Paracoccidioidomicose

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Ricardo Alexandre G Guimarães
Advertisements

Tumores cutâneos.
MICOSES SISTÊMICAS.
Leishmaniose Tegumentar Americana
Esofagites Infecciosas
Uso Racional de Antimicrobianos
Conteúdo da Avaliação III
TUBERCULOSE CONCEITO FISIOPATOLOGIA MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DIAGNÓSTICO
A hepatite E resulta da infecção pelo vírus (VHE), é transmitida de pessoa a pessoa, através da água e de alimentos contaminados com matéria fecal .EM.
O que é a Hepatite A ? Hepatite A é uma doença do fígado altamente contagiosa e algumas vezes fatal. É causada por um vírus, o HAV. Geralmente esta.
Vírus Márcia Regina Garcia.
PARACOCCIDIOIDOMICOSE
Candidíase (=candidose, monilíase)
Pitiríase versicolor Profa.Marise da Silva Mattos
Biologia 2 Cap. 09 Doenças humanas causadas por Fungos
Doenças Bacterianas Carol 1º ano EM.
R2 Leila Roberta Crisigiovanni
Reunião Mensal Anátomo-Patológica
Lesões sarcoidose-símile na paracoccidioidomicose:
NEOPLASIAS DE CÉLULAS T E NK MADURAS: CLASSIFICAÇÃO E DIAGNÓSTICO
Professora Me. Carina Godoy Picelli FARMACOLOGIA
Sessão de Infectologia
Adenomegalias em pediatria: o que fazer?
Leishmaníase.
INFECÇÕE S FÚNGICAS Renata Diniz de Souza – Cirurgia Dentista CRO Mestranda em Clínica Odontológica – Área de Concentração : Diagnóstico.
VII Sessão Conjunta UERJ-UFRJ Abril
PARACOCCIDIOIDOMICOSE disseminada com lesão óssea
TOXOPLASMOSE ADQUIRIDA
Cândida spp. albicans Não albicans Fungo diplóide
Trabalho realizado no Hospital de Messejana, Fortaleza (CE) Brasil.
FEBRE CATARRAL MALIGNA
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS
“GRIPE” A influenza ou gripe é uma infecção viral aguda do sistema respiratório que tem distribuição global e elevada transmissibilidade. Classicamente,
Blastomicose Sul Americana
Paracoccidioidomicose
Paracoccidioidomicose
Conflito de interesse Resolução CFM 1595/2000
Leptospirose Definição: Bactéria do gênero Leptospira.
Micoses Pulmonares Dr Marco Russo.
Profa. Ana Claudia S. C. Bastos
Paracoccidioidomicose
PARACOCCIDIOIDOMICOSE BLASTOMICOSE SUL AMERICANA
Hanseníase Definição: Grande cronicidade Baixa transmissibilidade
Febre Tifóide e Hanseníase
Síndrome de Sjogren.
Hantavirose.
Pitiríase versicolor “micose de praia”
Paracoccidioidomicose
Paracoccidioidomicose. Etiologia/Epidemiologia “Uma mycose pseudococcidica localisada na bocca e observada no Brazil. Contribuição ao conhecimento das.
Paracoccidioidomicose
DOENÇAS INFECCIOSAS DE ORIGEM FÚNGICA
PARACOCCIDIOIDOMICOSE BUCAL: FUNDAMENTAÇÃO/ INTRODUÇÃO
Strongyloides stercoralis Estrongiloidíase
CRIPTOCOCOSE Cryptococcus neoformans. Criptococose Agente etiológico: Cryptococcus neoformans (levedura) ‏ C.neoformans variedade grubii (sorotipos A);
Balantidíase Infecção do intestino grosso que, em suas formas mais típicas, produz diarréia ou disenteria, muito semelhante clinicamente à amebíase. Seu.
Paracoccidioidomicose
Paracoccidioidomicose
Hematopatologia FCMSCSP- 4o ano
LEISHMANIOSE VISCERAL (Calazar)
Febre Amarela e Herpes Alunos: Eduardo, Mariane, Patrick, Junior.
MORMO.
Paracoccidioidomicose. Etiologia/Epidemiologia “Uma mycose pseudococcidica localisada na bocca e observada no Brazil. Contribuição ao conhecimento das.
RINOSSINUSITE FÚNGICA
CIE: Curitiba Turma: CRN 094 Curso: Técnico em Radiologia Módulo: II
Paracoccidioidomicose
Transcrição da apresentação:

Paracoccidioidomicose UFF - HUAP/DIP Paracoccidioidomicose

Sinônimo: doença de Lutz - Splendore - Almeida. UFF - HUAP/DIP Definição É uma micose profunda, infecciosa, não contagiosa, causada pelo fungo Parcoccidioidomices brasiliensis. Sinônimo: doença de Lutz - Splendore - Almeida.

Histórico da doença UFF - HUAP/DIP 1908 - Adolpho Lutz descreve 2 pacientes com lesões de orofaringe e adenomegalia cervical, em São Paulo. Isola o fungo e denomina a doença “granuloma ou hyphoblstomicose pseudococcidico”. 1909/1912 - Alfonso Splendore observa outros casos e propõe “zymonema brasiliensis”. 1912/1930 - Vários outros casos, varias denominações. 1930 - Almeida denomina o fungo Paracoccidioides brasiliensis. 1971 - No 1º Congresso Panamericano foi adotado o nome oficial da doença: Paracoccidioidomicose. 1940 - Ribeiro inicia o uso da sulfapiridina.

Agente etiológico É um fungo termodimórfico. UFF - HUAP/DIP Agente etiológico É um fungo termodimórfico. Na parede contém -1-5 glucane ligada a sua virulência

UFF - HUAP/DIP

UFF - HUAP/DIP Epidemiologia O homem é o hospedeiro definitivo. Em 2000 Silva-Vergara encontrou o fungo em tatus, reservatórios naturais. É rara em crianças (10%), incide mais em homens entre 40 e 50 anos, agricultores, residentes em zona rural. A razão homem/mulher é de 15:1.

UFF - HUAP/DIP Formas clínicas Infecção - a contaminação se dá pela via respiratória e é quase sempre assintomática, nas regiões endêmicas encontra-se um doente por 100 mil habitantes.

UFF - HUAP/DIP Formas clínicas Forma aguda juvenil - é a forma encontrada em crianças de ambos os sexos que apresentam febre, emagrecimento, adenomegalias, hepatoesplenomegalia, diarréia e dor abdominal; pode haver localização óssea e epidérmica e o raio X de tórax pode ser normal.

UFF - HUAP/DIP

UFF - HUAP/DIP

UFF - HUAP/DIP

UFF - HUAP/DIP Formas clínicas Forma crônica - é a forma comum dos adultos que apresentam astenia, emagrecimento, febre baixa, tosse seca, as vezes com hemoptóicos, lesões cutâneo-mucosas e adenomegalias.

Formas clínicas Lesões da mucosa oral - Estomatite moriforme UFF - HUAP/DIP Formas clínicas Lesões da mucosa oral - Estomatite moriforme – Ulcerações vegetantes

Formas clínicas Lesões cutâneas UFF - HUAP/DIP Formas clínicas Lesões cutâneas – Predeominam nas regiões periorificiais; podem ser abscedadas, nodulares, verrucosas ou crostosas. – As úlceras finamente granulosas com pontilhado hemorrágico são as mais encontradas em orofaringe, laringe, lábios e mucosa nasal. – As lesões são dolorosas e causam sialorréia.

Formas clínicas Formas ganglionares – Predominam na região cervical UFF - HUAP/DIP Formas clínicas Formas ganglionares – Predominam na região cervical

UFF - HUAP/DIP Formas clínicas Formas disseminadas

UFF - HUAP/DIP Formas clínicas Os fungos podem atingir suprarrenais e ossos e sempre há comprometimento pulmonar, mesmo nos casos em que não é detectado por métodos diagnósticos convencionais.

Localizações incomuns UFF - HUAP/DIP Formas clínicas Localizações incomuns

Diagnóstico diferencial UFF - HUAP/DIP Diagnóstico diferencial Lesões cutâneo-mucosas Carcinoma epidermóide Histoplasmose Leishmaniose cutâneo-mucosa Sífilis Hanseníase

Diagnóstico diferencial UFF - HUAP/DIP Diagnóstico diferencial Adenomegalias Tuberculose ganglionar Histoplasmose Linfoma de Hodgkin

Diagnóstico laboratorial UFF - HUAP/DIP Diagnóstico laboratorial Microscopia direta - KOH a 10% Cultura - Sabouraud a 2% Histopatologia Fixação de complemento Imunodifusão dupla em agar ELISA - IgM, IgG, IgA

UFF - HUAP/DIP

UFF - HUAP/DIP

UFF - HUAP/DIP

UFF - HUAP/DIP

UFF - HUAP/DIP

Tratamento Sulfametoxazol + Trimetoprim Triazóis - itraconazol UFF - HUAP/DIP Tratamento Sulfametoxazol + Trimetoprim Triazóis - itraconazol Fluconazol Imidazóis - cetaconazol Anfotericina B

UFF - HUAP/DIP Tratamento Os imidazólicos inibem a conversão do lanesterol em ergosterol, principal constituinte da membrana celular do fungo O itraconazol é o que menos incide no sistema P450 humano.

Critérios de Cura Clínico UFF - HUAP/DIP Critérios de Cura Clínico Laboratorial cura radiológica negativação da imunodifusão diminuição da VHS exames histológicos negativos normalização das mucoproteínas séricas

UFF - HUAP/DIP PATOLOGIA

UFF - HUAP/DIP NECROPSIA

UFF - HUAP/DIP LÍNGUA

UFF - HUAP/DIP GLÂNDULA SALIVAR

UFF - HUAP/DIP LINFONODO

UFF - HUAP/DIP PULMÃO

UFF - HUAP/DIP FÍGADO