Barroco ( , em Portugal) ( , no Brasil)

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Transcrição da apresentação:

Barroco (1580-1756, em Portugal) (1601-1768, no Brasil)

Luta Livre (Mauro Motoki) Abram alas pro novo espetáculo Vejam todo tipo de ridículo Pegue o seu lugar Guarde outro lugar Contratei barato um novo número Meu coração em luta com meu cérebro até algum cansar até algum parar Ah, e saia o que estiver no meio O conflito ainda vai ficar feio A briga já vai começar Ah, agora já não tem mais jeito foi um belo golpe do peito o cérebro não vê direito já está com defeito e vai se entregar Quando toca o gongo pro intervalo cada um descansa do seu lado Um vai raciocinar O outro se empolgar Um revisa todo seu vernáculo O outro se orienta com um oráculo É hora de voltar hora de voltar

Contexto hisórico Reforma Protestante Tribunal do Santo Ofício Contrarreforma Mito do Sebastianismo Martinho Lutero

Plano artístico Tomé, o incrédulo, de Caravaggio (1602-1603) Representação da tensão entre os elementos mundanos e espirituais (sensualismo x recato; religiosidade x descrença; prazer x culpa)

Excesso de sinuosidades O êxtase de Santa Teresa, de Bernini (1645-1652)

Jogos de luz e sombra Davi com a cabeça de Golias, de Caravaggio, 1610

Principais características Culto do contraste: o dualismo barroco coloca em contraste a matéria e o espírito, o bem e o mal, Deus e o Diabo, céu e a terra, pureza e o pecado, a alegria e a tristeza, a vida e a morte. Consciência da transitoriedade da vida: a idéia de que o tempo consome, tudo leva consigo,e que conduz irrevogavelmente a morte, reafirma os ideais de humildade e desvalorização dos bens materiais, ou seja sem apego aos bens materiais.

Principais características Gosto pela grandiosidade: característica comum expressa com o auxilio de hipérboles, ou seja exageros, figura de linguagem que consiste em aumentar exageradamente algo a que se estar referindo. Frases interrogativas: que refletem dúvidas e incertezas, questionamentos: “que amor sigo? Que busco? Que desejo? O que quero da vida?

Principais características Cultismo: é o jogo de palavras, o estilo trabalhado. Predominam hipérbole, hipérbatos (isto é, alteração da ordem natural das palavras na frase ou das orações no período) e metáforas (comparações), como: diamantes que significam dentes ou olhos. Conceptismo: é o jogo de idéias ou conceitos, de conformidade com a técnica de argumentação. É comum o uso de antítese, ou seja idéias contrárias, paradoxos. enquanto os cultistas tinham a visão direcionada aos sentidos, já os conceptistas eram direcionados a inteligência.

Principais características Como teve influência espanhola, o cultismo em Portugal, e no Brasil chama-se de Gongorismo. O conceptismo que é conhecido como Quevedismo em alusão ao poeta Francisco Quevedor y Villegas (1580-1645). 

Principais características Nasce o Sol, e não dura mais que um dia, Depois da Luz se segue a noite escura, Em tristes sombras morre a formosura, Em contínuas tristezas a alegria. Porém se acaba o Sol, por que nascia? Se formosa a Luz é, por que não dura? Como a beleza assim se transfigura? Como o gosto da pena assim se fia? Mas no Sol, e na Luz, falte a firmeza, Na formosura não se dê constância, E na alegria sinta-se tristeza. Começa o mundo enfim pela ignorância, E tem qualquer dos bens por natureza A firmeza somente na inconstância. Quis Cristo que o preço da sepultura dos peregrinos fosse o esmalte das armas dos portugueses, para que entendêssemos que o brasão de nascer portugueses era a obrigação de morrer peregrinos: com as armas nos obrigou Cristo a peregrinar, e com a sepultura nos empenhou a morrer. Mas se nos deu o brasão que nos havia de levar da pátria, também nos deu a terra que nos havia de cobrir fora dela. Nascer pequeno e morrer grande é chegar a ser homem. Por isso nos deu Deus tão pouca terra para o nascimento e tantas para a sepultura. Para nascer, pouca terra; para morrer, toda a terra; para nascer, Portugal; para morrer, o mundo. TEXTO I TEXTO II

Principais características Observe que o texto de Gregório consegue transmitir ao seu leitor muito da angústia do eu lírico através da confusão dos sentidos das palavras, do não entendimento, do questionamento do mundo. O nascer e o questionamento desta ação, a constância que se revela inconstante, e a firmeza que tem como característica serinconstante (e por isso não ser firme) revelam uma dificuldade em entender e aceitar o mundo real como ele é. E, como você deve lembrar, estas características opostas num mesmo ser são formalizadas pelo uso do paradoxo. Observe que neste texto, Vieira procura justificar o expansionismo português com as Grandes Navegações e consolar os exilados no Brasil das saudades de sua terra Natal. Ser peregrino é a missão que Deus, segundo ele, deu aos portugueses. Para comprovar esta afirmação, Vieira usa dois argumentos: Deus deu pouca terra aos portugueses para nascerem, numa alusão à pequena extensão do país, mas deu muitas terras onde morrerem, numa referência às várias colônias de Portugal em três continentes (América, África e Ásia). Portanto, como dádivas divinas, as colônias para onde migram os portugueses devem ser recebidas/habitadas com alegria. A intenção de Vieira é fazer com que os colonos encarem a vida longe de Portugal com a alegria estóica* dos cristãos que suportam todos os fardos para expiar os pecados e alcançar a salvação. TEXTO I TEXTO II

No Brasil Marco inicial: publicação de Prosopopeia, de Bento Teixeira, em 1601; Filhos de fidalgos educados na Europa; Nascimento da literatura brasileira; Intenção dos autores: combater a mentalidade de violência e ganância que existia no País; moralizar a população por meio da religião; dar vazão a sentimentos pessoais profundos.

No Brasil Interessante apenas como um documento histórico da fase inicial da literatura brasileira, o poema de Bento Teixeira não apresenta grande valor estético.  Estendendo-se até 1768, a literatura barroca produzida no Brasil refletiu as tendências e características literárias de península ibérica. Jesuítas como responsáveis históricos pela formação do Barroco. Realidade cultural a partiu do surgimento de cidades e vilarejos de Minas Gerais; Novas cidades e vilarejos originaram o desenvolvimento de manifestações culturais e artísticas como arquitetura, artes plásticas, músicas e literatura; Antonio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, visto como o maior gênio da arte barroca

Principais autores Padre Antônio Vieira (1608-1697) Poesia social; Obras de conteúdo profético; Bom relacionamento com crsitãos-novos (judeus convertidos ao cristianismo); Sermões; Inversões sintáticas; Antíteses e paradoxos; Cultismo; Conceptismo;

Gregório de Matos (1633?-96)

Lírica Amorosa Dualismo carne/espírito; Soneto a D. Ângela de Sousa Paredes (Gregório de Matos) Não vi em minha vida a formosura, Ouvia falar nela cada dia, E ouvida me incitava, e me movia A querer ver tão bela arquitetura. Ontem a vi por minha desventura Na cara, no bom ar, na galhardia De uma Mulher, que em Anjo se mentia, De um Sol, que se trajava em criatura. Me matem (disse então vendo abrasar-me) Se esta a cousa não é, que encarecer-me. Sabia o mundo, e tanto exagerar-me. Olhos meus (disse então por defender-me) Se a beleza hei de ver para matar-me, Antes, olhos, cegueis, do que eu perder-me. Dualismo carne/espírito; Mulher como representação do pecado;

Lírica Filosófica Desconcerto do mundo; Carpe diem; Nasce o Sol, e não dura mais que um dia, Depois da Luz se segue a noite escura, Em tristes sombras morre a formosura, Em contínuas tristezas a alegria. Porém se acaba o Sol, por que nascia? Se formosa a Luz é, por que não dura? Como a beleza assim se transfigura? Como o gosto da pena assim se fia? Mas no Sol, e na Luz, falte a firmeza, Na formosura não se dê constância, E na alegria sinta-se tristeza. Começa o mundo enfim pela ignorância, E tem qualquer dos bens por natureza A firmeza somente na inconstância. Desconcerto do mundo; Carpe diem;

Lírica Religiosa Culpa, arrependimento e pecado; Referências bíblicas. A Jesus Cristo Nosso Senhor (Gregório de Matos) Pequei, Senhor; mas não porque hei pecado, Da vossa alta clemência me despido; Porque quanto mais tenho delinqüido, Os tenho a perdoar mais empenhado. Se basta a vos irar tanto pecado, A abrandar-vos sobeja um só gemido; Que a mesma culpa, que vos há ofendido, Vos tem para o perdão lisonjeado. Se uma ovelha perdida e já cobrada Glória tal e prazer tão repentino Vos deu, como afirmais na sacra história, Eu sou, Senhor, a ovelha desgarrada, Cobrai-a; e não queirais, pastor divino, Perder na vossa ovelha a vossa glória. Culpa, arrependimento e pecado; Referências bíblicas.

Poesia Satírica “Boca do Inferno”; A cada canto um grande conselheiro, Quer nos governar cabana e vinha, Não sabem governar sua cozinha, E podem governar o mundo inteiro. Em cada porta um freqüente olheiro, Que a vida do vizinho, e da vizinha Pesquisa, escuta, espreita e esquadrinha, Para a levar à Praça e ao Terreiro. Muitos mulatos desavergonhados Trazidos pelos pés os homens nobres, Posta nas palmas toda a picardia. Estupendas usuras nos mercados, Todos os que não furtam muito pobres: E eis aqui a cidade da Bahia. “Boca do Inferno”; Crítica a todas as camadas sociais da sociedade baiana de seu tempo; Percepção crítica da exploração colonialista empreendida pelos portugueses; Linguagem diversificada: termos religiosos, africanos, palavrões, gírias e expressões locais. Cabana e vinha: no sentido de negócios particulares. Picardia: esperteza ou desconsideração. Usuras: juros ou lucros exagerados.

Saiba mais!

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