Compreender, Argumentar e Solucionar Problemas:

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
JESUS ENCONTRA A SAMARITANA.
Advertisements

TROCA DE SABERES ENTRE O PET CNX EDUCOMUNICAÇÃO E O GESTAR II
Os sentidos sociais Os meios utilizados para analisar o sentido social não se limita a uma única disciplina.
MICRO POLÍTICAS E CONFLITOS NA SALA DE AULA
Dois modos de ler a Bíblia.
Letramento: um tema em três gêneros
Formadora: Andréia Sol
PROPOSIÇÕES CURRICULARES PARA O ENSINO FUNDAMENTAL DA RME-BH
Problematizando os relatos pessoais:
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
PROVA BRASIL E A FORMAÇÃO DOCENTE
Competência Leitora As práticas de leituras escolares são cruciais para o desenvolvimento da competência leitora dos alunos.
Interpretação “Não há sentido sem interpretação. Ela é sempre passível de equívoco. Os sentidos não se fecham, não são evidentes, embora pareçam ser.
2.° Bimestre/ A criança, a Natureza e a Sociedade. 2. Objetivos
Programa aluno pesquisador
LETRAMENTO Hoje já não é mais suficiente para responder adequadamente às demandas contemporâneas. É preciso ir além da simples aquisição do código lingüístico,
UTEC – IBURA OFICINA NATALINA
Quando a escola é de vidro Ruth Rocha Ilustrações de Walter Ono.
ALUNAS: Thalita,Michele Prof.: ANA Maria Serie:9° B
Língua Portuguesa: Como fazer uma história em quadrinhos?
Portfólio de matemática
O FLORICULTOR Apresentação e Montagem Luiz Carlos Peralva Música
Coesão gramatical Coesão referencial.
Linguagem, alfabetização e letramento
Anos de formação Myles: “E outra coisa que gostaria de deixar claro que minhas idéias mudaram e mudam constantemente e devem mudar [...]” (2009, p.42).
Eu só liguei para dizer “eu te amo”
O nó de afeto.
CMEI PRÍNCIPES E PRINCESAS
Emilly Kely, Tainá Dias e Fernando Santana - 2 PPN
Nasceu em Marburg, na Alemanha;
ANÚNCIO PUBLICITÁRIO O PODER DE PERSUADIR
Profª. Ermelinda Nóbrega de Magalhães Melo
Caderno Interfaces Curriculares
AS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO COMO ELEMENTO ESTRUTURANTE DA/NA FORMAÇÃO DO PROFESSOR Por Ana Paula Moreira.
Aula 1- Discurso Profª. Ana Paula.
Os quatro estágios de aprendizagem de leitura
Aula 10 Objetivos Identificar informações textos jornalísticos, gráficos, tabelas e demais formas de representação da linguagem verbal e não verbal. Perceber.
AVALIAÇÃO ESCOLAR INTERNA: PROCESSOS, INSTRUMENTOS E ATORES ENVOLVIDOS
Aprendizagem = transmissão de informações e conhecimentos
Os processos de construção da linguagem escrita: a Constituição do sujeito leitor numa sociedade indígena Prof° Dra° Terezinha Bazé de Lima
INTRODUÇÃO OBJETIVO - Olhar para aquilo que estrutura e materializa a troca (ou não) da palavra entre os sujeitos em sala de aula para que se repense esse.
ANÁLISE TEXTUAL Aula 1: Língua, linguagem e variação linguística.
BRASIL ALFABETIZADO RN Alfabetizado
O USO DAS TECNOLOGIAS NA ESCOLA
Alfabetização e Letramento
PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA
ANÁLISE TEXTUAL Aula 2 – Adequação vocabular, variação linguística, texto e hipertexto Profª. Fábio Simas.
Diretoria de Ensino Região Caieiras (Item 1)
Sabe que me assustei quando te vi falando daquele jeito?
 A Bíblia inteira nos foi dada por inspiração de Deus, e é útil para nos ensinar o que é verdadeiro, e para nos fazer compreender o que está errado em.
Tendências da Linguagem Publicitária
Ponto de partida Capítulo 3
Teorias do texto: discurso, enunciação, texto
I CONGRESSO INTERNACIONAL DE ESTUDOS DO DISCURSO
ADELAIDE REZENDE DE SOUZA
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO BÁSICA
Em seu processo multifuncional e comunicativo.
PRODUÇÃO DE TEXTO PONTO DE PARTIDA ...
CLÁUDIA PICCININI ISABEL MARTINS
SITUAÇÕES.
Tese para uma Síntese a partir da Antítese Propostas reflexivas para uma perspectiva integradora.
Avaliação de Língua Portuguesa
Funções da linguagem Todo uso concreto e particular que determinado falante faz da língua é chamado ato de fala. Em todo ato de fala é obrigatória a atuação.
Português Instrumental REVISÃO
PROVA BRASIL 2015.
PRÁTICA DE LEITURA PRÁTICA DE PRODUÇÃO DE TEXTOS
EDUCAÇÃO INFANTIL EXEMPLOS DE SITUAÇÕES Setembro-2011
Processos de produção textual Profª Margarete Apª Nath Braga.
POEMA PROPOSTA ALFABETIZAR LETRANDO
PROPOSTA DE ATIVIDADE Utilizar o teatro como meio de ação social e ensino da sociologia na Escola Estadual Anísio Teixeira foi um desafio. Até então para.
Transcrição da apresentação:

Compreender, Argumentar e Solucionar Problemas: 1° ENCONTRO NACIONAL DE PROFESSORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA DA REDE SINODAL DE EDUCAÇÃO Compreender, Argumentar e Solucionar Problemas: Um compromisso da Educação Infantil ao Ensino Médio Profa. Ms. Sabrina Vier sabrina.v@ienh.com.br Língua Portuguesa - IENH

Objetivos a. refletir sobre leitura e possibilidades de leitura na escola; b. compartilhar algumas possibilidades de leitura de textos publicitários.

Linguística de Enunciação  abordar a linguagem a partir da enunciação é ter condições de observar significados singulares que determinado sujeito imprime à linguagem no ‘aqui-agora’ de sua manifestação. É poder contemplar não só o enunciado, mas o próprio ato de enunciar e aquele que enuncia, através das ‘marcas’ que este deixa no que diz (Teixeira, 2006). Autores com os quais trabalho Benveniste, Bakhtin, Charaudeau, Authier-Revuz, Kerbrat-Orecchioni, Ono, Dessons.

Cidade dos Homens - 1ª Temporada – Episódio “A coroa do imperador” – 30 min. (adaptado para esta oficina em 12 min.) Interpretados por Douglas Silva e Darlan Cunha, Laranjinha e Acerola, são dois garotos de 13 anos moradores de um morro no Rio de Janeiro. De uma maneira esperta e carioca, vão conseguindo viver na favela.   Cidade dos Homens é uma comédia, com um toque de drama, sobre uma comunidade no Rio de Janeiro, e foi exibido na Rede Globo, com audiência surpreendente, entre 15 e 18 de outubro de 2002.  www.cinemenu.com.br

“Peraí, professora. O que que tem a ver os romanos com isso daí?” “Não, não tem romano nenhum”. “Napoleão é romano, não era?” “Nããão. Napoleão era francês” Professora diz “Ele proibiu todos os outros países de fazerem comércio com os ingleses, inclusive os portugueses...” e uma aluna, aproveitando um final de frase, complementa “Inclusive os romanos também”. A professora: “Esqueeece os romanos. Não têm romanos nessa história. Napoleão era francês”.

Leitura na escola Leitura criptográfica: o sentido estava na decodificação do código escrito. Leitura hermenêutica: todo e qualquer sentido, desde que produzido pelo leitor, seria possível: leitores diferentes, cada um com seus valores e história de vida, construiriam, de maneiras diferentes, significados para o mesmo código. (Dascal, 2006) Ao possibilitar a leitura em sala de aula, é imprescindível que o professor aponte marcas linguísticas que levem a pensar como o texto diz o que diz. A leitura não está no texto nem no aluno. O sentido em leitura é produzido na ação de dirigir o olhar para o fato do enunciador ter dito o que disse.

A leitura é um fenômeno complexo e não se esgota em um olhar. Pensar a leitura a partir da linguística da enunciação é pensar em possibilidades de leitura.

Segundo Bakhtin (2006), os signos linguísticos refletem e refratam o mundo. E o que é refratar? Note que a piscina aparenta estar ficando rasa, mas na realidade não está. Esse efeito é provocado pela refração da luz na água.

Note como o cano verde parece se quebrar dentro dos copos.

Não é possível significar sem refratar! Com a leitura não somente descrevemos o que estamos compreendendo, mas construímos – na dinâmica da história e por decorrência do caráter sempre múltiplo e heterogêneo das experiências concretas dos grupos humanos – diversas interpretações (refrações) do mundo. Não é possível significar sem refratar! Isso porque as significações são construídas na dinâmica da história e estão marcadas pela diversidade de experiências de nossos alunos, com suas inúmeras contradições e confrontos de valorações e interesses sociais (Faraco, 2006).

circuito externo - fazer (finalidade) (projeto de fala) Cf. Charaudeau, 2008 Situação de comunicação circuito externo - fazer (finalidade) (projeto de fala) circuito interno - dizer EU e TU d Enunciador Destinatário (seres de fala) Locutor EU c (sujeito comunicante - ser social) Receptor TU c (sujeito interpretante– ser social)

Para Charaudeau (2008), comunicar é proceder a uma encenação Para Charaudeau (2008), comunicar é proceder a uma encenação. Assim como, numa peça de teatro, o diretor usa o espaço cênico, os cenários, a luz, a sonorização, os atores, o texto, para produzir efeitos de sentido visando a um público imaginado por ele, o locutor – seja ao falar ou ao escrever – utiliza componentes do dispositivo da comunicação em função dos efeitos que pretende produzir em seu interlocutor.

Argumentação  uma proposta sobre o mundo,  um sujeito argumentante e  um sujeito alvo. Ou seja, uma proposta que provoque um questionamento em alguém, quanto à sua legitimidade; um sujeito que assuma tal questionamento e, através do desenvolvimento de um raciocínio, busque estabelecer uma verdade sobre essa proposta; um outro sujeito (alvo da argumentação) que também se relaciona com a mesma proposta, questionamento e verdade; e que se constitui como sujeito alvo da argumentação: pessoa que se dirige o sujeito que argumenta na esperança de conduzi-la a compartilhar a mesma verdade. (Charaudeau, 2008)

Figura 1 – Elementos da cena argumentativa e suas relações (Charaudeau, 2008)

Texto publicitário Na propaganda, como o publicitário sabe que não estará diante do interlocutor e tampouco poderá forçá-lo à compra, precisa fabricar uma imagem sedutora e persuasiva do sujeito comunicante, a fim de que o interlocutor se identifique com ela e acabe sendo conquistado. No texto publicitário, há a presença de um emissor onisciente e onipotente, representando dissimuladamente a figura do publicitário – verdadeiro emissor, o qual permanece ausente do circuito da fala. Esse emissor (EUc) confere a um receptor (TUi), o consumidor, a solução para obter determinado atributo, que ele, consumidor, ainda não possui. (Viegas, 2008)

circuito externo – Fazer (Viegas, 2008) circuito interno – Dizer EU e TU d anunciante interlocutor virtual (seres da fala) EU c publicitário (sujeito comunicante– ser social) TU c Leitor real (sujeito interpretante – ser social)

Conforme Charaudeau (2006, 2008), podemos ler os textos publicitários a partir de alguns pontos de vista: P = produto P = objeto de busca P = auxiliar eficaz P = aliado P = agente da busca P = objeto único/ singular; “o melhor”, “o irresistível” em relação a y, de uma outra Marca P = imagem do destinatário da qual ele próprio não pode fugir

Revista Veja, maio de 2011

“O novo rei na terra da rainha Eleito o carro mais confiável pelos ingleses entre todos os modelos de todas as marcas. Mais de 23.000 consumidores ingleses votaram na pesquisa de satisfação da Revista Auto Express, uma das mais conceituadas do mundo, e elegeram o i30”.

“Eleito o carro mais confiável pelos ingleses entre todos os modelos de todas as marcas. Mais de 23.000 consumidores ingleses votaram na pesquisa de satisfação da Revista Auto Express, uma das mais conceituadas do mundo, e elegeram o i30”.

“Eleito o carro confiável pelos ingleses entre todos os modelos de todas as marcas. 23.000 consumidores ingleses votaram na pesquisa de satisfação da Revista Auto Express, uma das [revistas] conceituadas do mundo, e elegeram o i30”. “Eleito o carro mais confiável pelos ingleses entre todos os modelos de todas as marcas. Mais de 23.000 consumidores ingleses votaram na pesquisa de satisfação da Revista Auto Express, uma das mais conceituadas do mundo, e elegeram o i30”.

“Eleito o carro mais confiável pelos ingleses entre todos os modelos de todas as marcas. Mais de 23.000 consumidores ingleses votaram na pesquisa de satisfação da Revista Auto Express, uma das mais conceituadas do mundo, e elegeram o i30”.

P= singularização Revista Veja, maio de 2011

Revista Cláudia, maio de 2011

“Um dia quero chegar lá. Mas quero chegar linda”.

“Um dia quero chegar lá. Mas quero chegar linda”.

“Um dia quero chegar lá. Mas quero chegar linda”.

“Um dia quero chegar lá. Mas quero chegar linda” “Um dia quero chegar lá. Mas quero chegar linda”. Pressuposto 1 – quem chega lá não é linda Pressuposto 2 – as lindas não chegam lá Pressuposto 3 – as feias chegam lá

Revista Cláudia, maio de 2011 P = auxiliar eficaz Revista Cláudia, maio de 2011

Revista Capricho, maio de 2011

“Seu namorado pega você beijando a foto do gato da próxima página “Seu namorado pega você beijando a foto do gato da próxima página. E aí, como você se vira? A @LigiaNunes se virou assim: ‘Eu amo essa revista! Amoooo!’. QUEM SE VIRA SE DÁ BEM”.

“Seu namorado pega você beijando a foto do gato da próxima página “Seu namorado pega você beijando a foto do gato da próxima página. E aí, como você se vira? A @LigiaNunes se virou assim: ‘Eu amo essa revista! Amoooo!’. QUEM SE VIRA, na verdade, SE DÁ BEM”.

Revista Capricho, maio de 2011 P = auxiliar eficaz ou   P = aliado? Revista Capricho, maio de 2011

propaganda para crianças: Pampili (You Tube)

“Entendo tudo de fofura “Entendo tudo de fofura. Tudo aqui é fofo: meu tênis é fofo; minha sapatilha é fofa. É da Pampili, tem sistema feet care: sistema avançado de fofura. Protege o meu pezinho, é uma delícia. O coração eu ganhei: não é fofo? Entre no site da Pampili e participe da promoção. Tá, você também é fofa e pode ganhar o seu”.

“Entendo tudo de fofura “Entendo tudo de fofura. Tudo aqui é fofo: meu tênis é fofo; minha sapatilha é fofa. É da Pampili, tem sistema feet care: sistema avançado de fofura. Protege o meu pezinho, é uma delícia. O coração eu ganhei: não é fofo? Entre no site da Pampili e participe da promoção. Tá, você também é fofa e pode ganhar o seu”.

“Entendo tudo de fofura “Entendo tudo de fofura. Tudo aqui é fofo: meu tênis é fofo; minha sapatilha é fofa. É da Pampili, tem sistema feet care: sistema avançado de fofura. Protege o meu pezinho, é uma delícia. O coração eu ganhei: não é fofo? Entre no site da Pampili e participe da promoção. Tá, você também é fofa e pode ganhar o seu”.

“Entendo tudo de fofura “Entendo tudo de fofura. Tudo aqui é fofo: meu tênis é fofo; minha sapatilha é fofa. É da Pampili, tem sistema feet care: sistema avançado de fofura. Protege o meu pezinho, é uma delícia. O coração eu ganhei: não é fofo? Entre no site da Pampili e participe da promoção. Tá, você também é fofa e pode ganhar o seu”. P = objeto de busca

propaganda para crianças: Mc Donalds (You Tube)

Vô, quando você era pequeno tinha Mc Donalds? “ - Eu também tive uma infância muito gostosa. A gente brincava de peão, era muito divertido. Não era bem a minha especialidade, não. Em compensação, na bolinha de gude não tinha para ninguém. Às vezes eu ia pescar com meu pai. Aquela pescaria era só uma desculpa pra gente ficar junto. E futebol de botão? Tinha até torcida. Qualquer dia vou te ensinar a jogar botão, viu? Vô, quando você era pequeno tinha Mc Donalds? Não. (careta)”. GOSTOSO COMO A VIDA DEVE SER

Vô, quando você era pequeno tinha Mc Donalds? “ - Eu também tive uma infância muito gostosa. A gente brincava de peão, era muito divertido. Não era bem a minha especialidade, não. Em compensação, na bolinha de gude não tinha para ninguém. Às vezes eu ia pescar com meu pai. Aquela pescaria era só uma desculpa pra gente ficar junto. E futebol de botão? Tinha até torcida. Qualquer dia vou te ensinar a jogar botão, viu? Vô, quando você era pequeno tinha Mc Donalds? Não. (careta)”. GOSTOSO COMO A VIDA DEVE SER

Vô, quando você era pequeno tinha Mc Donalds? “ - Eu também tive uma infância muito gostosa. A gente brincava de peão, era muito divertido. Não era bem a minha especialidade, não. Em compensação, na bolinha de gude não tinha para ninguém. Às vezes eu ia pescar com meu pai. Aquela pescaria era só uma desculpa pra gente ficar junto. E futebol de botão? Tinha até torcida. Qualquer dia vou te ensinar a jogar botão, viu? Vô, quando você era pequeno tinha Mc Donalds? Não. (careta)”. GOSTOSO COMO A VIDA DEVE SER

Vô, quando você era pequeno tinha Mc Donalds? “ - Eu também tive uma infância muito gostosa. A gente brincava de peão, era muito divertido. Não era bem a minha especialidade, não. Em compensação, na bolinha de gude não tinha para ninguém. Às vezes eu ia pescar com meu pai. Aquela pescaria era só uma desculpa pra gente ficar junto. E futebol de botão? Tinha até torcida. Qualquer dia vou te ensinar a jogar botão, viu? Vô, quando você era pequeno tinha Mc Donalds? Não. (careta)”. GOSTOSO COMO A VIDA DEVE SER P = agente da busca

Atividade em pequenos grupos Pensar em propostas de atividades – possibilidades de leituras - em sala de aula para trabalhar com uma das duas propagandas: Pampili ou Mc Donalds. Público-alvo: séries iniciais

convidando-o a ser sujeito. Convidando o aluno a ser co-enunciador, a ser leitor de um texto, o professor está convidando-o a preencher as formas “eu” e “tu”, convidando-o a ser sujeito. A operacionalização do que aqui sumariamente apresentei em relação à leitura requer que se auxilie o aluno a observar o modo como as palavras circulam pelo enunciado, inter-relacionando-se com outras para a expressão da ideia do enunciador. Assim, ele poderá passar à condição de dialogante com o texto, instituindo- se como o outro da escritura. Oferecendo escuta ao texto, colocando-se na posição daquele a quem se fala, o aluno-leitor poderá experimentar sua própria presença, ou seja, instituir-se como quem fala, como aquele que, por sua intervenção singular, entreabre possibilidades de novos sentidos. (Teixeira e Ferreira, 2008; Teixeira e Di Fanti,

Referências BAKHTIN, M. [Volochínov]. Marxismo e filosofia da linguagem. 12. ed. São Paulo: Hucitec, 2006. CHARAUDEAU, P. Linguagem e discurso: modos de organização. São Paulo: Contexto, 2008. DASCAL, M. Interpretação e compreensão. São Leopoldo:Editora Unisinos, 2006. FARACO, C. A. Linguagem & diálogo: as idéias linguísticas do círculo de Bakhtin. Curitiba: Criar Edições, 2006. FLORES, V. N.; TEIXEIRA, M. Introdução à linguística da enunciação. São Paulo: Contexto, 2005. TEIXEIRA, M. É possível a leitura?. Nonada: leitura em revista. ano 8. n. 8. Porto Alegre: UniRitter, nov. 2005. p. 195-204. ______; DI FANTI, M. da G. O texto como objeto de ensino: um olhar enunciativo. In: GOMES, L. da S.; GOMES, N. M. T. (orgs.). Aprendizagem de língua e literatura: gêneros & vivências de linguagem. Porto Alegre: Uniritter, 2006. p. 95-146.

Referências TEIXEIRA, M; FERREIRA, S. Leitura na escola: um barco à deriva? Letras de Hoje. v. 43. n. 1. Porto Alegre: jan/mar 2008. p. 63-68. VIEGAS, Ilana da S. R. A força da linguagem publicitária. Cadernos do CNFL. Rio de Janeiro: CIFEFIL, 2008. p. 30-42.