Os movimentos migratórios

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Transcrição da apresentação:

Os movimentos migratórios Migração: conceitos e classificações

O sentido de migração está em trocar de região, país, estado ou até mesmo domicílio. É algo que já acontece há muito tempo atrás, desde o começo da história da humanidade. Migrar faz parte do direito de ir e vir, que consta na constituição. A migração afeta a distribuição da população sobre uma dada área, altera o total populacional (fazendo-o aumentar ou diminuir) e transforma a estrutura da população das áreas de saída e chegada dos migrantes. Grandes deslocamentos de pessoas dentro dos países, através das fronteiras nacionais e entre continentes, emergiram como uma questão fundamental no século XX.

Essas migrações afetam as estruturas econômicas nacionais , determinam os padrões de distribuição e densidade populacional, alteram os tradicionais componentes étnicos, linguísticos e religiosos, inflamam tensões internacionais e debates nacionais a respeito de temas, como multiculturalismo, nacionalismo, desemprego, barreiras culturais, xenofobia, tolerância, preconceito, etc. No mundo atual, as migrações têm sido facilitadas pelos avanços no campo dos transportes e na sua disseminação, tornando-o cada vez mais acessível a uma parcela cada vez maior da população. Hoje, 192 milhões de pessoas vivem fora do seu local de nascimento, ou seja, 3% da população mundial.

Tipos de migração Tipo de migração Exemplos Permanente Externa (internacional) 1- voluntária 2- forçada Interna 1- Êxodo rural 2- Êxodo urbano 3- Regional 1- voluntária: indianos, irlandeses e poloneses para o Reino Unido; turcos para Alemanha; argelinos e marroquinos para a França; portugueses para a Suíça ; mexicanos para os EUA; chineses para a costa oeste do Canadá 2- Forçada: escravos africanos para as Américas; ruandeses para os países vizinhos; afegãos para o Paquistão; palestinos para a Jordânia. Semipermanente Por vários anos Latino-americanos para os EUA; brasileiros para o Japão; africanos e asiáticos em busca de trabalho na Europa, nos EUA e na Austrália.

Sazonal Por vários meses ou semanas Camponeses mexicanos para Califórnia, durante período de colheitas, estudantes universitários de várias regiões do mundo para os EUA e a Europa Ocidental; turistas. Pendular ou diária Diária Mais comum nas grandes aglomerações urbanas, como Londres, São Paulo, Nova Iorque, Cidade do México, etc., embora possa acontecer entre cidades menores e entre zona rural e zona urbana.

As migrações podem, ainda, ser classificadas quanto aos fatores que as originam. As migrações voluntárias ocorrem quando há a escolha do migrante e quando sua vida e segurança não estão em risco iminente. Um dos principais motivos é de ordem econômica.

As migrações forçadas: Ocorrem quando o migrante se vê obrigado a sair do local onde mora por razões que fogem seu controle e que coloquem sua vida ou de sua família em risco. Exemplo:

Exemplos de migrações forçadas e espontâneas Migrações voluntárias Perseguições religiosas: judeus da Espanha fugindo da perseguição cristã (século XV); protestantes e católicos, do Reino Unido para os EUA (séc. XVII). Empregos: mexicanos para os EUA; turcos para Alemanha; argelinos para França; paquistaneses para o Reino Unido; brasileiros para o Japão; portugueses para a Suíça; populações de cidades pequenas e áreas rurais para grandes cidades. Guerras: europeus para as Américas durante as duas guerras mundiais; vietnamitas durante a guerra com os EUA (década de 60); albaneses do Kosovo para Macedônia e Albânia (década de 90); ruandeses fugindo do genocídio de 1994. Salários mais altos: médicos britânicos para os EUA, pesquisadores indianos do ramo da informática para os EUA; populações de cidades pequenas e áreas rurais para grandes cidades. Perseguição política: chineses e russos fugindo do regime comunista (meados do séc. XX); exilados argentinos e brasileiros fugindo da Ditadura Militar (década de 60). Impostos mais baixos: artistas do cinema e da música, do Reino Unido para os EUA.

Escravidão ou trabalho forçado: africanos para América (século XV ao XIX). Expansão territorial: impérios romano, otomano, britânico e russo. Fome: etíopes para Sudão; moçambicanos para África do Sul (entre 1960 – 1990). Colonização e expansão comercial: espanhóis para América Latina; chineses para o Tibete; estadunidenses da Nova Inglaterra para a costa do Pacífico. Desastres naturais: indonésios e tailandeses após o tsunami de dezembro de 2004; habitantes da ilha de Montserrat e das Filipinas, após a erupção vulcânica; turcos após o terremoto de Izmit em 1999. Criação e desenvolvimento de novos polos econômicos: brasileiros para a construção e ocupação de Brasília; israelenses para os Kibutz do Deserto de Negev ; estadunidenses para o Vale do Silício; indianos para Bangalore. Desastres ambientais: ucranianos após desastre nuclear de Chernobyl, em 1984; indianos após desastre químico de Bhopal. Aposentados para regiões de climas mais quentes: estadunidenses para a Flórida; franceses para Mônaco e costa do Mediterrâneo; britânicos para a Austrália

Reassentamentos: algumas tribos nos EUA e Brasil transferidas para reservas indígenas (século XX). Melhor qualidade de vida em relação à educação, saúde, lazer e consumo: latino-americanos para os EUA e a Europa; asiáticos para a Austrália; populações de cidades pequenas e áreas rurais para grandes cidades. Redesenvolvimento: demolição das hutongs (bairros antigos) de Pequim, para modernização da cidade, a partir da década de 90. Pressão populacional: chineses para o sudeste asiático, (séculos XIX e XX); italianos para o Brasil (século XIX)

Êxodo rural Deslocação da população do campo(meio rural) em direção a cidade (meio urbano).

Êxodo urbano Deslocação da população da cidade(meio urbano) em direção ao campo(meio rural).

Migrações externas Migrações que se realizam entre países.

Migrações intracontinentais Realizam-se no mesmo continente.

Migrações intercontinentais Realizam-se entre continentes.

Migrações quanto ao tempo:

Migrações definitivas: realizam-se durante um prolongado período de tempo (superior a 1 ano) e implicam mudança de residência. Migrações temporárias: realizam-se durante um curto período de tempo,(inferior a um ano)

migrações pendulares (diárias): realizam-se diariamente entre local de residência e local de trabalho. migrações semanais: realizam-se no inicio da semana com regresso ao fim de semana. migrações sazonais: realizam-se sempre na mesma época do ano.

Movimentos Internos da população brasileira As migrações internas no Brasil caracterizam-se por dois tipos principais: Intra-regional Inter-regional

Migração intra-regional Migração de pessoas dentro de uma mesma região. Um tipo muito comum de migração intra-regional é a transumância, ou seja, o deslocamento periódico ou temporário da população motivado por mudanças climáticas (sazonal) ou econômicas. Um exemplo desse tipo de migração ocorre entre os trabalhadores sem qualificação profissional que residem entre o Agreste e o Sertão nordestino (os corumbás) e se deslocam para a Zona da Mata (faixa litorânea) para realizar o corte da cana. Após a safra, geralmente depois de alguns meses, retornam ao seu local de origem.

Migração inter-regional Migração entre as regiões brasileiras. Segundo o IBGE, no século XXI, o Nordeste continuará perdendo população para o Sudeste. Até 2030, 127 617 nordestinos deixarão a região em busca de uma vida melhor. A projeção do IBGE mostra que, neste mesmo período, o Sudeste receberá 61 363 migrantes.

A Bahia é o estado de onde sairão mais pessoas e São Paulo será o que mais receberá novos moradores, cerca de 41 838. Pernambuco perderá 19 278 moradores, que migrarão para outros estados. Atualmente, 154 819 pessoas saem por ano do Nordeste. As desigualdades regionais podem explicar essas migrações.