ENDIVIDAMENTO RURAL DO NORDESTE AINDA EM BUSCA DE SOLUÇÃO

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Administração Financeira – I
Advertisements

23/03/2017 CRÉDITO PARA O TURISMO Janeiro
Comandatuba, 02 de abril de 2005 Linhas de Crédito para o Desenvolvimento.
CAPADR A DÍVIDA DO SETOR AGROPECUÁRIO - DIAGNÓSTICO Brasília, julho de 2007.
RESUMO ATUAL DA ELETRIFICAÇÃO RURAL NO BRASIL
Abismo fiscal nos EUA e os Riscos para 2013
O Cenário Econômico Atual
1 Assessoria Econômica da FEDERASUL Juros no Brasil e no Mundo.
Fazer negócios e o acesso ao crédito no Brasil
Novos Fundamentos e Velhos Problemas Presidência da República Casa Civil Amir Khair 3 de Junho de 2005.
ECONOMIA BRASILEIRA CONTEMPORÂNEA
Audiência Pública: Crise do Setor Leiteiro Nacional
Proposta dos Produtores de Cana-de-Açúcar
O nosso negócio é o desenvolvimento. -Crédito Rural representa mais de 63 % do ativo -44 % do orçamento para Microcrédito Rural – Em fase de implantação.
21 de maio de 2009 A Crise e a Economia Brasileira Paulo Paiva.
Clique para editar o estilo do título mestre Clique para editar os estilos do texto mestre Segundo nível Terceiro nível Quarto nível Quinto nível 1 1 SIMULAÇÕES.
Comissão de Assuntos Econômicos Subcomissão Temporária de Avaliação da Política Fiscal Cleber Oliveira Agosto de 2011.
Renegociação de dívidas rurais MP 432 de 27/05/2008
Curso de Especialização em Contabilidade Gerencial
AGROEX Cuiabá - MT 30 de outubro de Fundado em 20 de junho de 1952; Empresa pública de propriedade integral da União Federal; Principal fonte de.
Área de Operações Indiretas
Fundap – Grupo de Conjuntura Crédito no 1º semestre de 2009: a força dos bancos públicos.
DEBATE SOBRE FUNDO GARANTIDOR
POLÍTICA DE GESTÃO DE RECURSOS DE FINANCIAMENTO DE PROJETOS VIII Encontro Anual CEMIG / Mercado de Capitais Uberlândia - MG 06 de Junho de 2003 Paulo Eduardo.
Evolução da dívida fundada do estado do RS,
Programa de Financiamento para hotelaria Reforma, Ampliação e Implantação BNDES e Fundos Constitucionais.
Balanço da Atuação do Governo
A CRISE E O ENDIVIDAMENTO NO CONTEXTO DAS COOPERATIVAS BRASILEIRAS Brasília, 26 de fevereiro de 2009.
Políticas Públicas Lélio de Lima Prado.
Banco do Brasil e o Agronegócio
Políticas Públicas Lélio de Lima Prado.
Diretoria de Agronegócios
Paulo Bernardo Dezembro
Ministério da Fazenda Secretaria de Política Econômica 1 A CRISE MUNDIAL E SEUS EFEITOS NO BRASIL Nelson Barbosa Secretário de Política Econômica 2 de.
Medidas adicionais para renegociação de dívidas de agricultores afetados pela seca na região do semiárido.
SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL
Superintendência Regional Revisão – 08/2012
OS RUMOS DO DESENVOLVIMENTO DO BRASIL Recife, 11 de agosto de Pedro Eugênio Deputado Federal PT/PE.
FNO Fundo Constitucional de Financiamento do Norte.
Setor Têxtil e de Confecção Brasileiro Balanço 2009 e Perspectivas 2010 Apresentação: Haroldo Silva Economista Chefe - ABIT São Paulo, 05 de março de 2010.
Perspectivas de Investimento no Brasil Ministro Paulo Bernardo Londrina, 10 de junho de 2005.
43º Encontro Científico dos Estudantes de Medicina Belém, 22 de julho de 2013 Financiamento, precarização e transparência na educação.
RELACIONAMENTO ENTRE BANCOS E MPES: PONTOS MAPEADOS Ambiente de Negócios com Micro e Pequenas Empresas Abril
MPS – Ministério da Previdência Social SPS – Secretaria de Políticas de Previdência Social RESULTADO DO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL – RGPS EM JANEIRO/2009.
Almanaque Aprosoja Análise e Proposta para o Endividamento dos Produtores de Mato Grosso Junho 2009.
Fórum Permanente da ME / EPP Brasília, 21/02/2008 Ações do BNB para apoio às ME / EPP do Nordeste Área de Negócios com Micro e Pequena Empresas.
15/03/2006. Radiografia da crise que afeta a agropecuária brasileira Fonte: CONAB e Cooperativas  Estimativa de perdas na produção de grãos das safras.
Brasília – 5 de dezembro de 2006
Estabilização, reformas e desequilíbrios macroeconômicos
Suporte ao Desenvolvimento
Superintendência Estadual da Bahia Dezembro O Banco do Nordeste e seus resultados no Estado da Bahia.
ANÁLISE JURÍDICA DA DÍVIDA PÚBLICA A ingerência abusiva do setor financeiro no Governo brasileiro.
Ministério do Turismo 1 FINANCIAMENTO PARA O TURISMO Recife - Pernambuco Agosto, 2010.
Grupo de Conjuntura Econômica Painel Trimestral Junho de 2013.
Goiânia, 3 de abril de Variação real da economia goiana, por meio da evolução física de seus principais setores de atividade: Agropecuária, Indústria.
Secretaria de Fundos Regionais e Incentivos Fiscais Fundos Regionais e Incentivos Fiscais no Nordeste.
Brasília, 10 e 11 de julho de Conjuntura econômica e negociações coletivas 5º Congresso dos Bancários de Brasília/DF.
Pronaf Produtivo Orientado. Ministério do Desenvolvimento Agrário Plano Safra da Agricultura Familiar 2015|2016 MCR – Pronaf Produtivo Orientado.
Ministério do Desenvolvimento Agrário Plano Safra da Agricultura Familiar 2015|2016 Agricultura Familiar: Alimentos Saudáveis para o Brasil Plano Safra.
Fomento para o Desenvolvimento Regional. Sistema Nacional de Fomento.
MPS – Ministério da Previdência Social SPS – Secretaria de Políticas de Previdência Social RESULTADO DO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL – RGPS EM JUNHO/2009.
Fundo Constitucional de Financiamento do Norte – FNO Fundo de Amparo ao Trabalhador – FAT Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES.
MARÇO/2014 MEDIDAS ADOTADAS PELO GOVERNO PARA MINIMIZAR O IMPACTO DA SECA NA NORDESTE 1 MINISTÉRIO DA FAZENDA SECRETARIA DE POLÍTICA ECONÔMICA - SPE.
Audiência Pública MP 707/2015 Senado Federal 16/03/2016 Audiência Pública MP 707/2015 Senado Federal 16/03/2016.
A FRENTE NACIONAL PELO SANEAMENTO AMBIENTAL FNSA.
O BNDES Macapá - AP 04 de dezembro de Quem somos Fundado em 20 de Junho de 1952 Empresa pública de propriedade integral da União Instrumento chave.
Dívida Externa. O que é dívida externa  Soma de todos os seus débitos externos - Empréstimos e financiamentos obtidos no mercado internacional pro empresas.
FNE 25 Anos Promovendo o Desenvolvimento do Nordeste Audiência Pública da Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo – CDR Brasília, 19/08/2015.
MINISTÉRIO DA PESCA E AQUICULTURA COORDENAÇÃO GERAL DE APOIO E INCENTIVO AO CRÉDITO.
Fundo Constitucional de Financiamento Centro Oeste - FCO.
Transcrição da apresentação:

ENDIVIDAMENTO RURAL DO NORDESTE AINDA EM BUSCA DE SOLUÇÃO José Ramos Torres de Melo Filho Presidente da FAEC - CNA 21 de Junho de 2007

Nordeste PIB Brasil (2004) R$ 1766,62 bilhões PIB Nordeste (2004) Exportações Brasil (2006) R$ 137,5 bilhões População Brasil (2006) R$ 186,7 milhões Nordeste 51,6 milhões (27,6% do Total Brasil) Nordeste R$ 11,6 bilhões (8,5%) Rural 16,0 milhões (46,4% do Total Rural) Fonte: IBGE e MDIC.

Origem do Endividamento Planos Econômicos Adversidades Climáticas Regulamentação morosa e de difícil interpretação Conservadorismo

ANOS 80 COMPARATIVO ENTRE ÍNDICES ECONOMICOS,EMPRÉSTIMOS BANCÁRIOS E PREÇOS RECEBIDOS Fonte: Souza Mafra

PLANO COLLOR INFLAÇÃO PREÇO RECEBIDO PREÇO MINIMO COMPARATIVOS ENTRE INDICES ECONOMICOS, TAXA DE JUROS E PREÇO RECEBIDO MARÇO DE 90 A JUNHO DE 94 INFLAÇÃO PREÇO RECEBIDO PREÇO MINIMO Fonte: Souza Mafra

ÍNDICES ECONÔMICOS X EMPRÉSTIMOS BANCÁRIOS X PREÇOS RECEBIDOS 8 ANOS DO REAL ÍNDICES ECONÔMICOS X EMPRÉSTIMOS BANCÁRIOS X PREÇOS RECEBIDOS JULHO/1994 A JULHO / 2002 Fonte: Souza Mafra

PLANO REAL: FATORES EXTERNOS: Crise do méxico – 1994-1995 Crise na Rússia – 1998-1999 Crise nos Tigres Asiáticos – 2000-2001 Crise na Argentina –2002 FATORES INTERNOS: Crise das Instituições financeiras - PROER Crescimento exponencial dos indexadores

90 92 93 94 97 98 99 01 04 ADVERSIDADES CLIMÁTICAS: 7 Secas 2 Inundações Num período de apenas 15 anos

SOMENTE A SECA DE 1998 MERECEU UMA RESPOSTA DO GOVERNO FEDERAL AUTORIZOU PRORROGAR POR MAIS 02 ANOS PARA O FINAL DO CONTRATO AS PRESTAÇÕES VENCIDAS NOS ANOS DE 1998 E 1999. “A SECA NÃO DISCRIMINA PORTE DE PRODUTORES, DESCONHECE LIMITES E CONFRONTAÇÕES.”

FUNDOS CONSTITUCIONAIS

PL – 4514 nov 2004 A TRAMITAÇÃO O VETO – Justificativas I – Benefício indevido para grandes produtores - devedores contumazes. II – O perigo moral. III – Custos fiscais com elevado ônus para o tesouro. O DESMENTIDO Perdão médio de 95% do valor da dívida dos grandes produtores junto ao BB

LEI 11.322 / 2006 1 – Resolve o problema de poucos: financiamento até R$ 15 mil 2 – Adia o problema para alguns: financiamento entre R$ 15 e R$ 35 mil. 3 – Impagáveis: financiamentos > que R$ 35 mil até R$ 100 mil. 4 – Não contempla débitos transferidos para a União. 5 – PESA – mesmo tratamento dado à crise 2004 / 2005 6 –- Injusta e excludente

INJUSTIÇA - COMPROVAÇÃO SECURITIZAÇÃO INJUSTA INJUSTIÇA - COMPROVAÇÃO

INJUSTIÇA - COMPROVAÇÃO SECURITIZAÇÃO INJUSTA INJUSTIÇA - COMPROVAÇÃO

INJUSTIÇA – COMPROVAÇÃO Decreto nº 5951 31/10/2006 X Programa Revitaliza   DECRETO N.º 5.951 31/10/2006 Encargos financeiros Variação % Com Bônus de adimplência, a partir de 2007 De 14/01/2000 até 31/12/2006 (Art. 1 da Lei 10.177) A partir de 1/01/2007 Decreto 5.951 de 31/10/2007 FNE projetos no semi-árido (25%) FNE fora do semiárido FCO e FNO (15%) Micro 6,00% 5,00% -16,67% 3,75% 4,25% Pequeno 8,75% 7,25% -17,14% 5,44% 6,16% Médio Grande 10,75% 9,00% -16,28% 6,75% 7,65% PROGRAMA REVITALIZA Taxa Efetiva Taxa efetiva com bônus de 20% Capital de Giro 8,50% 6,80% Investimento 7,00% 5,60% Exportação A Dale Carnegie Training® pode ajudá-lo a introduzir seu apresentador. Copie e cole este slide no início da apresentação, em seguida use-o durante a apresentação para introduzir o apresentador. Ao colá-lo, o PowerPoint irá automaticamente aplicar a aparência da apresentação do seu apresentador. Ao apresentar um apresentador, primeiro explique a importância do tópico e como o público se beneficiará. Em seguida, informe os motivos pelos quais o apresentador está habilitado a falar sobre o tópico. Termine com o nome do apresentador. Entusiasme-se e você verá que o público ficará atento à apresentação. Sua apresentação não deverá demorar mais que sessenta segundos. No final da apresentação, certifique-se de dedicar 30 segundos para agradecer o apresentador. Ao agradecê-lo, relate uma razão especial pela qual a apresentação foi relevante ao público. Fonte : Dr. Luciano Carvalho (CNA)

Concentração Regional do Crédito Rural R$ 1,7 Bilhões R$ 3,9 Bilhões R$ 11,7 Bilhões R$ 15,9 Bilhões R$ 8,8 Bilhões 53% do PIB financiado 47% do PIB financiado 35% do PIB financiado 26% do PIB financiado 24% do PIB financiado Fonte: Anuário Estatístico do Crédito Rural, Banco Central do Brasil e IPEADATA, com dados do IBGE.

Concentração Regional das Aplicações do BNDES (2006) R$ 1,6 Bilhões R$ 4,8 Bilhões R$ 34,4 Bilhões R$ 9,8 Bilhões R$ 3,7 Bilhões R$ 417,8 por habitante R$ 376,8 por habitante R$ 298,2 por habitante R$ 118,5 por habitante R$ 98,2 por habitante Fonte: BNDES: Aplicação dos Recursos em 2006 (Desembolsos) e IPEADATA, com dados do IBGE.

“A classe média rural do Nordeste está desaparecendo” Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste - FNE Contratação por Porte de Tomadores do Programa Rural (em valor) Janeiro a Junho de 2006 1989 – 2005 “A classe média rural do Nordeste está desaparecendo” Fonte: Relatório de Atividades e Informações Gerenciais elaborados pelo Banco do Nordeste.

PROPOSTAS PREMISSAS FUNDAMENTAIS: MEDIDAS: - Respeitar as especificidades regionais; - Recuperar capacidade produtiva do setor agropecuário; MEDIDAS: - Renegociar o estoque da dívida compatível com a real capacidade de pagamento dos produtores rurais e de suas cooperativas; - Criar novas linhas de crédito, para o financiamento de atividades produtivas, de modo a gerar riquezas, para o fortalecimento da economia regional e viabilizar capacidade de reembolso do produtor; - Ampliar as atribuições do grupo técnico, constituído por esta Comissão para equacionar, também, o problema do endividamento do Nordeste brasileiro.