BIOGÁS LER 244 – RECURSOS ENERGÉTICOS E AMBIENTE

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Transcrição da apresentação:

BIOGÁS LER 244 – RECURSOS ENERGÉTICOS E AMBIENTE DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA RURAL BIOGÁS Edição:2006 Prof. Tomaz Caetano Cannavam Ripoli

BIOGÁS FORMA-SE A PARTIR DA... digestão anaeróbica de nutrientes em condições controladas de temperatura, água, alcalinidade, pH e ausência de oxigênio.

DIGESTÃO ANAERÓBICA FASE 1 HIDRÓLISE TRANSFORMAM PROTEÍNAS GORDURAS BACTÉRIAS HIDROLÍTICAS FASE 1 HIDRÓLISE TRANSFORMAM PROTEÍNAS POLISSACARÍDEOS GORDURAS PEPTÍDEOS E AMINOÁCIDOS MONOS- SACARÍDEOS ÁCIDOS GRAXOS

FASE 2 ÁCIDA FASE 3 METAGÊNICA METANO (CH4) BACTÉRIAS ACETOGÊNICAS TRANSFORMAM OS PRODUTOS DA FASE 1 EM ÁCIDO ACÉTICO (CH3COOH) HIDROGÊNIO (H2) DIÓXIDO DE CARBONO (CO2) FASE 3 METAGÊNICA BIO- FERTILIZANTES (RESÍDUOS) TRANSFORMAM ÁCIDO ACÉTICO (CH3COOH) HIDROGÊNIO (H2) EM METANO (CH4)

Gás de baixa densidade principal componente, metano, inodoro, incolor ou sabor; outros gases conferem-lhe odor desagradável baixo teor de monóxido de carbono (CO), inferior a 0,1% componentes corrosivos devido às impurezas

Instalação e operação local arejado para evitar odores vedação para evitar entrada de ar e vazamento de gás proximidade da fonte produtora de biomassa proximidade da fonte de água

Aproveitamento Queima direta conversão em energia elétrica combustível para motores de combustão interna. Exemplos: caldeiras; fogão doméstico; lampião; geladeiras; chocadeiras; secadores de grãos ou secadores diversos.

HISTÓRICO Século XIX - Ulysse Gayon realizou fermentação anaeróbica de uma mistura de estrume e água obtendo o gás. Índia: 1859 – primeira experiência de utilização;1895: primeira experiência européia (Inglaterra);Anos 1940 (II Guerra Mundial): biogás utilizado na cozinha,aquecimento de casas e alimentação de motores. Crise energética anos 1970 – voltou a despertar Interesse com aumento da produção. BRASIL:Década de 70 – principais modelos implantados: indiano e chinês. NE – programas de difusão biogás – resultados não muito satisfatórios; (Paraíba – 200 biodigestores em propriedades rurais – apenas 4,6% em funcionamento).

SISTEMA DE DIGESTÃO CONTÍNUA alimentação constante Fonte: http://www.net11.com.br/eecc/biogas/

SISTEMA DE DIGESTÃO DESCONTÍNUA Não tem funcionamento regular; a cuba de fermentação é carregada, completa ou parcialmente, periodicamente. Fonte: http://www.net11.com.br/eecc/biogas/.

Modelo canadense Todo construído em lona de PVC, incluindo a parte do gasômetro. Apresenta custos mais baixos e facilidade de construção para grandes volumes. Fonte: http://www. cnpsa.embrapa.br

Modelo Indiano Cúpula de ferro ou fibra; processo de fermentação ocorre mais rápido; construção subterrânea. Fonte: http://www.org.br

Modelo chinês Peça única construída em alvenaria; baixo custo; pouca variação de temperatura. Fonte: http://www.abra144.com.br

Reator Anaeróbio de Fluxo Ascendente Retém alta concentração de biomassa, alta velocidade de fluxo e alta produção de biogás. Zona de decantação e separação do gás Zona de digestão Fonte: Pompermayer & Paula Júnior

BIOGÁS DE ATERROS Apresenta elevada concentração de CH4 (> 55%) e de CO2 (> 30%). A geração em um aterro sanitário inicia-se meses após o aterramento dos resíduos e permanece 15 anos após o encerramento da operação da unidade. Fonte: www.cecae.usp.br/recicla

Vantagens tratamento de rejeitos: processo natural com diminuição de volume; energéticas: fonte de energia renovável ambientais: produz o biofertilizante e reduz a quantidade emitida de CO2 e CH4

produtor rural: aumento da disponibilidade de combustível; nova fonte de renda; melhor qualidade de vida para a saúde: redução de patógenos melhora na higiene e no padrão sanitário do meio rural econômicos: redução de gastos com eletricidade, transportes, descarte de resíduos, estímulo a agricultura e aumento do rendimento agrícola

Desvantagens Formação de H2S, que é tóxico em teores acima de 1% tratamento posterior do biogás, para purificação, de acordo com o uso esperado dificuldade de liquefação custo extra com manutenção devido danos causados pela ação de gases corrosivos

Biofertilizante Concentrado de nutrientes para as plantas; agente condicionador de solos, aumenta porosidade e aeração; complemento de rações animais e adubo para tanques de piscicultura; pode ser utilizado na forma sólida ou líquida.

Biofertilizante Forma sólida contém fibras e pode ser usada para adubação; assimilação lenta; Forma líquida pode ser usado em aspersão como adubo foliar ou diretamente no solo junto às raízes; rápida assimilação.

Vantagens do biofertilizante baixo custo (subproduto da biomassa); rico em nitrogênio eliminação das bactérias aeróbicas e germes durante o tratamento no Biodigestor recuperação de terras agrícolas empobrecidas agente de combate a erosão, retém maior quantidade de água pluvial, favorece desenvolvimento de plantas durante a seca.

Desvantagem do biofertilizante Não eliminação da acidez do solo, causada pelo uso exagerado de fertilizantes inorgânicos o que dificulta a absorção da água e de nutrientes do solo pela raiz das plantas.

Fonte secundária de energia. Estudos vinculados a outras práticas (redução DBO, tratamento de resíduos orgânicos). O impacto não deve ser avaliado somente do ponto de vista energético, mas dentro de um conjunto de ações de redução de impactos ambientais.

Bibliografia POMPERMAYER, R. S. Estimativa do potencial brasileiro de produção de biogás através da biodigestão da vinhaça e comparação com outros energéticos.   MENDES, A. Aplicação de lipases no tratamento de águas residuárias com elevados teores de lipídeos. São Paulo, 2005. CEREDA, M. P. (coord.) Manejo, uso e tratamento de subprodutos da industrialização da mandioca. São Paulo, 2000, Volume 4. www.flipper.ind.br/fundamentoshtml.htm  www.cerpch.efei.br/biodigestor  portal.fockink.ind.br/portal/page  www.net11.com.br/eecc/biogas/biogas.html groups.msn.com/QUIMICA/biodigestor.msnw www.matemagica.hpg.ig.com.br/biodigest.htm www.mme.gov.br/proinfa www.ambientebrasil.com.br  www.cdcc.sc.usp.br/escolas/juliano/biodiges.html F I M