IRRIGAÇÃO VITICULTURA DE QUALIDADE

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Transcrição da apresentação:

IRRIGAÇÃO VITICULTURA DE QUALIDADE Acadêmicos: Eveline Vargas Lucian Ferreira Professor: Dr. Norton Victor Sampaio

Irrigação A história da irrigação tem muito a ver com a história da civilização. Pode-se dizer que ela começou no antigo Egito, há 5.000 anos. Sob o comando do faraó Ramsés III, os egípcios ergueram diques que imprensaram o rio em um vale estreito, elevando suas águas e represando-as em grandes reservatórios, de onde desciam aos campos através de canais e comportas.

No mundo moderno, cerca de 5 a 6% das áreas agricultáveis (230 a 240 milhões de hectares) são irrigados e fornecem alimentos para mais de 40% da população global.   No Brasil a partir dos anos 50 é que a irrigação começou a ser desenvolvida cientificamente. Hoje alcança cerca de 2,5 milhões de hectares nas mais diferentes culturas.

Como escolher o método adequado para a propriedade? Depende do tipo de solo; Das culturas a serem plantadas; Da quantidade e qualidade de água disponível; Da mão-de-obra disponível; Quanto dinheiro se tem para investir.

Planejamento de Irrigação O planejamento de um projeto deve ser feito de forma que possibilite a obtenção de produtividade e rentabilidade, visando um produto de qualidade visto que o mesmo é exigido pelo mercado consumidor, que conserve a capacidade produtiva dos solos e condicione uma operação adequada do sistema de irrigação.

Os principais fatores que compõe o planejamento de irrigação, se destacam: * os estudos dos recursos hídricos, topográficos, pedológicos e climáticos, * planejamento agrônomo da cultura com cultivares a serem explorados, * escolha do sistema de irrigação, desenho e dimensionamento do projeto de irrigação.

Videira A cultura da videira pode ser explorada sob os sistemas de irrigação por gotejamento, microaspersão, aspersão e por sulcos, sendo que os sistemas de irrigação por gotejamento e por sulcos são indicados para solos argilo-arenosos e argilosos, enquanto que os sistemas por aspersão e por microaspersão são mais adequados para solos arenosos e areno-argilosos.

Sistemas de irrigação por gotejamento Método que permite o fornecimento de pequenas quantidades de água aplicada diretamente ao sistema radicular, formando um bulbo úmido no solo. Permite a fertirrigação e maior eficiência na adubação.

Sistemas de irrigação por microaspersão Sistema no qual a água é bombeada, pressurizada e distribuída na forma de chuva artificial através de microaspersores. As dimensões do bulbo molhado dependem do alcance e da intensidade de aplicação ao longo do raio do emissor e do volume de água aplicado por irrigação.

Sistema de irrigação por aspersão A irrigação por aspersão  caracteriza-se pela pulverização do jato de água no ar, visando o umedecimento de 100% da área ocupada pela planta. Existe uma série de modelos de aspersores, quanto ao ângulo que os bocais formam com o plano horizontal (aspersores de sobrecopa e sobcopa).

Sistema de irrigação por sulcos A irrigação por sulcos se caracteriza pela aplicação de água ao solo, através de pequenos canais abertos ao longo da superfície do terreno. A derivação de água nesse sistema de irrigação pode ser feita por sifões ou por tubos janelados.

Aplicação da água no solo O manejo da água aplicada ao solo, ao longo do ciclo vegetativo da videira, pode ser dividido em cinco períodos distintos: a) período de pré-plantio - a irrigação de pré-plantio deve ser iniciada logo após o preparo definitivo da cova. O transplantio das mudas só pode ser feito, quando o bulbo ou faixa molhada estiver formado.

b) período de plantio e de desenvolvimento inicial - as irrigações devem ser feitas diariamente; quando se utiliza o sistema de irrigação por gotejamento, recomeda-se irrigar de 20 a 30% do tempo máximo de rega por dia e posicionar as linhas com gotejadores em relação à planta, de modo que o emissor coincida com a muda.

c) período de enxertia de campo- Muitos produtores mantêm as irrigações normais, atendendo plenamente às necessidades hídricas das plantas, enquanto outros aumentam ainda mais a lâmina de água aplicada nos últimos dias que antecedem a enxertia. Outra maneira é suspender ou reduzir as irrigações no período de 30 a 45 dias que antecedem a enxertia. Após a enxertia, a irrigação deve ser mantida normal.

d) período de produção - recomenda-se que a lâmina de irrigação seja constante ao longo de uma semana, em que a lâmina de irrigação deve ser calculada com base na evaporação diária do tanque classe A.

e) período de repouso fenológico - recomenda-se que durante o período de repouso fenológico, a irrigação seja reduzida a um valor mínimo, de modo que a planta continue em plena atividade fotossintética, a fim de suprir de carboidratos seus ramos, caule e raízes, para serem utilizados, principalmente, por ocasião da indução de brotação, floração e início de desenvolvimento dos frutos.

Necessidades hídricas da cultura da videira Evapotranspiração: transferência de água de uma superfície vegetada na forma de vapor, ou por meio da evaporação da água do solo e transpiração pelas plantas.

De acordo com Allen et al De acordo com Allen et al. (1998), o cálculo da evapotranspiração da cultura (ETc) deve ser feito por meio da seguinte equação: ETc= Kc. ETo ETc: evapotranspiração da cultura (mm. dia -1) Kc: coeficiente da cultura ETo: evapotranspiração de referência (mm)

Medição do consumo de água do solo Tanque Classe A: é um pequeno reservatório de água exposto ao tempo, onde mede-se a perda de água por evaporação. Atmômetro: evaporador modificado para simular o processo de transpiração das folhas e fornecer a evapotranspiração da cultura.

A ETo normalmente é fornecida por serviços de meteorologia, no Brasil em geral esses valores variam entre 3,0 mm/dia e 7,0 mm/dia. O valor de Kc da videira varia entre 0,50 e 1,00, com um valor médio de 0,75. Ex: ETo de 6,0 mm/dia e Kc de 0,75 = ETc de 4,5 mm/dia que representa 45.000 L/ha por dia (1mm= 10.000 L/ha). Para uma área com 4.000 plantas/ha o consumo de cada planta será igual a 11,25 L/ dia (45.000/ 4.000)

Monitoramento da água no solo Como o nível de água disponível no solo sob irrigação localizada pode oscilar entre 80 e 100%, é recomendável que o monitoramento da água no solo seja feito através do uso de tensiômetros instalados, nas camadas do solo com maior concentração de raízes e, imediatamente abaixo de sua profundidade efetiva. Sugere-se a instalação de pelo menos duas baterias de tensiômetros numa subparcela do parreiral, cujo tipo de solo seja representativo da propriedade.

Frequência de irrigação Com exceção das áreas irrigadas por gotejamento, deve-se evitar irrigar diariamente ou a cada dois dias, pois se a superfície do solo permanecer constantemente úmida, as perdas por evaporação da água do solo serão maiores. A frequência de irrigação deve ser escolhida de forma a se evitar aplicações de água inferiores a 10 mm, pois só molham os primeiros centímetros de solo e não todo o sistema radicular da cultura.

Manejo adequado da água Outro fator de importante é a analise qualitativa da água, uma vez inadequado poderá acarretar problemas de físico e químicos no solo, toxidade nas plantas entre outros fatores que podem se refletir na qualidade e rentabilidade dos cultivos.

Custos Preços médios por ha: Aspersão R$ 5.450 a 7.750 Gotejamento R$ 7.000 a 8. 500 Microaspersão R$ 5.500 a 7.000 Fonte: http://www.ipa.br/

Referências Bibliográficas Irrigação Sistema por Aspersão – SENAR Rio Grande do Sul. Manual do Treinando. Porto Alegre 2005. Irrigação – Sistema por Gotejamento e Fertirrigação – SENAR Rio Grande do Sul. Manual do Treinando. Porto Alegre 2005. CONCEIÇÃO, M. A. F. Irrigação. In: MAIA, J. D. G.; KUHN, G. B. (Ed.). Cultivo da Niágara Rosada em áreas tropicais do Brasil. Bento Gonçalves: Embrapa Uva e Vinho, 2001. p. 60-63. http://www.ipa.br http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Uva/CultivodaVideira/irrigacao.htm http://www.cnpuv.embrapa.br/publica/sprod/viticultura/irriga.html

Muito Obrigado pela Atenção!