GF 115: Economia do Desenvolvimento Prof. Rui Albuquerque

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Transcrição da apresentação:

GF 115: Economia do Desenvolvimento Prof. Rui Albuquerque Sessão 3 – Escola Clássica (Fisiocratas) 19 de agosto de 2008

François Quesnay * 1694 (França) - † 1774 Médico do rei Luiz XV 1758: Tableau Économique – marca o início da Escola Fisiocrática. Princípios: ordem natural e ordem providencial, solidamente ligadas à terra, que propõem serenidade ao período de inquietação econômica e política.

François Quesnay (2) François Quesnay (1694-1774): Procurou criar uma ciência econômica à semelhança das ciências naturais. Para ele, a economia se reduzia a números, nada teria a ver com questões morais e seria independente do processo histórico humano. Considera direitos naturais o direito à vida com liberdade e o direito à propriedade sem restrições.

1. Ordem Natural Os fenômenos econômicos processam-se livre e independentemente de qualquer coação exterior, segundo uma ordem imposta pela natureza e regida por leis naturais (idéia de equilíbrio estacionário, retomada por Walras no séc. XIX). A sociedade se compõe de três classes: i) produtiva, formada pelos agricultores, ii) classe dos proprietários imobiliários/nobreza, e iii) estéril (comerciantes, artesãos/membros das corporações urbanas). A circulação de riquezas ocorre entre essas diferentes classes (idéia do fluxo circular de renda retomada por economistas modernos).

2. Ordem Providencial A ordem natural é uma ordem providencial, pois é desejada por Deus. Por ser providencial é a melhor possível, e, portanto, deve ser deixada livre para o alcance do progresso econômico e social (raiz da doutrina liberal – laissez-faire).

Uma síntese do pensamento mercantilista Não há nas concepções mercantilistas o desenvolvimento de uma teoria do valor. A idéia geral é de que o lucro tem origem no ato de troca. Disso resulta a importância dada ao comércio (e à balança comercial favorável); E o fato das grandes companhias de comércio evitarem, ao máximo, a concorrência (defendem o monopólio e o exclusivo comercial).

Fisiocratas (1) Fisiocracia provém do grego: phisis (natureza), cratos (poder), o que significa “poder da natureza”. Grupo de economistas franceses do século XVIII que combateu as idéias mercantilistas e formulou, pela primeira vez, de maneira sistemática e lógica, uma teoria do liberalismo econômico. Os fisiocratas eram discípulos intelectuais de François Quesnay.

Fisiocratas (2) Quesnay critica os mercantilistas: Ele protesta contra uma política que havia abandonado a agricultura para pensar apenas em estimular a indústria e o comércio externo; Protesta também contra a proibição da livre circulação de cereais; e Critica também a idéia de que as riquezas de uma nação se regulam pela massa de riquezas pecuniárias (estoques de divisas).

Fisiocratas (3) Para os fisiocratas só é produtivo o trabalho que produz produto líquido e, uma vez que só existe produto líquido na agricultura, só o trabalho agrícola é produtivo. Por outro lado, a produtividade do trabalho agrícola não é uma virtude que lhe seja particular: não passa de um sinal da produtividade da natureza. Quesnay formulou um instrumento teórico para o estudo das relações econômicas entre as classes sociais que compõem o sistema: o quadro econômico. A idéia principal é de que os processos de produção e do consumo podem e devem ser estudados no sistema econômico em seu conjunto. Quesnay pretende demonstrar que a vida econômica funciona como uma máquina ou, o que para ele é a mesma coisa, como um organismo vivo. Assim se explica desde o início o respeito que mostra pelo funcionamento espontâneo da máquina e a sua recusa a intervir na sua marcha.

Avanços dos Fisiocratas Economia como um “sistema vivo” Diferenciação de “trabalho produtivo” e “trabalho improdutivo” Organicidade também das Classes Sociais Excedente é gerado pela Produção Questões não resolvidas: (quais?)