Carolina Romero Machado

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
HEPATITE C.
Advertisements

Dengue.
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DA DENGUE
INFLUENZA A (H1N1) REDUZIR RISCO DE TRANSMISSÃO
Dengue Profª: Vanise Parente.
Dengue.
PROGRAMA DE CONTROLE DA DENGUE Paraná UFPR SEED.
Termos Técnicos Utilizados em Parasitologia
SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DA LEPTOSPIROSE NA BAHIA
Hantavirose.
Dengue Dengue.
O que é a Hepatite A ? Hepatite A é uma doença do fígado altamente contagiosa e algumas vezes fatal. É causada por um vírus, o HAV. Geralmente esta.
Vírus Márcia Regina Garcia.
PROMOÇÃO A SAÚDE PROTEÇÃO ESPECIFICA
Videoconferência Nova classificação de casos de Dengue
Terapias Homeomédica Ao estabelecermos este dialogo interactivo estamos a propor uma parte da nossa capacidade de tratamentos. Por essa mesma razão entende-se.
Malária A malária ou paludismo é uma doença infecciosa aguda ou crônica causada por protozoários parasitas do gênero Plasmodium, transmitidos pela picada.
O que é a Dengue? É uma doença infecciosa aguda de curta duração, de gravidade Variável, causada por um vírus e transmitida principalmente pe- lo mosquito.
FEBRE AMARELA Vídeo introdutório.
Professor: Rogerio Ferreira
DENGUE.
conceitos e informações farmacêuticas
Flavivírus Escola das Ciências da Saúde e Meio Ambiente
Doenças febris hemorrágicas Vigilância sindrômica
Vigilância Epidemiológica

1.
FEBRE AMARELA Profa. Alessandra Pardini Disciplina: Imunologia Clínica
DOENÇAS INFECCIOSAS DE CÃES
VARICELA Vitória Albuquerque Residente pediatria HRAS/SES/SES/DF
INTRODUÇÃO DO VÍRUS CHIKUNGUNYA NO ESTADO DA BAHIA:
EPIDEMIOLOGIA DEFINIÇÕES.
Hepatites virais.
DENGUE Saúde Pública Veterinária Depto Medicina Veterinária Preventiva
FEBRE AMARELA Estevão Xavier R2 pediatria
Influenza / Gripe → DIAGNÓSTICO ETIOLÓGICO (CID-10: J.09 a J.11)
VACINAÇÃO CONTRA FEBRE AMARELA
Agente Voltaire Merques Fernandes
Carolina Romero Machado
DENGUE Carolina Romero.
Dengue.
DENGUE UNIDADE DE PEDIATRIA - HRAS ENFERMARIA - DIP
Aspecto Epidemiológico
Leptospirose Definição: Bactéria do gênero Leptospira.
Pedro Tenório Rafael Costa Martins Renata Sayuri Ansai
Vigilância das Hepatites Virais
Hantavirose.
FLUXOGRAMA DE INVESTIGAÇÃO LABORATORIAL DAS HEPATITES VIRAIS NA ATENÇÃO BÁSICA Elaborado por um grupo de profissionais das SMS de Londrina, Cambé, Rolândia.
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
IMUNIZAÇÃO Juliane Berenguer de Souza Peixoto.
Infecções Congênitas – Citomegalovírus
Febre Amarela.
Febre Amarela Caio Capelasso Danilo Costa Penélope Aquino Neto Ricardo Henry Samuel Holder Vanessa Monte.
Universidade Federal do Maranhão Departamento de Patologia
Francisco Franciane Levino Magno natália Rafael Pereira
DENGUE – FEBRE AMARELA Professora: Ana Cristina Acorsi Etges
INFECÇÃO HUMANA PELO VÍRUS INFLUENZA A (H1N1)
COLÉGIO SÃO JOSÉ 2º ANO - EM BIOLOGIA PROFESSORA VANESCA 2016.
Febre Amarela e Herpes Alunos: Eduardo, Mariane, Patrick, Junior.
“ Eu, um cidadão olímpico.”. Zika: Presidente de comitê olímpico do Quênia considera desistir dos Jogos Olimpíada do Rio ameaça reexportar o zika "O COI.
Prefeitura Municipal de Belém Secretaria Municipal de Saúde Prefeitura Municipal de Belém Secretaria Municipal de Saúde Departamento de Vigilância à Saúde.
7º ano- Ciências Professora Vanesca- 2016
Dr. Fábio Fernandes Neves Especialista em Doenças Infecciosas e Parasitárias Divisão de Emergências Clínicas do Departamento de Clínica Médica Febres Hemorrágicas.
Vacina contra a Febre Amarela
Mariana Soares da Silva Mestranda Virologia Básica Vírus da Hepatite E.
Transcrição da apresentação:

Carolina Romero Machado Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro- UNIRIO Hospital Universitário Gafrée e Guinle Disciplina de Doenças Infecciosas e Parasitárias Febre Amarela Carolina Romero Machado

Introdução Doença infecciosa febril aguda, de curta duração e de gravidade variável A forma grave caracteriza-se clinicamente por manifestações de insuficiência hepática e renal. Mortalidade 20 – 50%; Agente etiológico: arbovírus do gênero Flavivírus; família Flaviviridae África e América do Sul

Histórico 1648 - Yucatan, México 1685 - Recife, PE 1849 – Salvador, Bahia e Rio de Janeiro, RJ 1881 – Stegomyia fasciata ou Aedes aegiypti transmissor FA - Carlos Finlay 1909 – Eliminada FA no Rio de Janeiro 1920 – Diagnosticado caso de FA silvestre, PE 1937 – Vacina febre amarela 1942 – ultimos casos de FA urbana no AC, Brasil 1955 e 1973 – erradicação do Aedes aegypti em território brasileiro

Epidemiologia 1908 a 2004: 662 casos de FA silvestre, 339 óbitos (www.saude.gov.br/svs) 2007 a 2008: 40 casos de FA silvestre, 21 óbitos (www.saude.gov.br/svs) Nov/08 a fev/09 – RS: 11 casos suspeitos – 5 casos confirmados (4 óbitos), 3 casos descartados e 3 em investigação. (www.saude.rs.gov.br)

www.saude.gov.br/svs

www.saude.gov.br/svs

Epidemiologia Reservatórios: primatas não-humanos (Alouatta, Cebrus, Callithrix) e humanos Vetores: Aedes aegypti (urbano) Haemagogus e Sabethes (silvestre) Antropozoonose

Epidemiologia Período de Incubação : 3 a 6 dias Período de transmissibilidade: 24 a 48h antes dos sintomas até 3 a 5 dias após início dos sintomas Grupos de risco: trabalhadores rurais,garimpeiros, caçadores, seringueiros, ecoturismo Imunidade: doença confere imunidade permamente vacina em torno de 10 anos

Patogenia Após a inoculação replicação nos linfonodos locais, células musculares estriadas, lisas e fibroblastos - produz viremia e se dissemina por todo o corpo (fígado,baço, medula óssea e músculos cardíacos). Necrose médio-sazonal lóbulos hepáticos, esteatose, degeneração eosinofílica dos hepatócitos (corp. de Councilmann) e inclusões nucleares granulares (corp. de Torres), que são causadas diretamente pela infecção viral. A patogênese da lesão renal não é bem definida. Necrose tubular aguda por resultado do colapso circulatório generalizado. Coagulopatia: redução fatores coagulação e CIVD

Evolução Clínica

Manifestações Clínicas Fase de viremia Febre alta início abrupto, anorexia, prostração, cefaléia intensa, mialgia, dor lombosacra, náuseas, vômitos, hemorragias gengivais e epistaxe. Sinal de Faget. Período de remissão (24 h) – melhora dos sintomas Período toxêmico Retorno febre, vômitos, icterícia, dor abdominal, manifestações hemorrágicas, insuficiência renal, alteração nível de consciência. Hipoglicemia, redução perfusão,acidose. O óbito ocorre em 20 a 50 % dos casos graves, entre o sétimo e décimo dia de doença.

Manual de Vigilância Epidemiológica de Febre Amarela 1999 -MS

Alterações laboratoriais Leucopenia, neutropenia Aumento: TGO > TGP, FA, BT (BD> BI) Aumento uréia, creatinina EAS: albuminúria (nefrótica), hematúria, cilindúria Coagulograma: aumento PPT e TAP (>2X), diminuição fatores coagulação, plaquetas, fibrinogênio

Diagnostico diferencial Dengue Leptospirose Hepatites virais Febre tifóide Malária Febre hemorrágica do dengue Sepse por Gram negativos Febres hemorrágicas virais Febre maculosa

Diagnóstico Notificação compulsória Métodos virológicos , sorológicos e histopatologia Isolamento viral: 4 primeiros dias de doença Cultivo de células, identificação IFI ou PCR Ag virais ELISA RT-PCR Sorologia: MAC-ELISA (detecção Ac IgM)

Tratamento Suporte. Não há drogas anti-virais. Interferon gama: profilaxia individual pós-exposição?? Ribavirina Hipotensão, desidratração e distúrbios hidroeletrolíticos Insuficiência renal: diurético, diálise Hemorragias Choque Internação em CTI

QUE PESSOAS ESTÃO SOB O RISCO DE ADOECER DE FEBRE AMARELA? Prevenção e Controle QUE PESSOAS ESTÃO SOB O RISCO DE ADOECER DE FEBRE AMARELA? Todos aqueles que se expuserem às situações de risco. Como: - penetrar em regiões onde há mosquitos infectados; - manipular materiais biológicos infectados.

Prevenção e Controle 2001: SVS – Plano de Intensificação das Ações de Prevenção e Controle da Febre Amarela Reduzir incidência da FA silvestre Impedir surgimento de casos de FA urbana Vigilância de epizootias (antecede casos humanos) Aumento da capacidade de diagnóstico Vacinação

Vacina contra Febre Amarela 17DD, vírus vivo atenuado, altamente imunogênica, segura Ac aparecem cerca 10 dias após imunização em 95% casos Confere imunidade por, pelo menos, 10 anos Indicações: Toda população residente em “área com recomendação de vacina” a partir dos 9 meses de idade Pessoas que irão se deslocar para áreas com recomendação de vacina a partir dos 9 meses Viajantes que se deslocam para áreas infectadas pelo Aedes aegypti

www.saude.gov.br/svs

Vacina contra Febre Amarela Contra Indicações: HIV/aids Imunossupressores, neoplasias Idade < 6 meses (risco encefatite viral) Gestantes e amamentação Alergia a ovos, eritromicina e dose prévia Efeitos colaterais: 5% vacinados: febre, cefaléia, mialgia Pouco frequente reação local Obitos raros Reação anafilática Encefalite Comprometimento de múltiplos órgãos