AS REGIÕES CONFLITUOSAS DA AMÉRICA

Na Colômbia existem problemas relacionados à produção da folha da coca e da cocaína, além da ação de grupos guerrilheiros como as FARCs, ELN (ambos de esquerda) e AUC (de direita, criada por grupos interessados em combater as guerrilhas de esquerda). Guerrilheira das FARC em treinamento: dimensão política foi ultrapassada pelos vínculos com o crime. Segundo a Anistia Internacional, devido a ações da guerrilha no campo, a Colômbia é o 1º país em número de vítimas de minas terrestres

As guerrilhas colombianas, tanto de direita como de esquerda são acusadas de praticar sequestros, associação ao tráfico de drogas e tráfico de armas como forma de financiar suas ações. Devido a essa situação foi criado o Plano Colômbia, onde os EUA, grande consumidor da cocaína colombiana, apóia o governo da Colômbia para combater o narcotráfico e as guerrilhas através de treinamento, financiamento em dinheiro, fornecimento de tecnologias, etc. Desde o governo do ex-presidente Álvaro Uribe as guerrilhas colombianas, sobretudo as FARCs estão sendo pressionadas, fator que levou as AUC, já no governo Uribe, e agora as FARCs, à mesa de negociações. Membros do grupo paramilitar AUC: eles também seqüestram e têm relações com o narcotráfico, mas pouca coisa é escrita sobre eles na mídia.

BOLÍVIA A Bolívia é um Estado dividido: a leste, nos departamentos de Pando, Beni, Tarija e Santa Cruz, vivem os brancos e mestiços, ricos, latifundiários e produtores de soja e que concentram a produção de hidrocarbonetos. A oeste, no altiplano andino, vive a população indígena, pobre e que apoia o presidente Evo Morales. Os departamentos do leste desencadearam o movimento de oposição ao governo com forte tendência separatista porque são contra reformas constitucionais que aprovam a reforma agrária e ajudas à população mais pobre, impondo assim aumento de impostos e perda de autonomia política. É uma crise econômica, étnica e política.

Equador: O presidente Rafael Corrêa, de tendência chavista, tem se envolvido em algumas polêmicas como o aumento da participação do Estado na economia, colocar-se contra acordo bilateral de livre comércio com os EUA, não renovar a permissão de permanência das forças dos EUA na base de Manta e ameaçar punir o Brasil devido aos defeitos de uma usina hidrelétrica construída nesse país pela empreiteira brasileira Odebrecht. Rafael Corrêa Imagem da construção da Usina de São Francisco. A empreiteira Odebrecht foi expulsa do Equador por ser acusada de ser responsável por corrupção e pelas falhas técnicas apresentadas pela usina.