ponto fica definida por um só número. A • x 3 A 3.
ESTUDO DAS CÔNICAS (Noções básicas)
Material de Apoio Interacção Gravítica.
Matemática I Profª Ms. Carlos Alexandre N. Wanderley .
Matemática I AULA 7 Profª Ms. Karine R. de Souza .
Prof. Ilydio Pereira de Sá UERJ - USS
CONSTRUÇÃO DE IMAGENS:
A RETA Fonte : PRINCIPE JR, A.R., Noções de Geometria Descritiva V. 1, 36. ed., Sao Paulo : Nobel, 1983.
GEOMETRIA ANALÍTICA.
FUNÇÃO DO 2.º GRAU.
Leis do movimento Professor: Antonio dos Anjos Pinheiro da Silva
CÔNICAS.
parábola, elipse e Hipérbole
CORREÇÃO DA PROVA – 3A 3º BIMESTRE
MÁRCIA CONTE BOA AULA.
Funções de várias variáveis
Função quadrática: a função geral de 2º grau
Polinômios e equações algébricas
Tecnologias - Matemática
CONHEÇA HIDROLÂNDIA - UIBAÍ
2.3. Aplicações das Integrais Simples
AULA 1 – CÁLCULO COM GEOMETRIA ANALÍTICA II
Equações algébricas Professor Neilton.
Professor  Neilton Satel
Professor  Neilton Satel
AULA 8 – CÁLCULO COM GEOMETRIA ANALÍTICA II
AULA 5 – CÁLCULO COM GEOMETRIA ANALÍTICA II Superfícies Quádricas
Potenciação an = a . a . a a (a ≠ 0) n fatores onde: a: base
Equações do 1o grau com uma incógnita
ALCV CÔNICAS MAURICIO Guimarães da Silva, Pesq.
CONHEÇA HIDROLÂNDIA - UIBAÍ
Cálculo Diferencial e Integral I
GEOMETRIA ANALÍTICA.
Espelhos Esféricos: Estudo Geométrico e Analítico
Sólido Geométrico Esfera
Cálculo 2 Cálculo de volumes.
MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS
GEOMETRIA ANALÍTICA CIRCUNFERÊNCIA
Transcrição da apresentação:

Unidade 6 – Estudo das Cônicas Ensino Superior Geometria Analítica Unidade 6 – Estudo das Cônicas Amintas Paiva Afonso

Geometria Analítica: Circunferência     Equações da circunferência - Equação reduzida     Circunferência é o conjunto de todos os pontos de um plano eqüidistantes de um ponto fixo, desse mesmo plano, denominado centro da circunferência:    Assim, sendo C(a, b) o centro e P(x, y) um ponto qualquer da circunferência, a distância de C a P(dCP) é o raio dessa circunferência. Então:    

Portanto, (x - a)² + (y - b)² =r² é a equação reduzida da circunferência e permite determinar os elementos essenciais para a construção da circunferência: as coordenadas do centro e o raio. Observação: Quando o centro da circunfer6encia estiver na origem ( C(0,0)), a equação da circunferência será x² + y² = r² . Equação geral    Desenvolvendo a equação reduzida, obtemos a equação geral da circunferência:     Como exemplo, vamos determinar a equação geral da circunferência de centro C(2, -3) e raio r = 4.    A equação reduzida da circunferência é: ( x - 2 )² +( y + 3 )² = 16    Desenvolvendo os quadrados dos binômios, temos:

Determinação do centro e do raio da circunferência, dada a equação geral    Dada a equação geral de uma circunferência, utilizamos o processo de fatoração de trinômio quadrado perfeito para transformá-la na equação reduzida e , assim, determinamos o centro e o raio da circunferência.    Para tanto, a equação geral deve obedecer a duas condições: os coeficientes dos termos x² e y² devem ser iguais a 1; não deve existir o termo xy.    Então, vamos determinar o centro e o raio da circunferência cuja equação geral é x² + y² - 6x + 2y - 6 = 0.    Observando a equação, vemos que ela obedece às duas condições. Assim: 1º passo: agrupamos os termos em x e os termos em y e isolamos o termo independente x² - 6x + _ + y² + 2y + _ = 6 2º passo: determinamos os termos que completam os quadrados perfeitos nas variáveis x e y, somando a ambos os membros as parcelas correspondentes

3º passo: fatoramos os trinômios quadrados perfeitos ( x - 3 ) ² + ( y + 1 ) ² = 16 4º passo: obtida a equação reduzida, determinamos o centro e o raio

b) P pertence à circunferência Posição de um ponto em relação a uma circunferência    Em relação à circunferência de equação ( x - a )2 + ( y - b )2 = r2, o ponto P(m, n) pode ocupar as seguintes posições: a) P é exterior à circunferência   b) P pertence à circunferência  

c) P é interior à circunferência Assim, para determinar a posição de um ponto P(m, n) em relação a uma circunferência, basta substituir as coordenadas de P na expressão ( x - a )2 + ( y - b )2 - r2: se ( m - a)2 + ( n - b)2 - r2 > 0, então P é exterior à circunferência; se ( m - a)2 + ( n - b)2 - r2 =    0, então P pertence à circunferência; se ( m - a)2 + ( n - b)2 - r2 < 0, então P é interior à circunferência.

Posição de uma reta em relação a uma circunferência    Dadas uma reta s: Ax + Bx + C = 0 e uma circunferência de equação ( x - a)2 + ( y - b)2 = r2, vamos examinar as posições relativas entre s e: Também podemos determinar a posição de uma reta em relação a uma circunferência calculando a distância da reta ao centro da circunferência. Assim, dadas a reta s: Ax + By + C = 0 e a circunferência : (x - a)2 + ( y - b )2 = r2, temos:

Assim: Condições de tangência entre reta e circunferência    Dados uma circunferência e um ponto P(x, y) do plano, temos: a) se P pertence à circunferência, então existe uma única reta tangente à circunferência por P

b) se P é exterior à circunferência, então existem duas retas tangentes a ela por P c) se P é interior à circunferência, então não existe reta tangente à circunferência passando pelo ponto P

A figura obtida é uma elipse. Elipse    Considerando, num plano , dois pontos distintos, F1 e F2 , e sendo 2a um número real maior que a distância entre F1 e F2, chamamos de elipse o conjunto dos pontos do plano  tais que a soma das distâncias desses pontos a F1 e F2 seja sempre igual a 2a.    Por exemplo, sendo P, Q, R, S, F1 e F2 pontos de um mesmo plano e F1F2 < 2a, temos: A figura obtida é uma elipse.

Observações: 1ª) A Terra descreve uma trajetória elíptica em torno do sol, que é um dos focos dessa trajetória.      A lua em torno da terra e os demais satélites em relação a seus respectivos planetas também apresentam esse comportamento. 2ª) O cometa de Halley segue uma órbita elíptica, tendo o Sol como um dos focos. 3ª) As elipses são chamadas cônicas porque ficam configuradas pelo corte feito em um cone circular reto por um plano oblíquo em relação à sua base. Elementos   Observe a elipse a seguir. Nela, consideramos os seguintes elementos:  

focos : os pontos F1 e F2  centro: o ponto O, que é o ponto médio de semi-eixo maior: a semi-eixo menor: b semidistância focal: c vértices: os pontos A1, A2, B1, B2 eixo maior: eixo menor: distância focal: Relação fundamental     Na figura acima, aplicando o Teorema de Pitágoras ao tri6angulo OF2B2 , retângulo em O, podemos escrever a seguinte relação fundamental: a2 =b2 + c2

Excentricidade Chamamos de excentricidade o número real e tal que: Pela definição de elipse, 2c < 2a, então c < a e, conseqüentemente, 0 < e < 1. Observação:Quando os focos são muito próximos, ou seja, c é muito pequeno, a elipse se aproxima de uma circunferência.

Equações    Vamos considerar os seguintes casos: a) elipse com centro na origem e eixo maior horizontal    Sendo c a semidistância focal, os focos da elipse são F1(-c, 0) e F2(c, 0): Aplicando a definição de elipse , obtemos a equação da elipse:

b) elipse com centro na origem e eixo maior vertical    Nessas condições, a equação da elipse é: Hipérbole    Considerando, num plano    , dois pontos distintos, F1 e F2 , e sendo 2a um número real menor que a distância entre F1 e F2 , chamamos de hipérbole o conjunto dos pontos do plano     tais que o módulo da diferença das distâncias desses pontos a F1 e F2 seja sempre igual a 2a.    Por exemplo, sendo P, Q, R, S, F1 e F2 pontos de um mesmo plano e F1F2 = 2c, temos:

A figura obtida é uma hipérbole. Observação:Os dois ramos da hipérbole são determinados por um plano paralelo ao eixo de simetria de dois cones circulares retos e opostos pelo vértice:                                                                                                                                                      A figura obtida é uma hipérbole. Observação:Os dois ramos da hipérbole são determinados por um plano A figura obtida é uma hipérbole. Observação:Os dois ramos da hipérbole são determinados por um plano paralelo ao eixo de simetria de dois cones circulares retos e opostos pelo vértice: paralelo ao eixo de simetria de dois cones circulares retos e opostos pelo vértice:                                                                                                                                                      A figura obtida é uma hipérbole. Observação:Os dois ramos da hipérbole são determinados por um plano paralelo ao eixo de simetria de dois cones circulares retos e opostos pelo vértice:

Elementos Observe a hipérbole representada a seguir   Elementos    Observe a hipérbole representada a seguir. Nela, temos os seguintes elementos: focos: os pontos F1 e F2 vértices: os pontos A1 e A2 centro da hipérbole: o ponto O, que é o ponto médio de semi-eixo real: a semi-eixo imaginário: b semidistância focal: c

Chamamos de excentricidade o número real e tal que: semi-eixo real: a semi-eixo imaginário: b semidistância focal: c distância focal: eixo real: eixo imaginário: Excentricidade         Chamamos de excentricidade o número real e tal que:     Como c > a, temos e > 1.  Equações    Vamos considerar os seguintes casos: a) hipérbole com centro na origem e focos no eixo Ox

Aplicando a definição de hipérbole: Obtemos a equação da hipérbole: F1 (-c, 0) F2 ( c, 0) Aplicando a definição de hipérbole: Obtemos a equação da hipérbole:

b) hipérbole com centro na origem e focos no eixo Oy     Nessas condições, a equação da hipérbole é: Hipérbole eqüilátera     Uma hipérbole é chamada eqüilátera quando as medidas dos semi-eixos real e imaginário são iguais: a = b

Equação     Vamos considerar os seguintes casos: a) eixo real horizontal e C(0, 0)     As assíntotas passam pela origem e têm coeficiente angular ; logo, suas equações são da forma: b) eixo vertical e C(0, 0)     As assíntotas passam pela origem e têm coeficiente angular ; logo, suas equações são da forma: Parábola     Dados uma reta d e um ponto F               , de um plano    , chamamos de parábola o conjunto de pontos do plano     eqüidistantes de F e d.    Assim, sendo, por exemplo, F, P, Q e R pontos de um plano     e d uma reta desse mesmo plano, de modo que nenhum ponto pertença a d, temos:

Observações: 1ª) A parábola é obtida seccionando-se obliquamente um cone circular reto:

2ª) Os telescópios refletores mais simples têm espelhos com secções planas parabólicas. 3ª) As trajetórias de alguns cometas são parábolas, sendo que o Sol ocupa o foco. 4ª) A superfície de um líquido contido em um cilindro que gira em torno de seu eixo com velocidade constante é parabólica. Elementos    Observe a parábola representada a seguir. Nela, temos os seguintes elementos:

foco: o ponto F diretriz: a reta d vértice: o ponto V parâmetro: p                 Então, temos que: o vértice V e o foco F ficam numa mesma reta, o eixo de simetria e.                 Assim, sempre temos . DF =p V é o ponto médio de                                    Equações    Vamos considerar os seguintes casos: a) parábola com vértice na origem, concavidade para a direita e eixo de simetria horizontal

y2 = 2px Como a reta d tem equação e na parábola temos: ; P(x, y); dPF = dPd ( definição);         obtemos, então, a equação da parábola: y2 = 2px

Nessas condições, a equação da parábola é: y² = -2px                                                                                                                                                                                     b) parábola com vértice na origem, concavidade para a esquerda e eixo de simetria horizontal Nessas condições, a equação da parábola é: y² = -2px c) parábola com vértice na origem, concavidade para cima e eixo de simetria vertical, a equação é: x²=2py

d) parábola com vértice na origem, concavidade para baixo e eixo de simetria vertical x²= - 2py