IE733 – Prof. Jacobus 12 a Aula Cap. 4 A Estrutura MOS de Quatro Terminais (parte 2)

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
UNICAMP Universidade Estadual de Campinas Centro Superior de Educação Tecnológica Divisão de Telecomunicações Propagação de Ondas e Antenas Prof.Dr. Leonardo.
Advertisements

Comportamento de um transistor MOS - NMOS
Amintas engenharia.
Amintas engenharia.
Fundamentos de Electrónica
Especificações de Filtros
Integração Numérica – Áreas e Equações
Ciclos, Vectores e Gráficos Simulação da Queda de Corpos II
MÁQUINAS ELÉTRICAS Máquina de Corrente Contínua - MOTOR DC
Modelos no Domínio do Tempo de Sistemas LTI Contínuos
12 Modelos doTransistor MOS Concepção de Circuitos Integrados
Métodos Numéricos e Estatísticos
IE733 – Prof. Jacobus 7 a Aula Cap. 2 A Estrutura MOS de Dois Terminais (parte 2)
IE733 – Prof. Jacobus Cap. 5 Transistores MOS com canal implantado.
IE733 – Prof. Jacobus 8 a Aula Cap. 3 A Estrutura MOS de Três Terminais (parte 1)
Modelagem de Pequeno Sinal para Baixas e Médias Freqüências
IE733 – Prof. Jacobus 13 a Aula Cap. 4 A Estrutura MOS de Quatro Terminais (parte 3)
IE733 – Prof. Jacobus 10 a Aula Cap. 3 A Estrutura MOS de Três Terminais (parte 3)
2.1 Introdução MOSFET = dispositivo predominante da microeletrônica moderna MOS = Metal – Óxido (SiO2) – Semicondutor (Si) MIS = Metal – Isolante – Semicondutor.
CCS - Centro de Componentes Semicondutores
IE733 – Prof. Jacobus 9 a Aula Cap. 3 A Estrutura MOS de Três Terminais (parte 2)
IE733 – Prof. Jacobus 11a Aula Cap
9. Modelos de Alta Freqüência Pequenos Sinais:
IE733 – Prof. Jacobus Cap. 5 Transistores MOS com canal implantado.
Modelagem de Pequeno Sinal para Baixas e Médias Freqüências
Efeitos em dispositivos de pequenas dimensões.
IE327 – Prof. Jacobus Cap. 8 Modelagem de Pequeno Sinal para Baixas e Médias Freqüências (parte 2)
9.3 – Modelos de Parâmetros-y
IE733 – Prof. Jacobus 7a Aula Cap. 2 A Estrutura MOS de Dois Terminais
IE 327 – Prof. Jacobus 18a Aula Cap
Carlos Edson Flávio Jorge Luciano Rafael Welinton
Mecânica dos Sólidos não Linear
TENSÕES E CORRENTES EM CIRCUITOS TRIFÁSICOS BALANCEADOS Sistemas de potência são alimentados por geradores trifásicos. De maneira ideal, os geradores suprem.
Solução de Equações Diferenciais Ordinárias (EDO):
Transistor de Efeito de Campo MOS (MOSFET) – Parte I
PSI 2223 – Introdução à Eletrônica Programação para a Terceira Prova
Diodos – Parte II Jadsonlee da Silva Sá jadsonlee. edu
Transistor Bipolar de Junção TBJ
Prof. Marcelo de Oliveira Rosa
Transistor de junção bipolar Sedra & Smith, 4a edição, capítulo 4 adaptação – Prof. Corradi
Cálculo Numérico / Métodos Numéricos
Objetivos Específicos
Função de uma Variável Aleatória
Aula 13 Derivação Implícita, derivadas das funções trigonométricas inversas e derivadas de funções logarítmicas.
Configurações básicas TJB - revisão
TRANSFORMADORES.
Aula 9 By: Abraham Ortega
Diodos – Parte III Jadsonlee da Silva Sá
Transistor de Efeito de Campo MOS (MOSFET) – Parte II
Aula 8 By: Abraham Ortega Paredes
Equações diferenciais ordinárias
1 - Equações Diferenciais Ordinárias
Automação Industrial Máquinas Elétricas
17 Março de 2005Simulação da Queda de Corpos1 Pedro Barahona DI/FCT/UNL Março 2004.
Alexandre Suaide Ed. Oscar Sala sala 246 ramal 7072 Física Experimental III – aula 10
Física Experimental III – aula 2
Germano Maioli Penello
Germano Maioli Penello
1 Eletrônica II Germano Maioli Penello Aula 05 II_ html.
1 Eletrônica II Germano Maioli Penello Aula 06 II _ html.
Germano Maioli Penello
Germano Maioli Penello
Germano Maioli Penello
11 Microeletrônica Germano Maioli Penello Sala 5145 (sala 17 do laboratorio de engenharia.
Germano Maioli Penello
Germano Maioli Penello
Germano Maioli Penello
11 Eletrônica II Germano Maioli Penello II _ html Aula 12.
Eletrônica Aula 04 CIN-UPPE
Hidrodinâmica Aula 10 (1 0 Sem./2016) 1 Prof. Helio Salim de Amorim.
Transcrição da apresentação:

IE733 – Prof. Jacobus 12 a Aula Cap. 4 A Estrutura MOS de Quatro Terminais (parte 2)

4.4 Regiões de Inversão em Termos de Tensões nos Terminais. O nível de inversão refere-se à região do canal próximo à fonte, sendo: inv. próx. fonte > inv. próx. Dreno V DS 0 ou V DB V SB Nível de inversão do transistor depende somente de V GB e V SB Fig. 4.12

onde: V L não tem muita importância prática, pois: as correntes reversas já são da ordem ou maiores que I DS neste ponto de V GS = V L. Interessa apenas um V GS < V M – V L na região de inversão fraca. Os limites de inversão em termos de V SB ou V DB, para V GB fixo, são obtidos por:

Fig. 4.13

Vamos analisar as 3 regiões separadamente, visando expressões simplificadas para I DS : reduzir tempo de computação pois, devemos calcular s0 e sL numericamente p/ obter I DS. Isto é muito demorado. permite enfocar o fenômeno predominante na região desejada, com aproximações apropriadas e usar parâmetros explícitos. permite o projetista visualizar a dependência funcional de I DS e fazer uso desta para criar novos circuitos.

4.5 Inversão Forte Modelo de Inversão Forte Simétrico Completo a) Não saturação (triodo): V DB < V Q e V SB < V Q s0 0 + V SB sL 0 + V DB onde: 0 = 2 F + 6 t é um bom compromisso. Assim, temos canal com Inv. Completa I der >> I dif onde (modelo completo):

Substituindo s0 e sL Após mais algumas manipulações: I DSN é da forma: = função simétrica de V DB e V SB. Esta expressão de I DSN é a base do modelo SPICE nível 2.

b) Derivação Direta de I DSN em Inv. Forte: Classicamente, I DSN é derivada diretamente e não a partir do caso geral, da sec V SB 0 + V CB 0 + V DB n+n+ n+n+ S G D x No ponto x: s0 < s (x) < sL Define-se: V CB (x) tal que: s (x) = 0 + V CB (x) V CB (x=0) = V SB V CB (x=L) = V DB V CB é a polarização efetiva da junção n + p induzida, no ponto x, variando de V SB a V DB. 0 L

Como 0 = cte Tínhamos: Integrando de x = 0 a x = L Tínhamos:

Substituindo Q I na integral de I DSN e assumindo = cte, obtém-se a mesma expressão completa de I DSN : Fig Compare com Fig. 4.6a:

c) Saturação (Direta): A relação de I DSN é válida para V DB < V Q. Em algumas aplicações podemos tolerar um erro e adotar I DSN válido até o ponto V P, onde: neste ponto:

V P = V DB tal que V TB (V DB ) = V GB V P = f(V GB ) f(V SB ) O valor de V P é próximo a V W V P – V W = F 6 t 150 mV. Para V DB = V P Q IL = 0 = pinch-off junto ao dreno, de acordo com a linha tracejada da Fig. 3.12, que é uma aproximação e corresponde a:. Na verdade, Q I (V DB =V P ) 0 Como I DS (x) = cte v próx. a L, mas não necessita ser, já que Q I (L) 0.

Para V DB > V P : o p to pinch-off < L x>0, onde Q I e v x é parecido a uma região de depleção, com V = V DB – V P aplicado A tensão V P continua sendo a tensão V CB no ponto x = pinch-off do canal. n+n+ n+n+ S G D p to pinch-off Se V DB V x porém x << L é assumido. I DS cte, pois V P = cte sobre (L - x) I DS = I DSN p/ V DB V P I DS cte p/ V DB V P

O procedimento acima é muito aproximado: x/L pode ser significativo o campo elétrico próximo ao dreno é 2D aproximação de canal gradual fica pobre temos um erro considerável em V Q < V DB < V P. Resulta I DS (V DB >V P ) não constante.

4.5.2 Modelo de Inversão Forte Simétrico Simplificado O modelo anterior partiu do modelo de folha de cargas completo. Agora, partiremos do modelo de folha de cargas simplificado da secção 4.3.2: tomando os termos restritos à deriva, da expressão: ou seja, desprezando o último termo referente a difusão, resulta:

substituindo (eq b): (esta equação envolve aproximação de Taylor), resulta: onde V P e n dependem de V GB :

Similarmente, início da saturação é o p to onde: e/ou Na sec. 3.5 tínhamos: Substituindo V P em I DSN resulta: Impondo agora:

Pergunta: Com tanta aproximação, qual a precisão do modelo? Depende do método de obtenção dos parâmetros: usando as equações físicas, ex. F e outros erro usando métodos de ajuste com minimização de erro, obtém-se boa concordância em algumas regiões e para algumas características.

4.5.3 Modelo Simples de Inversão Forte com Referência ao Terminal de Fonte. Tínhamos: s0 = 0 + V SB sL = 0 + V DB (transp. 28 – parte 1, cap.4) Substituindo s0 e sL Onde é nominalmente assumido como: Do modelo de folha de carga simplificado – sec – expressão :

Substituindo agora: Derivação Direta em Inv. Forte: A expressão completa de I DSN (sec.4.5.1) inclui termos com expoente 3/2, cuja origem está no termo:

Fig Por aproximação de Taylor, p to V CB = V SB = linha a Onde: ( 1 -1) é a inclinação da curva a.

Obtém-se bom ajuste próximo a V CB = V SB É superestimado em V CB próximo a V DB Obtém-se melhor ajuste global para < 1 (linha b) Tínhamos: Como (com cte):

onde: Fig P to de saturação:

p/ V DS <V DS p/ V DS >V DS V SB entra no modelo através de V T, como ilustra Fig. 4.19: Fig.4.18

As 2 equações de I DS podem ainda ser agrupados como: onde: p/ V DS <V DS p/ V DS >V DS Vale em sat. e não sat.

Pelas equações: obtém-se: Isto realmente corresponde ao pinch-off do canal em x = L. Este fato, não realista, e as aproximações usadas em torno de V DS são normalmente tratadas por funções de suavização para melhorar a transição de não saturação para saturação.

Voltamos à Escolha de Apropriado: a)No início, SPICE nível 1, = 0 = 1 (linha c na Fig.4.16), resulta em aproximação grosseira. Q B (x) = cte = Q B (V SB ) Q B é subestimado em x > 0 Q I superestimado em x > 0 I DS superestimado ! V DS =(V GS -V T )/ = V GS -V T para =1, é também superestimado ! (se Q I for superestimado necessitamos V DB para ocorrer pinch-off ou Q IL = 0)

b) (linha a, na Fig. 4.16) Q B superestimado Q I subestimado I DS subestimado V DS subestimado c) 0 < 2 < 1, para minimizar erro (linha b na Fig. 4.16): onde d 2 = 0.5 a 0.8 = fator de correção, ou ainda: onde k 1 e k 2 são ctes para mínimo erro.

d) = função empírica, onde 3 = 1V boa precisão e simplicidade. e) = função independente de V SB. A escolha de depende de: precisão desejada velocidade de cálculo desejada faixas de tensões de polarização usadas (Veja problemas 4.12 e 4.14).

No caso de, ou seja, t ox e/ou N A 1 p/ V DS <V DS p/ V DS >V DS

No caso de a escolha de torna-se muito importante. Curvas: 1 experimental 2 = 0 = 1 com parâ- metros ajustados p/ I DS 3 = 0 = 1 com parâ- metros ajustados p/ I DSN 4 = 1.7 O modelo não é válido p/ V GS próximo a V T com inversão moderada.

Potencial V CB versus Posição: Pode ser determinada de forma simples em Inv. Forte. Temos I DSN = W/L.f(V GB,V SB,V DB ), onde a função depende do modelo adotado. Considerando um p to x como dreno, teremos a mesma corrente I DSN, sendo V DB = V CB (x). I DSN = W/x.f(V GB,V SB,V CB (x)) Pela divisão das 2 expressões: obtém-se a relação x V CB (x)

Usemos como exemplo o modelo aproximado acima: a) ou b) onde: V CS =V CB -V BS onde: p/ V DS <V DS p/ V DS >V DS

Das relações acima, obtém-se (Probl. 4.17): p/ V DS V CB (x) varia linearmente, pois Q I cte similar a resistor. p/ V DS Q I (x) varia muito V(x)/ x e Q I resistor distribuído com R variável. Fig. 4.22

Q I (x 0) ; Q I (x L) ;I DS = cte v n,der (x 0) ; v n,der (x L) V s 10 7 cm/s v n,der (x L) pode ser v s Nova origem de satura- ção de I DS ocorre p/ L curto, reduz valor de V DS Ver Cap.6 ! Curva V CB (x) p/ V DS =V DS resulta com slope infinito e lat Isto é fisicamente impossível limitação do modelo: Q I (x L) =0 não é razoável não se considerou I DS,dif no modelo; este é desprezível em não sat., mas considerável na sat., na região de Q I

Comparação com o Modelo Completo de Inv. Forte: Modelo completo Inv. Forte (sec.4.5.1) Modelo completo de folha de carga (sec.4.3.1) Modelo simples de Inv. Forte (sec.4.5.3) erro (até 5% em I DS ) Mesmo assim, adota-se o modelo simples de Inv. Forte pelos seguintes motivos: 1.Modelo Simples! importante p/ simulação de CIs grandes e importante p/ cálculo manual. 2. Dispositivos reais apresentam efeitos de 2 a ordem que não são considerados nos modelos. Ex. N A (y) cte (Cap.5) precisão dos modelos tem importância reduzida.

3. As expressões dos modelos são usados para derivar: a)Expressões de cargas (Cap. 7) b)Expressões de capacitâncias (Cap.8) Modelo simples de Inv. Forte expressões simples Modelo completo de Inv. Forte expressões muito complexas e não práticas, ou mesmo impossíveis para alta freqüência (Cap.9). 4. O modelo simples de Inv. Forte contém explicita- mente V T, porém V T pode variar com W e L é introduzido um V T efetivo (Cap.6) O modelo completo não contém V T explicitamente, impede adotar o mesmo procedimento.

O modelo simples é mais versátil p/ uso geral em Inv. Forte. Apenas p/ estudar nuances na Inv. Forte, prefere-se usar o modelo completo. Também p/ eventualmente derivar novos modelo simples a partir dela.

4.5.4 Resumo da Seqüência dos Modelos Todos estes modelos são usados. A escolha depende do interesse e da aplicação.

Resumo das relações básicas para os modelos: a) SPICE nível 1: b) SPICE nível 2: c) SPICE nível 3: