Desafios da Indústria Brasileira Frente à Competitividade Internacional Painel 4: Enfrentando os riscos de desindustrialização: o papel dos empresários.

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Transcrição da apresentação:

Desafios da Indústria Brasileira Frente à Competitividade Internacional Painel 4: Enfrentando os riscos de desindustrialização: o papel dos empresários e do Estado Brasília, 23/05/12 Heloisa Menezes Secretária de Desenvolvimento da Produção Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior

Contexto Histórico e Institucional do PBM Brasil tem longa tradição de política industrial (desde anos 1950). Nos anos 70, havia um CNDE, que foi muito ativo durante o IIº PND. Entretanto, o sistema era submetido a um planejamento tecnocrático prévio. No final dos anos 90 são criadas as Câmaras Setoriais e os Fóruns de Competitividade, que funcionavam como instâncias de reivindicações do setor produtivo. Na PDP (2008-2010), os FCs passam a funcionar como “câmaras de compensação”, mas sem romper a dualidade entre a agenda estratégica e as agendas setoriais. No PBM, a articulação a priori é garantida desde o início, dentro de uma estrutura voltada para a articulação e a troca permanente de informações entre setor público e privado.

Desafios da Política Industrial Fazer política industrial é fazer escolhas estratégicas Necessidade de seletividade (focos da política, alocação de recursos humanos, de infraestrutura e financeiros/orçamentários) Escolhas estratégicas voltadas para o futuro (Qual é a indústria do futuro?) ou para a manutenção/sobrevivência. Lidar com o presente sem perder o olhar para o futuro e criar condições para provocar mudanças estruturais, apoiando a construção do futuro Considerar diferentes setores e diferentes necessidades Interação entre a política industrial e as políticas macroeconômica, de comércio exterior, política educacional, de qualificação profissional e de inovação, de infraestrutura,... Assegurar investimentos pró-competitividade

Dimensões do Plano Brasil Maior - Quadro Síntese Dimensão Estruturante: diretrizes setoriais Dimensão Sistêmica: temas transversais Fortalecimento de Cadeias Produtivas Comércio Exterior Investimento Novas Competências Tecnológicas e de Negócios Inovação Formação e Qualificação Profissional Cadeias de Suprimento em Energias Produção Sustentável Diversificação das Exportações e Internacionalização Competitividade de Pequenos Negócios Ações Especiais em Desenvolvimento Regional Competências na Economia do Conhecimento Natural Bem-estar do consumidor Condições e Relações de Trabalho Organização Setorial Sistemas da Mecânica, Eletroeletrônica e Saúde Sistemas Intensivos em Escala Sistemas Intensivos em Trabalho Sistemas do Agronegócio Comércio, Logística e Serviços

Dimensões do PBM: Estruturante, Sistêmica e Setorial Dimensões Sistêmica e Estruturante: correspondem às mais de 50 medidas já anunciadas, tais como as desonerações da folha, Pronatec e elevação do teto do Simples contribuem de forma abrangente para o atingimento das metas do PBM Correspondem a agendas mais amplas de Governo e às “Coordenações Sistêmicas” do PBM Dimensão setorial: Propostas que estão sendo construídas fundamentalmente no âmbito dos Conselhos de Competitividade, estruturadas em Agendas Estratégicas Setoriais

Comitês Executivos e Conselhos de Competitividade Setoriais Tanto os Comitês quanto os Conselhos foram criados pelo Decreto do PBM (Decreto 7540, de 2 de agosto de 2011): natureza consultiva, o nível decisório concentra-se do GEPBM para cima Os membros do Comitê sempre fazem parte dos respectivos Conselhos As Resoluções GEPBM n. 1 e n.2 posteriormente detalharam mais as funções dessas instâncias Todos Comitês foram instalados até novembro/2011 e concluíram a primeira etapa de seu trabalho – a elaboração de diagnósticos – em fevereiro/2012 De 3 de abril em diante , passam a interagir com os Conselhos, a partir de sugestão de Matrizes SWOT e de “diretrizes setoriais” Foco na construção de Agendas Setoriais (prazo: 10/6)

Desafios da Governança Necessidade de definir metas claras e realísticas e de monitorá-las Política industrial em sociedade democrática requer mecanismos de consulta público-sociedade civil organizada para leitura ampla da realidade

Mapa Estratégico: Metas e Indicadores PBM Inovar e investir para ampliar a competitividade, sustentar o crescimento e melhorar a qualidade de vida Elevar participação nacional nos mercados de tecnologias, bens e serviços para energias: aumentar Valor da Transformação Industrial/ Valor Bruto da Produção (VTI/VBP) dos setores ligados a energia Posição Base (2009): 64,0% Meta: 66,0% Ampliar acesso a bens e serviços para qualidade de vida:  ampliar o número de domicílios urbanos com acesso a banda larga  (PNBL) Posição Base (2010): 13,8 milhões Meta: 40 milhões de domicílios (Meta PNBL) Diversificar as exportações brasileiras, ampliando a participação do país no comércio internacional Posição Base (2010): 1,36% Meta: 1,6% Ampliar valor agregado nacional: aumentar Valor da Transformação Industrial/ Valor Bruto da Produção (VTI/VBP) Posição Base (2009): 44,3% Meta: 45,3% Elevar % da indústria intensiva em conhecimento: VTI da indústria de alta e média-alta tecnologia/VTI total da indústria Posição Base (2009): 30,1% Meta: 31,5% Produzir de forma mais limpa: diminuir consumo de energia por unidade de PIB industrial Posição Base (2010): 150,7 tep/ R$ milhão Meta: 137,0 tep/ R$ milhão (estimativa a preços de 2010) Fortalecer as MPMEs: aumentar em 50% o número de MPMEs inovadoras Posição Base (2008): 37,1 mil Meta: 58,0 mil Ampliar o investimento fixo em % do PIB Posição Base (2010): 18,4% Meta: 22,4% Elevar dispêndio empresarial em P&D em % do PIB Posição Base (2010): 0,59% Meta: 0,90% (Meta compartilhada com ENCTI) Aumentar qualificação de RH: Posição Base (2010): 53,7% Meta: 65% 8

Sistema de Gestão Coordenações Setoriais Coordenações Sistêmicas CNDI Nível de aconselhamento superior Comitê Gestor Casa Civil, MDIC, MF, MCTI, MP Coordenação: MDIC Nível de gerenciamento e deliberação Grupo Executivo Coordenação: MDIC Comércio Exterior Investimento Comitês Executivos Conselhos de Competitividade Setorial Inovação Formação e Qualificação Profissional Coordenações Setoriais Coordenações Sistêmicas Produção Sustentável Nível de articulação e formulação Competitividade de Pequenos Negócios Ações Especiais em Desenvolvimento Regional Bem estar do Consumidor Condições e Relações de Trabalho

O papel dos empresários Aprendizado contínuo e busca permanente por inovação Compartilhar experiências entre si Seguir os melhores Utilizar instrumentos de política em prol de ganhos de produtividade O desafio de lidar com o curto e o médio/longo prazo Indicar ao governo suas prioridades Fazer escolhas estratégicas e subsidiar o governo com informações sobre cenários futuros que requerem (re)estruturações no presente. Qual será a indústria do futuro?

O papel dos trabalhadores Compartilhamento da agenda de competitividade Articulação da PI com papel do mercado interno no modelo de desenvolvimento Possível contraponto em itens específicos Articulação com Coordenação Sistêmica de Relações de Trabalho Parte essencial no debate sobre formação profissional e sobre produtividade

Aspectos relevantes na experiência com Conselhos Composição dos conselhos: representatividade vs expertise: decisão muito acertada Qualidade e Maturidade dos empresários e dos trabalhadores com questões e propostas concretas e objetivas Importância do Parlamento com suas frentes parlamentares na sua relação com Executivo e com empresários e trabalhadores Todos Conselhos aprovaram Diretrizes divulgadas no evento de 03/Abril e os diagnósticos apresentados pelos Comitês Convergência de diagnóstico e com as soluções que PBM tem apresentado. Brasil encontrou o caminho, que agora é preciso percorrer Em geral a pauta macroeconômica – apesar de sempre presente - não presidiu ou determinou a tônica dos debates As condições são viáveis para iniciar o debate focado em agendas tecnológicas setoriais de médio e longo prazo