XVIII Congresso Nacional de Secretários Municipais de Saúde

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Ações Estratégicas na Atenção Básica
Advertisements

A Enfermagem na Organização do SUS
SEMINÁRIO DO CONSELHO NACIONAL DE SAÚDE novembro/2010
Saúde Bucal na esfera pública
Por uma regulação pública que viabilize a eficiência, a qualidade, o acesso equânime e o cuidado integral na atenção à saúde.
APOIO INTEGRADO À GESTÃO DESCENTRALIZADA DO SUS – SANTA CATARINA
Pacto dos Indicadores da Atenção Básica
Um Novo Pacto de Gestão para o SUS Garantindo saúde para todos
Modelo Assistencial Modelo assistencial (ou de atenção) é a representação simplificada da organização ideal dos serviços, combinando diversas formas de.
Descentralizando a Saúde para o Desenvolvimento Regional
NOB SUS 01/96 Inovações: Implantação de valor per capita para financiamento das ações de atenção básica (PAB): reversão da lógica de alocação de recursos,
Pacto pela Saúde Consolidação do SUS
POLÍTICA ESTADUAL DE GESTÃO DO TRABALHO E DA EDUCAÇÃO NA SAÚDE - PGETS
ATENÇÃO BÁSICA À SAÚDE DA FAMÍLIA
CARAVANA EM DEFESA DO SUS - EVENTO PARAÍBA PLANO ESTADUAL DE SAÚDE DA PARAÍBA – AVANÇOS, DESAFIOS E PERSPECTIVAS 2009/2010.
A Política de Gestão Estratégica e Participativa no SUS
Construindo a Atenção Integral a Saúde
XIX Congresso CONASEMS Construindo a atenção integral à saúde
PROMOÇÃO DA SAÚDE.
POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE E O FAZER DO PSICÓLOGO
Políticas Sociais em Saúde Pública
FUNÇÕES DENTRO DA EQUIPE DE SAÚDE DA FAMÍLIA
Dra . Sueli Rezende cunha Tutora; deyse da conceição Santoro
Política Nacional de Humanização
REGIONALIZAÇÃO DA SAÚDE
SAÚDE, CONTROLE SOCIAL E VOCÊ:
TECNOLOGIAS DE GESTÃO DO CUIDADO EM SAÚDE
A NOAS e as Inovações de Organização da Assistência à Saúde
RESPONSABILIDADE DOS ENTES DA FEDERAÇÃO E FINANCIAMENTO DO SUS
REGULAÇÃO EM SAÚDE SUPLEMENTAR E OS MODELOS DE ATENÇÃO À SAÚDE
ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA.
Participação da Comunidade na cogestão da saúde pública no Brasil
ESF Integralidade da assistência
Curso de Especialização para Formação de Gestores e Equipes Gestoras do SUS Módulo I: Políticas de Saúde e os Desafios Contemporâneos Para a Gestão do.
Modelo biologista e tecnicista hegemônico
SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE SUS.
Estratégias para o Fortalecimento das Ações de Vigilância Sanitária
DEMANDAS JUDICIAIS DE INTERNAÇÕES HOSPITALARES EM FACE DO SUS ENSP/FIOCRUZ RIO DE JANEIRO MARÇO/2012.
Atenção à Saúde da Família e Comunidade
Área de abrangência da Equipe de Saúde da Família
ESTRATÉGIA DA SAÚDE DA FAMILÍA
SISTEMA ÚNICO de SAÚDE SUS.
Secretaria de Estado da Saúde do Paraná
Estratégia de Saúde da Família
UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO
Kátia Souto Consultora Técnica do PNCH/SVS/MS Curitiba/ 2009
Políticas Públicas de Saúde: PSF
5º CONGRESSO ESTADUAL DOS SECRETÁRIOS MUNICIPAIS DE SAÚDE DA BAHIA Ministério da Saúde - MS Secretaria de Atenção à Saúde - SAS Departamento de Regulação,
A essencialidade da Gestão em Saúde Publica
MODELOS ASSISTENCIAIS EM SAÚDE
ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA
VIGILÂNCIA EM SAÚDE.
Modelos de Atenção e Promoção da Saúde
POLÍTICA NACIONAL DE HUMANIZAÇÃO
ou seja, resultado de determinações históricas estruturais
Desafios da Atenção Primária à Saúde para Equidade MAURO GUIMARÃES JUNQUEIRA Presidente e Secretário Municipal de Saúde de São Lourenço/MG.
A regulamentação do Sistema Único de Saúde - SUS
Estratégia de Saúde da Família
Programa Saúde da Família
FÓRUNS DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA ESTRATÉGIA DE FORTALECIMENTO DA GESTÃO DO SISTEMA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA NO SUS AVANÇOS: Maior integração entre.
EVOLUÇÃO DA POLÍTICAS DE SAÚDE NO BRASIL
“Estratégia para o apoio a implementação de Redes Integradas de Atenção a Saúde” 17 de Novembro de 2009 DARA/SAS/MS.
SEMINÁRIO DE APOIO A DESCENTRALIZAÇÃO DA GESTÃO DOS PRESTADORES DE MÉDIA E ALTA COMPLEXIDADE DO SUS VIGILÂNCIA EM SAÚDE.
SEMINÁRIO DE APOIO A DESCENTRALIZAÇÃO DA GESTÃO DOS PRESTADORES DE MÉDIA E ALTA COMPLEXIDADE DO SUS Regulação, Controle, Avaliação Secretaria Estadual.
Propostas de Organização do Modelo de Atenção à Saúde com ênfase na Atenção Básica, Promoção e Vigilância à Saúde em Minas Gerais: enfrentando os desafios.
Qualificação da Gestão. O QUE É O SUS Instituído pela Constituição de 1988, o Sistema Único de Saúde – SUS é formado pelo conjunto das ações e serviços.
SAÚDE COLETIVA Professor: Hugo Pascoal. Saúde “É um completo estado de bem estar físico, mental e social, e não meramente a ausência de doença” (OMS,
Secretaria Estadual de Saúde de Tocantins
Baixo investimento em estratégias de promoção da qualidade de vida e saúde. Modelo assistencial ainda fortemente centrado na oferta de serviços e não.
SAÚDE PÚBLICA FACULDADE DE FARMÁCIA DO PLANALTO CENTRAL – FARMPLAC
Transcrição da apresentação:

XVIII Congresso Nacional de Secretários Municipais de Saúde Modelos de Atenção a Saúde e Importância da Atenção Básica na Organização do Sistema Municipal de Saúde Blumenal-SC Julho / 2002

Desigualdades em saúde Perfil demográfico Envelhecimento populacional Urbanização Quadro sanitário Complexidade crescente: coexistência de perfis epidemiológicos Desigualdades em saúde

Modelos Tecnoassistenciais em Saúde Forma como se organizam, em determinados espaços-populações, os serviços de saúde, incluindo diferentes unidades prestadoras de diversas complexidades tecnológicas – e as relações que se estabelecem dentro delas e entre elas (Mendes, 1986). “Os modelos Tecno-assistenciais estão sempre apoiados em uma dimensão assistencial (recursos financeiros, materiais e força de trabalho) e tecnológica (tecnologias e modalidades de trabalho), para expressar-se como projeto de política, articulado a determinadas forças e disputas sociais” (Merhy, 1991)

Modelos Tecnoassistenciais no Brasil A modelo de saúde pública; O modelo de assistência médica previdenciário – liberal privatista; A medicina comunitária. Silva Junior, 1998

Os Modelos da Saúde Coletiva Proposta Baiana de SILOS; A proposta de Curitiba – “Saúdecidade”; A proposta LAPA-UNICAMP: “Em defesa da vida”. Silva Junior, 1998

Sistemas Locais de Saúde - Distritalização Princípios orientadores: descentralização, adscrição de clientela, mando único, referência e contra- referência, hierarquização, integralidade da atenção; Conceitos chave: território, Problemas, práticas sanitárias; Estratégias: planejamento estratégico- planejamento local, ações programáticas em saúde, vigilância da saúde.

PARA O NOVO MODELO ASSISTENCIAL DIAGRAMA DE TRANSIÇÃO PARA O NOVO MODELO ASSISTENCIAL Modelo anterior ao SUS Novo modelo assistencial OFERTA ORGANIZADA DEMANDA ESPONTÂNEA PROGRAMAS ESPECIAIS Paim (1994)

ARTICULAÇÃO DA DEMANDA ESPONTÂNEA COM A OFERTA ORGANIZADA NO ÂMBITO DA UNIDADE LOCAL DE SAÚDE Paim (1994)

Territorialização dos Problemas e das Ações de Saúde no Município DISTRITO SANITÁRIO ÁREA DE ABRANGÊNCIA DAS UNIDADES DE SAÚDE FAMÍLIA MICROÁREA DE RISCO Mendes, 1993

Vigilância da Saúde Teixeira & Paim, 1997

Cidade Saudável “Saúde para a cidade, saúde para os cidadãos que nela possam potencializar a plenitude da vida, isto é o oposto da patogenicidade” (Ragio, 1992). Formular políticas públicas saudáveis, visando a melhoria da qualidade de vida. Ênfase na intersetorialidade, principal estratégia para articulação política e promoção da saúde. Ênfase na compreensão do processo de urbanização e seus determinantes sobre a saúde e a doença Ênfase na emancipação da sociedade e na autonomização dos sujeitos através da desmedicalização e desospitalização dos indivíduos.

Defesa da Vida Propõe uma redefinição do trabalho médico, da clínica e do atendimento ao indivíduo doente. Princípios: gestão democrática, serviço voltado para a defesa da vida individual e coletiva, modelo usuário-centrado com as seguintes diretrizes: acolhimento, vínculo, responsabilização e resolução de necessidades direitos dos usuários. Valorização do sujeito, reconceituação da clínica colocando-a a serviço da preservação da vida, do cuidado e da autonomização dos sujeitos; Flexibilização dos critérios de hierarquização: desospitalização, complexificação da unidade básica de saúde; Adscrição com flexibilidade visando favorecer o vínculo.

Operacionalização - Defesa da Vida Nível primário de atenção mais complexo em atribuições: equipe multiprofissional, incorpora equipamentos e tecnologias que aumentam a resolutividade. Estratégias acolhimento do usuário, humanizando as relações trabalhador / usuário. Os saberes técnicos das equipe são estimulados, ampliando o "campo de saber" e as "tecnologias leves”. Pacto negociado de metas entre gerência e equipes, em torno do projeto, democratizando e horizontalizando a gestão. Gestão democrática e controle social. Assistência hospitalar, "unidades de produção", definindo contratos e metas.

Tecnologias em Saúde n.e.m. n.e.e. n.e.a.s. Este circulo representa um certo indivíduo submetido a abordagens produtoras de atos em saúde Este círculo representa a abordagem médica n.e.m. abordagem enf.. abordagem ass. social n.e.e. n.e.a.s. Este retângulo representa o núcleo da dimensão cuidadora comum a qualquer abordagem que produza atos em Saúde n.e.m. – núcleo específico do médico n.e.e. – núcleo específico do enfermeiro n.e.a.s. – núcleo específico do assistente social

Importância da Atenção Básica Fortalecimento da Atenção Básica enquanto eixo estruturante do modelo assistencial do SUS orientada por uma concepção positiva de saúde; atenção resolutiva; não se restringe a assistência médica; que incorpore os elementos positivos dos modelos assistenciais da saúde coletiva. Saúde da família enquanto estratégia de reformulação da atenção básica à saúde. Mendes,1996

Estratégia Saúde da Família - Valores Evitar a redução das necessidades de saúde a processos fisio-patológicos nas concepções de serviços – valorizar a atenção básica como uma forma específica de organizar a prática e dotada de uma complexidade; Revalorizar a busca por assistências progressivamente totalizadoras do cuidado produzido; Instituir a dimensão subjetiva das práticas em saúde – o papel das relações interpessoais. Schraiber & Gonçalves, 1995, citado por Mendes, 1996

Desafios para o fortalecimento da Atenção Básica Financiamento Promover um maior equilíbrio entre os investimentos da atenção básica com os da média e alta complexidade; Responsabilização dos Estados / MS com o aumento do gasto na atenção básica. Reorganização dos processos de trabalho Centralidade do usuário - dimensão do cuidado da saúde; valorização dos sujeitos - qualificar os usuários para a responsabilização pela saúde; Trabalho multiprofissional;

Desafios para o fortalecimento da Atenção Básica Integralidade da atenção A articulação entre as ações preventivas e curativas, individuais e coletivas, Articulação entre o atendimento à demanda espontânea e as ações programáticas; Estratégia de promoção da saúde Atuação sobre determinantes dos problemas; Intersetorialidade; Combinação de estratégias de risco e estratégias populacionais que apresentem evidência.

Desafios para o fortalecimento da Atenção Básica Desenvolvimento da epidemiologia nos serviços de saúde Padronização e integração dos sistemas de informações, Utilização de ferramentas de sistemas de informações geográficas; utilização da epidemiologia para monitoramento e intervenção em saúde. Recursos Humanos Formação de recursos humanos: na graduação e nos serviços; Relações de trabalho.