Base conceitual da epidemiologia

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
«Forte do Bom Sucesso (Lisboa) – Lápides 1, 2, 3» «nomes gravados, 21 de Agosto de 2008» «Ultramar.TerraWeb»
Advertisements

Aula 2.
Medidas de Tempo Nunca se escreve 2,40 h para representar 2h e 40 min, pois as medidas de tempo não são decimais.
constante ou regular - fluxo de material sem grandes flutuações.
Palestras, oficinas e outras atividades
Nome : Resolve estas operações começando no centro de cada espiral. Nos rectângulos põe o resultado de cada operação. Comprova se no final.
Figura 1.
Base conceitual da epidemiologia
Metas de Atividade Física Health People 2010 Efetividade da intervenção.
DIABETES MELLITUS E EXERCÍCIO
Razões para promover a atividade física
Disciplina: Atividade Física Relacionada à Saúde
Atividade Física e Câncer. Prevalência, prognóstico n Prevalência –1960:16% mortes –1990: 24% mortes n Risco –Homens: 45% –Mulheres: 39% n Frequência:
Qualidade de vida relacionada à saúde
ESTUDOS ANALÍTICOS: COORTE CASO CONTROLE
Fatores de risco para doenças crônicas não-transmissíveis: Inquérito domiciliário no município de São Paulo,
HA DDT TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS APLICADOS ÀS DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS Maria Bernadete de Paula Eduardo Divisão de Doenças de Transmissão.
ATUALIZAÇÃO EM INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DE SURTOS DE DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS E ÁGUA Passos da Investigação, Notificação e Sistema de Informação.
Divisão de Infecção Hospitalar Centro de Vigilância Epidemiológica
INQUÉRITO POPULACIONAL SOBRE DOENÇA DIARRÉICA E INGESTÃO DE ALIMENTOS
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DAS DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS
A ÁGUA NA EPIDEMIOLOGIA DAS DOENÇAS
Investigação de Surtos
CPCIH - Hospital das Clínicas Faculdade de Medicina de Botucatu
INVESTIGAÇÃO DE SURTOS EM SERVIÇOS DE SAÚDE COM ENFOQUE EM HOSPITAIS PSIQUIÁTRICOS Geraldine Madalosso - EPISUS/CVE/SP.
Construção de Indicadores
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DAS DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS/ÁGUA
TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS
Exemplo de Plano de Ação
PRINCIPAIS DESENHOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS
Tabaco e Local de Trabalho
CAMPANHA HANSENÍASE, TRACOMA E GEO-HELMINTÍASE
Uso de álcool e drogas no ambiente de trabalho
Modelagem por elementos finitos da evolução
Estudo da Influência da Taxa de Resfriamento na Distribuição de Tensões Residuais Durante a Têmpera de um Cilindro de Aço SAE4140H Cristiano Fernandes.
Avaliação dos hábitos alimentares e da composição da dieta habitual dos pacientes com Diabetes Mellitus do tipo I portadores de neuropatia autonômica Thais.
AVALIAÇÃO DO POTENCIAL TERAPÊUTICO DE POLISSACARÍDEOS PARA O TRATAMENTO DE DISTÚRBIOS DA MOTILIDADE GASTROINTESTINAL Tamyres Mingorance Carvalho - Iniciação.
Treinamento GP3 USP – GEFIM Abril de 2004 Alcides Pietro, PMP.
“A ORAÇÃO E OS ANJOS” Salmo 34.7.
Utilidade diagnóstica dos autoanticorpos nas miosites testados para predizer o risco de câncer associado à miosite (CAM)‏
Registro de Carta Topográfica
Diretoria de Ensino – Região de Mogi Mirim. Questões de múltipla escolha: elaboradas por professores e analisadas por especialistas; pré-testadas; realiza.
NR 07 - PCMSO Portaria 24 de 29/12/94 Portaria 08 de 08/05/96.
EMAGRECIMENTO, ATIVIDADE FÍSICA E NUTRIÇÃO –Prescrição do exercício
Introdução à Estatística
TA 713 ANÁLISE DE ALIMENTOS PROF. RESPONSÁVEL: Dra. HELENA GODOY AUXILIARES: MARCELO PRADO.
TA 733 A – Operações Unitárias II
Marcelo Bernardes Vieira
Principais Modelos Discretos Josemar Rodrigues AULA:
Para administração de testes motores voltados à avaliação do componente de força/resistência muscular, em geral, recorre-se à utilização de pesos adicionais,
ASPECTOS ASSOCIADOS À PRÁTICA DA ATIVIDADE FÍSICA De forma geral,, o ser humano sempre estará exposto às diversas alterações que ocorrem nas condições.
PROTEÍNAS.
EFEITO DA SUPLEMENTAÇÃO DE ÁCIDO FÓLICO SOBRE AS CONCENTRAÇÕES DE
Avaliação da qualidade da dieta através do Índice de Alimentação Saudável (IAS) dos motoristas da Universidade Estadual Paulista (UNESP) Rinaldi, A.E.M.;
PREVALÊNCIA DE SÍNDROME METABÓLICA EM PROFISSIONAIS MOTORISTAS.
RAE-publicações. RAE-publicações Núcleo Conselho Editorial Parceiros Autores Terceiros Assinantes Ed. Associados Avaliadores A Rede RAE Fomentar e disseminar.
Consideremos como exemplo um Item de Contrato com os seguintes dados: E tenha sido cadastrado apenas um tipo de turma: SIGAE PNQ WEB EducandosValores RECURSO25.
Dilma Pena, diretora-presidente
MATEMÁTICA PARA NEGÓCIOS
Demonstração do custo dos produtos vendidos
Renda até 2 SM.
PROBLEMAS DE TRANSPORTE
Medidas de associação entre exposição e efeito
1 2 Observa ilustração. Cria um texto. Observa ilustração.
Dinâmica 1 Lista de Exercícios 11. Dinâmica 2 Lista de Exercícios 12.
CALENDÁRIO SEXY Ele & Ela. CALENDÁRIO SEXY Ele & Ela.
J Vasc Surg 2002;36: Performance characteristics of the venous clinical severity score Mark H Meissner, Cynthia Natiello, and Stephen C.Nicholls.
Rio Verde - Goiás - Brasil
Epidemiologia Analítica
Epidemiologia Analítica
Transcrição da apresentação:

Base conceitual da epidemiologia

Razões de risco e odds Doentes Não doentes Total Expostos 200 800 1000 Não expostos 100 900 300 1700 2000 Prevalência ODDS Risco RR RP RO 200/1000 =0,2 200/800 =0,25 0,2/0,1 =2 0,25/0,11 =2,27 100/1000 =0,1 100/900 =0,11 300/2000 =0,15 300/1700 =0,18

Alguns estudos Referência Grupo Desfecho Critério Achados Blair 1989 8 anos 10.224 homens 3.120 mulheres DCV fatal Quintis de Apt. Cárdio-Resp. RR=7,9 homens RR=9,3 mulheres Albanes 1989 10 anos 5.138 homens 7.470 mulheres Câncer Ativos x não ativos RR=1,8 RR=2,0 pulmão Manson 87.253 mulheres 34-59 anos DM tipo II Exerc.vigoroso 1x/sem x sem RR=0,83 Jackson 1992 4,5 anos 13.636 homens 4.828 mulheres Apt.Cárdio-Resp. Baixa x Alta RR=4,0 homens RR=1,4 mulheres

Estudos analíticos Doente Não Doente Total Exposto a b a+b Não exposto c+d a+c b+d n Estudos experimentais Estudos de coorte (RP) Transversais (RR) Caso controle (RO)

Estudos descritivos Tipo de estudo Passado Presente Futuro Doença (exposição e não exposição) Não Doença (exposição e não exposição) Caso controle Coorte prospectivo Exposição Não exposição Doença Não Doença Não doença Não Exposição Transversal

Estudos longitudinais Intervenção Desfecho Não desfecho População Randomização Desfecho Não desfecho Placebo

Epidemiologia Estudo da distribuição dos determinantes da ocorrência de doenças em população Estabelecer nexos causais

Critérios de causalidade (Hill) Força da associação Quanto mais forte, maior a chance de ser causa Consistência ou replicação Especificidade: Causa levando a um efeito Efeito tem uma causa Temporalidade Gradiente: resposta à dose Plausibilidade biológica Coerência: Ausência de conflitos Evidências experimentais Analogia

Ordem de importância FORTES MÉDIOS FRACOS Temporalidade Evidências experimentais Gradiente Força da associação Plausibilidade biológica Consistência Coerência Analogia Especificidade FORTES  MÉDIOS  FRACOS 

Tipos de evidência Categoria A: Estudos clínicos randomizados, bem delineados. Resultados consistentes. Ponto terminal. Grandes amostras e muitos estudos. Categoria B: Algumas falhas, resultados um pouco inconsistentes. Meta análise, poucos estudos, amostra limitada. Categoria C: Estudos não controlados, não randomizados ou estudos observacionais. Categoria D: Painéis, experts e consensos extraídos de estudos que não se enquadram nas categorias anteriores.

Preencher o quadro Transversal Caso controle Coorte Longitudinal Temporalidade Evidências experimentais Gradiente biológico Força da associação Plausibilidade biológica Consistência Coerência Analogia Especificidade Categoria de evidência (-) não possibilita, (+) possibilita