ECONOMIA BRASILEIRA ANOS 1960-70.

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Transcrição da apresentação:

ECONOMIA BRASILEIRA ANOS 1960-70

ECONOMIA E POLÍTICA GOVERNO COSTA E SILVA – 1967/1969 GOVERNO MÉDICI – 1969/1974 ANTECEDENTES: Governo Castello Branco combate sem trégua à inflação (a origem de todos os males), acompanhado do repúdio à tentação estatista estabilidade e livre-iniciativa. Programa Estratégico de Desenvolvimento (PED), lançado pelo governo Costa e Silva em 1968. Dever-se-á ampliar substancialmente o ‘bloco’ de setores dinâmicos interligados, e que na fase anterior se limitara praticamente à Indústria.

Liderança continental, ou seja, Brasil= superpotência. A ampliação desse “bloco” de impactos simultâneos, para abranger (além da Indústria) o Setor Agrícola, áreas substanciais da Infra-Estrutura Econômica e da própria Infra-Estrutura Social (Habitação, Educação, Saneamento) irá permitir a expansão da demanda e oferta capaz de sustentar um ritmo intenso de crescimento, numa ampliação de mercado que permita superar a fase de crescimento moderado em que se encontrava a economia (PED: IV-16). O mercado interno com capacidade de consumo para dar sustentabilidade às indústrias, sobretudo aos bens não-duráveis. Nesse período (final da década de 1960) havia uma intensa discussão sobre os rumos e a natureza da revolução de 1960. O Nacionalismo autoritário na revista Nação Armada. Liderança continental, ou seja, Brasil= superpotência.

General Albuquerque Lima, ministro do Interior em 1967-1968. Seu discurso se caracterizou por associar enfaticamente a Revolução de 1964 à tarefa de realizar “grandes reformas e transformações sociais”, vistas como passagem obrigatória para o pleno desenvolvimento da Nação. Este se via contido graças à alta concentração de renda e pobreza, afetando, sobretudo, algumas regiões, o que tornava limitado o mercado interno – assim, se contrapunham o interesse nacional e os interesses de oligarquias, estes últimos sempre solidamente incrustados no aparelho político-institucional. Defesa da reforma agrária, considerada “condição primordial do crescimento industrial e criadora de amplo mercado interno”. Através da “incorporação da massa brasileira”, tornar-se-ia possível superar o atraso, atualizando o sonhado destino de grandeza.

Desde o primeiro momento, o discurso de Médici revelou afinidades inequívocas com os anseios de grandeza. Em sua mensagem de 7 de outubro de 1969, diria: “O Brasil é grande demais para tão poucas ambições”. Entre outubro de 1969 e outubro de 1970 houve grande debate interno no governo: - tendência Albuquerque Lima; -resistência às reformas sociais visando fortalecer o mercado interno; - dúvidas sobre as metas de desenvolvimento anual; - Resistência externa às medidas protecionistas; Resultado: primazia da posição do Ministro Delfim Neto: ênfase na agricultura e exportação. Esse “projeto brasileiro” envolvia a ambição explicitada tranquilamente de dobrar a renda per capita de 1970 a 1980, apoiada numa projeção de crescimento do PIB de 9% a. a. – “indiscutivelmente viável nas atuais condições econômicas do país”.

O desenvolvimento da economia pela substituição das importações teria chegado ao seu limite. Somente o investimento pesado na agricultura e nas exportações poderia dar uma nova matriz econômica para o novo regime: O NOVO MODELO DE DESENVOLVIMENTO NACIONAL. Crescimento entre 8 e 10% a.a. Criar excedentes de capital pela agricultura; Explorar capacidade ociosa da indústria nacional; Aumentar enormemente a poupança interna para depois investir  reprimir alta demanda, cortar custos sociais e investimentos públicos em seguridade social; mecanizar os campos e implantar alta tecnologia. Tudo teria de ser feito muito rápido pois implicaria custo social e desgaste político.

A manutenção da estabilidade dos preços  controle da inflação A manutenção da estabilidade dos preços  controle da inflação. Só retoricamente, pois teria de ser um custo a ser suportado pelo governo. Para Delfim, era aceitável 5% de inflação em um período, se fosse possível obter 2% de crescimento real. O remédio para a inflação era a correção monetária, ainda que isso despertasse grande crítica dos economistas ortodoxos Reis Velloso seria mais explícito: Nunca devemos abrir mão do princípio da correção monetária, o que não quer dizer que o sistema não possa sofrer algumas reformas. [...] Poderíamos aplicar um fator de correção da correção monetária; por exemplo, estabelecer que somente 90 a 95% da correção seja aplicada.

Os mutantes