Aprendizagem da construção do “Falso Vitral” Vitral Artístico Aprendizagem da construção do “Falso Vitral” (imitação de Vidro Chumbado) Elaborado por Profª Luísa Domingues
O vitral é uma técnica antiga que se desenvolveu sobretudo com o aparecimento do estilo gótico. Fragmento de vitral da Sé de Gerona (século XIV). A técnica tradicional (vidro chumbado), combina peças de cores diferentes, unidas com filetes de chumbo Igreja de Santes Creus, em Tarragona (séc. XIV)
Por vezes eram aplicados vernizes a pincel, que depois eram submetidos a uma cocção. Grisalhas aplicadas sobre o vidro para conseguir os traços lineares de um certo claro-escuro. Catedral de Gerona.
deu luz e cor aos grandes templos O vitral gótico: deu luz e cor aos grandes templos - tornou-se o principal elemento sumptuário em igrejas e outros edifícios Saint Chapelle, Paris
A arte do vitral evoluiu para se adaptar a novos estilos, mas… acabou por entrar em declínio. Até que… Mosteiro de Pedralbes, Barcelona (recorda os esquemas utilizados normalmente para os esmaltes)
Casa Navas, Reus,1901, obra de Luís Domènech i Montaner Até que… no séc. XIX chegou a Arte Nova e, em geral, o modernismo. Casa Navas, Reus,1901, obra de Luís Domènech i Montaner
Imitação do vidro chumbado uma técnica de substituição Podemos obter vitrais pintados de grande impacto decorativo com uma técnica simples. Basta um sistema que permita trabalhar: - com o vidro em posição horizontal - com uma luz difusa situada por debaixo do vidro (para poder ver as cores sempre por transparência)
Imitação do vidro chumbado: (um exemplo) 1 - O projecto Procuram-se ideias… - em motivos vegetais característicos da tradição da arte nova e do modernismo em obras de artistas contemporâneos como Braque Kandinsky Klee Picasso - na combinação e adaptação às proporções e às medidas do trabalho que projectamos
2 – O esboço - desenha-se a lápis o projecto sobre papel - com um marcador preto rectifica-se o desenho definitivo - cada flor e cada folha perfeitamente definidas. - junta-se a cor ao desenho para dar uma ideia do resultado final Obtém-se o esboço definitivo
3 - O material necessário Tintas, pincéis, álcool, recipientes e mais alguns produtos. MAS… … tanto a escolha dos materiais como a das técnicas obedecem a regras que têm de ser aprendidas e treinadas.
4 – O vidro escolhe-se o vidro a trabalhar, normalmente o chamado “vidro de catedral” - proporciona uma luz sempre difusa coloca-se de modo a que fique absolutamente plano e com a luz por debaixo limpa-se muito bem o vidro com álcool, de modo a retirar toda a gordura e sujidade que possa conter
5 . A aplicação do Chumbo - O chumbo aplica-se no vidro directamente com as mãos. As tiras cortam-se facilmente com tesouras. A tira de chumbo, uma vez situada, é colada definitivamente. Tinta de Contorno – aplica-se directamente da bisnaga sobre o vidro, imitando o chumbo.
6 – A aplicação da cor A cor deve formar uma camada espessa e uniforme. Aplica-se com um pincel . O vidro deve estar num plano perfeitamente horizontal, para evitar que a camada de tinta escorra para um lado. Enquanto a cor conserva a sua fluidez, é fácil de conseguir nela outros tons ou matizes, acrescentando-lhe mais cor.
- pintam-se primeiro as superfícies mais pequenas alcançam-se os limites do chumbo, mas sem os ultrapassar - fazem-se matizes misturando cores
- pintam-se depois as superfícies maiores O vitral está acabado, mas ainda vai ficar sobre a mesa até secar.
Depois de seco, o vitral está terminado
8 – A colocação do vitral no seu lugar definitivo O aspecto de um vitral pintado é muito diferente visto numa posição vertical e no lugar para o qual foi feito. Conforme a hora do dia e a mudança da luz, teremos interessantes modificações de cor.