América, Adriaen Collaert e Marten de Vos, 1600

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Transcrição da apresentação:

América, Adriaen Collaert e Marten de Vos, 1600 América, Adriaen Collaert e Marten de Vos, 1600. A América está associada à deusa Athena/Minerva (Guerra, Sabedoria e Artes). As gravuras que se seguem foram feitas por artistas que não vieram para a América, mas a representaram a partir de opiniões e julgamentos comuns à época. Será preciso esperar o século XVIII para que se constitua o projeto de fundar uma Ciência do Homem, portanto, para que o homem se torne “objeto do conhecimento” em sua existência concreta (social e cultural) e através da observação.

American amazon, Theodore de Bry, século XVI. Neste momento, o “argumento de autoridade” ainda tem muita força. Se alguma autoridade afirmasse a existência de algo (no caso uma tribo só de mulheres guerreiras), isto passava a ser “verdade”, mesmo que nunca tivesse sido comprovado ou observado. Somente no século XVIII o saber exclusivamente especulativo sobre o homem dará lugar ao “saber empírico” (baseado na observação): como vimos, além de “sujeito do conhecimento” o homem passa a ser “objeto do conhecimento”.

América, Theodore Galle e Jan van der Straet, 1589 América, Theodore Galle e Jan van der Straet, 1589. Aqui a Europa “anuncia” sua civilização para uma América associada ao “canibalismo”, à irracionalidade política e à improdutividade econômica. Para os colonizadores, “falta” tudo à América: Estado, leis, religião, tecnologia, sistema econômico e uma moral. A América, entre outros símbolos, está representada pela deusa Arthemis/Diana (Caça), que estava descansando/dormindo em uma rede: está sendo despertada de seu “sono” civilizacional. Somente o século XVIII irá refletir sobre a problemática da “diferença”.

Anunciação, Sandro Botticelli (1445-1510) Anunciação, Sandro Botticelli (1445-1510). O tema religioso da anunciação serviu de base para a gravura que analisamos anteriormente.

América, Phillipe Galle, 1579-1600 América, Phillipe Galle, 1579-1600. América novamente representada pela deusa da caça (Arthemis/Diana).

“América”, Theodore de Bry, 1592 “América”, Theodore de Bry, 1592. Estas aquarelas ilustram o livro de Hans Staden, Duas viagens ao Brasil. Hans está no alto e à direita, próximo do corpo que está sendo esquartejado no ritual de antropofagia.

América, Étiene Delaune, 1575 América, Étiene Delaune, 1575. América mais uma vez representada pela deusa da caça. Quando aparecem animais monstruosos nas gravuras, sempre estarão associados à América nunca à Europa.

América, Marten de Vos, 1600. Nesta gravura, aparecem animais do continente africano e uma figura feminina com características físicas semelhantes às dos nativos africanos. No século XVII, a América ainda era confundida com a África no imaginário dos europeus. Observar a cabeça humana, aos pés da mulher, que mais uma vez remete à presumida prática do canibalismo.

Albert Eckhout, século XVII Albert Eckhout, século XVII. Aqui encontramos o tema da conversão do nativo ao cristianismo. Antes da conversão, a nativa está associada ao imaginário do canibalismo; depois da conversão, à maternidade. Mau selvagem x Bom civilizado.

Habitação dos Apiacás no Rio Arinos, Hercule Florence, 1828 Habitação dos Apiacás no Rio Arinos, Hercule Florence, 1828. Aquarela do século XIX de um artista francês que integrou a Expedição Langsdorf. Esta é uma obra naturalista, que se propõe a mostrar mais objetivamente o meio e o homem. Foi na passagem do século XVIII para o XIX que surgiu a Sociedade dos Observadores do Homem (1799-1805).