CONTROLE E ATENDIMENTO 35 ANOS DE SERVIÇOS A POPULAÇÃO CENTROS DE INFORMAÇÃO, CONTROLE E ATENDIMENTO TOXICOLÓGICO 35 ANOS DE SERVIÇOS A POPULAÇÃO Sony de Freitas Itho Presidente
ABRACIT - Associação Brasileira de Centros de Informação e Assistência Toxicológica e Toxicologistas Clínicos ABRACIT 2001 SINITOX - 1980/ RENACIAT- 2005 Os centros de informação e assistência toxicológica são serviços de referência em Toxicologia Clínica no país e estão conectados como rede através da ABRACIT (criada pelos centros em 2001, como órgão de defesa dos interesses dos centros) e da RENACIAT/ANVISA a partir de 2005, conjuntamente com o SINITOX/FIOCRUZ – que agregava os centros desde 1980.
DÉCADA DE 70 CIATs NO BRASIL Na década de 70 tivemos os primeiros centros implantados no país, nos estados do São Paulo, Rio Grande do Sul e Minas Gerais. NORTE -- NORDESTE SUDESTE 02 SUL 01 CENTRO-OESTE TOTAL 03 Belo Horizonte São Paulo Porto Alegre
DÉCADA DE 80 CIATs NO BRASIL Manaus Fortaleza Natal J. Pessoa Salvador Cuiabá Goiânia Na década de 80, com o estímulo do Ministério da Saúde, através da FIOCRUZ, foram implantados novos centros e criado o SINITOX (SISTEMA NACIONAL DE INFORMAÇÕES TÓXICO-FARMACOLÓGICAS). Novos centros no estado de São Paulo e em outros estados como: Santa Catarina, Paraná, Bahia, Mato Grosso, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Amazonas, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Goiás foram constituídos Campo Grande NORTE 01 NORDESTE 04 SUDESTE 09 SUL CENTRO-OESTE 03 TOTAL 21 Belo Horizonte Niterói Londrina Rio de Janeiro Curitiba São Paulo São Paulo – Jabaquara Campinas Ribeirão Preto São José do Rio Preto São José dos Campos Taubaté Florianópolis Porto Alegre
DÉCADA DE 90 CIATs NO BRASIL Belém Manaus Fortaleza Natal Campina Grande J. Pessoa Recife Salvador Cuiabá Goiânia Na década de 90 mais 10 centros foram implantados, sendo 70% destes na região sudeste, 20 na região sul e sudeste e 10% na região norte (com a implantação de um Centro no estado do Pará). Campo Grande NORTE 02 NORDESTE 06 SUDESTE 15 SUL 05 CENTRO-OESTE 03 TOTAL 31 Belo Horizonte Vitória Niterói Maringá Londrina Rio de Janeiro São Paulo São Paulo – Jabaquara São Paulo – HC Santos Taubaté Campinas São José dos Campos Marília Presidente Prudente Ribeirão Preto Botucatu São José do Rio Preto Curitiba Florianópolis Porto Alegre
2006 CIATs NO BRASIL – 2006 – COBERTURA POPULACIONAL Roraima: 391.317 2006 Amapá: 594.587 Boa Vista Pará: 6.970.586 Macapá Maranhão: 6.103.327 Amazonas: 3.232.330 Piauí: 3.006.885 Belém Manaus Ceará: 8.097.276 São Luis Rio G. do Norte: 3.003.087 Fortaleza Teresina Natal Paraíba: 3.595.886 Campina Grande J. Pessoa Acre: 669.736 Rio Branco Porto Velho Recife Pernambuco: 8.413.593 Palmas Aracajú Maceió Alagoas: 3.015.912 Salvador Rondônia: 1.534.594 Sergipe: 1.967.791 Brasília Bahia: 13.815.334 Mato Grosso: 2.803.274 Cuiabá DF: 2.333.108 REGIÃO CIATs % COBERTURA POPULACIONAL NORTE 02 69,8% NORDESTE 07 75,4% SUDESTE 16 100,0% SUL 06 CENTRO-OESTE 04 TOTAL 35 91,0% Goiânia Tocantins: 1.305.728 Este é o panorama de 2006. O Brasil conta com 35 centros com uma cobertura de aproximadamente 170 milhões de habitantes. M. Gerais: 19.237.450 Campo Grande Belo Horizonte Goiás: 5.619.917 Vitória Esp. Santo: 3.408.365 Niterói Maringá R. Janeiro: 15.383.407 São Paulo São Paulo – Jabaquara São Paulo – ICr-HC São Paulo – IB Santos Taubaté Campinas São José dos Campos Marília Presidente Prudente Ribeirão Preto Botucatu São José do Rio Preto Mato Grosso do Sul: 2.264.468 Londrina Rio de Janeiro Cascavel São Paulo: 40.442.795 Curitiba Paraná : 10.261.856 Florianópolis Porto Alegre S. Catarina: 5.866.568 População Total: 169.779.170 hab Rio G. do Sul: 10.845.087
Institucionalização Os centros estão institucionalizados de maneira distinta. Mais de 90% dos centros estão vinculados a instituições públicas municipais, estaduais e federais.
Objetivos PRODUÇÃO Sistematizar, ampliar e disseminar conhecimentos técnico-científicos de Toxicologia, visando: prevenir e controlar riscos e danos de natureza tóxica; tratar agravos causados por substâncias químicas – medicamentos, agrotóxicos, domissanitários, cosméticos, produtos industriais e outras substâncias potencialmente tóxicas para o ser humano; tratar acidentes por de animais peçonhentos, plantas e outros. Os Centros têm como objetivos: ...
Os Centros mantêm plantão permanente durante 24 horas. Principais Atividades Os Centros mantêm plantão permanente durante 24 horas. Auxílio aos profissionais de saúde no diagnóstico e tratamento de intoxicações e envenenamentos, através de atendimento telefônico, ambulatorial e hospitalar. Orientações à população geral, sobre os riscos de exposição a substâncias químicas e biológicas, enfatizando as ocorrências peculiares da sua área de abrangência. Os Centros mantém uma equipe de plantão...
Principais Atividades Realização ou viabilização de análises toxicológicas de urgência e rotina para diagnóstico e monitoramento das intoxicações e envenenamentos. Desenvolvimento e participação de atividades educativas e preventivas nas áreas de Toxicologia e Toxinologia, e capacitação de profissionais de saúde para a assistência nessas áreas. Registro dos atendimentos e disponibilização dos dados para produção de informação epidemiológica.
Principais Atividades 6. Alerta as autoridades responsáveis sobre o risco de intoxicações e envenenamentos em circunstâncias que exijam providências sanitárias imediatas. 7. Fomenta, junto às Instituições responsáveis, o planejamento, a aquisição, o gerenciamento, a distribuição e a manutenção de banco de antídotos. Apóia o Programa Nacional de Controle de Acidentes por Animais Peçonhentos. Contribui e participa dos sistemas públicos de Farmacovigilância e Toxicovigilância.
Equipes de trabalho FUNCIONÁRIOS DE NÍVEL SUPERIOR 02 SANITARISTA 01 QUÍMICO 08 PSICÓLOGO 15 MÉDICO VETERINÁRIO 154 MÉDICO 54 FARMACÊUTICO - BIOQUÍMICO 17 ENFERMEIRO DIVULGADOR CIENTÍFICO DENTISTA BIOMÉDICO 12 BIÓLOGO 03 BIBLIOTECÁRIO ASSISTENTE SOCIAL ADMINISTRADOR DE EMPRESA Subtotal................................................ 272 (26,8%) TOTAL GERAL: ......................................................................................................................................... 1016 04 SECRETÁRIA MOTORISTA AUXILIAR / AGENTE DE SERVIÇOS GERAIS 07 AUXILIAR / TÉCNICO DE LABORATÓRIO 06 AUXILIAR DE ENFERMAGEM 30 APOIOS ADMINISTRATIVOS (*) FUNCIONÁRIOS DE NÍVEL MÉDIO Subtotal .......................................................... 63 (6,2%) 58 OUTROS ESTAGIÁRIOS 14 RESIDENTES / PÓS-GRADUAÇÃO 609 ESTAGIÁRIOS PLANTONISTAS ESTAGIÁRIOS Subtotal ......................................................... 681 (67%) Um serviço de abrangência nacional, reconhecido pela população e profissionais que atuam em urgências e emergências, conta com uma equipe de aproximadamente 1.000 pessoas no desenvolvimento de suas atividades, onde apenas 30% são profissionais, quadro este que precisa ser revertido. Entendemos que os estudantes devam fazer parte desta equipe, buscando seu processo de formação, mas o quadro de profissionais deve ser urgentemente ampliado. . Dados obtidos entre julho e outubro de 2006 (*) AGENTES / AUXILIARES / ASSISTENTES / TÉCNICOS
Produção Tabela 1 - Freqüência de grupos de agentes de acordo com a faixa etária, nas exposições tóxicas reportadas ao SINITOX em 2002 Em 2002, 25 centros encaminharam seus dados para a base do SINITOX, consolidando um volume de 75.000 exposições/intoxicações. Um quarto dessas intoxicações (19.000) ocorreu em crianças com menos de 5 anos de idade. Importante ressaltar que os medicamentos são os responsáveis pelo maior número de intoxicações (aproximadamente 27% do total), desde 1993, acompanhando uma tendência mundial. Estudos internacionais referem que cerca de 3% da população mundial se expõe anualmente a algum tipo de agente químico produzindo algum tipo de efeito tóxico. Transpondo estes dados para a realidade brasileira, estima-se que cerca de 5 milhões de acidentes tóxicos ocorram anualmente em nosso país.
Produção Tabela 2 - Freqüência de óbitos por grupos de agentes de acordo com a faixa etária nas exposições tóxicas reportadas ao SINITOX em 2002 Ainda avaliando os dados de 2002, destacamos que os agrotóxicos, medicamentos e raticidas de uso não autorizado (Aldicarb – chumbinho), são os principais agentes tóxicos responsáveis pelos óbitos e que 31 óbitos ocorreram em crianças menores de 5 anos de idade. A falta de informação técnica em uma emergência ou a utilização de informação desatualizada por profissionais de saúde, são fatores determinantes na qualidade do atendimento médico prestado a pacientes intoxicados.
Os atendimentos realizados pelos centros de informação e assistência toxicológica possibilitam a rápida transferência de dados técnicos e científicos atualizados a todos os profissionais da área da saúde, a qualquer hora do dia ou da noite, em qualquer local do território nacional, sem custos para o usuário final. Os Centros são exemplos da real rede democrática de atenção à saúde que tanto buscamos como ideal brasileiro.
A rede de Centros já implantada, se devidamente estruturada e permanentemente apoiada, atenderá à crescente demanda de intoxicações, melhorando a qualidade do atendimento médico de urgência, diminuindo os custos da rede pública de saúde e contribuindo para a qualidade de vida.
Estratégias de aprimoramento e otimização da gestão O reconhecimento do papel dos Centros de Informação e Assistência Toxicológica passa pela instituição de uma política nacional de informação e assistência toxicológica como parte integrante da política nacional de saúde, que contemple: Estratégias de aprimoramento e otimização da gestão Adoção de diretrizes estruturantes para os centros Linhas de financiamento Fortalecimento da interface dos centros com a política nacional de atenção às urgências e emergências Definição e ampliação do elenco de antídotos, no contexto da política de assistência farmacêutica e atenção à saúde, que visem o suprimento regular e adequado desses medicamentos.
A importância e a relação custo-benefício dos Centros para toda a sociedade já está mais do que demonstrada e reconhecida pelos 40 anos de história e de trabalho.
É necessário a definição e implantação de uma política nacional de assistência toxicológica, que atenda a crescente demanda de prevenção, controle e atendimento da população exposta a agentes potencialmente tóxicos. Essa política deve ser coordenada e implantada pelas estruturas de saúde do país.
Produção Centro de Informação Toxicológica do Rio Grande do Sul Centro de Informação Toxicológica de Santa Catarina Centro de Controle de Intoxicações de São Paulo