DENGUE Saúde Pública Veterinária Depto Medicina Veterinária Preventiva

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Transcrição da apresentação:

DENGUE Saúde Pública Veterinária Depto Medicina Veterinária Preventiva Eduardo Furtado Flores DMVP-CCR-UFSM

DENGUE - Doença viral aguda, transmitida por mosquitos do gênero Aedes sp. - Principal arbovirose humana - Um dos principais problemas de Saúde Pública em países tropicais e subtropicais 2.5 bilhões de pessoas vivem em áreas de risco 50 a 100 milhões de infecções por ano 550 mil internações (DH e DHF) - 20 mil óbitos

O AGENTE Vírus RNA, com envelope, Flaviviridae. Transmitido primariamente por mosquitos Possui 4 sorotipos (tipos antigênicos) DEN 1 DEN 2 Prevalência e distribuição - DEN 3 geográfica diferentes - DEN 4 - Sem diferenças marcantes de virulência Imunidade tipo-específica é longa Baixa reatividade sorológica cruzada 20 mil óbitos

HISTÓRICO - Décadas de 30-70  campanhas erradicação FA - 1976 -1977  alguns surtos (BA) - 1981  Roraima (11.000 pessoas, tipos 1 e 4) - 1985 -1987  90.000 casos notificados - 1986  Identificação A. albopictus (RJ, MG, ES) 1986-1993  CE, AL, PE, BA, MG, MT, MS, RS 2007 – mais de 450.000 casos (40% a mais)

EPIDEMIOLOGIA Distribuição geográfica

EPIDEMIOLOGIA Originalmente mantido em ciclos silvestres (primatas – mosquitos) Adaptou-se muito bem a população humana Doença predominantemente URBANA - Ocorrência em países tropicais e subtropicais Endêmica em mais de 100 países Epidemias ocorrem no verão (final) ou após épocas chuvosas

SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA Região 2001 2002 2003 2004 2005 Norte 63.000 30.000 46.000 31.500 41.000 Nordeste 188.000 312.000 214.000 42.000 118000 Sudeste 173.000 384.000 83.000 31.000 35.000 Sul 3.500 16.000 22.000 4.000 5.200 Centro-oeste 34.000 68.500 36.000 15.500 41.580 Total 464.000 813.000 403.000 123.000 241.000 3.396.000 Fonte: Modificado de MS/FUNASA/GENEPI

Distribuição do Aedes

Distribuição dos sorotipos (2005)

RE-EMERGÊNCIA DA DENGUE Fatores demográficos e ambientais - Crescimento populacional - Urbanização acelerada e desorganizada - Inchaço das grandes cidades - População marginalizada Facilidade de movimentação de pessoas Falência de políticas públicas de SP

RE-EMERGÊNCIA DA DENGUE Fatores biológicos Capacidade de reprodução do Aedes Transmissão transovariana Ritmo de reprodução acelerado Período de transmissão longo (vários dias) Calor úmido > oviposição acelerada > maior voracidade

TRANSMISSÃO Picada de mosquitos (arbovírus) Principal vetor: Aedes aegypti - Hábitos diurnos - Predominantemente urbano - Oviposição em água limpa - Preferencialmente em recipientes artificiais - Também o Aedes albopictus

CICLO DE TRANSMISSÃO Viremia Viremia DIAS DIAS Mosquito pica / Adquire vírus Adquire vírus Transmite vírus Transmite vírus Período de incubação extrínseco Período de incubação extrínseco Período de incubação intrínseco Período de incubação intrínseco Viremia Viremia 5 5 8 8 12 12 16 16 20 20 24 24 28 28 Doença Doença DIAS DIAS Doença Doença Ser humano 1 Ser humano 1 Ser humano 2 Ser humano 2

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Três principais conseqüências da infecção 1. Infecção inaparente ou c/ sinais leves 2. Dengue clássica (DF) 3. Febre hemorrágica (DHF) Os quatro tipos causam doença similar DHF grave é mais comum com DEN-3 e 4

DENGUE CLÁSSICA (DF) Período de incubação: 2 – 14 dias (média 4 – 7) Curso clínico: 3 – 5 dias Febre: 1 – 7 dias Cefaléia, dores musculares e articulares Náuseas, mal-estar Exantemas

FEBRE HEMORRÁGICA (DHF) Classificada em graus I a IV Inicia com sinais clássicos (2 – 7 dias) Eritemas na pele, manchas cianóticas Hemorragias na pele Sangramento gengival, nasal, gastrointestinal Trombocitopenia (plaquetas 100.000/mm3). Patogenia (ADE?)

DIAGNÓSTICO Clínico-epidemiológico – altamente sugestivo Prova do “laço” Diagnóstico diferencial: Flu, sarampo, rubéola, leptospirose Diagnóstico laboratorial - Isolamento viral, PCR - Mais usado: ELISA IgM (6 – 60dpi)

TRATAMENTO Sem tratamento específico Tratamento sintomático (analgésicos e antitérmicos) Cuidados especiais em caso de DHF - Evitar salicilatos

CONTROLE Aplicação de inseticidas (combate ao mosquito) Evitar reservatórios de água Sistema de vigilância efetiva Identificação precoce do mosquito e vírus Participação ativa da população Melhores condições de urbanização, habitação, abastecimento de água, educação.

COMBATE ao Aedes sp - Substituir água dos vasos por terra - Manter seco o prato coletor de água - Desobstruir calhas do telhado - Não deixar recipientes (latas, pneus) que acumulem água - Tampar cisternas, caixas d’agua, barris, etc. - Acondicionar lixo em sacos plásticos fechados

Controle biológico do Aedes Peixes em reservatórios de águas/cacimbas Espécie de libélula

VACINAS - Seriam o meio IDEAL de prevenção - + de 60 anos de pesquisas Problemas: 1. Quatro sorotipos (tetravalente) 2. Falta de modelo animal 3. Dificuldade de atenuação do DEN 4. Imunidade heteróloga baixa e De curta duração - VETOR: YFV c/ gps do DENV – promissora.

DENGUE Saúde Pública Veterinária Depto Medicina Veterinária Preventiva Eduardo Furtado Flores DMVP-CCR-UFSM

Febre Amarela Saúde Pública Veterinária Depto Medicina Veterinária Preventiva Febre Amarela Eduardo Furtado Flores DMVP-CCR-UFSM

- Doença infecciosa aguda – flavivírus (YFV) - Transmitida por mosquitos (ARBOVIROSE) - Ocorrência: Américas Central e do Sul, África - Mantida da natureza em ciclos silvestres - Eventualmente transmitida a humanos Infecção humana: acidental, ligada a exposição em florestas, fronteiras agrícolas, construção de estradas, barragens; camping, caça.

Ciclo silvestre - Hospedeiros: primatas - Vetores: mosquitos do gênero Haemagogus - Transmissão transovariana no vetor - Ocasionalmente transmitido a pessoas - Ciclo urbano - Quando pessoas virêmicas voltam à cidade - Hospedeiros: humanos - Transmissão: mosquitos do gênero Aedes sp - Transmissão direta entre pessoas não ocorre - No Brasil está erradicada (1942)

2002 – Bugios mortos (FA) – Garruchos, RS 2004 – Bugios mortos (FA) – Jaguari, RS Vacinação regional – 300.000 pessoas vacinadas

MINAS GERAIS – 2003/2004 Município Em investigação Confirmados Total Alvorada de Minas 2 4 6 Dom Joaquim   0 1 Ganhães 3 Sabinópolis 5 14 19 Santo Antônio do Itambé Senhora do Porto Serro 11 20 31 *23 **44 67

FEBRE AMARELA NO BRASIL - 2008 - Dez. 2007 – 14 março/2008 – 65 casos suspeitos - 38 casos confirmados - 20 evoluíram para óbito - 23 descartados/4 em investigação - GO (21), MS (8), DF (5) MT (2), PR (2) - Todos adquiriram a infecção em áreas rurais - Medidas: - vacinação em áreas de risco/viajantes - divulgação/conscientização pública - Surtos ocorrem a cada 7, 8 anos

Manifestações clínicas - Período de incubação: 3 a 6 dias - Sinais inespecíficos ou subclínica é comum - Febre, cefaléia, mal-estar, náuseas, vômitos - Calafrios, dores musculares - A maioria recupera-se após esses sinais - Aprox. 15% desenvolvem sinais graves - Febre, dor abdominal, vômitos, diarréia - Vômito e diarréia hemorrágicos - Icterícia, equimoses, sangramentos - Disfunção renal, hepática, coma e morte (50% dos casos graves)

Diagnóstico - Clínico-epidemiológico - Diferencial: dengue, leptospirose, malária - Laboratorial: ELISA, isolamento viral Tratamento - Não há tratamento específico - Antitérmicos, analgésicos, hidratação - Em casos graves: diálise e transfusão Controle - Vacinação (validade 10 anos) - Proteção individual (repelentes, mosquiteiros roupas com manguas compridas, etc.) - Em áreas urbanas: combate ao Aedes

Febre Amarela Saúde Pública Veterinária Depto Medicina Veterinária Preventiva Febre Amarela Eduardo Furtado Flores DMVP-CCR-UFSM