AULA: Metilxantinas.

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
GLICÍDIOS OU CARBOIDRATOS
Advertisements

A Origem da Vida -Módulo 5-
BIOQUÍMICA DOS ALIMENTOS.
VOLUMETRIA.
As Raves e as drogas recreativas
Cultivo de plantas medicinais
COMPOSIÇÃO QUÍMICA DA CÉLULA
Electrólise do Cloreto de Cobre
SERÁ QUE OS METAIS TAMBÉM REAGEM?
INTRODUÇÃO À BIOQUÍMICA DA CÉLULA
A cafeína é a droga mais consumida em todo o mundo
SISTEMA EXCRETOR (URINÁRIO)
Atividade de sondagem de aprendizagem de Química
Extração de DNA de Plantas.
A História do Chocolate
QUÍMICA GERAL Aula 09 – SOLUÇÕES E REAÇÕES EM SOLUÇÃO AQUOSA
OS TIPOS DE SOLOS.
Composição molecular da célula
Diferenças Entre Substâncias Orgânicas e Inorgânicas
Departamento de Biologia Disciplina: Físico-Química
USP – Universidade de São Paulo FSP – Faculdade de Saúde Pública
Ana Paula Sena Ciências Farmacêuticas
Métodos gerais de análise
Métodos gerais de análise
AMINOÁCIDOS LIGAÇÃO PEPTÍDICA PROTEÍNA AMIDAS. AMINOÁCIDOS LIGAÇÃO PEPTÍDICA PROTEÍNA AMIDAS.
QUÍMICA GERAL UNIDADE 9 – SOLUÇÕES Prof. Cristian Berto da Silveira.
Formação do Petróleo O Petróleo teve origem há muitos milhões de anos quando, no fundo dos oceanos, se acumularam sedimentos juntamente com restos de seres.
ETNOFARMACOLOGIA Etnofarmacologia, Por que estudar isso?
Estudo da Matéria O que é matéria? Tudo o que existe é matéria que pode ser definida como: TUDO QUE TEM MASSA E OCUPA UM LUGAR NO ESPAÇO (Volume).
ÉSTERES, LÍPIDES e SABÕES
Mariana Fontana Westphalen
Preparo do Inóculo para o Processo Fermentativo Industrial
Ciências da Natureza Enem 2012
PLANTAS MEDICINAIS DA AMAZÔNIA
Danielle Cesconetto RA Eduardo Perrone RA Marcela Margato RA
Fundamentos Químicos da Vida
Lipídeos Prof. Emiliano Chemello
Bromatologia Métodos gerais de análise.
2 ORGANIZAÇÃO MOLECULAR DA CÉLULA
Estrutura e metabolismo
Fração fibra.
Profa: Nádia Fátima Gibrim
Controle de Qualidade na Farmácia de Manipulação
Capítulo 17 Aspectos Adicionais dos Equilíbrios Aquosos
Sequencia de aminoácidos
AMIDAS.
Processos de formação do solo
Capítulo 17 Aspectos adicionais dos equilíbrios aquosos
Aula Teórica Nº 01 Componentes Químicos da Célula
Determinação de Carboidratos em alimentos
Práticas Pedagógicas de Biologia Estrutural
INTRODUÇÃO À QUÍMICA 2º BIMESTRE.
SOLUÇÕES.
Química Ambiental Água Professor: Francisco Frederico P. Arantes.
MOLÉCULAS INORGÂNICAS
PEDOLOGIA Fatores de formação SOLO fauna flora Aspectos químicos Aspectos físicos precipitação temperatura elevação declive Profundidade do lençol freático.
AÇÚCARES AULA 4.
PROPRIEDADES QUÍMICAS DAS ANTOCIANINAS E DOS TANINOS
SUBSTÂNCIAS NITROGENADAS
BIOQUÍMICA TEMPO ESPAÇO ENERGIA.
Bioquímica:-ÁGUA.
Aula 1 Os seres vivos.
Aula 2 COMPOSIÇÃO QUÍMICA DAS CÉLULAS E DOS SERES VIVOS.
SOLUÇÕES. Quando juntamos duas espécies químicas diferentes e, não houver reação química entre elas, isto é, não houver formação de nova(s) espécie(s),
Relações hídricas.
Propriedades dos elementos químicos
CARACTERÍSTICAS E CONSTITUIÇÃO
Quimica 11º.
Carboidratos.
Metilxantinas.
Transcrição da apresentação:

AULA: Metilxantinas

O que são Metilxantinas? Substâncias originadas de bases púricas (adenina e guanina) com caráter anfótero (comportam-se como ácidos ou bases) e podem ser caracterizadas como pseudo-alcalóides ou alcalóides púricos (presença de nitrogênio heterocíclico). São substâncias químicas encontradas em bebidas alimentícias ou estimulantes não alcoólicas como café, chá-da-índia, guaraná, cola e chocolate. As metilxantinas mais abundantes são: Cafeína, Teofilina e Teobromina.

Biogênese e Estrutura química: Os principais precursores das metilxantinas são as bases púricas livres dentre os quais a Adenina parece ser a mais importante. A purina contém um anel de 6 membros (Pirimidínico) fundido com um anel de 5 membros (imidazólico). Adenina

Distribuição e papel fisiológico: Ocorrem em famílias não filogeneticamente relacionadas, com distribuição restrita: regiões tropicais e subtropicais Nos vegetais estão envolvidas no metabolismo do nitrogênio e carbono Estágio de desenvolvimento, alterações sazonais e técnicas agronômicas alteram teores de metilxantinas. Os teores de cafeína no chá-da-índia aumentam com o crescimento do vegetal e com uso de fertilizantes nitrogenados (Suzuki et al., 1992)

Propriedades físico-químicas: Apresentam caráter anfótero (comportam-se como ácidos ou bases fracas). Exceto cafeína (trimetilada)  caráter BÁSICO São solúveis em água e soluções aquosas ácidas a quente e etanol a quente, solventes orgânicos clorados e soluções alcalinas. Cafeína, teofilina e teobromina podem ser diferenciados em função de sua solubilidade, temperatura de sublimação e faixa de fusão dos respectivos sublimados (Merck Index, 1996)

Métodos laboratoriais: Método de extração Metilxantinas podem ser extraídas por: Solventes clorados em meio amoniacal; Solventes clorados diretamente de sol. Aquosas ácida; Porque: são bases muito fracas e seus sais dissociam-se muito facilmente em água.

Métodos laboratoriais: Caracterização Reação de Murexida (Murex = lesma do mar que contem matéria corante púrpura) CCD Fundamento da reação de Murexida: baseia-se numa cisão oxidativa da xantina em aloxano e ácido dialúrico e posterior formação de um complexo amoniacal, purpurato de amônio, de cor violácea.

Cisão oxidativa Condensação Aloxantina + NH4OH ↓ Coloração Violeta

Métodos laboratoriais: Doseamento O doseamento é feito preferencialmente por: Gravimetria- A análise gravimétrica está baseada na medida indireta da massa de um ou mais constituintes de uma amostra. Por medida indireta deve-se entender converter determinada espécie química em uma forma separável do meio em que esta se encontra, para então ser recolhida e, através de cálculos estequiométricos, determinada a quantidade real de determinado elemento ou composto químico, constituinte da amostra inicial. Espectrofotometria no UV HPLC

Ações farmacológicas e usos: Dentre os efeitos podemos destacar: Sobre o SNC: estimulantes, inibem o sono, diminuem sensação de fadiga ,etc. Sobre o sistema cardiovascular: ação inotrópica (↑FC e DC) Sobre a musculatura lisa: relaxamento da musculatura brônquica (principalmente teofilina) Sobre a musculatura estriada: estímulo da contração, reduzindo a fadiga muscular (principalmente cafeína) Sobre a diurese: teobromina e teofilina ↑ débito sanguíneo renal e a filtração glomerular, possuindo atividade diurética

Ações farmacológicas e usos: Cafeína em associação com analgésicos, nas dores de cabeça (Excedrin® = paracetamol + cafeína, Doril® = AAS + cafeína); Guaraná usado na medicina popular como estimulante, tônico, revigorante; Teofilina é um broncodilatador utilizado na asma, enfisema e bronquite crônica

Cacau Nome cientifico: Theobroma caco L. Família: Sterculiaceae Parte utilizada: sementes Árvore originaria da America tropical e cultivada no sudeste asiático, áfrica e America do sul. A droga é constituída de: triglicerídeos e ac. Graxos (50%), composto polifenólicos e taninos condensados (5 a 10%), metilxantinas (1 a 3%) compostas após torrefação de 0.3% de cafeína e 1,5% de teobromina

Guaraná Nome cientifico: Paullinia cupana Kunth Família: Sapindaceae Parte utilizada: sementes Originário da Amazônia Brasileira e Venezuelana e das Guianas. As sementes são constituídas de cafeína, traços de teofilina e teobromina, saponinas, taninos (12%), amida (até 60%), pectinas e mucilagens. Os teores de cafeína nas sementes variam de 2.5 a 5%

Café Nome cientifico: Coffea arabica e Coffea canephora Família: Rubiaceae Parte utilizada: semente Pequena árvore nativa das zonas montanhosas do sudoeste da Etiópia e sul do Sudão (Coffea arabica). Mais de 50% das sementes secas são constituídas de glicídeos, principalmente polissacarídeos, lipídeos 10 a 18%, proteínas 10 a 12%. Teor de cafeína (depende da torrefação): Coffea arabica 0.6 a 1.8% (no comércio 1 a 1.3%), Coffea canephora 1.5 a 5.2% (no comércio 2 a 3%)