Metodologia da Pesquisa em Educação Algumas reflexões iniciais... Algumas reflexões iniciais... Prof. Dra. Dóris Bittencourt Almeida.

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Transcrição da apresentação:

Metodologia da Pesquisa em Educação Algumas reflexões iniciais... Algumas reflexões iniciais... Prof. Dra. Dóris Bittencourt Almeida

UMA PASSAGEM DO LIVRO ‘O MUNDO DE SOFIA’ (...) embora as questões filosóficas digam respeito a todas as pessoas, nem todas se tornam filósofas. Por diferentes motivos, a maioria delas é tão absorvida pela cotidiano que a admiração pela vida acaba sendo completamente reprimida. Para as crianças, o mundo – e tudo o que há nele – é uma coisa nova; algo que desperta a admiração. Nem todos os adultos vêem a coisa dessa forma. A maioria deles vivencia o mundo como uma coisa absolutamente normal. E precisamente nesse ponto é que os filósofos constituem uma louvável exceção. Um filósofo nunca é capaz de se habituar completamente com esse mundo. Para ele ou para ela o mundo continua a ter algo de incompreensível, algo até de enigmático, de secreto. Os filósofos e as crianças têm, portanto, uma importante característica em comum. (...) E agora você precisa se decidir, querida Sofia: você é uma criança que ainda não “se acostumou” com o mundo? Ou você é uma filósofa capaz de jurar que isto nunca vai lhe acontecer? (Gaardner, Jostein. O mundo de Sofia. São Paulo: Cia das Letras, 1995, p. 30) (Gaardner, Jostein. O mundo de Sofia. São Paulo: Cia das Letras, 1995, p. 30)

A palavra pesquisa Pesquisa é uma palavra que nos veio do espanhol. Este, por sua vez, herdou-a do latim. Havia em latim perquiro, que significava “procurar; buscar com cuidado; procurar por toda a parte; informar-se; inquirir; perguntar; indagar bem, aprofundar na busca.” O particípio passado desse verbo latino era perguisitum. Por alguma lei da fonética histórica, o primeiro r se transformou em s na passagem do latim para o espanhol, dando o verbo pesquisar que conhecemos hoje. Perceba que os significados desse verbo em latim insistem na idéia de uma busca feita com cuidado e profundidade. Nada a ver, portanto, com trabalhos superficiais, feitos só para “ganhar nota”.

Portanto, PESQUISA É A INVESTIGAÇÃO FEITA COM O OBJETIVO EXPRESSO DE OBTER CONHECIMENTO ESPECÍFICO E ESTRUTURADO SOBRE UM ASSUNTO PRECISO. A pesquisa está presente: * no dia-a-dia, nas ações mais corriqueiras; * no dia-a-dia, nas ações mais corriqueiras; * no desenvolvimento da ciência; * no desenvolvimento da ciência; * no avanço tecnológico; * no avanço tecnológico; * no progresso intelectual de um indivíduo; * no progresso intelectual de um indivíduo;

Um pouco da história da ciência... Os primeiros conhecimentos científicos coincidem com a origem da humanidade, mas a origem da ciência ocidental costuma ser situada na Grécia antiga Os primeiros conhecimentos científicos coincidem com a origem da humanidade, mas a origem da ciência ocidental costuma ser situada na Grécia antiga No início: ciência confunde-se com religião No início: ciência confunde-se com religião Dos feiticeiros às experiências: observação, experimentações, conhecimentos acumulativos Dos feiticeiros às experiências: observação, experimentações, conhecimentos acumulativos Sábios e sacerdotes: Mesopotâmia, Egito Sábios e sacerdotes: Mesopotâmia, Egito Primeiros cientistas ocidentais: filósofos gregos (Sócrates, Tales, Platão, Aristóteles) Primeiros cientistas ocidentais: filósofos gregos (Sócrates, Tales, Platão, Aristóteles) Filósofo: “amigo do saber” Filósofo: “amigo do saber” Questionamento: “de que era feito o mundo?” – fogo, água, ar, terra Questionamento: “de que era feito o mundo?” – fogo, água, ar, terra Avanço no método científico: observação, dedução, tentativa de explicação... Avanço no método científico: observação, dedução, tentativa de explicação... Invenção da escrita: permitiu a conservação das reflexões científicas nas bibliotecas (centros do saber) Invenção da escrita: permitiu a conservação das reflexões científicas nas bibliotecas (centros do saber)

Cada povo constrói suas explicações para as origens do mundo Papiro com saberes da medicina egípcia

"Os benefícios que fiz aos mortais atraíram-me este rigor. Apoderei-me do fogo, em sua fonte primitiva: ocultei-o num cabo de uma bengala, e ele tornou-se para o homem a fonte de todas as artes e um recurso fecundo." - Ésquilo - Prometheus Desmontes, cerca de 463 a.C Prometeu roubou o fogo divino de Zeus para dá-lo aos homens, que assim puderam evoluir e distinguirem-se dos outros animais. O fogo representa simbolicamente a inteligência do homem. Com isto, Prometeu reanimou a inteligência do homem, que antes era semelhante aos fantasmas dos sonhos.

Eles nunca desistem? Cientistas: eternos inconformados! Quem faz ciência não se conforma com o que lhe é dado, nem com as aparências. Sente uma vontade irresistível de aprender, entender e explicar. Arquimedes Arquimedes Galielu Galilei Galielu Galilei Charles Darwin Charles Darwin Oswaldo Cruz Oswaldo Cruz OS CIENTISTAS DEDICAM MUITO TEMPO E TRABALHO ÀS SUAS PESQUISAS. A VONTADE DE DESCOBRIR, O DESAFIO DE ENCONTRAR NOVAS METAS OU MELHORAR O MUNDO SÃO ALGUNS DOS MOTORES DA ATIVIDADE CIENTÍFICA

Compasso de Galileu Telescópio Charles Darwin Inquisição

A Escola de Atenas, de Rafael Sanzio Roberto Ribeiro Paterlini e Yolanda Kioko Saito Furuya Escola de Atenas, de Rafael Sanzio afresco, pintado de 1509 a 1510 Stanza della Segnatura (Vaticano) as/S2-Segnatura.html as/S2-Segnatura.html O artista renascentista italiano Rafael Sanzio ( ) foi discípulo de Perugino e contemporâneo de Leonardo da Vinci, Michelangelo e Fra Bartolommeo. O afresco Escola de Atenas é uma das suas mais admiradas obras, pintado a pedido do Papa Júlio II, no salão de sua biblioteca particular, no Vaticano. Na Escola de Atenas Rafael dispôs figuras de sábios de diferentes épocas como se fossem colegas de uma mesma academia. Na composição dos personagens destaca-se Platão, segurando sua obra Timaeus, e apontando sua mão direita para cima, talvez referindo-se às causas de todas as coisas. Segundo Fowler [3], pág. ii, o título original do afresco era Causarum Cognitio, e somente após o século XVII passou- se a usar o nome popular Escola de Atenas. Usando evidências históricas podemos identificar vários sábios no afresco, alguns deles ligados ao desenvolvimento da Matemática: Pitágoras de Samos Parmênides de Elea Zeno de Elea Sócrates Platão Aristóteles Xenofonte Alcibíades Diógenes Heráclito Epicuro Euclides Ptolomeu Zoroastro Averroes Rafael também se auto-retratou no afresco. Platão e Aristóteles Pitágoras Euclides Zeno Ptolomeu Referências e informações adicionais [1]Boyer, C. B., História da Matemática. São Paulo, Editora Edgard Blücher, [2] Eves, H., Introdução à História da Matemática. Campinas, Editora da UNICAMP, [3] Fowler, D. H., The Mathematics of Plato's Academy, A New Reconstruction. Oxford, Clarendon Press, [4] [5] [6] [7] [8] [9] [10] [11] [12] Biografias dos matemáticos aqui citados podem ser encontradas em MacTutor History of Mathematics. Particularmente sobre Pitágoras veja em nossa página Pitágoras.MacTutor History of MathematicsPitágoras início desta página início desta página Apresentada para publicação em 03/10/2000 por Roberto R. Paterlini e Yolanda Kioko Furuya do DM-UFSCar. Todas as figuras desta página foram adaptadas de com excessão do detalhe da tábua, que foi obtida em Atualizado em 12/05/ No centro da Escola de Atenas destaca-se Platão ( a.C.), segurando sua obra Timaeus, e apontando sua mão direita para cima. Platão era o líder da Academia de Atenas, que congregava os maiores filósofos e matemáticos de seu tempo. Platão não era propriamente um matemático, muito embora seu nome esteja ligado aos chamados sólidos de Platão. Entretanto teve um papel importante na história da Matemática como inspirador e guia, e por ter contribuído para que a Matemática se tornasse parte essencial do currículo para a educação dos jovens. Seu discípulo Eudoxus de Cnido ( a.C.) tornou-se o mais célebre matemático e astrônomo de seu tempo. Também no centro da Escola de Atenas, ao lado esquerdo de Platão e portando sua obra Ética, está Aristóteles, seu discípulo, e que viveu até 322 a.C. Considerado mais um filósofo e um biólogo, estava entretanto a par do desenvolvimento da Matemática de seu tempo. Contribuiu com a Matemática através de seus estudos sobre os indivisíveis, o infinito e os paradoxos de Zeno. Também analisou o papel das definições e hipóteses na Matemática, inserindo-as no contexto mais geral da lógica, da qual é considerado fundador. Na parte inferior da Escola de Atenas, à esquerda, vemos a figura de Pitágoras ( a.C. aprox.) explicando sua teoria musical. No detalhe, a tableta com alguns símbolos musicais e o número triangular , a sagrada tetractys dos pitagóricos. Pitágoras foi o fundador da Escola Pitagórica, que exerceu grande influência no desenvolvimento da Matemática. Na parte inferior da Escola de Atenas, à direita, vemos a figura de Euclides manuseando um compasso. Euclides de Alexandria viveu por volta de 300 a. C. e participou da Escola de Alexandria, ligada à famosa biblioteca de Alexandria. Escreveu aproximadamente 12 tratados sobre ótica, astronomia, música e mecânica. Euclides é mais conhecido por ter sistematizado o conhecimento em Geometria de sua época, organizando-o em uma estrutura axiomática. Esta apresentação faz parte de sua obra Os Elementos, que exerceu grande influência no desenvolvimento e no ensino da Matemática por mais de 1500 anos. No lado esquerdo da Escola de Atenas, vemos a face de Zeno de Elea, que viveu na Antiga Grécia por volta de 450 a. C. Na história da Matemática ficaram famosos os paradoxos de Zeno, particularmente a Dicotomia, Aquiles e a tartaruga, a Flecha e o Estádio. No lado direito da Escola de Atenas vemos a figura de Ptolomeu, de costas, segurando um globo terreste. Ptolomeu de Alexandria viveu no segundo século de nossa era, e foi autor do tratado Síntese Matemática, mais conhecido como Almajesto. Esta célebre obra, escrita em treze volumes, trata de trigonometria e astronomia. A Escola de Atenas, de Rafael Sanzio Roberto Ribeiro Paterlini e Yolanda Kioko Saito Furuya Escola de Atenas, de Rafael Sanzio afresco, pintado de 1509 a 1510 Stanza della Segnatura (Vaticano) as/S2-Segnatura.html as/S2-Segnatura.html O artista renascentista italiano Rafael Sanzio ( ) foi discípulo de Perugino e contemporâneo de Leonardo da Vinci, Michelangelo e Fra Bartolommeo. O afresco Escola de Atenas é uma das suas mais admiradas obras, pintado a pedido do Papa Júlio II, no salão de sua biblioteca particular, no Vaticano. Na Escola de Atenas Rafael dispôs figuras de sábios de diferentes épocas como se fossem colegas de uma mesma academia. Na composição dos personagens destaca-se Platão, segurando sua obra Timaeus, e apontando sua mão direita para cima, talvez referindo-se às causas de todas as coisas. Segundo Fowler [3], pág. ii, o título original do afresco era Causarum Cognitio, e somente após o século XVII passou- se a usar o nome popular Escola de Atenas. Usando evidências históricas podemos identificar vários sábios no afresco, alguns deles ligados ao desenvolvimento da Matemática: Pitágoras de Samos Parmênides de Elea Zeno de Elea Sócrates Platão Aristóteles Xenofonte Alcibíades Diógenes Heráclito Epicuro Euclides Ptolomeu Zoroastro Averroes Rafael também se auto-retratou no afresco. Platão e Aristóteles Pitágoras Euclides Zeno Ptolomeu Referências e informações adicionais [1]Boyer, C. B., História da Matemática. São Paulo, Editora Edgard Blücher, [2] Eves, H., Introdução à História da Matemática. Campinas, Editora da UNICAMP, [3] Fowler, D. H., The Mathematics of Plato's Academy, A New Reconstruction. Oxford, Clarendon Press, [4] [5] [6] [7] [8] [9] [10] [11] [12] Biografias dos matemáticos aqui citados podem ser encontradas em MacTutor History of Mathematics. Particularmente sobre Pitágoras veja em nossa página Pitágoras.MacTutor History of MathematicsPitágoras início desta página início desta página Apresentada para publicação em 03/10/2000 por Roberto R. Paterlini e Yolanda Kioko Furuya do DM-UFSCar. Todas as figuras desta página foram adaptadas de com excessão do detalhe da tábua, que foi obtida em Atualizado em 12/05/ No centro da Escola de Atenas destaca-se Platão ( a.C.), segurando sua obra Timaeus, e apontando sua mão direita para cima. Platão era o líder da Academia de Atenas, que congregava os maiores filósofos e matemáticos de seu tempo. Platão não era propriamente um matemático, muito embora seu nome esteja ligado aos chamados sólidos de Platão. Entretanto teve um papel importante na história da Matemática como inspirador e guia, e por ter contribuído para que a Matemática se tornasse parte essencial do currículo para a educação dos jovens. Seu discípulo Eudoxus de Cnido ( a.C.) tornou-se o mais célebre matemático e astrônomo de seu tempo. Também no centro da Escola de Atenas, ao lado esquerdo de Platão e portando sua obra Ética, está Aristóteles, seu discípulo, e que viveu até 322 a.C. Considerado mais um filósofo e um biólogo, estava entretanto a par do desenvolvimento da Matemática de seu tempo. Contribuiu com a Matemática através de seus estudos sobre os indivisíveis, o infinito e os paradoxos de Zeno. Também analisou o papel das definições e hipóteses na Matemática, inserindo-as no contexto mais geral da lógica, da qual é considerado fundador. Na parte inferior da Escola de Atenas, à esquerda, vemos a figura de Pitágoras ( a.C. aprox.) explicando sua teoria musical. No detalhe, a tableta com alguns símbolos musicais e o número triangular , a sagrada tetractys dos pitagóricos. Pitágoras foi o fundador da Escola Pitagórica, que exerceu grande influência no desenvolvimento da Matemática. Na parte inferior da Escola de Atenas, à direita, vemos a figura de Euclides manuseando um compasso. Euclides de Alexandria viveu por volta de 300 a. C. e participou da Escola de Alexandria, ligada à famosa biblioteca de Alexandria. Escreveu aproximadamente 12 tratados sobre ótica, astronomia, música e mecânica. Euclides é mais conhecido por ter sistematizado o conhecimento em Geometria de sua época, organizando-o em uma estrutura axiomática. Esta apresentação faz parte de sua obra Os Elementos, que exerceu grande influência no desenvolvimento e no ensino da Matemática por mais de 1500 anos. No lado esquerdo da Escola de Atenas, vemos a face de Zeno de Elea, que viveu na Antiga Grécia por volta de 450 a. C. Na história da Matemática ficaram famosos os paradoxos de Zeno, particularmente a Dicotomia, Aquiles e a tartaruga, a Flecha e o Estádio. No lado direito da Escola de Atenas vemos a figura de Ptolomeu, de costas, segurando um globo terreste. Ptolomeu de Alexandria viveu no segundo século de nossa era, e foi autor do tratado Síntese Matemática, mais conhecido como Almajesto. Esta célebre obra, escrita em treze volumes, trata de trigonometria e astronomia. A Escola de Atenas, de Rafael Sanzio Roberto Ribeiro Paterlini e Yolanda Kioko Saito Furuya Escola de Atenas, de Rafael Sanzio afresco, pintado de 1509 a 1510 Stanza della Segnatura (Vaticano) as/S2-Segnatura.html as/S2-Segnatura.html O artista renascentista italiano Rafael Sanzio ( ) foi discípulo de Perugino e contemporâneo de Leonardo da Vinci, Michelangelo e Fra Bartolommeo. O afresco Escola de Atenas é uma das suas mais admiradas obras, pintado a pedido do Papa Júlio II, no salão de sua biblioteca particular, no Vaticano. Na Escola de Atenas Rafael dispôs figuras de sábios de diferentes épocas como se fossem colegas de uma mesma academia. Na composição dos personagens destaca-se Platão, segurando sua obra Timaeus, e apontando sua mão direita para cima, talvez referindo-se às causas de todas as coisas. Segundo Fowler [3], pág. ii, o título original do afresco era Causarum Cognitio, e somente após o século XVII passou- se a usar o nome popular Escola de Atenas. Usando evidências históricas podemos identificar vários sábios no afresco, alguns deles ligados ao desenvolvimento da Matemática: Pitágoras de Samos Parmênides de Elea Zeno de Elea Sócrates Platão Aristóteles Xenofonte Alcibíades Diógenes Heráclito Epicuro Euclides Ptolomeu Zoroastro Averroes Rafael também se auto-retratou no afresco. Platão e Aristóteles Pitágoras Euclides Zeno Ptolomeu Referências e informações adicionais [1]Boyer, C. B., História da Matemática. São Paulo, Editora Edgard Blücher, [2] Eves, H., Introdução à História da Matemática. Campinas, Editora da UNICAMP, [3] Fowler, D. H., The Mathematics of Plato's Academy, A New Reconstruction. Oxford, Clarendon Press, [4] [5] [6] [7] [8] [9] [10] [11] [12] Biografias dos matemáticos aqui citados podem ser encontradas em MacTutor History of Mathematics. Particularmente sobre Pitágoras veja em nossa página Pitágoras.MacTutor History of MathematicsPitágoras início desta página início desta página Apresentada para publicação em 03/10/2000 por Roberto R. Paterlini e Yolanda Kioko Furuya do DM-UFSCar. Todas as figuras desta página foram adaptadas de com excessão do detalhe da tábua, que foi obtida em Atualizado em 12/05/ No centro da Escola de Atenas destaca-se Platão ( a.C.), segurando sua obra Timaeus, e apontando sua mão direita para cima. Platão era o líder da Academia de Atenas, que congregava os maiores filósofos e matemáticos de seu tempo. Platão não era propriamente um matemático, muito embora seu nome esteja ligado aos chamados sólidos de Platão. Entretanto teve um papel importante na história da Matemática como inspirador e guia, e por ter contribuído para que a Matemática se tornasse parte essencial do currículo para a educação dos jovens. Seu discípulo Eudoxus de Cnido ( a.C.) tornou-se o mais célebre matemático e astrônomo de seu tempo. Também no centro da Escola de Atenas, ao lado esquerdo de Platão e portando sua obra Ética, está Aristóteles, seu discípulo, e que viveu até 322 a.C. Considerado mais um filósofo e um biólogo, estava entretanto a par do desenvolvimento da Matemática de seu tempo. Contribuiu com a Matemática através de seus estudos sobre os indivisíveis, o infinito e os paradoxos de Zeno. Também analisou o papel das definições e hipóteses na Matemática, inserindo-as no contexto mais geral da lógica, da qual é considerado fundador. Na parte inferior da Escola de Atenas, à esquerda, vemos a figura de Pitágoras ( a.C. aprox.) explicando sua teoria musical. No detalhe, a tableta com alguns símbolos musicais e o número triangular , a sagrada tetractys dos pitagóricos. Pitágoras foi o fundador da Escola Pitagórica, que exerceu grande influência no desenvolvimento da Matemática. Na parte inferior da Escola de Atenas, à direita, vemos a figura de Euclides manuseando um compasso. Euclides de Alexandria viveu por volta de 300 a. C. e participou da Escola de Alexandria, ligada à famosa biblioteca de Alexandria. Escreveu aproximadamente 12 tratados sobre ótica, astronomia, música e mecânica. Euclides é mais conhecido por ter sistematizado o conhecimento em Geometria de sua época, organizando-o em uma estrutura axiomática. Esta apresentação faz parte de sua obra Os Elementos, que exerceu grande influência no desenvolvimento e no ensino da Matemática por mais de 1500 anos. No lado esquerdo da Escola de Atenas, vemos a face de Zeno de Elea, que viveu na Antiga Grécia por volta de 450 a. C. Na história da Matemática ficaram famosos os paradoxos de Zeno, particularmente a Dicotomia, Aquiles e a tartaruga, a Flecha e o Estádio. No lado direito da Escola de Atenas vemos a figura de Ptolomeu, de costas, segurando um globo terreste. Ptolomeu de Alexandria viveu no segundo século de nossa era, e foi autor do tratado Síntese Matemática, mais conhecido como Almajesto. Esta célebre obra, escrita em treze volumes, trata de trigonometria e astronomia. Escola de Atenas, Rafael Sanzio (1510)

De onde nasce a pesquisa: da estranheza do cotidiano A curiosidade é típica do ser humano (ser simbólico): queremos sempre ir além Cientista: aquele que estranha o cotidiano e que formula um problema para tentar resolvê-lo Piaget: “Por que as crianças cometem sempre os mesmos erros?” Freud: “Aprendi a olhar as mesmas coisas repetidas vezes até que elas começassem a falar por si mesmas” De onde nasce a pesquisa: da estranheza do cotidiano A curiosidade é típica do ser humano (ser simbólico): queremos sempre ir além Cientista: aquele que estranha o cotidiano e que formula um problema para tentar resolvê-lo Piaget: “Por que as crianças cometem sempre os mesmos erros?” Freud: “Aprendi a olhar as mesmas coisas repetidas vezes até que elas começassem a falar por si mesmas”

Pesquisar: Buscar o que não se sabe Buscar o que não se sabe Saber formular perguntas, projetar ações inusitadas Saber formular perguntas, projetar ações inusitadas Fazer compreender, criar, dialogar, perguntar, escutar, refletir, transformar, ousar o novo, descentrar-se, ultrapassar, inventar, intervir,organizar, sistematizar dados, interpretar, exercer a interdisciplinariedade Fazer compreender, criar, dialogar, perguntar, escutar, refletir, transformar, ousar o novo, descentrar-se, ultrapassar, inventar, intervir,organizar, sistematizar dados, interpretar, exercer a interdisciplinariedade Criança=cientista Criança=cientista

O que é necessário para fazer ciência? As primeiras ferramentas dos cientistas foram o senso comum e alguns rudimentos de cálculo e geometria. Depois se incorporaram sem cessar novas técnicas e novos instrumentos As primeiras ferramentas dos cientistas foram o senso comum e alguns rudimentos de cálculo e geometria. Depois se incorporaram sem cessar novas técnicas e novos instrumentos Século XVI – invenção do telescópio e do microscópio Século XVI – invenção do telescópio e do microscópio Desenvolvimento da navegação, astronomia, cartografia (importância dos árabes e chineses) Desenvolvimento da navegação, astronomia, cartografia (importância dos árabes e chineses) Revoluções científicas: eletricidade, átomo, genética, computadores, satélites artificiais... Revoluções científicas: eletricidade, átomo, genética, computadores, satélites artificiais...

Ciência é arte? Tradicionalmente, costuma-se diferenciar ciência de arte. Mas as atividades da mente humana não necessitam dessa distinção A rigor, a dedicação e a capacidade imaginativa são comuns a todas as áreas do conhecimento. Tradicionalmente, costuma-se diferenciar ciência de arte. Mas as atividades da mente humana não necessitam dessa distinção A rigor, a dedicação e a capacidade imaginativa são comuns a todas as áreas do conhecimento. Ciência e Arte “ Tu és meu Brasil em toda parte Quer na ciência ou na arte Portentoso e altaneiro Os homens que escreveram tua história Conquistaram tuas glórias Epopéias triunfais Quero neste pobre enredo Reviver glorificando os homens teus Levá-los ao panteon dos grandes imortais Pois merecem muito mais Não querendo levá-los ao cume da altura Cientistas tu tens e tens cultura E neste rude poema destes pobres vates Há sábios como Pedro Américo e César Lattes.” (Cartola e Carlos Cachaça)

Quem são? Pedro Américo de Figueiredo e Mello ( )- pintor, romancista e doutor em ciências físicas e naturais pela Universidade de Bruxelas; conhecido por suas pinturas de temática histórica. Pedro Américo de Figueiredo e Mello ( )- pintor, romancista e doutor em ciências físicas e naturais pela Universidade de Bruxelas; conhecido por suas pinturas de temática histórica. César Lattes ( ) – um dos mais impotantes físicos brasileiros. Alcançou renome internacional ao comprovar, em 1947, juntamente com Cecil Powell e Giuseppe Occhialini a existência da partícula subatômica píon. César Lattes ( ) – um dos mais impotantes físicos brasileiros. Alcançou renome internacional ao comprovar, em 1947, juntamente com Cecil Powell e Giuseppe Occhialini a existência da partícula subatômica píon.

Para que serve a ciência? Para satisfazer a curiosidade Para satisfazer a curiosidade Para melhorar a qualidade de vida Para melhorar a qualidade de vida Para viver mais Para viver mais Para evitar desastres naturais Para evitar desastres naturais Para ampliar nossos horizontes Para ampliar nossos horizontes Para nosso prazer Para nosso prazer Entretanto... a ciência torna-se extremamente nociva e atrapalha o bem- estar da humanidade quando passa a atender os interesses econômicos e políticos de pequenos grupos, em vez de trabalhar para o bem coletivo Entretanto... a ciência torna-se extremamente nociva e atrapalha o bem- estar da humanidade quando passa a atender os interesses econômicos e políticos de pequenos grupos, em vez de trabalhar para o bem coletivo

Onde se faz ciência? Faz-se ciência em quase todos os lugares do planeta, dos mais povoados aos mais desertos, e com objetivos muito diferentes. Quase todos os avanços repercutem mais cedo ou mais tarde em nossa qualidade de vida... Faz-se ciência em quase todos os lugares do planeta, dos mais povoados aos mais desertos, e com objetivos muito diferentes. Quase todos os avanços repercutem mais cedo ou mais tarde em nossa qualidade de vida... Universidades, laboratórios, hospitais, observatórios, bibliotecas, museus, empresas, escavações ao ar livre, bocas de vulcão, conversando com pessoas, submarinos, escolas, florestas, desertos, praias... Universidades, laboratórios, hospitais, observatórios, bibliotecas, museus, empresas, escavações ao ar livre, bocas de vulcão, conversando com pessoas, submarinos, escolas, florestas, desertos, praias...

Gostarias de ser um/uma cientista? Há carreiras promissoras, mas lembra-te de que, para ser bom, em qualquer uma delas, é preciso estudar e ter uma boa formação. Por isso, é fundamental escolher tua carreira de acordo com tuas preferências e aptidões pessoais. Há carreiras promissoras, mas lembra-te de que, para ser bom, em qualquer uma delas, é preciso estudar e ter uma boa formação. Por isso, é fundamental escolher tua carreira de acordo com tuas preferências e aptidões pessoais. Acostuma-te a ler; Acostuma-te a ler; Estuda com método; Estuda com método;... E continua estudando com ousadia e criatividade;... E continua estudando com ousadia e criatividade; Algumas etapas: graduação, pós-graduação lato sensu, pós-graduação strico sensu (mestrado, doutorado, pós- doutorado) Algumas etapas: graduação, pós-graduação lato sensu, pós-graduação strico sensu (mestrado, doutorado, pós- doutorado)

“ Costuma-se dizer que a árvore impede a visão da floresta, mas o tempo maravilhoso da pesquisa é sempre aquele em que o pesquisador mal começa a imaginar a visão de conjunto, enquanto a bruma que encobre os horizontes longínquos ainda não se dissipou totalmente, enquanto ele ainda não tomou muita distância do detalhe dos documentos, e estes ainda conservam todo o seu frescor. Seu maior mérito talvez seja menos defender uma tese do que comunicar aos leitores a alegria de sua descoberta, torná-los sensíveis – como ele próprio o foi – às cores e aos odores das coisas desconhecidas. (...)” (Philippe Ariès, 1981)

Referências bibliográficas: BAGNO, Marcos. Pesquisa na escola. São Paulo: Loyola, Mordegan, Luiz Augusto. A ciência num piscar de olhos. São Paulo: Ática, 2006 Schmidt, Mario. Nova História Crítica. São Paulo: Nova Geração, 2005, v. 1 e 2. BECKER, Fernando: Ser professor é ser pesquisador