ECONOMIA NA REPÚBLICA VELHA

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Transcrição da apresentação:

ECONOMIA NA REPÚBLICA VELHA ENCILHAMENTO FUNDING LOAN POLÍTICA DE VALORIAÇÃO DO CAFÉ INDUSTRIALIZAÇÃO

ENCILHAMENTO ministro da Fazenda RUI BARBOSA: 1890-1891 contornar o problema da falta de dinheiro para pagar os trabalhadores viabilizar o processo de industrialização nacional programa dividiu o país em três regiões bancárias autorizadas a emitir dinheiro; terminou credenciando outros bancos a emitirem papel-moeda, efeitos: volume de dinheiro circulante muito além do que o país necessitava: desvalorização da moeda e inflação; política de incentivo à indústria – facilidade de créditos sem a devida fiscalização efeito: especulação - muitas empresas, após obterem créditos, fechavam suas portas e continuaram negociando suas ações na Bolsa de Valores - empresas-fantasmas. fracasso de tal política econômica fortaleceu as posições defendidas pelos grupos ligados ao setor primário: os grandes fazendeiros.

FUNDING-LOAN (empréstimo consolidado) - CAMPOS SALES - 1898 (SOLUÇÃO PARA A CRISE CAUSADA PELO ENCILHAMENTO) junto aos credores Rothschild (Inglaterra): 10 milhões de libras esterlinas; suspensão do pagamento da dívida externa por 13 anos; rendas da alfândega do Rio de Janeiro serviriam de garantia aos banqueiros internacionais; novos compromissos financeiros internos ou externos ficavam suspensos até 1901 retirada do papel-moeda do mercado equivalente aos títulos do empréstimo; plano interno: compromisso de combater a inflação, valorização da moeda, redução das despesas, aumento de impostos. POLÍTICA DE VALORIZAÇÃO DO CAFÉ: contexto de superprodução de café, acúmulo de estoques e queda de preço no mercado internacional – intervenção do Estado na economia cafeeira emenda à lei do orçamento federal para 1906 permitia ao presidente da República fazer acordos com os estados cafeeiros para regular o comércio do café, promover a valorização do produto, adotar estratégias para o aumento do consumo e conceder empréstimos. CONVÊNIO DE TAUBATÉ (1906) - reunião dos presidentes dos estados de SP, MG e RJ retirada do mercado de parte da safra, diminuindo a oferta e elevando o preço do café no mercado internacional; redução da taxa de câmbio.

REPÚBLICA DO CAFÉ

PROCESSO DE INDUSTRIALIZAÇÃO crescimento do número de empreendimentos industriais 1850 fim do tráfico negreiro (lei Eusébio de Queiróz) - $ razões impulso vindo da agricultura de exportação - café DIVERSIFICAÇÃO – pouco a pouco décadas 1850, 1860 e 1870: couro, calçados, malas, chapelaria, mobiliário 1869 – utilização de máquina a vapor – Itu – 1869 1880 – RJ – ramo gráfico, ramo mecânico, produção alimentícia, sabão SÉCULO XIX SÉCULO XX – unidade fabril: grande número de trabalhadores investimentos de capitais mais elevados

ETAPA INICIAL DA INDUSTRIALIZAÇÃO (República Velha): 1A CARACTERÍSTICA: subordinação ao capital cafeeiro infra-estrutura urbana e de transportes cafeicultura proporcionou mão-de-obra muitos dos primeiros industriais brasileiros: fazendeiros de café 2A CARACTERÍSTICA: predomínio das indústrias de bens de consumo correntes – tecidos, vestuário, alimentos voltada para o consumo popular adequada à disponibilidade de capitais e tecnologia existentes censo de 1920: 30,7% - indústrias alimentícias 29,3% - indústrias têxteis 6,3% - fábricas de bebidas e cigarros 4,7% - indústrias metalúrgicas e mecânicas 3A CARACTERÍSTICA: inexistência de indústrias pesadas “A produção de máquinas que produzem máquinas ainda não constituía um ramo expressivo de nossa estrutura industrial” enorme dependência de tecnologia importada

- SUBSTITUIÇÃO DAS IMPORTAÇÕES - EFEITO DA PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL - SUBSTITUIÇÃO DAS IMPORTAÇÕES - produção de bens de consumo: 6 mil novas empresas aumento de exportação de matérias-primas e alimentos BRASIL na PGM: alemães torpedearam navios mercantes brasileiros ao lado da Tríplice Entente contribuiu com alimentos, matéria-prima, missão médico-militar, grupo de aviadores e uma divisão naval BRASIL – CRESCIMENTO E URBANIZAÇÃO: 1890: 14 milhões São Paulo e Rio de Janeiro: metrópoles 1920: 27 milhões 1930: 33 milhões capitais de outros estados cresciam NOVA CLASSE SOCIAL: PROLETARIADO IDÉIAS VINDAS DA EUROPA: ANARQUISMO e SOCIALISMO

MOVIMENTO OPERÁRIO desde fins do século XIX: fundação de várias “uniões operárias”, cooperativas, associações mutualistas (auxílio e socorro mútuo); à medida que atuava, o movimento operário constatava que estava dividido entre: aqueles que se inspiravam nas posições de Marx e Engels; intensa atividade e pregação de seus ideais. aqueles que se baseavam nos anarquistas: “anarquistas puros”: recusavam a política partidária e sindical anarcossindicalistas: mergulharam na movimentação dos grupos de trabalhadores organizados em bases sindicais EDGARD LEUENROTH BENJAMIM MOTA / RICARDO GONÇALVES ANARQUISTAS BRASILEIROS

Manifestações dos trabalhadores: “caso de polícia”.

1900-1920: anarcossindicalistas assumiram a liderança do movimento operário brasileiro: luta baseada no enfrentamento direto com os patrões: boicote à produção e sabotagem das máquinas; utilização da imprensa como meio de conscientização de classe e de denúncia da exploração; greve 1903 - 1910: reivindicações de trabalhadores – mais de cem greves 1906: PRIMEIRO CONGRESSO OPERÁRIO 1913: SEGUNDO CONGRESSO OPERÁRIO 1917: greve em SP; 1917-1920: 200 greves (SP e RJ) 1920: TERCEIRO CONGRESSO OPERÁRIO movimento operário discutia sua organização DÉCADA DE 20: alguns anarquistas reagiram à tendência de organizar os trabalhadores em um partido político; outros anarquistas estavam revendo suas posições e passaram a se interessar por concepções que se manifestaram na Revolução Russa - fundação do PARTIDO COMUNISTA no Brasil

PARTIDO COMUNISTA - 1922 MARÇO: 9 fundadores do PCB dúvida: o que poderiam fazer 73 militantes, espalhados em um país imenso, para promover a transformação revolucionária da sociedade? Comunistas brasileiros – admiração e entusiasmo crescentes pela URSS (marxismo-leninismo) os membros do PCB se dispuseram a acolher as idéias importadas (marxismo-leninismo). Tais idéias: podiam fortalecê-los nas discussões com os anarquistas não facilitavam a ação do PCB no movimento sindical.

FUNDADORES DO PCB ABÍLIO DE NEQUETE (barbeiro de origem libanesa), ASTROJILDO PEREIRA (jornalista do Rio de Janeiro), CRISTIANO CORDEIRO (contador do Recife), HERMOGÊNIO DA SILVA FERNANDES (eletricista da cidade de Cruzeiro), JOÃO DA COSTA PIMENTA (gráfico paulista), JOAQUIM BARBOSA (alfaiate do Rio de Janeiro), JOSÉ ELIAS DA SILVA(sapateiro do Rio de Janeiro), LUÍS PERES (vassoureiro do Rio de Janeiro) e MANUEL CENDÓN (alfaiate espanhol)