Aluna: Mikelle Alexandra Ferreira Orientador: Prof. Humberto Corrêa

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Transcrição da apresentação:

Aluna: Mikelle Alexandra Ferreira Orientador: Prof. Humberto Corrêa Transtorno Bipolar, Comportamento Suicida e Disfunção Serotoninérgica Aluna: Mikelle Alexandra Ferreira Orientador: Prof. Humberto Corrêa

Transtorno Bipolar Conceito Tipos I e II Recorrência Prevalência Idade média de início Transtorno afetivo do humor caracterizado pela ocorrência de episódios de mania comumente alternados com períodos de depressão e períodos de normalidade. Tipos: I e II I: Episódios maníacos e misto - forma clássica II: Não há episódios maníacos e sim hipomaníacos.Os pacientes também podem sofrer ciclagem rápida. Associado a altas taxas de recorrência e recaídas. É relativamente frequente: prevalência de 1,6% para o tipo I e de 0,5% para o tipo II. Idade média de início dos quadros bipolares situa-se ao redor dos vinte anos.

Fase maníaca O estado de humor está elevado - alegria contagiante ou irritação agressiva. Elevação da auto-estima Sentimentos de grandiosidade Aumento da atividade motora e diminuição da necessidade de sono. Fala ininterrupta Aumento do interesse e atividade sexual Perda da consciência de sua condição patológica, tornando-se uma pessoa socialmente inconveniente Envolvimento em atividades potencialmente perigosas sem manifestação de preocupação.

Fase depressiva Humor depressivo Auto - estima em baixa Sentimentos de inferioridade Capacidade física comprometida Sensação constante de cansaço Interesse pelas coisas antes agradáveis é perdido O sono também está diminuído

Principais teorias etiológicas Fatores biológicos Disfunção em sistemas de neurotransmissores Fatores genéticos Um dos pais afetados - 25 a 50% de chance do filho ser afetado. Estudos feitos entre gêmeos monozigóticos e dizigóticos (Tsuang e Faraone, 1990) Estudos de adoção (Mendlewicz and Rainer, 1977) O padrão de transmissão mais provável é o poligênico e multifatorial Fatores psicossociais Fatores biológicos - As teorias dos neurotransmissores nos sistemas noradrenérgico, serotoninérgico e dopaminérgico. Fatores genéticos - Quando um dos pais apresenta transtorno bipolar, existe de 25 a 50% de o filho adquirir o transtorno. Estudos com gêmeos tem demonstrado que a taxa de concordância em gêmeos monozigóticos é de 33 a 90% e dizigóticos de 5 a 25%. As associações entre o Transtorno Bipolar I e marcadores genéticos têm sido relatadas para os cromossomos 5,11 e x. Fatores psicossociais - Os acontecimentos vitaisestressores precedem, mais frequentemente, os primeiros episódios e poderiam provocar alterações nos estados funcionais de vários sistemas neurotransmissores e sinalizadores intraneurais.

Transtorno bipolar, suicídio e disfunção serotoninérgica Quase 100% dos suicidas apresentam algum distúrbio psiquiátrico. O distúrbio psiquiátrico com maior incidência de suicídio é o Transtorno Afetivo Bipolar. 19% da mortalidade de bipolares é decorrente de suicídio e 25 a 50% dos pacientes fazem, pelo menos uma tentativa de suicídio ao longo da vida (Goodwin and Jamison). Fatores pró suicídio: maior grau de impulsividade, maior frequencia de episódios mistos e depressivos, sintomas psicóticos e abuso de substância (Mann-1999) Íntima relação entre suicídio e disfunção serotoninérgica (Asberg e col.-1976)

Transtorno bipolar, suicídio e disfunção serotoninérgica Gens relacionados à função serotoninérgica são candidatos naturais ao estudo do suicídio Variações funcionais secundárias a variações genéticas Variações na expressão do fenótipo

Transmissão Serotoninérgica

Gen do transportador de serotonina ( 5HTTLPR) Localizado no cromossomo 17q11.1-q12 (Ramamoorthy e cols., 1993) Estuda-se um polimorfismo na região promotora com duas variantes alélicas, uma longa e uma curta inserção/deleção de 44 pares de bases. Possível papel funcional deste polimorfismo emque o alelo curto recaptaria menos serotonina do que o alelo longo (Lesch e col.,1996, Du e coll.,1999). Alguns autores acharam associações diferentes quanto a este polimorfismo em relação ao suicídio, enquanto alguns não encontraram qualquer associação.

Letalidade e Tipo de Suicídio em Pacientes com História de Tentativa de Suicídio Separados por Genótipos l/l e l/s +s/s. l/l l/s + s/s Tipo de Suicídio Não-violento 26/33 (78.8%) 29/60 (48.3%) Violento 7/33 (21.2%) 31/60 (51.7%)a Tentativa Mais Letal < 3 22/33 (66.7%) 27/60 (45%)  3 11/33 (33.3%) 33/60 (55%) b aX2=8,17, gl=1, p=0.004; bX2=4,01, gl=1, p=0,045.

Análise dos Pacientes com Depressão Maior e Esquizofrenia (separados em dois Grupos, l/l e l/s + s/s em Relação ao Comportamento Suicida) Os Pacientes l/s e s/s tentaram suicídio mais frequentemente: l/s + s/s: 1,88 ± 1,1 versus 1,6 ± 1,1 (t: 2,97, p=0,008) por t-student

PCR de pacientes testados Gel de Poliacrilamida 8,0%, de 20 centímetros, corado por sais de prata. Produtos da PCR, realizada a partir de amostras extraídas pelo Kit GenomicPrepTM Blood DNA Isolation Kit. 500 pb 522 pb 478 pb 100 pb Ladder l/l s/s l/s

Objetivos: Tentar encontrar associação para o polimorfismo do 5HTTLPR em pacientes bipolares e com história de comportamento suicida fazendo-se o PCR das amostras de DNA extraído do sangue destes pacientes previamente diagnosticados (DSM-IV)

Obrigada a todos