Panorama Educacional Brasileiro

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Transcrição da apresentação:

Panorama Educacional Brasileiro Centro de Políticas Públicas do Insper

Apresentação A educação é uma questão fundamental no cotidiano brasileiro, pois é a partir de uma boa base educacional que um país se desenvolve economicamente e socialmente. Para que a educação melhore, é preciso entender sua evolução ao longo do tempo para elaborar políticas que enfatizem o que já foi bem-sucedido e que auxiliem na reformulação das demais políticas. Visando ampliar a pesquisa em educação e melhorar sua qualidade, o Centro de Políticas Públicas elaborou o “Panorama Educacional Brasileiro” para divulgar gráficos  e dados importantes sobre a educação no Brasil ao longo do tempo. Os gráficos iniciais deste trabalho fornecem uma visão ampla da educação brasileira ao longo do tempo. Em seguida, os gráficos são expostos em partes: Pré-escola, Ensino Fundamental e Médio e Ensino Superior. Para a elaboração dos gráficos, foram utilizados dados da PNAD (Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios), Censo Escolar, Censo Superior e do INEP.  Com o intuito de facilitar o acesso aos dados, o CPP disponibiliza também em seu site todas as tabelas em Excel com os dados utilizados na apresentação.

Acesso à escola, por nível de escolaridade - Brasil Na seqüência de gráficos a seguir (gráficos 1a, 1b, 1c e 1d), observamos o aumento do acesso da população brasileira à escola. Os gráficos apresentam a porcentagem da população de cada idade (de 5 a 25 anos) que é estudante nos anos de 1977, 1987, 1997 e 2009. Claramente há um aumento da quantidade de pessoas estudando nos diferentes níveis de escolaridade: Pré-escola, Ensino Fundamental, Ensino Médio e Ensino Superior. É possível verificar que em 2009 mais de 90% da população de 7 a 14 anos de idade freqüentava a escola. De forma geral, a quantidade de estudantes em todos os níveis de educação aumentou, o que significa uma maior facilidade da população acessar as escolas.

Acesso à escola, por nível de escolaridade - Brasil Gráfico 1b Gráfico 1a Gráfico 1c Gráfico 1d Fonte: PNAD 1977, 1987, 1997 e 2009. Elaboração Própria

Evolução da escolaridade do brasileiro acima de 22 anos de idade O gráfico 2a mostra a evolução da escolaridade do brasileiro que tem mais de 22 anos de idade. Nota-se que há um aumento da quantidade de pessoas com 12 ou mais anos de estudo e uma queda significativa da porcentagem de pessoas com menos de 4 anos de estudo. Uma alteração importante também é que, a partir de 2003, o número de pessoas com 9 a 11 anos de estudo é superior ao número de pessoas com 5 a 8 anos de estudo. Isto mostra que as pessoas estão concluindo tanto o Ensino Fundamental quanto o Ensino Médio. O gráfico 2b mostra a porcentagem da população com mais de 22 anos de idade que completa os ciclos escolares, tal que: 4 anos completos de estudo corresponde a estudar até a 4ª série do Ensino Fundamental; 8 anos completos de estudo corresponde à 8ª série do EF; 11 anos completos de estudo corresponde à conclusão do Ensino Médio e mais de 15 anos completos de estudo representa quem já completou o Ensino Superior. Visivelmente há um crescimento na quantidade de pessoas concluindo o Ensino Médio (praticamente duplicou de 1992 para 2011) e Ensino Superior, nível que inclusive ultrapassa os 8 anos de estudo completos, correspondente ao Ensino Fundamental.

Perfil da escolaridade do brasileiro acima de 22 anos de idade Gráfico 2a Fonte: PNADs. Elaboração Própria

População com mais de 22 anos de idade que conclui os ciclos Gráfico 2b Fonte: PNADs. Elaboração Própria

Evolução da escolaridade do brasileiro de 22 anos de idade Semelhantes aos gráficos 2a e 2b, os gráficos 3a e 3b, a seguir, mostram-nos a evolução dos estudos do brasileiro que possui exatamente 22 anos de idade. O gráfico 3a comprova o aumento de jovens estudando no nível médio e no nível superior, em que, de 1992 para 2011 houve um aumento de 23% para 49% da população de 22 anos cursando o Ensino Médio. Verificamos que as categorias de 9 a 11 e 12 ou mais anos de estudo apresentam crescimento ao longo dos anos, enquanto que as outras duas categorias apresentam queda. A quantidade de pessoas com 0 a 4 anos de estudo passa de maioria em 1992 para minoria em 2011. O gráfico 3b mostra como a maior porcentagem dos jovens de 22 anos de idade concluem o Ensino Médio, possuindo assim 11 anos de estudo completos. Podemos verificar que ao longo do tempo analisado há uma queda dos jovens que completaram somente até a 4ª série do Ensino Fundamental e o número de jovens que completam até a 8ª série do Ensino Fundamental mantém-se estável. A evolução de jovens que possuem o Ensino Médio completo é bastante expressiva, passando de 14% em 1992 para praticamente 40% em 2011.

Perfil da escolaridade do brasileiro com 22 anos de idade Gráfico 3a Fonte: PNADs. Elaboração Própria

População com 22 anos de idade que conclui os ciclos Gráfico 3b Fonte: PNADs. Elaboração Própria

Anos de estudo médio da população Os gráficos 4a e 4b ilustram a média de anos de estudo concluídos da população, sendo que o gráfico 4a refere-se à população com exatamente 22 anos de idade e o gráfico 4b representa a população com mais de 22 anos. Podemos notar que para ambas populações analisadas há um aumento na média de anos de estudo concluídos, demonstrando que os brasileiros, no geral, estão tendo mais acesso às escolas e estão conseguindo concluir mais anos de estudo.

Anos de estudo médio da população Gráfico 4b Gráfico 4a Fonte: PNADs. Elaboração Própria

PRÉ-ESCOLA

Porcentagem de crianças de 4 e 5 anos que freqüentam a escola O gráfico 5 nos mostra o aumento do número de crianças de 4 e 5 anos de idade que freqüentam a escola. Em 2009, cerca de 77,4% da população desta faixa etária estava estudando e ao longo dos anos há uma tendência de crescimento, o que é bastante positivo para a população brasileira. Através do gráfico 6 podemos verificar como é a distribuição geográfica das crianças de 4 e 5 anos que estudam em 2009. Percebe-se que em média, no Brasil, 73,8% destas crianças estudam e, no sudeste e nordeste, todos os estados apresentam mais de 70% das população de 4 e 5 anos de idade estudando.

Gráfico 5 Fonte: PNADs. Elaboração Própria

Gráfico 6 Fonte: PNAD 2011. Elaboração Própria

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

Perfil da população de 7 a 14 anos de idade Nos gráficos a seguir faremos uma breve análise da população de 7 a 14 anos de idade, que freqüenta o Ensino Fundamental . O gráfico 7 representa a ocupação da criança de 7 a 14 anos de idade, dividida em 4 categorias: Só estuda; Só trabalha; Trabalha e estuda e não trabalha nem estuda. Nota-se que, em 2008, 95% das crianças desta faixa etária só estudam. Isto representa um grande avanço, pois, desde 2003 a porcentagem de crianças que só trabalham é inferior a 0,5% e a porcentagem de jovens que nem estudam e nem trabalham se manteve constante em 2%, caindo em 2011 para 1%. A evolução dos anos de estudo completos das mães de jovens com 7 a 14 anos de idade está representada no gráfico 8. Como podemos perceber em 2011, as mães tinham, em média, 6,9 anos de estudo completo, uma forte tendência de aumento ao longo dos anos.

Atividades praticadas pelos jovens de 7 a 14 anos Gráfico 7 Fonte: PNADs. Elaboração Própria

Gráfico 8 Fonte: PNADs. Elaboração Própria

Ensino Fundamental No gráfico 9 está representada a evolução das taxas de escolarização líquida e bruta do Ensino Fundamental. Vê-se que a taxa líquida de escolarização está cada vez mais próxima de 100%, ou seja, a quantidade de alunos matriculados no nível de ensino adequado à sua idade é bastante alta. Já a taxa bruta de escolarização apresenta uma queda importante. Abrangemos no gráfico 10 o número de matrículas no Ensino Fundamental, sendo que ilustramos a quantidade de alunos com 7 a 14 anos de idade matriculados, quantidade total de alunos matriculados segundo a PNAD e o número de matrículas conforme o Censo Escolar. Já no gráfico 11 podemos verificar a relação do número total de matriculados por escola no Ensino Fundamental e no Ensino Médio. Notamos que a quantidade de matriculados por escola no Ensino Médio é bastante superior que no Ensino Fundamental, que apresentou uma quantidade estável de cerca de 200 estudantes por escola a partir de 2006.

Taxas de escolarização bruta e líquida* do Ensino Fundamental Gráfico 9 Taxas de escolarização bruta e líquida* do Ensino Fundamental * Taxa de escolarização líquida1: Percentual da população em determinada faixa etária que se encontra matriculada no nível de ensino adequado à sua idade. * Taxa de escolarização bruta2: Comparação do total de matrículas em um dado nível de ensino com a população na faixa etária adequada a esse nível. Fonte: PNADs. Elaboração Própria

Gráfico 10 Fonte: PNAD e CENSO Escolar. Elaboração Própria

Gráfico 11 Fonte: Censo Escolar. Elaboração Própria

O gráfico 12 representa a defasagem idade-série, que indica uma tendência de queda ao longo dos anos analisados. Isto é bastante positivo, pois mostra que, cada vez mais, os alunos matriculados no Ensino Fundamental apresentam a idade adequada ao nível de ensino em que se encontram. A partir dos dados da PNAD, no gráfico 13 podemos verificar que muitos dos alunos que concluem o Ensino Fundamental não se matriculam no Ensino Médio. Houve uma queda significativa dos concluintes do Ensino Fundamental em 2007 que pode ser explicada pela alteração do Ensino Fundamental de 8 para 9 anos.

Gráfico 12 Defasagem-série3: Relação entre o número total de alunos matriculados numa dada série e o número de alunos que estão cursando a mesma série e se encontram fora da idade adequada àquela série. Fonte: PNADs. Elaboração Própria

Gráfico 13 Fonte: PNADs. Elaboração Própria

Perfil da população de 15 a 17 anos de idade Nos gráficos a seguir faremos uma breve análise da população de 15 a 17 anos de idade, que freqüenta o Ensino Médio . No gráfico 14 representamos como os jovens de 15 a 17 anos de idade ocupam-se. Novamente fizemos a divisão em 4 categorias, sendo: só estudam, só trabalham, estudam e trabalham e , por último, nem estudam nem trabalham. É visível a queda da porcentagem de jovens que só trabalham e o aumento dos jovens que só estudam. Ou seja, os jovens que anteriormente só trabalhavam agora trocaram o trabalho pelos estudos, para concluir o Ensino Médio. Analisando a média de anos de estudo das mães que possuem filhos de 15 a 17 anos, é visível no gráfico 15 que esta média cresce ano a ano e em 2011 vemos que as mães possuem, em média, 6,7 anos de estudos completos.

Gráfico 14 Fonte: PNADs. Elaboração Própria

Gráfico 15 Fonte: PNADs. Elaboração Própria

Ensino Médio Os gráficos a seguir nos dão uma visão geral sobre a evolução do Ensino Médio no período de 1992 a 2011. O gráfico 16 ilustra a taxa de escolarização líquida e a taxa de escolarização bruta do Ensino Médio. Percebe-se que são taxas muito inferiores às taxas correspondentes ao Ensino Fundamental, porém também apresentam tendência de crescimento. Em 2008, por exemplo, a taxa de escolarização líquida passou os 50%, o que significa que metade dos jovens matriculados no ensino médio possuem a idade adequada à esse nível. Através do gráfico 17, que expõe o número de matrículas no Ensino Médio conforme a PNAD e conforme o Censo Escolar, verificamos que de 1992 a 2003 houve um crescimento importante, porém a partir de 2004 o número de matriculados manteve-se constante ou até diminuiu um pouco. De 2006 para 2007 houve uma queda que pode ser explicada pela mudança de 8 para 9 anos de Ensino Fundamental. Já a quantidade de matrícula pela PNAD é superior à quantidade de matrículas do Censo Escolar para 2008 a 2011 provavelmente devido à troca de mecanismo de contagem no Censo, que passou a ser feita eletronicamente. Apesar da queda no número de matrículas no Ensino Médio, o gráfico 18 mostra-nos que a defasagem-série vem diminuindo aos poucos, apresentando aproximadamente 30% dos alunos matriculados no Ensino Médio com idade diferente de 15 a 17 anos em 2011.

Gráfico 16 * Taxa de escolarização líquida: Percentual da população em determinada faixa etária que se encontra matriculada no nível de ensino adequado à sua idade. * Taxa de escolarização bruta: Comparação do total de matrículas em um dado nível de ensino com a população na faixa etária adequada a esse nível. Fonte: PNADs. Elaboração Própria

Gráfico 17 Fonte: PNAD e Censo Escolar. Elaboração Própria

Gráfico 18 Defasagem-série: Relação entre o número total de alunos matriculados numa dada série e o número de alunos que estão cursando a mesma série e se encontram fora da idade adequada àquela série. Fonte: PNADs. Elaboração Própria

Anos de estudo das mães Os gráficos 19 e 20 a seguir demonstram a distribuição geográfica da média de anos de estudo das mães que possuem filhos no Ensino Fundamental e no Ensino Médio. É possível notar que a região nordeste é a única região em que, em todos os estados, a mães estão abaixo da média brasileira de 6,9 anos de estudo para mães com filhos no Ensino Fundamental e 6,7 anos de estudo para mães de filhos no Ensino Médio. No entanto, em todos os estados da região sul as mães estão acima da média.

Gráfico 19 Fonte: PNAD 2011. Elaboração Própria

Gráfico 20 Fonte: PNAD 2011. Elaboração Própria

Número de alunos por série Nos gráficos a seguir podemos ver a quantidade de alunos matriculados em cada série no Ensino Fundamental e do Ensino Médio. Os gráficos 21 e 22 fazem uma comparação do número de alunos matriculados por série nos anos de 1988, 1998 e 2009. Podemos verificar que a quantidade de alunos na primeira série do Ensino Fundamental sofreu uma queda significativa em 20 anos, porém, em contra-partida, a partir da 5ª série do EF, todas as séries apresentaram aumento do número de alunos.

Gráfico 21 Fonte: PNADs . Elaboração Própria

Gráfico 22 Fonte: PNADs . Elaboração Própria

Número de matrículas por turno Como veremos nos próximos gráficos, conforme o Censo Escolar, as matrículas do período diurno no Ensino Fundamental mantém-se praticamente constantes ao longo dos anos. Já o número de alunos que estudam no período noturno é bastante baixo, bem como a quantidade de pessoas matriculadas no EJA – Educação de Jovens e Adultos. Já no Ensino Médio, representado pelo gráfico 24, a quantidade de matriculados no período noturno cai de 2001 para 2011 e no período diurno cresce.

Gráfico 23 Fonte: Censo Escolar . Elaboração Própria

Gráfico 24 Fonte:Censo Escolar. Elaboração Própria

Número de matrículas por dependência administrativa Os gráficos 25 e 26 apresentam o número de matrículas por dependência administrativa para o Ensino Fundamental e para o Ensino Médio. Conforme o Censo Escolar, no gráfico 25 vemos a divisão do Ensino Fundamental entre escolas das dependências federal, estadual, municipal e particular. Claramente vemos que há uma queda no número de alunos matriculados em escolas estaduais e uma certa constância nas escolas federais, municipais e particulares. No Ensino Médio, no entanto, podemos verificar uma queda significativa na quantidade de matriculados em escolas municipais, principalmente de 2006 para 2011.

Gráfico 25 Fonte:Censo Escolar. Elaboração Própria

Gráfico 26 Fonte: Censo Escolar . Elaboração Própria

SAEB - Brasil A evolução das médias de proficiência em Língua Portuguesa e em Matemática do SAEB estão representadas nos gráficos 27 e 28, respectivamente. Podemos verificar que houve uma queda na média em Língua Portuguesa de 1995 para 1999, seguida de um leve aumento até 2009, principalmente para a 4ª série do Ensino Fundamental. Já a proficiência em Matemática manteve-se praticamente constante ao longo dos anos analisados. A 4ª série do Ensino Fundamental foi a única que, de 1995 para 2009 apresentou aumento na nota de matemática, de 190,6 para 204,3.

Gráfico 27 Fonte: INEP. Elaboração Própria

Gráfico 28 Fonte: INEP. Elaboração Própria

ENSINO SUPERIOR

Ensino Superior Nos gráficos a seguir vamos fazer uma breve análise do Ensino Superior no Brasil, contemplando a quantidade de matrículas , taxa de escolarização líquida e bruta, número de alunos por série em diferentes décadas, quantidade de vagas oferecidas bem como o número de concluintes em cursos de graduação presencial. O gráfico 29 estabelece-nos a relação de concluintes do Ensino Médio e dos entrantes no Ensino Superior. Claramente houve um aumento de concluintes e também de entrantes de 1993 a 2011, mantendo a relação praticamente constante ao longo dos anos. Nota-se que de 2007 para 2009 houve um sutil aumento, mas uma queda para 2011 As taxas de escolarização líquida e bruta estão representadas no gráfico 30 que nos ilustra o aumento do percentual da população em determinada faixa etária matriculada no nível de ensino adequada à sua idade. Também a taxa de escolarização bruta cresceu de 1992 a 2011.

Gráfico 29 Fonte: PNADs. Elaboração Própria

Gráfico 30 * Taxa de escolarização líquida: Percentual da população em determinada faixa etária que se encontra matriculada no nível de ensino adequado à sua idade. * Taxa de escolarização bruta: Comparação do total de matrículas em um dado nível de ensino com a população na faixa etária adequada a esse nível. Fonte: PNADs. Elaboração Própria

Número de alunos A seguir, no gráfico 31, é possível ter um conhecimento do número de alunos matriculados em cada ano do Ensino Superior, em relação a 3 décadas diferentes: 1988, 1998 e 2009. Claramente houve aumento do número de matriculados no decorrer destas décadas. Nota-se que a maioria do matriculados concentram-se nos 4 primeiros anos devido à estrutura curricular de grande parte dos cursos de Ensino Superior no Brasil.

Gráfico 31 Fonte: PNADs. Elaboração Própria

Total de matrículas O gráfico 32 ilustra o total de matrículas em cursos de graduação presencial, de 1980 a 2010, conforme o Censo Superior. Já o gráfico 33 faz uma divisão do total de matrículas entre escolas públicas e escolas privadas do Ensino Superior. De 1980 para 2010 o número de matriculados no Ensino Superior mais que triplicou, principalmente devido ao aumento de oferta de cursos superiores em instituições particulares. Na rede pública, a quantidade de matriculados dobrou, enquanto que na rede privada o número de alunos quadruplicou.

Gráfico 32 Fonte: Censo Superior. Elaboração Própria

Gráfico 33 Fonte: Censo Superior. Elaboração Própria

Vagas e concluintes Por último, analisamos a quantidade de vagas oferecidas nos cursos de graduação presencial, bem como o número de concluintes nestes cursos de 1980 a 2010. O gráfico 34 apresenta o aumento expressivo do número de vagas oferecidas, subindo de cerca de 500.000 em 1990 para aproximadamente 2.750.000 em 2010. Ao considerarmos o gráfico 35 que apresenta o número de concluintes em cursos de graduações presenciais na rede pública e particular, vemos que enquanto o número duplicou na rede pública, ele quadruplicou na rede particular. A relação de candidatos por vaga em cursos de graduação presenciais claramente é superior na rede pública à rede particular. E ao longo dos anos esta relação candidato/vaga em estabelecimentos particulares caiu, chegando a praticamente a um candidato por vaga oferecida, algo que é 7 vezes maior na rede pública. No gráfico 37 vemos a relação de concluintes por matriculados em cursos de graduação presencial, novamente divididos entre rede particular e pública. Podemos verificar que houve uma convergência entre as duas redes, que em 2007 apresentavam uma relação de cerca de 15% de concluintes por matrículas. No entanto, a partir daí, a rede particular disparou e a pública caiu, aumentando a diferença.

Gráfico 34 Fonte:Censo Superior. Elaboração Própria

Gráfico 35 Fonte: Censo Superior. Elaboração Própria

Gráfico 36 Fonte: Censo Superior. Elaboração Própria

Gráfico 37 Fonte: Censo Superior. Elaboração Própria

Centro de Políticas Públicas do Insper Panorama Educacional Brasileiro Centro de Políticas Públicas do Insper Contato: http://www.insper.org.br/cpp http://cpp.insper.org.br/blog/ CPP no Twitter: @cpp_insper E-mail: cpp@insper.org.br