PROTEÍNAS TOTAIS E FIBRINOGÊNIO NO SORO SANGUÍNEO E NO LÍQUIDO PERITONEAL DE EQUINOS SUBMETIDOS À OBSTRUÇÃO INTESTINAL EXPERIMENTAL unesp A. F. S. Nogueira ; P.A. Di Filippo; L. A. Anai; E. C. Filho; A.E. Santana Departamento de Clínica e Cirurgia Veterinária, Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Unesp, Câmpus de Jaboticabal, São Paulo, Brasil. INTRODUÇÃO: RESULTADOS E DISCUSSÃO: A síndrome abdômen agudo é uma das principais causas de urgência cirúrgica em medicina dos equideos. Pelo significado biológico e múltiplas funções das proteínas com relação aos diferentes órgãos e sistemas orgânicos, a avaliação de suas concentrações séricas representa importante auxílio ao diagnóstico clínico. O fibrinogênio é amplamente estudado com vistas à avaliação de processos infecciosos e/ou inflamatórios, e tem como papel, neste caso, o fornecimento de substrato para a formação de fibrina e para a reparação tecidual, formando uma matriz para a migração de células inflamatórias. Os valores das proteínas séricas totais, dos animais dos quatro grupos experimentais, não diferiram entre si e os seus valores situaram-se dentro dos limites de normalidade para a espécie (5,8-8,7g/dL). Entretanto, no líquido peritoneal dos animais dos grupos GC, GD e GI as concentrações elevaram-se durante o período experimental (P<0,05). Para o fibrinogênio, observou-se que os valores médios obtidos, no sangue e no líquido peritoneal, encontraram-se dentro da faixa dos valores de referência para a referida espécie equina (200 a 400 mg dL-1). OBJETIVOS: Aparentemente, os resultados associaram-se à lesão entérica, resultante do modelo de obstrução e à laparotomia. Determinar a concentração das proteínas totais e do fibrinogênio no soro sanguíneo e no líquido peritoneal de equinos submetidos à obstrução intestinal experimental segundo modelo descrito por Dattt & Usenik, 1974. MATERIAL E MÉTODOS: Grupos experimentais: Vinte e um equinos, cuja obstrução intestinal foi instituída em segmentos de duodeno - GD (n=6), íleo - GI (n=6) ou cólon dorsal esquerdo - GM (n=6). Além disso, instituiu-se um grupo controle instrumentado - GC (n=3). Avaliações laboratoriais: As colheitas das amostras de sangue e de líquido peritoneal foram realizadas antes, três horas após as obstruções, três horas após as desobstruções e no 1º, 3º, 5º e 7º dias pós-operatório. A proteína total foi determinada pelo método do biureto e o fibrinogênio pela técnica de precipitação pelo calor (56°C) descrita por Schalm et al. (1975). CONCLUSÕES: A determinação da concentração protéica no líquido peritoneal mostrou-se mais sensível e eficaz no diagnóstico de processos inflamatórios abdominais quando comparada à avaliação sérica e, portanto, deve ser priorizada no diagnóstico e monitoramento pós-operatório em equinos com cólica. REFERÊNCIAS: CRISMAN, M. V.; SCARRATT, W. K.; ZIMMERMAN, K. L. Blood proteins and inflammation in the horse. Veterinary Clinics Equine Practice, v. 24, p. 285-297, 2008. FEIGE, K.; KÄSTNER, S. B. R; DEMPFLE, C. E.; BALESTRA, E. Changes in coagulation and markers of fibrinolysis in horses undergoin colic surgery. Journal Veterinary Medicine Applicate Physiology Pathology Clinical Medicine, v. 50, n. 1, p. 30-36, 2003. KANEKO, J. J.; HARVEY, J. W.; BRUSS, M. L. Clinical biochemistry of domestic animals. 6th ed., Burlington: Academic Press, 2008. p. 117-155, 157-172. XI Conferência Anual da ABRAVEQ, 2010, 12 – 13 de junho, São Paulo- SP, Brasil. dessafsn@yahoo.com.br Este estudo foi submetido à Comissão de Ética no Uso de Animais (Unesp-Jaboticabal/Brasil) de acordo com o protocolo 023232-05.