Química (8ª edição), R. Chang (2005) – CAPÍTULO 19

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Química dos Elementos Metálicos
Advertisements

Chuvas ácidas: impacto em alguns materiais
REAÇÕES QUÍMICAS PRODUZINDO CORRENTE ELÉTRICA CORRENTE ELÉTRICA
Departamento de Engenharia Química e do Ambiente
OXIRREDUÇÃO.
Tratamento de resíduos
Reacções de Oxidação-Redução
POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA.
Eletroquímica (II).
Entende-se por ELETROQUÍMICA o ramo da Química que estuda so fenômenos químicos que envolvem transferência de elétrons. Quando um processo químico ocorre.
CAPITULO 4- INIBIDORES DE CORROSÃO
Físico – Química II Equilíbrio na Eletroquímica
Corrosão.
O que você deve saber sobre PROCESSOS ELETROQUÍMICOS
QUÍMICA GERAL REAÇÕES QUÍMICAS Prof. Jair Alberto.
CORROSÃO Faculdade de Tecnologia e Ciências Curso de Engenharia Civil
Transformações químicas e sua representação Reacções de combustão
LIGAÇÕES QUÍMICAS A união entre átomos é chamada de ligação química, podendo ocorrer de três formas: Ligação iônica Ligação Covalente Ligação metálica.
Prof.: NILSONMAR AS LIGAÇÕES QUÍMICAS.
Eletroquímica É o estudo das reações químicas que produzem corrente elétrica por meio dos processos de oxidação e redução, como também o estudo das reações.
ELETROQUÍMICA A eletroquímica estuda a corrente elétrica fornecida
ELETROQUÍMICA.
Ligação Metálica.
2° COL – SETOR B AULAS 8 e 9 PÁGINA 198
ELETROQUÍMICA PILHA ELETROQUÍMICA ELETRÓLISE
Reacções de oxidação-redução
ELETROQUÍMICA * Eletrólise *Pilhas.
ELETROQUÍMICA ELETRÓLISE
Química dos Elementos Metálicos Unidade Departamental de Engenharias
REAÇÕES QUÍMICAS PRODUZINDO CORRENTE ELÉTRICA CORRENTE ELÉTRICA
ELETROQUÍMICA * Eletrólise *Pilhas.
REAÇÕES QUÍMICAS PRODUZINDO CORRENTE ELÉTRICA CORRENTE ELÉTRICA
Reacções de oxidação-redução
Eletroquímica.
CORUJÃO 2013 QUÍMICA Prof. Willian.
Definição de metal. É um elemento, substância ou liga metálica caracterizado por sua boa condutividade eléctrica e de calor, geralmente apresentando cor.
Eletroquímica: PILHAS Eletrólise
REACÇÕES DOS METAIS.
O que é corrosão Corrosão é a degradação espontânea, indesejada, de um material exposto a certo meio, por ação química (direta) ou eletroquímica (indireta).
Prof. Alexandre D. Marquioreto
PROF. JOSÉ CARLOS QUÍMICA – 2º ANO
ELETROQUÍMICA Prof: Luiz Cláudio
Revisão - Pilhas.
Revisão - Ligações químicas
PILHAS Prof. Marcos/Betinha.
REAÇÕES DE OXI-REDUÇÃO
Electroquímica.
Universidade Federal de Itajubá – Eng. Mecânica
Metais e Metalurgia Eric Alexsander Poscidônio de Souza Cléderson Vinícios Rosa
Revisão - Ligações químicas
Universidade Federal de Itajubá
Alumínio Aula 11.
Obtenção do Alumínio ALUMÍNIO.
Helvercio Viturino Eletrônica 1 - Manhã
Professora Paula Melo Silva. Saudações jovens cientistas! Vamos continuar o nosso estudo sobre as reações químicas sistematizando alguns conhecimentos.
Filipa Vicente. No estudo da Química do 7º Ano fizemos uma primeira classificação das substâncias Substâncias ElementaresCompostos No estudo da Química.
Abrange todos processo químicos que envolvem transferência de elétrons. Quando um processo químico ocorre, produzindo transferência de elétrons, é chamado.
PROFESSORA: Shaiala Aquino
2ª SÉRIE.
Tratamento térmico no latão
Método eletroquímico de controle
Pilhas e Baterias uma oxidação útil
Introdução a Química.
Professora: Juliana Oliveira
Corrosão Galvânica Corrosão Eletrolítica
COLÉGIO NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO “METAIS E LIGAÇÃO METÁLICA” QUÍMICA – SETOR B – 1º ANO EM Professor: João Eduardo Lucateli 2011.
Para ter acesso a esse material acesse:
Química Geral Profa. Dra. Carla Dalmolin
DEGRADAÇÃO DOS MATERIAIS EM MEIO BIOLÓGICO Condições corpo: - T  38ºC (T baixa); pH neutro - condições severas do meio fisiológico e biomecânico BIOMATERIAIS.
Transcrição da apresentação:

Química (8ª edição), R. Chang (2005) – CAPÍTULO 19 Módulo II – Aula nº 11 Baterias: Células de combustível Corrosão. Métodos de protecção contra a corrosão. Passivação e galvanização Electrólise: electrólise da água e do NaCl fundido Produção industrial de cloro por via electrolítica Aspectos quantitativos Química (8ª edição), R. Chang (2005) – CAPÍTULO 19

Exemplo de produção de electricidade: A queima de combustíveis fósseis é uma importante fonte de energia, mas a sua conversão em energia eléctrica é muito pouco eficiente Exemplo de produção de electricidade: o calor libertado nas combustões é usado para transformar água em vapor; o vapor acciona uma turbina que por sua vez acciona um gerador Grande parte da energia é perdida para o exterior sob a forma de calor. No máximo, 40% da energia química original é convertida em energia eléctrica. Uma célula de combustível permite aumentar substancial/ este rendimento, que pode atingir 70%. Nestas células, as combustões (que são reacções redox) são levadas a cabo por via electroquímica.

Baterias Uma célula de combustível é uma célula galvânica que necessita de um fornecimento contínuo de reagentes para funcionar. Contém uma solução electro- lítica (exº KOH aq) e 2 eléctrodos inertes Ânodo: 2H2 (g) + 4OH– (aq) 4H2O (l) + 4e– Cátodo: O2 (g) + 2H2O (l) + 4e– 4OH– (aq) 2H2 (g) + O2 (g) 2H2O (l)

A fem da célula é dada por: E0 = E0cátodo- E0ânodo = = 0,40 V – (-0,83 V) = 1,23 V Em condições padrão a reacção é espontânea Os eléctrodos têm também a função de electrocatalisadores Metais como a Pt, o Ni e o Rh são bons electrocatalisadores. A utilização doutros materiais amigos do ambiente, tem sido estudada para este fim. O principal problema desta bateria consiste no preço elevado dos catalisadores

Vantagens das células de combustível Para além de o rendimento ser elevado (≈ 70%) produzem menos ruído, vibrações, perdas de calor, poluição térmica e outros problemas associados às instalações de produção de energia Utilização actual: em veículos espaciais

Deterioração de metais por um processo electroquímico CORROSÃO Deterioração de metais por um processo electroquímico Exemplos de processos de corrosão: Formação de ferrugem sobre o ferro Escurecimento da prata Aparecimento de patina, película verde que se forma sobre o cobre ou o bronze

CORROSÃO Oxidação (ânodo): Fe (s) → Fe2+ (aq) + 2e- Exemplo mais corrente: formação da ferrugem sobre o ferro Oxidação (ânodo): Fe (s) → Fe2+ (aq) + 2e- Redução (cátodo): O2 (g) + 4H+ (aq) + 4e- → 2H2O (l) Reacção global: 2Fe (s) + O2 (g) + 4H+ (aq) → 2Fe2+ (aq) + 2H2O (l) E0 = E0cátodo- E0ânodo= 1,23 V – (-0,44 V)= 1,67 V Os iões Fe2+ são ainda oxidados pelo oxigénio 4Fe2+ (aq)+O2 (g)+(4+2x)H2O (l) → 2Fe2O3.xH2O (s)+8H+(aq) A ferrugem é o óxido de ferro

Para que o ferro enferruje é necessário: A presença de oxigénio gasoso e água; A presença de iões H+, resultantes da reacção do CO2 com a água.

Corrosão

A corrosão é mais rápida em água salgada, devido à maior facilidade de migração de espécies carregadas, electrões e iões, num meio condutor como a água do mar Os automóveis enferrujam mais facilmente nos climas frios devido aos sais que se lançam nas estradas para acelerar a fusão do gelo (NaCl, CaCl2)

Outros metais, como o Al e o Cu, também sofrem corrosão São as camadas de óxido que se formam em contacto com o ar que protegem os metais da continuação dos processos de corrosão No caso da ferrugem isso não acontece devido à alta porosidade do material (óxido de ferro) formado Al → Al2O3 Cu → CuCO3 (patina, substância verde)

O Al é um metal muito utilizado pelo homem, desde o fabrico de latas para bebidas à construção de aviões Tem um E0 mais negativo do que o Fe, portanto oxida-se mais facilmente. Devia esperar-se, então, forte corrosão (devido ao contacto com as bebidas, com a água das chuvas, etc.) MAS A camada de Al2O3 (alumina) que se forma protege o Al subjacente da posterior corrosão

Métodos de protecção dos metais da corrosão: O objectivo é, quase sempre, impedir a formação de ferrugem, que, sendo um material extremamente poroso, facilita a continuação do processo de corrosão

Protecção dos metais contra a corrosão Aplicação de tintas para evitar a formação de ferrugem Passivação tratamento com um oxidante forte, formando-se uma fina camada de óxido Formação de ligas (exº: aço inoxidável) Aplicação de camada fina doutro metal sobre o ferro (exº: latas de conserva, uma camada de Sn é aplicada sobre o ferro) Galvanização ou protecção catódica (exº: zinco sobre ferro)

Pinta-se a superfície do metal com uma tinta. Aplicação de tintas Pinta-se a superfície do metal com uma tinta. Este processo é, no entanto, pouco eficaz, porque qualquer risco, picada ou “esfoladela” que exponha o material ao meio envolvente originará a formação de ferrugem

Passivação Tratamento do material com um oxidante forte (exº: HNO3 concentrado) dando origem à formação de uma camada fina de óxido Este processo é muito usado para inactivar a superfície do ferro. Exº: adição de Na2CrO4 aos sistemas de arrefecimento e aquecimento central para evitar a formação de ferrugem

Formação de ligas Redução da tendência do ferro para se oxidar através da formação de ligas Exº: o aço inoxidável, que é uma liga de ferro e crómio Forma-se uma camada de óxido de crómio que protege o ferro da corrosão

Aplicação de camada fina dum metal menos electropositivo sobre o ferro Cobertura do ferro com estanho, como se faz nas latas de conserva E0 Sn2+/Sn= -0,14 V (cátodo) E0 Fe2+/Fe= -0,44 V (ânodo) Mas, se o estanho for riscado, forma-se ferrugem

Galvanização E0 Fe2+/Fe= -0,44 V E0 Zn2+/Zn= -0,76 V (ânodo) A galvanização ou protecção catódica, consiste na aplicação de uma camada dum metal mais electropositivo sobre o metal a proteger. Este funciona como o cátodo duma célula galvânica que se forma. Um prego de ferro mergulhado em água tem de ser galvanizado por ligação a um pedaço de Zn para protecção da corrosão E0 Fe2+/Fe= -0,44 V E0 Zn2+/Zn= -0,76 V (ânodo)

Protecção catódica de um depósito de ferro (Ligando o ferro a um ânodo sacrificial de Zn ou Mg,a corrosão é diminuída. Tanto o Zn como o Mg oxidam-se mais facilmente do que o Fe ) E0 Mg2+/Mg = -2,37 V E0 Fe2+/Fe = -0,44 V E0 O2/H2O = +1,23 V

Química em Acção: O Mal-Estar Causado pelas Obturações Dentárias Corrosão de uma obturação dentária causada pelo contacto com coroa de ouro Composição da amálgama dentária: Ag2Hg3, Ag3Sn e Sn8Hg Hg2 /Ag2Hg3 0,85 V 2+ Sn /Ag3Sn –0,05 V 2+ Sn /Sn8Hg –0,13 V Au3+/Au +1,50 V 2+

Sente-se na boca um sabor metálico devido à libertação de iões Sn2+ Se se trinca uma folha de alumínio: E0Al3+/Al = -1,66 V Cria-se uma célula onde o Al é o ânodo, a obturação é o cátodo e a saliva, o electrólito. O fluxo de corrente estimula o nervo e provoca a dor Se um metal mais electropositivo, como por exº o Au (E0Au3+/Au = +1,5 V), tocar numa obturação: A obturação funciona como ânodo e sofre corrosão... Sente-se na boca um sabor metálico devido à libertação de iões Sn2+

Células Electroquímicas Células galvânicas (todas que vimos até aqui): Energia química → Energia eléctrica Células electrolíticas (onde ocorre electrólise) Energia eléctrica → Energia química

Electrólise ― processo no qual a energia eléctrica é usada para forçar a ocorrência de uma reacção química não espontânea.

A 25ºC e 1 atm, a água não se decompõe espontaneamente Electrólise da água A 25ºC e 1 atm, a água não se decompõe espontaneamente Para a reacção 2H2O (l) → 2H2 (g) + O2 (g) ΔG = 474,4 kJ/mol

Electrólise da Água

Electrólise da água O ácido sulfúrico (electrólito) torna o meio condutor para ocorrer migração dos iões e assegurar assim o transporte da corrente eléctrica. O electrólito tem de ser escolhido de forma a que as espécies descarregadas nos eléctrodos sejam garantidamente o O2 e o H2. (ver Série Electroquímica)

Electrólise e Alterações de Massa carga (C) = corrente (A) × tempo (s) 1 mole e– = 96 500 C

Que quantidade de Ca será produzida numa célula electrolítica de CaCl2 fundido, se uma corrente de 0,452 A passar através da célula durante 1,5 horas? Ânodo: 2Cl– (l) Cl2 (g) + 2e– Cátodo: 2 mole e– = 1 mole Ca Ca2+ (l) + 2e– Ca (s) Ca2+ (l) + 2Cl– (l) Ca (s) + Cl2 (g) mol Ca = 0,452 C s × 1,5 h × 3600 s h 96,500 C 1 mol e- × 2 mol e– 1 mol Ca × = 0,0126 mol Ca = 0,50 g Ca