FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO PROFº CLAUDIO BARBOSA

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Transcrição da apresentação:

FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO PROFº CLAUDIO BARBOSA UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO – UFRRJ PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO AGRÍCOLA – (PPGEA) FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO (1º SEM/2007) PROFº CLAUDIO BARBOSA Departamento de Educação e Sociedade Instituto Multidisciplinar / UFRRJ

POR QUE DEVO OBEDECER AO ESTADO? a) Porque é a vontade de deus... b) Porque o estado e eu fizemos um acordo... c) Porque se eu não obedeço “eles” me “cortam a cabeça... POR QUE DEVO SUBMETER-ME AO PODER DO ESTADO?

MAS O QUE É PODER? FORÇAS: É a capacidade que uma pessoa (ou um grupo) tem de fazer com que outra pessoa (ou grupo) atenda a sua vontade. Para que alguém exerça poder é necessário ter força. O exercício do poder pressupõe um desequilíbrio de forças. FORÇAS: 1. Física; 2. Psíquica; 3. Moral.

O ESTADO Elementos necessários para o nascimento de um Estado: população, território e governo. Mas como esses elementos se reúnem? Como se justifica a existência do Estado? O poder de um governo precisou sempre de crenças ou doutrinas que o justificasse (para justificar o comando e a obediência). As teorias que procuram justificar o Estado refletem o pensamento político dominante de cada fase da evolução da humanidade.

JUSTIFICAÇÃO DO ESTADO Teoria teológico-religiosa Teoria racionalista Teoria da supremacia de classe

AS TEORIAS As mais antigas teorias, chamadas “teológico-religiosas”, atribuem ao Estado uma origem sagrada. O Estado foi fundado por Deus (Santo Agostinho, séc. IV). Sob a denominação de teorias “racionalistas”, agrupam-se todas aquelas que justificam o Estado como de origem convencional, produto artificial de um pacto voluntário (Hobbes, séc. XVII). Segundo a teoria da “supremacia de classe”, o Estado é um conjunto de instituições que tem por finalidade assegurar o domínio de um minoria vencedora sobre uma maioria vencida (Marx e Engels, séc. XIX).

EDUCAÇÃO E SOCIEDADE Que sentido pode ser dado à educação, como um todo dentro da sociedade? Existem três grupos de entendimento do sentido da educação na sociedade: Educação como redenção da sociedade; Educação como reprodução sociedade; Educação como transformação da sociedade.

1 ) Redenção: Volta-se para a formação das personalidades, com o objetivo de integrar harmonicamente os indivíduos no todo social já existente; A escola interfere de forma absoluta nos destinos do todo social. A escola está à parte da sociedade; Teoria não crítica da educação (Dermeval Saviani).

2 ) Reprodução (Crítico-reprodutivista): Sociedade necessita reproduzir-se para perenizar-se; Duas vertentes de reprodução: a) vertente biológica, b) vertente cultural; Como se dá a reprodução do ponto de vista qualitativo? a) na prática cotidiana, b) em instituição social específica; A escola garante o “saber fazer” e o “saber comportar-se”.

3) Transformação: A tendência redentora é excessivamente otimista. A tendência reprodutora é excessivamente pessimista; Nem redime, nem reproduz a sociedade, mas serve de meio, ao lado de outros meios; Compreende a educação como mediação de um projeto social; Teoria crítica da educação (Dermeval Saviani).

TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS NA PRÁTICA ESCOLAR Pedagogias: a) Liberal; b) Tradicional. Liberal: Tradicional (transmissão de conteúdos / professor); Renovada Progressivista e Renovada Não-Diretiva (Escola Nova: enfoque no aluno); Tecnicista (transmissão de conteúdos / técnicas).

Libertadora (Paulo Freire)*; Libertária (Anarquismo)*; b) Progressista: Libertadora (Paulo Freire)*; Libertária (Anarquismo)*; Crítico-Social dos Conteúdos (conteúdos + relevância social para os alunos). * Pontos comuns: > Anti-autoritarismo; > Experiência vivida; > Autogestão pedagógica; > Educação não- -formal

Racional-tecnológica; 3. Holísticas Sociocríticas; 4. Pós-modernas OUTRA PROPOSTA: Racional-tecnológica; 3. Holísticas Sociocríticas; 4. Pós-modernas Obs 1) Perspectiva holística = que dá preferência ao todo ou ao sistema completo, e não à análise, à separação das respectivas partes componentes. Obs 2) Holismo = teoria de que existe uma tendência a interação dos elementos do universo e em especial dos seres vivos, e não de uma soma dessas partes.

BIBLIOGRAFIA CHAUI, Marilena. Convite à filosofia. 13.ed. São Paulo: Ática, 2003. LUCKESI, Cipriano. Filosofia da educação. São Paulo: Cortez, 1994. MALUF, Sahid. Teoria geral do Estado. 23.ed. São Paulo: Saraiva, 1995. SADER, Emir. Estado e política em Marx. 2.ed. São Paulo: Cortez, 1998.