ALIENAÇÃO E SOCIEDADE DO ESPETÁCULO.

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Transcrição da apresentação:

ALIENAÇÃO E SOCIEDADE DO ESPETÁCULO

FEUERBACH FILÓSOFO ALEMÃO (1804-1872) ILUMINISTA TEOLOGIA HUMANISTA ALUNO DE HEGEL

RELIGIÃO E ALIENAÇÃO CONTRÁRIO À TESE DA IMORTALIDADE (TUDO SE CONSOME EM NATUREZA) A RELIGIÃO É O MODO POR EXCELÊNCIA NO QUAL O HOMEM SE ALIENA, OU SEJA, FOGE DE SUA PRÓPRIA ESSÊNCIA “O HOMEM É AQUILO QUE COME”

Qual a natureza da fé? Onde se fundamenta a nossa busca pelo sagrado? Qual o sentido da nossa relação com o transcendente?

Objetos Objetos sensíveis – estão fora de nós são indiferentes não exigem juízos Objetos religiosos – estão dentro de nós são eleitos pressupões juízos críticos “A consciência de Deus é a consciência de si do homem, o conhecimento de Deus o conhecimento de si do homem” (46)

Mas... A idéia de que a consciência de Deus remete à própria essência do homem não lhe é totalmente consciente. A Religião se funda justamente nesta falta de consciência “A religião é o primeiro e indireto conhecimento de si do homem” (47) O homem lança para fora de si sua essência.

Religião anterior e posterior Há uma religião anterior tudo era objetivo (mas o homem aí não se reconhecia) Há uma religião posterior à idolatria, i.e., subjetivação, um conhecimento de si mais profundo... E assim sucessivamente... Portanto não há distinção entre o divino e o humano... Tudo é humano!

Conhecimento de Deus... Sendo o conhecimento de Deus, conhecimento também do homem, então não podemos considerá-lo como algo indeterminado. Isso seria o ateísmo absoluto. Se conhecemos Deus, conhecemos a nós mesmos. A finitude do homem é a finitude de Deus. O cristianismo é uma atitude do homem para consigo mesmo.

Desculpa Ao se propor a incognoscibilidade de Deus, o homem se desculpa da vida e de seus erros. Se Deus existe, é igual ao homem, i.é., finito, com determinações humanas. Amor, bem, justo, pai... São determinações humanas (atribuímos a Deus)

Sístole e diástole Quando lançamos Deus distante de nós e, ao mesmo tempo, o subjetivamos, tornamos a sua essência diferente da nossa, logo, nos alienamos. Somos os nossos predicados. Deus, nós o predicamos a partir dos nossos predicados

antropomorfismo Mas... Tal antropomorfismo se volta contra a nossa essência, pois quando nos voltamos para a realidade, nós a já perdemos. O Homem põe em Deus o seu pensar, e retira de si, renuncia à sua pessoa, mas a compensa em Deus este que se torna a desculpa para seus erros e acertos.

Egoísmo “Deus é portanto a auto-satisfação do egoísmo próprio, invejoso de tudo o resto, Deus é a autofruição do egoismo.” (68)

COMUNICAÇÃO

COMUNICAÇÃO (E)MISSOR  (R)ECEPTOR - mensagem (intenção) - código - instrumentos

COMUNICAÇÃO E PODER TODA MENSAGEM PRESSUPÕE UMA INTENÇÃO - convencimento - influência - poder FUNÇÕES DA LINGUAGEM (poética, denotativa, conotativa, política, religiosa)

MEIOS X MENSAGEM A PARTIR DO SÉCULO XX OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO PASSAM A INTERFERIR DIRETA E INDIRETAMENTE NAS INTENÇÕES DO EMISSOR, NA CAPACIDADE DO RECEPTOR, NO CONTEÚDO DA MENSAGEM, NOS CÓDIGOS, PORTANTO, NAS RELAÇÕES

COMUNICAÇÃO E ALIENAÇÃO SISTEMA CAPITALISTA - LUCRO - MERCADO/PRODUTO - RELAÇÕES INDIVIDUAIS

INDÚSTRIA CULTURAL A partir do século XX, com o advento da grandes mídias (fotografia, rádio, TV, cinema), associadas ao fenômeno da produção industrial. Reprodução mecânica, eletrônica da arte e dos demais produtos da cultura. Atinge um público maior. Visa a cultura enquanto mercadoria, produto de consumo

CULTURA DE MASSA Conjunto de práticas culturais que atingem a grande massa de consumidores. => retira do indivíduo sua liberdade de escolha => limita a curiosidade e criatividade => pressupõe a lógica do mercado Difere da cultura popular/folclore

elementos Pasteurização Alienação Monopólio de mercado – do gosto Redução ao entretenimento Fetiche da mercadoria cultural

ADORNO (1903-1969) “O fetichismo na Música e a Regressão da audição” Decadência do gosto Ouvidos normatizados Distantes da experiência original Música para preencher vazios, não para ouvir

Adorno Banalização do prazer e liquidação do indivíduo Perca da noção da totalidade Fuga da tensão, característica da experiência musical Não experimentamos uma obra, criamos um vício, uma angústia Alienação: consumismo o que não nos pertence.

Adorno Ocorre uma “regressão da audição”: surdez de conhecimento musical. (ignorância auditiva) Queremos as partes, sem a noção do todo. Precisamos daquilo que nos é imposto. Comportamento perceptivo reduzido. Isso ocorre até mesmo com o consumo da música erudita (falso eruditismo)

Walter Benjamin (1892-1940) “A obra de arte na época de suas técnicas de reprodução” (1935) A reprodução tecnológica retirou da população a possibilidade da experiência original Perda da “aura” – tradição, história, detalhes, proximidade com o autor... Obra distante da função ritualística.

KARL MARX ALE (1818-1883) ECONOMISTA, FILÓSOFO, HISTORIADOR, CIENTISTA POLÍTICO FILÓSOFO DE MAIOR INFLUÊNCIA NA HUMANIDADE (BBC) FUNDADOR DA TEORIA COMUNISTA (SOCIALISMO)

ALIENAÇÃO E TRABALHO A ALIENAÇÃO NÃO SE DÁ PELAS IDÉIAS, MAS PELA PRÁTICA, OU SEJA, PELO TRABALHO. O TRABALHO, NA SOCIEDADE CAPITALISTA ASSUMIU A FORMA DE EXPLORAÇÃO SISTEMATIZADA.

valor Marx desnaturaliza a noção de valor e de trabalho Quanto vale um produto do trabalho? Quanto vale um diamante? Quanto vale o trabalho de um operário?

SOCIEDADE DE CLASSES CLASSE DOMINANTE (CAPITALISTA) X CLASSE DOMINADA (PROLETARIADO) CONFLITO DE INTERESSES

TRABALHO CONDIÇÃO DE AUTO-REALIZAÇÃO DO HOMEM PELO TRABALHO O HOMEM SE AUTO- PRODUZ NOS DIFERENCIA DOS ANIMAIS CONSCIÊNCIA

MAIS-VALIA MAIS-VALIA ABSOLUTA MAIS-VALIA RELATIVA O TRABALHO É A CONDIÇÃO DE ALIENAÇÃO RETIRA A DIGNIDADE DO HOMEM E O CONDUZ A UM SISTEMA DE EXPLORAÇÃO

Reificação O trabalhador passa a ter seu valor abaixo daquilo que ele mesmo produz; “coisificação” do homem Alienação material da consciência Ideologia – conjunto de idéias, teorias e crenças que justificam a dominação de modo a confundir, naturalizar e escamotear as diferenças

GUY DEBORD ESCRITOR FRANCÊS (FILÓSOFO / SOCIÓLOGO 1931-1994 MOVIMENTOS DA INTERNACIONAL SITUACIONISTA INTERNACIONAL LETRISTA MAIO DE 68

SOCIEDADE DO ESPETÁCULO O SISTEMA CAPITALISTA ENCONTROU NA MÍDIA DE MASSA E NA INDUSTRIA CULTURAL ELEMENTOS PARA MANTER UM SISTEMA POLÍTICO, ECONÔMICO E SOCIAL DE CONTROLE E ANULAÇÃO DOS INDIVÍDUOS

SOCIEDADE DO ESPETÁCULO ESPETÁCULO É UM MODO DE RELAÇÃO SOCIAL SUBSTITUI A EXISTÊNCIA REAL PELA IMAGEM SER => TER => APARECER