Josiane Lavínia Ferreira; Heloísa C.Q.C.Passos Guimarães

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Transcrição da apresentação:

Complexidade Assistencial dos Pacientes Internados no Instituto Lauro de Souza Lima Josiane Lavínia Ferreira; Heloísa C.Q.C.Passos Guimarães Instituto Lauro de Souza Lima

“cuidado em saúde” versus “qualidade do cuidado em saúde”: Introdução “cuidado em saúde” versus “qualidade do cuidado em saúde”: DESAFIO ESTRATÉGIA SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM (SAE) histórico, diagnóstico, prescrição e evolução de enfermagem JLF HCQCPG ILSL

Introdução  SAE instrumento de trabalho na prática assistencial;  reflexão das ações de Enfermagem;  um dos desafios: garantir a adequação dos recursos humanos.  Evolução dos métodos de dimensionamento de pessoal de enfermagem:  nível intuitivo (antes de 1939)  sistema de classificação dos pacientes (SCP) (1960): “... diferentes graus de complexidade assistencial que os pacientes apresentavam dentro de uma mesma unidade de internação” (FUGULIN et al., 2005). JLF HCQCPG ILSL

Sistema de Classificação de Pacientes (SCP) Introdução Sistema de Classificação de Pacientes (SCP) “A classificação de pacientes, de acordo com o grau de dependência da equipe de enfermagem, constitui uma das etapas dos métodos de dimensionamento de pessoal” (SANTOS et al., 2007) , pois permite categorizar os pacientes em grupos de cuidados e quantificá-los como medida dos esforços de enfermagem requeridos. JLF HCQCPG ILSL

Introdução Possibilita ao enfermeiro: avaliar e adequar o volume de trabalho requerido com o pessoal de enfermagem disponível. auxiliar a justificar a necessidade de pessoal adicional, quando ocorre aumento do volume de trabalho.  subsidiar o planejamento e a implementação de programas assistenciais. JLF HCQCPG ILSL

Introdução Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) Resol. nº 293/04: parâmetros oficiais para o dimensionamento de pessoal de enfermagem SCP de Fugulin et al. (1994) A partir dessa classificação, foi indicado as horas mínimas de assistência e a distribuição percentual dos profissionais de enfermagem para cada tipo de cuidado. JLF HCQCPG ILSL

Introdução SCP segundo Fugulin et al. (1994; 2007) mínimo (M) classifica os pacientes de acordo com sua complexidade assistencial em cinco categorias: mínimo (M) intermediário (IM) alta dependência (AD) semi-intensivo (SI) intensivo (IT) JLF HCQCPG ILSL

Introdução Indicadores: baseados nas necessidades humanas básicas preconizadas por Horta (1979); esferas biopsicossocial de necessidades de cuidado de enfermagem, atribuindo pesos a cada nível de dependência em relação às áreas de cuidado, somados ao final para categorizar o paciente conforme a complexidade assistencial; Fugulin et. al (2007): complementação do instrumento de Fugulin et al. (1994), contemplando novas áreas de cuidado: comprometimento tecidual, número de trocas do curativo tempo utilizado para a sua realização . JLF HCQCPG ILSL

Graduação da complexidade assistencial 4 3 2 1 Estado mental Área de cuidado Graduação da complexidade assistencial 4 3 2 1 Estado mental Inconsciente. Períodos de inconsciência. Períodos de desorientação no tempo e no espaço. Orientação no tempo e no espaço. Oxigenação Ventilação mecânica (uso de ventilador a pressão ou a volume). Uso contínuo de máscara ou cateter de oxigênio. Uso intermitente de máscara ou cateter de oxigênio. Não depende de oxigênio. Sinais vitais Controle em intervalos menores ou iguais a 2 horas. Controles em intervalos de 4 horas. Controles em intervalos de 6 horas. Controles de rotina (8 horas). Motilidade Incapaz de movimentar qualquer segmento corporal. Mudança de decúbito e movimentação passiva programada e realizada pela enfermagem. Dificuldades para movimentar segmentos corporais. Mudança de decúbito e movimentação passiva auxiliada pela enfermagem. Limitação de movimentos. Movimenta todos os segmentos corporais. Deambulação Restrito ao leito. Locomoção através de cadeira de rodas. Necessita de auxílio para deambular. Ambulante. Alimentação Através de cateter central. Através de sonda nasogástrica. Por boca, com auxílio. Auto-suficiente. Cuidado corporal Banho no leito, higiene oral realizada pela enfermagem. Banho no chuveiro, higiene oral realizada pela enfermagem. Auxílio no banho de chuveiro e/ou higiene oral. Eliminação Evacuação no leito e uso de sonda vesical para controle de diurese. Uso de comadre ou eliminações no leito. Uso de vaso sanitário com auxílio. Terapêutica Uso de drogas vasoativas para manutenção de PA. EV contínuo ou através de sonda nasogástrica. EV intermitente. IM ou VO. JLF HCQCPG ILSL

 Cuidado intensivo (IT)  Acima de 34 Integridade cutâneo-mucosa / comprometimento tecidual Presença de solução de continuidade da pele com destruição da derme, epiderme, músculos e comprometimento das demais estruturas de suporte, como tendões e cápsulas. Eviscerações. Presença de solução de continuidade da pele envolvendo tecido subcutâneo e músculo. Incisão cirúrgica. Ostomias. Drenos. Presença de alteração da cor da pele (equimose, hiperemia) e/ou presença de solução de continuidade da pele envolvendo a epiderme, derme ou ambas. Pele íntegra. Curativo Curativo realizado 3 vezes ao dia ou mais, pela equipe de enfermagem. Curativo realizado 2 vezes ao dia pela equipe de enfermagem. Curativo realizado 1 veze ao dia pela equipe de enfermagem. Sem curativo ou limpeza da ferida / incisão cirúrgica, realizada pelo paciente, durante o banho. Tempo utilizado na realização de curativos Superior a 30 minutos. Entre 15 e 30 minutos. Entre 5 e 15 minutos. Sem curativo ou limpeza da ferida realizada durante o banho. Categoria de Cuidado Pontuação  Cuidado intensivo (IT)  Acima de 34  Cuidado semi-intensivo (SI)  29-34  Cuidado alta dependência (AD)  23-28  Cuidado intermediário (IM)  18-22  Cuidado mínimo (M)  12-17 JLF HCQCPG ILSL

OBJETIVO Classificar os pacientes internados no Instituto Lauro de Souza Lima-ILSL segundo sua complexidade assistencial. JLF HCQCPG ILSL

METODOLOGIA Tipo de Estudo: exploratório-descritivo retrospectivo;  Campo: ILSL, unidades de internação de Clínica Médica-Cirúrgica (UIA,UIB,UIC);  Amostra: pacientes internados no ILSL; Período: julho a dezembro de 2007. Critérios de inclusão:  Pacientes maiores de 14 anos;  Admitidos no ILSL no período determinado;  Internação ocorrida na Clínica Médica-Cirúrgica (UIA, UIB e UIC);  Possuir registro no Serviço de Arquivamento Médico e Estatística (SAME);  Possuir em seu prontuário o impresso de Histórico de Enfermagem (HE) e de Padrões Mínimos de Assistência de Enfermagem (PME). JLF HCQCPG ILSL

METODOLOGIA Procedimentos para operacionalização: I. Levantamento (SAME) dos pacientes admitidos nas unidades de internação no período determinado; II. Confecção de instrumento de coleta a partir do instrumento de classificação de Fugulin et. Al (2007); III. Preenchimento do instrumento de coleta de dados a partir da leitura dos dados registrados no prontuário do paciente, por meio dos impressos PME e HE referentes à data de sua sua admissão. JLF HCQCPG ILSL

ANÁLISE DOS DADOS JLF HCQCPG ILSL

ANÁLISE DOS DADOS JLF HCQCPG ILSL

ANÁLISE DOS DADOS Tabela 1: Classificação dos pacientes admitidos nas unidades UIA, UIB e UIC do ILSL segundo sua complexidade assistencial no período de julho a dezembro de 2007. Categoria do cuidado UIA UIB UIC IT 01 (2,5%) 0 0 SI 03 (7,5%) 0 AD 08 (20%) 10 (25%) 04 (20%) IM 13 (32,5%) 22 (55%) 16 (80%) M 17 (42,5%)* 05 (12,5%) 0 *Obs.: 12 internações da UIA categorizadas como “M” ocorreram para tratamento ambulatorial; se desconsideradas a unidade apresenta seu maior percentual de internações classificadas como “IM” e “AD” como as demais unidades. JLF HCQCPG ILSL

ANÁLISE DOS DADOS JLF HCQCPG ILSL

ANÁLISE DOS DADOS JLF HCQCPG ILSL

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Considerações Finais  Foi possível aplicar o instrumento de Fugulin et al (2007), no entanto ele não correspondeu totalmente à realidade da instituição em estudo devido às características dos pacientes admitidos pela mesma. Obrigada! JLF HCQCPG ILSL