O mundo grego.

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Transcrição da apresentação:

O mundo grego

A preocupação com o conhecimento Os primeiros filósofos preocupavam-se com a origem e ordem do mundo (Kosmos), assim como com a questão do ser (ontologia). No mundo grego antigo, destacam-se duas atitudes filosóficas a respeito do conhecimento: a dos sofistas e a de Sócrates.

Conflito pré-socrático  ·         Heráclito de Éfeso: considerava a natureza um fluxo perpétuo. Dizia: “não podemos banhar-nos duas vezes no mesmo rio, porque as águas nunca são as mesmas e nós nunca somos os mesmos”. A realidade para Heráclito é a harmonia dos contrários. ·         Parmênides de Eléia: dizia que só podemos pensar sobre aquilo que permanece sempre idêntico a si mesmo. Conhecer é alcançar o idêntico, o imutável. Pensava o contrário de Heráclito, pois para ele o fluxo dos contrários é uma aparência.

Sofistas: Diante da diversidade de filosofias anteriores acreditavam que apenas poderiam existir opiniões subjetivas sobre o mundo e o ser. Para isso, a linguagem era o instrumento de persuasão de idéias. Então, a verdade torna-se uma questão de opinião e de persuasão.

Sócrates Em oposição aos sofistas afirmava que a verdade poderia ser conhecida, para além da opinião e das palavras. Conhecer para Sócrates é passar da aparência para a essência, do ponto de vista individual para o universal.

Como solucionar o conflito da contradição/mudança e identidade/permanência? Platão (427 – 347 A.C.)  

Solução de Platão Platão: concorda com o mundo de Heráclito sujeito a mudanças constantes, mas para Platão esse é o mundo das aparências (mito da caverna). O mundo verdadeiro é o mundo das essências, sem oposições. O problema, então, passa a ser sobre como sair das aparências e alcançar a essência? Pela dialética.

Simulacros: Platão O mito da caverna

Imaginemos uma caverna subterrânea onde, desde a infância, geração após geração, seres humanos estão aprisionados. Suas pernas, seus pescoços estão algemados de tal modo que são forçados a permanecer sempre no mesmo lugar e olhar apenas para a frente, não podendo girar a cabeça nem para trás, nem para o lado...

A entrada da caverna permite que alguma luz ali penetre, de modo que se possa, na semi-obscuridade, enxergar o que se passa no interior.A luz que ali entra provém de alta fogueira externa...

Entre ela e os prisioneiros – no exterior, portanto – há um caminho ascendente ao longo do qual foi erguida uma mureta, como se fosse a parte fronteira de um palco de marionetes. Ao longo dessa mureta-palco, homens transportam estatuetas de todo tipo, com figuras de seres humanos, animais e todas as coisas

Por causa da luz da fogueira e da posição ocupada por ela, os prisioneiros enxergam na parede do fundo da caverna as sombras das estatuetas transportadas, mas sem poderem ver as próprias estatuetas, nem os homens que as transportam.

Dica: ver filme O Enigma de Kasper Hauser de Werner Herzog Como jamais viram outra coisa, os prisioneiros imaginam que as sombras vistas são as próprias coisas. Ou seja, não podem saber que são sombras, nem podem saber que são imagens (estatuetas de coisas), nem que há outros seres humanos fora da caverna. Dica: ver filme O Enigma de Kasper Hauser de Werner Herzog

Que aconteceria, indaga Platão, se se alguém libertasse os prisioneiros? Que faria um prisioneiro libertado? Em primeiro ligar olharia para a caverna, veria os outros seres humanos, a mureta, as estatuetas e a fogueira. Embora dolorido pelos anos de imobilidade, começaria a caminhar, dirigindo-se à entrada da caverna...

e, deparando com o caminho ascendente, nele entraria ...e, deparando com o caminho ascendente, nele entraria. Num primeiro momento ficaria completamente cego, pois a fogueira, na realidade é a luz do sol e ele ficaria inteiramente ofuscado por ela. Depois, acostumando-se com a claridade, veria os homens que transportam as estatuetas, e prosseguindo no caminho, enxergaria as próprias coisas...

...descobrindo que em toda a sua vida, não vira nada além de sobra de imagens e que somente agora está contemplando a própria realidade. Libertado e conhecedor do mundo, o prisioneiro voltaria à caverna, ficaria desnorteado pela escuridão, contaria aos outros o que viu e tentaria libertá-los... Vídeo de Kawagushi

O que aconteceria nesse retorno. O que é a caverna O que aconteceria nesse retorno? O que é a caverna? Que são as sombras das estatuetas? Quem é o prisioneiro que se liberta e sai da caverna? O que é a luz exterior do sol? .......

Simulacro Platão

Simulacros = ídolos Mimese = imitação Duplicidade

Condenação das “belas artes” e da poesia O mundo das idéias O Real e As Idéias Arte como tékhnê Condenação das “belas artes” e da poesia

A mimese O real e a imitação

Na República “O espelho (e o quadro) não produz as coisas em sua verdade, mas coisas em sua ‘aparência’. O artesão que faz uma cama não produz a ‘realidade’ desse utensílio, mas um análogo.” Mas o pintor, apenas reproduz um aspecto da cama. Ele pinta um phántasma.

Mas, sobre a “beleza”, Platão diz através de Fedro: “ela é a única que tem o privilégio de poder ser aquilo que está mais em evidência e cujo encanto é o mais atraente”. Enquanto que as outras idéias, “justiça, sabedoria, não possuem nenhuma luminosidade nas imagens desse mundo”.

Jean Lacoste em A filosofia da arte. “Na verdade, Platão não condena as artes enquanto artes; o seu gosto conscientemente arcaizante leva-o a condenar o ilusionismo da arte revolucionária de sua época, na qual ele vê uma concepção estritamente humanista, relativista, próxima dos sofistas.” Jean Lacoste em A filosofia da arte.

“Assim, Platão reúne o pintor, poeta “Assim, Platão reúne o pintor, poeta* e o sofista numa mesma definição da aparência enganadora e dúplice”. O poeta imita os sons da natureza: onomatopéias

Elogio da música . A música, no entanto, é uma dádiva de Apolo e cumpre papel essencial na formação do jovem cidadão.

Aisthesis Raiz: aish Verbo: aisthanomai: sentir “Não com o coração ou com os sentimentos, mas com os sentidos, rede de percepções físicas” Barilli, Curso de estética.

Aristóteles não concorda com o ponto de vista de Heráclito no qual as mudanças dependem dos contrários, mas de desenvolvimentos de potencialidades. Para Aristóteles, Parmênides tem razão o pensamento e a linguagem exigem uma identidade e Heráclito também tem razão pois as coisas mudam. Aristóteles, no entanto, não concorda com a dialética de Platão, pois ela pode ser apenas um instrumento da retórica. Aristóteles então criou a “analítica” que mais tarde chamará lógica.

Categorias e classificações  Aristóteles dividiu o conhecimento em teorético, prático e produtivo. A lógica é um instrumento para esse conhecimento. A lógica caracteriza-se como: 1.      Instrumental – para verificar a correção do que está sendo pensado. 2.      Formal – ocupa-se com a forma pura dos pensamentos expressos pela linguagem. 3.      Propedêutica – refere-se ao procedimento que devemos empregar para o conhecimento. 4.      Normativa – fornece princípios, leis, regras e normas para o pensamento. 5.      Doutrina da prova – condições para a demonstração. 6.      Geral e temporal – formas de pensamento universais e imutáveis como a própria razão.