Coréia de Sydenham Escola Superior de Ciências da Saúde/SES/DF Estudantes: Juliana Tepedino Roberta Tallarico Túlio Gama Vinicius Riella Orientador: Prof.

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Coréia de Sydenham Escola Superior de Ciências da Saúde/SES/DF
Transcrição da apresentação:

Coréia de Sydenham Escola Superior de Ciências da Saúde/SES/DF Estudantes: Juliana Tepedino Roberta Tallarico Túlio Gama Vinicius Riella Orientador: Prof. Paulo R. Margotto Brasilia, 04 de março de 2005

Estudo de Caso IDENTIFICAÇÃO LM, 12 anos, natural do DF, residente na Estrutural. QP: Movimentos involuntários há 16 dias. HDA: Mãe relata que há 16 dias paciente apresentou movimentos involuntários inicialmente em mãos que se generalizaram há oito dias. No início a paciente controlava os movimentos perdendo essa capacidade com a evolução do quadro. Não havia sinais e sintomas associados.

Estudo de Caso Mãe ignora história de infecção prévia. Ao exame físico: ▪ Aparelho Cardiovascular: RCR 2T, BNF, presença de sopro em foco aórtico (+/6+)? ▪ Neurológico: presença de movimentos coréico-atetóicos com preservação de força, tônus e reflexos. ▪ Alterações psíquicas: alteração de humor (?)

Estudo de Caso Exames Complementares: ▪ Hemograma:.HT: 37,1%.HB: 12,3 g/dL.Leucócitos: Linfócitos: 38% Segmentados: 62% Bastões: 2% ▪ VHS: 22mm ▪ ASLO: esperando resultado ▪ TGO: 20 UI ▪ TGP: 10 UI ▪ Rx de Tórax: Hipoplasia de tórax com transparência pulmonar normal ▪ ECG: Sem alterações

Coréia de Sydenham Síndrome hipercinética-hipotônica; Manifestação neurológica da Febre Reumática, podendo ou não ser acompanhado de outros sinais; Coréia adquirida mais comum da infância; Mais comum no sexo feminino; Áreas mais acometidas: córtex cerebral, núcleo caudado e núcleos subtalâmicos;

Patogenia Patogenia é provavelmente uma resposta auto- imune do SNC aos microorganismos estreptococos beta hemolíticos do grupo A Anticorpos antineuronais Vasculite de arteríola corticais com infiltrado de células nas substancias cinzenta e branca circundante Hiperatividade funcional do sistema dopaminergico Coréia Inflamação do córtex motor Hipotonia

Manifestações Clínicas Período de latência: de 1 a 6 meses; Tríade principal: Coréia (movimentos incoordenados, inconscientes, involuntários), Hipotonia e Labilidade Emocional; Melhora com o sono e piora com estresse; Curso lentamente progressivo, auto-limitado (duração de vários meses até 2 anos) e recorrente (20%);

Alterações de fala e escrita; Sinais típicos: Aperto da Ordenhadora, Mão Coréica, Língua Dardejante e Sinal do Pronador; 50% a 80% dos casos é acompanhado de Cardiopatia ou Artropatia (sinais de Enfermidade Reumática). Manifestações Clínicas

Diagnóstico Diferencial Tiques nervosos Paralisia Cerebral Encefalite LES Coréia de Huntington

Tratamento Repouso em ambiente calmo, evitar excitação; Haldol: droga anti-psicótica com ação antidiscinésica ▪ Antagonista dos receptores D2 da dopamina, bloqueando outros receptores de monoaminas. ▪ Efeitos demoram dias ou semanas; ▪ Dose: iniciar com 0,5 mg 2 vezes ao dia e aumentar até haver melhora dos movimentos coréicos. Média: 1mg 3 vezes ao dia.

Tratamento Uso profilático de penicilina benzatina IM, na dose de a cada 30 dias até 21 anos de idade; Obs: Fenergan – cloridrato de prometazina (fenotiazida) ▪ anti-histaminico antagonista de receptor H1; ▪ age em condições menos graves de cinesias, com menos efeitos colaterais.

Bibliografia Pediatria Básica – Marcondes; Pediatria Diagnostico + Tratamento – Jayme Murahovschi; Nelson Tratado de Pediatria – Behrman; A neurologia que todo medico deve saber – Ricardo Nitrini; Fisiopatologia Clínica do sistema nervoso: fundamentos da semiologia – Dario Doretto; Síndromes Neurológicas – Wilson L. Sanvito; Bases Farmacológicas da terapêutica – Goodman; Farmacologia - Rang