Relações entre a produção e transformação do espaço e o processo de acumulação entravada. Fundamentação teórica: espaço: produto do trabalho, historicamente definido pelas relações sociais, econômicas e políticas vigentes produção do espaço capitalista: estágio extensivo expansão da predominân- cia da forma mercadoria; estágio intensivo aumento da produtividade do trabalho interpretação do processo de configu- ração e transformação do espaço dialética entre Estado e mercado / Brasil acumulação entravada originada nas relações coloniais papel do Estado viabilizar as condições para a produção e reprodução capitalista Espaço nacional: unificação dos mercados regionais sob a predo- minância da forma mercadoria extensão das condições de homo- geneização do espaço para garantir circulação de capital, mercadorias e trabalho heterogeneidade do espaço unificado como condição para reprodução da acumulação Sueli- AUT
Periodização da transformação do espaço no Brasil: 1. Colônia e Império ( ) cana de açúcar extração do ouro 2. Produção Cafeeira ( ) expansão territorial declínio 3. Estágio extensivo (1850-meados 1970) industrialização industrialização pesada milagre econômico 4. Estágio intensivo (meados ) II PND desconcentração industrial expansão da internacionalização da economia
1. Colônia e Império ( ) cana de açúcar produção: monocultura; exploração colonial: reprodução local mínima, produ-ção e comercialização pela metrópole organização social: senhores de engenho + comerciantes portugueses, reduzidos trabalhadores livres, maioria escravos região NE: plantação cana de açúcar na área costeira, pecuária extensiva no agreste e sertão principais centros: Olinda (até 1631), Recife Sueli- AUT
extração do ouro (fins séc. XVII) Bandeirantes: ouro de aluvião 1693 / decadência a partir de 1760 extração aurífera: trabalhadores livres, poucos escravos; controle português do acesso à área ; concessão da extração: pagamento dízimos abastecimento: pecuária NE e R. G. Sul; alimentação: pequenos produtores livres em áreas vizinhas Rio de Janeiro: 1725 ligação com as minas; 1763 capital colonial isolamento das regiões mercados regionais isolados Minas Gerais após o declínio do ouro: pequenas propriedades de agricultores independentes Rio de Janeiro (1563): defesa do território; transformações com a vinda família real (1808): núcleo cultural e financeiro São Paulo (1554): vila de apoio à produção de subsistência da Capitania, entreposto precário entre o planalto e o litoral; 1o. engenho de ferro na América Alvará de 5 de janeiro de 1785 proibindo indústria BR; revogado em 1808 junto com taxas privilegiadas aos produtos ingleses algodão na Capitania do Grão-Pará: proibição (exportação para Metrópole) algodão em São Paulo (início séc. XVII) proibição da produção têxtil (exportada regiões vizinhas) Rio Grande do Sul: forte mercado regional, produtor voltado ao mercado interno região NE após declínio do açúcar: relações de produção impediam desenvolvimen- to mercado regional forte Sueli- AUT
Independência do Brasil manutenção das estruturas sociais e de produção colonial Constituinte de 1822 destituída (proibição de estrangeiros se elegerem; renda mínima para eleitor; controle Forças Armadas pelo Congresso; Imperador sem poder de veto de leis) Constituição de 1824: cria poder moderador: atuação praticamente irrestrita do Imperador Renúncia D. Pedro I (1831) Proibição tráfico de escravos (1850) II Império: colonização imigrante RS, Paraná e S. Catarina defesa fronteira oeste contra espanhóis Sueli- AUT República (1889) sem rompimento com a estrutura de produção vigente presidentes militares até 1894
Rio de Janeiro (início séc. XIX), expansão territorial para SP (principal produtor 1850); apogeu fins séc. XIX) recursos para dominar rebeliões separatistas no Brasil relações de produção: trabalho assalariado (imigrante), avanço em grandes extensões de terras estradas de ferro: estruturação do espaço paulista / SP - Santos (1868) / até 1900 relação entre expansão produção cafeeira e expansão estradas de ferro / : negócio lucrativo (garantia de lucro pelos governos estadual e federal 2. Estágio extensivo (1850-meados 1970) Produção Cafeeira
Políticas de valorização do preço do café bases para a industrialização paulista âmbito fiscal: desvalorização da moeda nacional encarecimento importações Convênio de Taubaté (1906): garantia de compra de estoques pelo governo estadual compras de excedentes de café através de financiamentos externos e internos (pós I Guerra) aumento produção interrupção do surto industrial no período da I Guerra elevação do câmbio (início da década de 1920) crise de 1929: rompimento políticas pró-cafeicultores ascensão Aliança Nacional governo Vargas: sustentação dos altos preços do café financiamentos internos, garantia de preço mínimo, compra e destruição do café excedente bases do mercado regional paulista: trabalho assalariado, rede de cidades interligadas por ferrovias; transferência da renda gerada na produção cafeeira para a indústria aumento produção algodão em SP desenvolvimento de indústrias têxteis Sueli- AUT
Periodização: 3. Estágio extensivo ( meados 1970) Lei das terras e abolição tráfico de escravos (1850) produção cafeeira São Paulo assalariamento industrialização industrialização pesada milagre econômico 4. Estágio intensivo (meados ) II PND desconcentração industrial (1975) expansão da internacionalização da economia industrialização pesada ( ) população 1950: RJ 2,4 milhões; SP 2,2 milhões; Recife 500 mil % PEA nacional 1950: SP 35,9; RJ 18,3 FDI SUMOC: : -230; : +452 (milhões dólares) : máquinas-automóveis 57%; S. Paulo ~2/3 FDI SUMOC milagre econômico ( ) taxas de crescimento anual: PIB (11,3%), indústria (12,7%), serviços (9,8%), exportações (24,0%) II PND ( ) interrupção meados 1976: reimposição acumulação entravada restruturação produtiva ( ) descentralização de plantas industrias impasse sócio-econômico globalização da economia ( ) políticas nacionais de inserção o papel de SP Sueli- AUT