Sucata e a Indústria Brasileira do Aço Vou apresentar como o setor siderúrgico assumiu o compromisso em atuar de forma compatível com os princípios do desenvolvimento sustentável Para isto voltarei um pouco no tempo para mostrar como surgiu o conceito de desenvolvimento sustentável.
Indústria Brasileira do Aço - Parque Produtor Parque produtor de aço: 29 usinas (13 integradas e 16 com fornos elétricos) Capacidade instalada: 47,8 milhões de t/ano de aço bruto
Rotas de Produção do Aço Minério de ferro Sucata Carvão Sucata Ferro gusa
Indústria Brasileira do Aço
Participação das importações no consumo nacional de aço % 340 246 373 503 920 1.448 1.548 3.855 2.379 1.086 207 287 378 501 589 807 683 1.621 1.222 983 547 533 751 1.004 1.509 2.255 2.231 5.476 3.601 2.789 Planos Longos Total
Comércio Indireto de aço (aço contido em bens) Importações indiretas de aço (produtos prontos) reduzem em média 20% a geração de sucata de processo agravando o déficit. Fonte: WSA / MDIC-SECEX Unid: 1000 t (*) Ritmo dos meses decorridos no ano.
geração de sucata no país. Evolução do Consumo Per Capita de Produtos Siderúrgicos O persistente baixo consumo de aço no Brasil reduz substancialmente a capacidade de geração de sucata no país.
Forte aumento da expansão de capacidade e produção de aço em fornos elétricos (EAF) em países em desenvolvimento Evolução e Projeção Mundial da Produção de Aço em Fornos Elétricos (EAF) Países Desenvolvidos Países em Desenvolvimento Bilhões de t Fonte: Hatch Associates Limited, 2012
equivalente de sucata distorce o mercado. Mundo – Produção de Aço em fornos elétricos (EAF) e exportações de sucata 2001-2010 Expansão de capacidade e produção de aço em fornos elétricos em países sem geração equivalente de sucata distorce o mercado. Unidade: 10³t 450.000 400.000 350.000 Produção em Fornos Elétricos 300.000 250.000 200.000 150.000 100.000 50.000 Exportação de Sucata Fonte: American Scrap Coalition
Brasil – Relação oferta/demanda de sucata deve manter-se deficitária Desindustrialização no Brasil afeta negativamente a oferta de sucata industrial. Usinas integradas tendem a elevar a participação de sucata na carga aumentando o déficit na oferta. Fonte: CRU + Sindifer
Brasil – Comércio Exterior de Sucata Exportações x Importações Unid.: 1000 t Fonte: MDIC/SECEX
Exportações Brasileiras de Sucata 2/3 da sucata brasileira é destinada para países que aplicam restrições as exportações. Unidade: t Fonte: MDIC/SECEX
Países com restrições a exportação de sucata Imposto de Exportação Exportação Proibida Países Taxa China 40% Índia 20% Irã 50-70% Cazaquistão 15% (mínimo de €20/ton) Quênia 25% Malásia 10% Paquistão Rússia 15% or €15/metric ton (whichever is larger) Vietnã Egito LE 500 to 1500/ton Guiné GNF 25000/mt Ucrânia €13/tonne Emirados Árabes Dirham 250/mt Países Argentina Azerbaijão Indonésia Guiana Jordânia Nigéria Sri Lanka Tanzânia Uganda Uruguai Zâmbia Fonte: American Scrap Coalition
Distorções no mercado mundial de sucata Expansão de capacidade de produção de aço via sucata amparada por importações e restrições a exportações dessa matéria prima Forte aumento na demanda de sucata Distorções e desequilíbrios nos fluxos e comércio mundial de sucata
Reciclagem Matérias primas e insumos
Reciclagem do Aço: Caminho para a sustentabilidade O AÇO pode ser infinitamente reciclado sem perda de suas propriedades intrínsecas. O AÇO é o material mais reciclado no mundo. Quanto maior for a utilização de sucata na produção de aço menores serão: as emissões de gases de efeito estufa o consumo de recursos naturais não renováveis o consumo de energia
Alternativas Maximizar a utilização da sucata no país é fundamental para o desenvolvimento sustentável da cadeia metal mecânica por meio de: Aumento da reciclagem do aço e incremento da coleta de sucata Incentivo a políticas públicas e mecanismos que aumentem a reciclagem do aço (renovação de frotas, substituição de equipamentos e maquinário) Apoio às Cooperativas e Associações de Catadores para ampliação e melhoria das redes de coleta e reciclagem. Isonomia competitiva no mercado global de sucata: remoção das restrições às exportações em todos os países; enquanto isto não ocorre, adoção de medidas de reciprocidade para países que restringem exportações
Considerações Finais O Instituto Aço Brasil e empresas associadas buscam a competitividade da indústria brasileira e, em especial da cadeia metal-mecânica. Há total interdependência entre a indústria do aço e seus fornecedores e clientes. O Instituto Aço Brasil e empresas associadas têm total interesse em ações de cooperação com os fornecedores de sucata e suas entidades de classe para crescimento contínuo da cadeia. É necessário um esforço conjunto do Poder Público e do setor empresarial para manutenção da competitividade da indústria brasileira.