ADUBAÇÃO CULTURA DA SERINGUEIRA

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Transcrição da apresentação:

ADUBAÇÃO CULTURA DA SERINGUEIRA Docente: Salatier Buzetti Discente: Douglas Costa Martins

SERINGUEIRA A seringueira (Hevea brasiliensis) é originária da região amazônica do Brasil. A borracha dessa árvore foi descoberta em meados do século XVIII e atualmente é a principal fonte de borracha natural do mundo. Pertencente à família Euphorbiaceae, podendo atingir até 40 m de altura. Em condições de cultivo alcança 15 a 20 m. Dicotiledônea Folhas Trifolioladas Fruto uma cápsula com três sementes Inflorescência rácimo Hábito Decíduo (caducas)

PROPAGAÇÃO Utilizar sementes de jardins policlonais Recalcitrantes Zero dias ao sol 97% Um dia ao sol 95% Dois dias ao sol 68% Cinco dias ao sol 0% Coleta sementes chão Deiscência explosiva - manter o local limpo Conservação da semente: Sombra por 7 dias. 130 dias sacolas de polietileno micro-perfuradas e misturadas serragem envelhecida, a 10% umidade.

Produção de Mudas Plantio direto no campo (porta – enxerto) Plantio em sacos plásticos Plantio misto

Enxertia Enxertia verde (haste clonal verde) Enxertia marrom (haste clonal marrom

Época de Plantio No inicio das estação das águas Espaçamento 8 x 2,5 m (500 plantas/ha) Covas de 40 x 40 x 60cm ou Sulcos Calagem Elavar saturação por bases (V%) a 50 %. Fonte: Van Raij.1997.

Tailândia – 2900 mil t – 34% Indonésia – 1851 mil t – 22% Malásia – 1000 mil t – 12% Índia – 740 mil t – 9% China – 481 mil – 7% Costa do Marfim 136 mil t – 2% Brasil – 100 mil t – 1% Outros – 1258 mil t – 13% Fonte: IAC

Comunidade Européia – 24% China – 18% EUA – 13% Japão – 10% Índia – 7% Coréia do Sul – 4% Brasil – 2% Malásia – 2% Outros – 22% Fonte: IAC

PROJEÇÕES DE PRODUÇÃO E CONSUMO MUNDIAL Fonte: IAC

PRODUÇÃO, IMPORTAÇÃO E CONSUMO BORRACHA NATURAL BRASIL Fonte: IAC

PRINCIPAIS PRODUTORES BORRACHA NATURAL BRASIL Fonte: IAC

PRODUÇÃO BORRACHA NATURAL SÃO PAULO Fonte: IAC

Fonte: Borracha natural

Fonte: Borracha natural

Fonte: Borracha natural

Fonte: Borracha natural

Fonte: ANIP Associação Nacional da Industria de Pneumáticos

Fonte: ANIP Associação Nacional da Industria de Pneumáticos

Fonte: ANIP Associação Nacional da Industria de Pneumáticos

Fonte: ANIP Associação Nacional da Industria de Pneumáticos

ADUBAÇÃO No Brasil, a pesquisa em adubação de seringueira ainda é bastante escassa e, seus resultados, muito variáveis nas diferentes regiões de cultivo. A adubação precisa ser definida para cada uma das fases de implantação da cultura. FORMAÇÃO DE MUDAS Viveiros o objetivo produção de plântulas uniformes, melhor aproveitamento para enxertia e precocidade. A adubação deve suprir pelo menos os nutrientes removidos para a produção da parte aérea dos porta - enxertos. FORMAÇÃO DO SERINGAL A precocidade, ou a redução do período de imaturidade é fundamental. PRODUÇÃO Produtividade e qualidade do látex são os principais objetivos. A recomendação de adubação correta em cada uma das fases de desenvolvimento da seringueira depende da experimentação.

A avaliação do estado nutricional. Diagnose visual, Análise foliar e Análise de solo. DIAGNOSE VISUAL Os sintomas visuais são manifestações exteriores de eventos bioquímicos que ocorrem a nível molecular, celular e nos tecidos vegetais. Isso permite que os sintomas de deficiências ou excessos sejam reprodutíveis. A diagnose foliar pode ser feita por meio da observação visual de sintomas de distúrbios nutricionais. Nos viveiros é muito comum o aparecimento de sintomas de deficiências de boro (B), zinco (Zn), magnésio (Mg) e às vezes de cobre (Cu). Nos seringais em formação são comuns as deficiências de zinco (Zn) e magnésio (Mg). Nos seringais adultos os sintomas de deficiências são pouco freqüentes e geralmente não aparecem sintomas de deficiências

Nitrogênio Amarelecimento das folhas, reduzindo a capacidade fotossintética. Fósforo Amarelecimento na parte ventral e uma coloração bronzeada na face dorsal da folha. Que acentua-se para secamento da folha.

Potássio Clorose das folha mais velhas, seguido de necrose

Cálcio Magnésio Enxofre Manganês Ferro Necrose marrom nas extremidades dos ramos. No Brasil a suspeitas de deficiência de cálcio. Magnésio Clorose entre as nervuras das folhas mais velhas seguido de necrose. Redução do tamanho das folhas e posterior queda das mesma. Enxofre Observa certa semelhança com Nitrogênio. Folhas novas. Manganês Antagonismo entre manganês e Magnésio Clorose geral das folhas com faixas de coloração verde escura contornando as nervuras Ferro Folhas muito pequenas com coloração verde pálido até o amarelo limão. No Brasil não foi observada deficiências.

Cobre Secamento das extremidades e posteriormente das margens das folhas. Desfolhamento precoce, geralmente a gema apical morre e desenvolve novos brotos laterais. Boro Folhas retorcidas, reduzidas e quebradiças. A coloração das folha permanece verde escuro e ocasionando nervuras mais largas que o normal.

Molibdênio Queima dos tecidos nas margens de coloração marrom pálido, iniciando nas áreas próxima aos ápices das folhas. Não foram observadas deficiências. Zinco Folhas novas pequenas, estreitas e alongadas. As lâminas da folhas torna-se torcida e ondulada.

ANÁLISE FOLIAR A análise química das folhas possibilita um diagnóstico mais acurado do estado nutricional das plantas, uma vez que sua interpretação permite definir situações não detectadas pela observação visual. Concentrações de nutrientes em folhas de seringueiras adultas com diferentes níveis de produtividade. A diagnose foliar ainda é muito pouco utilizadas, geralmente ela é lembrada pelos técnicos quando está acontecendo algum problema e não consegue-se resolver. Em plantas adultas, coletar duas folhas mais desenvolvidas nos lançamentos maduros á sombra em 25 árvores, no verão, folhas com cerca de 120 dias após o reenfolhamento

Nitrogênio (N) em cobertura Adubação de Plantio Incorporar por cova: 30 g de P2O5 167 g Super Simples, 73 g Super Triplo, 67 g DAP, 63 g MAP 30 g de K2O 68 g Nitrato K 63 g Sulfato K 52 g KCl 20 litros de esterco de curral curtido Nitrogênio (N) em cobertura 3 parcelas de 30 g/planta durante o 1º ano Fonte: Van Raij,1997.

ADUBAÇÃO DE FORMAÇÃO E EXPLORAÇÃO Aplicar nutrientes de acordo com a análise de solo Idade Nitrogênio P resina mg/dm-3 K+ trocável mmolc/dm-3 0 – 12 >12 0 – 1,5 > 1,5 Anos N Kg/ha P2O5 Kg/ha K2O Kg/ha 2 – 3 40 40 20 40 20 4 – 6 60 60 30 60 30 7 – 15 50 30 60 30 > 16 50 40 20 50 20 Fonte: Van Raij,1997.

Locais da aplicação dos fertilizantes

ADUBAÇÃO NPK E PRODUÇÃO DE BORRACHA SECA PELA SERINGUEIRA (Hevea brasiliensis)   Marcos Roberto Murbach1; Antonio Enedi Boaretto2,*; Takashi Muraoka2; Ronaldo Ivan Silveira3; Rodrigo Marcel Boaretto4 Scientia Agricola Sci. agric. vol.56 n.1 Piracicaba  1999

Os níveis de nutrientes foram: N (0, 80, 160 e 320 kg ha-1), na forma de uréia (45% de N); P2O5 (0, 40, 80 e 160 kg ha-1), na forma de super fosfato simples (18% P2O5) K2O (0, 80, 160 e 320 kg ha-1), na forma de cloreto de potássio (60% K2O). Cada parcela continha 20 plantas e a produtividade de borracha foi avaliada nas 6 plantas centrais da parcela. Os tratamentos de adubação foram: N0P0K0, N1P3K1, N1P1K0, N1P1K2, N1P0K1, N1P1K3, N0P1K1, N2P1K2, N1P1K1, N3P1K2, N2P1K1, N2P1K3, N3P1K1, N2P2K2, N1P2K1, N3P3K3.

Influência da adubação potássica na produção anual de borracha seca.

CONCLUSÕES : A adubação potássica promoveu um efeito positivo na produção de borracha seca, onde na dose de 155kg.ha-1 de K2O. Não se observou efeito da adubação fosfatada e nitrogenada na produtividade de borracha seca.

EFEITO DA ADUBAÇÃO NPK SOBRE O PERÍODO DE IMATURIDADE DA SERINGUEIRA   ONDINO CLEANTE BATAGLIA, WAGNER RODRIGUES DOS SANTOS, PAULO DE SOUZA GONÇALVES, IVO SEGNINI JUNIOR & MÁRIO CARDOSO Bragantia Bragantia vol.58 n.2 Campinas  1999

N, P e K aplicados em quatro níveis: 0, 40, 80 e 120 kg ha-1 de N, P2O5 e K2O respectivamente. Os fertilizantes usados foram uréia, super-fosfato triplo e cloreto de potássio

PLANTAS APTAS %

CONCLUSÕES: Usando-se como indicador de desenvolvimento a porcentagem de plantas aptas à sangria, verificaram-se respostas significativas à adubação potássica.

ANÁLISE DE SOLO E PARECER UNISOLO A UNIVERSIDADE À SERVIÇO DO PRODUTOR! Laboratório de Fertilidade do Solo Campus VII – Fernandópolis Estrada Projetada F1, s/n, Fernandópolis/SP. Fone: (17) 3465-4256 Proprietário: Nilton Aparecido Solicitante: O mesmo Propriedade: Sítio São Francisco Endereço: Município: Fernandópolis/SP Município: Fernandópolis/SP Data de Entrada: 17/08/2007 Data de Saída: 29/08/2007 ANÁLISE DE SOLO E PARECER Nº da amostra laboratório Identificação Da Amostra Matéria Orgânica (MO) Fósforo (resina) (P) PH(CaCl2) Potássio (K) Cálcio (Ca) Magnésio (Mg) Alumínio (Al) H+Al Soma de Bases (SB) CTC V% g/dm3 mg/dm3 mmolc/dm3 716 0 - 20 cm 13 7 5,1 1,0 12 3 - 20 16,0 36,0 44,44 Resultado da análise de solo de um cultura de seringueira com cinco anos de idade.

Aplicar nutrientes de acordo com a análise de solo Idade Nitrogênio ADUBAÇÃO DE FORMAÇÃO Aplicar nutrientes de acordo com a análise de solo Idade Nitrogênio P resina mg/dm-3 K+ trocável mmolc/dm-3 0 – 12 >12 0 – 1,5 > 1,5 Anos N Kg/ha P2O5 Kg/ha K2O Kg/ha 2 – 3 40 40 20 40 20 4 – 6 60 30 7 – 15 50 30 60 30 > 16 50 40 20 50 20 Fonte: Van Raij,1997.

CALCULO DE ABUBAÇÃO N = 60 Kg ha-1 P = 60 Kg ha-1 K = 60 Kg ha-1 400 Kg ha-1 da formula 15-15-15 300 Kg ha-1 da formula 20-20-20 200 Kg ha-1 da formula 30-30-30 Utilizar metade da adubação no inicio das águas e metade no fim das águas, distribuindo ao redor das árvores ou em faixas laterais das árvores