HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ANTONIO PEDRO - UFF

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Métodos de Diagnóstico em Dermatologia Veterinária
Advertisements

Dermatofitoses Residência em Pediatria do Hospital Regional da Asa Sul/Hospital Materno Infantil de Brasília/SES/DF Larissa Sad Brasília, 23 de outubro.
ONICOMICOSE “Micose de Unha”
MICOSES ESTRITAMENTE SUPERFICIAIS
Acadêmicos: Gabriel Khoury Lucas Deprá Norton Barros
NEOPLASIAS MALIGNAS DOS QUERATINÓCITOS
UPCII M Microbiologia Teórica 31
Doenças reumatológicas mais frequentes na infância
Mastocitomas em cães M.V. Vívian Rocha de Freitas
Esofagites Infecciosas
Micoses Superficiais.
Conteúdo da Avaliação III
À Flor da Pele.
Disciplina de Agressão e defesa Universidade Anhembi Morumbi
quinzena da mulher de 7 a 18 de Março
UPCII M Microbiologia Teórica 28
Candidíase (=candidose, monilíase)
Pitiríase versicolor Profa.Marise da Silva Mattos
Biologia 2 Cap. 09 Doenças humanas causadas por Fungos
Hanseníase Dra. Nadia Almeida CRE Metropolitano – Curitiba PR.
Reunião Mensal Anátomo-Patológica
Professora Me. Carina Godoy Picelli FARMACOLOGIA
INFECÇÕE S FÚNGICAS Renata Diniz de Souza – Cirurgia Dentista CRO Mestranda em Clínica Odontológica – Área de Concentração : Diagnóstico.
Dermatofitoses.
Doenças de pele.
Psoríase e Doença de Crohn
Dr. Fabrício Prado Monteiro Hospital Regional da Asa Sul/SES/DF
PSEUDOTÍNEA AMIANTÁCEA: estudo de 7 casos
Lúpus Eritematoso Giselly De Crignis.
Acne Stephano Nunes Lucio, n. 62.
Paracoccidioidomicose
Trabalho realizado no Hospital de Messejana, Fortaleza (CE) Brasil.
Tinea Capitis nas crianças do Hospital de Clínicas de Curitiba - Paraná, Brasil: análise de 98 casos. Mariana Nunes Viza Araújo – Pesquisa Voluntária.
Micologia médica Laboratório Clínico 4o ano Biomedicina.
Giardíase Giardia duodenalis Distribuição mundial;
UFF Profa. Jane Marcy Neffá Pinto
Dermatites mais comuns tipos e tratamento
MICOSES.
Micologia Micologia ou micetologia é a ciência que estuda os fungos. Os micólogos (micologistas ou micetologistas) pesquisam taxonomia, sistemática, morfologia,
Doenças Infectoparasitárias da Pele
Micologia: micoses superficiais e sistêmicas
UPCII M Microbiologia Teórica 18 2º Ano 2014/2015.
Micologia: é o ramo da Biologia que estuda os fungos, ela engloba o estudo de um grande número de seres pluricelulares ou macroscópicos; e de unicelulares.
INFECÇÕES FÚNGICAS Prof. Mauren Seidl.
Profª Karen Borges de Andrade Costa
FEBRE REUMÁTICA 30% cirurgias cardíacas em adultos
Pitiríase versicolor “micose de praia”
DERMATÓFITOS: Patogenia e Tratamento
Antifúngicos tópicos Compostos sulfurados Hipossulfito de sódio
Manifestações Cutâneas de Imunossupressão
Paracoccidioidomicose
Dermatite de contato Reações inflamatórias agudas ou crônicas às substâncias que entram em contato com a pele. Pode ser não-alérgica (causada por irritante.
DOENÇAS INFECCIOSAS DE ORIGEM FÚNGICA
Malassezia furfur- Pitiríase versicolor
Profa. Patrícia Negreiros
CRIPTOCOCOSE Cryptococcus neoformans. Criptococose Agente etiológico: Cryptococcus neoformans (levedura) ‏ C.neoformans variedade grubii (sorotipos A);
Infeções sexualmente transmissíveis
FÁRMACOS ANTIFÚNGICOS
História Natural da Infecção por HIV
Micologia Profa Camila Góes Puk.
Disciplina de Saúde Criança e Adolescente
Giardia intestinalis e Giardíase
Granuloma de Majocchi CONCLUSÃO
Doenças causadas por fungos
Micologia: micoses superficiais e sistêmicas
Micologia: micoses superficiais e sistêmicas
Transcrição da apresentação:

HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ANTONIO PEDRO - UFF DISCIPLINA DE DERMATOLOGIA AULA DE MICOSES SUPERFICIAIS – GRADUAÇÃO 2011

MICOSES SUPERFICIAIS PITIRÍASE VERSICOLOR PIEDRA BRANCA PIEDRA NEGRA TINEA NEGRA CERATOFITOSES DERMATOFITOSES CANDIDÍASE

PITIRÍASE VERSICOLOR Agente etiológico: Malassezia furfur (Pitirosporum orbiculare/ pitirosporum ovale) que faz parte da microbiota cutânea Quadro clínico: Máculas hipocrômicas, hipercrômicas ou eritematosas,bem delimitadas, podem ser pruriginosas; frequentemente recidivante. Fatores que favorecem: oleosidade, sudorese, predisposição genética, uso de imunossupressores.

PITIRÍASE VERSICOLOR Sinal de Zileri- O estiramento da área afetada torna a lesão mais evidente

PITIRÍASE VERSICOLOR - LESÕES FOLICULARES

PITIRÍASE VERSICOLOR Exame micológico direto: Raspado da lesão e clareamento com KOH, ou fita durex, se observam hifas curvas, curtas e espessas, agrupadas em cachos Cultura: meio Sabouraud acrescido de azeite de oliva

PITIRÍASE VERSICOLOR - DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL ECZEMÁTIDE – PITIRÍASE ALBA

PITIRÍASE VERSICOLOR – DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL VITILIGO HANSENÍASE INDETERMINADA

PITIRÍASE VERSICOLOR TRATAMENTO TÓPICO: Sulfeto de selênio a 2,5% (loção/shampoo) Hipossulfito de sódio a 30% (loção) Cetoconazol a 2% (shampoo/ creme) tioconazol,isoconazol, amorolfina, ciclopiroxolamina (creme) SISTÊMICO: cetoconazol 200 mg/dia 10 dias itraconazol 150 mg/dia 10 dias fluconazol 150 mg/semana 4 semanas

PIEDRA BRANCA Agente etiológico: Trichosporon beigelii Quadro clínico: nódulos amarelados nos pêlos genitais, bigode, barba, axilas e raramente, no couro cabeludo antifúngicos tópicos, como imidazólicos, ciclopirox olamina, piritionato de zinco. Tratamento:

PIEDRA NEGRA Agente etiológico: Piedraia hortae Quadro clinico: Nódulos escuros, duros, de difícil remoção no couro cabeludo. Assintomática, baixo contágio, áreas tropicais

TINHA NEGRA - TINEA NIGRA Agente etiológico: Phaeoannelomyces werneckii Quadro clínico: Máculas hipercrômicas, aspecto arredondado, bordas bem delimitadas, não descamativas, geralmente nas regiões palmares ou plantares. Diagnóstico diferencial importante com melanoma Tratamento: Ceratolíticos, antifúngicos tópicos

TINHA NEGRA - TINEA NIGRA

Ungueal Ocupacional (contato com água) CANDIDÍASE (MONILÍASE) Etiologia : Candida albicans e outras sp ( pseudotrpicalis, gulliermondi, Krusei . A Candida é comensal das mucosas digestivas e vaginal . A infecção ocorre por condição especial do hospedeiro. A imunidade celular é importante na resistência a forma muco cutânea e os neutrófilos na resistência à candidíase sistêmica Mucocutânea Oral Recém-nascidos, oclusão da mandíbula, flacidez perioral, neoplasias, HIV, uso de imunossupressores Vaginal Diabetes, gravidez, uso de antibióticos, ACO Ungueal Ocupacional (contato com água) Granulomatosa crônica Imunodeficiências congênitas, raras Sistêmica Neoplasias, uso de imunossupressores, HIV

CANDIDÍASE Placa pseudomembranosa, esbranquiçada única ou múltipla composta de células epiteliais, leveduras e pseudohifas. Mucosa

CANDIDÍASE – MUCOSA GENITAL Placas eritematosas , exsudativas, recobertas por camada esbranquiçada, pruriginosas

CANDIDÍASE QUEILITE ANGULAR (PERLECHE)

Candidíase - intertrigo

CANDIDÍASE CUTÂNEA

CANDIDÍASE - EXAME DIRETO

CANDIDÍASE TRATAMENTO TÓPICO Nistatina Solução oral e cremes // Não se absorve VO Candidíase cutânea e de mucosas Clotrimazol, miconazol,tioconazol, bifonazol, cetoconazol ciclopirox olamina em creme SISTÊMICO Absorção oral retardada pelos alimentos // Dose – 200 a 400 mg/d Indicações -Candidíase oral e vaginal e micoses superficiais, micoses profundas como segunda ou terceira escolha. Contra-indicado na gravidez e na lactação Cetoconazol Efeitos colaterais: náusea, vômitos, dor abdominal, anorexia, prurido,rash, cefaléia, febre, calafrios e fotofobia TGO e TGP elevadas em 2-10% ; hepatite sintomática

Itraconazol Fluconazol VO – cápsulas de 100 mg Absorção oral em meio ácido aumentada pelos alimentos Dose – 200 a 400 mg/d Indicações – micoses superficiais, Histoplasmose, Paracoccidiodomicose Esporotricose, Coccidiodomicose, Aspergilose (combinado com anfotericina B) e Candidíase oral ou vaginal Efeitos colaterais: náusea, vômitos, prurido, rash, cefaléia, tontura TGO e TGP elevadas (<1-7%); hepatite sintomática (rara) Alterações endócrinas muito raras Hipopotassemia com doses elevadas Fluconazol VO e IV Comprimidos de 50,100 e 200 mg Ampolas de 200 mg Indicações – Criptococose e Candidíase Efeitos colaterais: náusea, vômitos, rash, Stevens-Johnson TGO e TGP elevadas (<1-5%); hepatite sintomática (rara) Cefaléia e convulsões

DERMATOFITOSES Agentes etiológicos : Fungos queratinofílicos, hialinos, septados,que podem colonizar e causar leões no extrato córneo de homens e animais. São divididos em 3 gêneros: Trichophyton, Microsporum e Epidermophyton. Em relação ao seu habitat podem ser: geofílicos, zoofílicos ou antropofílicos. Tinea corporis, tinea manum, tinea pedis PELE GLABRA COURO CABELUDO Tinea capitis UNGUEAL

TINHA CORPORIS TINEA CORPORIS Eritemato-escamosas com bordas mais evidentes, vesico-crostosas, pruriginosas

TINHA CRURIS

TINHA CORPORIS

TINHA CORPORIS

TINHA CORPORIS

TINHA PEDIS Localiza-se em espaços interdigitais nos pés de pessoas que usam sapatos. Na forma aguda é pruriginosa, vesicular e avermelhada, e na crônica ocorre fissuras e descamação.

INTERTRIGO POR DERMATÓFITO

DERMATOFITOSE - DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Pitiríase rósea, eczemas, psoríase , hanseníase tuberculóide PITIRÍASE RÓSEA

DERMATOFITOSE - DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL PSORÍASE

DERMATOFITOSE - DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL HANSENÍASE TUBERCULÓIDE

DERMATOFITOSE EXAME MICOLÓGICO DIRETO CULTURA

DERMATOFITOSES TRATAMENTO Fungos geofílicos, zoofílicos e leões auto-limitadas TÓPICO miconazol, tolnaftato, tolciclato, clotrimazol, amorolfina oxiconazol ou cetoconazol

Extensas e/ou causadas por fungos antropofílicos DERMATOFITOSE Extensas e/ou causadas por fungos antropofílicos TRATAMENTO SISTÊMICO Griseofulvina Antibiótico produzido por Penicillium griseofulvum Fungistático que inibe o fuso mitótico // Não se descrevem mecanismos de resistência Dose:10-15 mg/kg em crianças // 500 mg a 1 g em adultos 40 dias Efeitos colaterais: náusea, vômitos e cefaléia ;neurite periférica, letargia, confusão, fadiga, síncope, vertigem, visão embaçada, edema macular transitório, fotossensibilidade citopenias, albuminúria e cilindrúria. Interação medicamentosa importante indução do sistema microssomal: diminui a concentração sérica de warfarina, reduz a ação dos anticoncepcionais orais; o fenobarbital diminui os níveis de griseofulvina. Terbinafina Crianças abaixo de 20kg: 1/2 comprimido de 125mg VO, 1 vez ao dia. Crianças entre 20 e 40kg: 125mg VO, 1 vez ao dia. Crianças acima de 40kg: 2 comprimidos de 125mg VO, 1 vez ao dia. Adultos: 250mg VO, 1 vez ao dia. Duração do tratamento: 40 dias. Na gravidez e lactação deve-ser evitada pela experiência clínica limitada. Também podem ser usados: cetoconazol, itraconazol,fluconazol

TINHA CAPITIS

TINHA CAPITIS PADRÃO MICROSPÓRICO PADRÃO TRICOFÍTICO

KERION CELSI Placa eritemato-infiltrada encimada por pústulas e fístulas, que traduz fenômeno de hipersensibilidade aos antígenos fúngicos e pode levar à cicatriz com alopécia definitiva

TINHA CAPITIS - TRATAMENTO Sempre deve ser sistêmico Griseofulvina Dose:10-15 mg/kg Duração : 60 dias Interação medicamentosa importante Terbinafina Crianças abaixo de 20kg: 1/2 comprimido de 125mg VO, 1 vez ao dia. Crianças entre 20 e 40kg: 125mg VO, 1 vez ao dia. Crianças acima de 40kg: 2 comprimidos de 125mg VO, 1 vez ao dia

Anatomia da unha normal Alterações provocadas por fungos Hiperceratose subungueal, discromia ungueal, onicólise

ONICOMICOSE POR CANDIDA Acometimento inicial pela borda proximal paroníquia freqüente

ONICOMICOSES POR DERMATÓFITOS Leuconíquia Acometimento inicial da borda livre

ONICOMICOSES Evolução longa com onicodistrofia intensa

ONICOMICOSES TRATAMENTO TÓPICO Poucas unhas acometidas com menos de 50% da lâmina ungueal, pacientes sem condições de tratamento sistêmico Anti-fúngicos sob forma de loção : oxiconazol, tioconazol, amorolfina, isoconazol, ciclopiroxolamina Anti-fúngicos sob forma de esmalte : Amorolfina, ciclopiroxolamina SISTÊMICO Muitas unhas acometidas/ mais de 50% da lâmina ungueal afetada Terbinafina 250 mg/d por 90 dias unhas das mãos e 120dias unhas dos pés Itraconazol pulso 400mg/dia 7 dias /mês 3meses mãos e 4 meses unhas dos pés Griseofulvina 500mg/dia 6 mese unhas das mãos e 10-12 meses unhas dos pés