Universidade Federal do Amazonas Instituto de Ciências Biológicas Departamento de Parasitologia Módulo de Parasitologia Esquistossomose Manaus, junho de.

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Transcrição da apresentação:

Universidade Federal do Amazonas Instituto de Ciências Biológicas Departamento de Parasitologia Módulo de Parasitologia Esquistossomose Manaus, junho de 2007

Acadêmicas: Jessica Castiel Laíssa Guimarães Leila Prezott Maria Carolina Christine Rondon Lissett González

Morfologia e Hábitat Maria Carolina Zanata

Schistosoma mansoni e esquistossomose www.arepublica.blogger.com.br Schistosoma mansoni e esquistossomose www.nhm.ac.uk www.canalkids.com.br Maria Carolina Zanata

Classificação www.internetmedicin.se Classe: Trematoda Família: Schistomatidae Subfamília: Schistosomatinae Gênero: Schistosoma Espécie: S. mansoni S. haematobium S. japonicum S. mekongi S. intercalatum S. mansoni www.internetmedicin.se S. Haematobium S. intercalatum www.internetmedicin.se Maria Carolina Zanata S. Japonicum S. mekongi

Meio de eliminação dos ovos S. japonicum Esquistossomose vesical S. mekongi Urina * S. haematobium Fezes S. intercalatum Esquistossomose intestinal S. mansoni * Apresentou variações entre literaturas pesquisadas. Maria Carolina Zanata

Morfologia Maria Carolina Zanata http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.biologie.uni-erlangen.de/parasit/contents/research/images/schistlc.jpg&imgrefurl=http://www.biologie.unirlangen.de/parasit/contents/research/schisto.html&h=300&w=347&sz=12&hl=ptBR&start=18&tbnid=2_aqrbMIA2zCPM:&tbnh=104&tbnw=120&prev=/images%3Fq%3Dschistosoma%26gbv%3D2%26svnum%3D10%26hl%3Dpt-BR%26sa%3DG Maria Carolina Zanata

Morfologia - Ovo Oval Espículo lateral Casca transparente Ovo maduro: - apresenta miracídio - forma usualmente encontrada nas fezes. http://wikipedia.com.br Maria Carolina Zanata

Morfologia - Miracídio Cilíndrico Células epidérmicas com cílios Extremidade anterior: - Terebratorium ventosa - Glândulas de penetração - Terminações nervosas http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.biologia.pl/artykuly/Schi.gif&imgrefurl=http://www.biologia.pl/artykuly/historia_pewnej_przywry.php3&h=463&w=600&sz=20&hl=ptBR&start=28&tbnid=56b_MJ3tEVWXLM:&tbnh=104&tbnw=135&prev=/images%3Fq%3Dschistosoma%26start%3D20%26gbv%3D2%26ndsp%3D20%26svnum%3D10%26hl%3Dpt-BR%26sa%3DN Maria Carolina Zanata

Miracídio Maria Carolina Zanata www. biology.unm.edu

Morfologia - Cercária Cauda bifurcada Ventosa oral – glândulas de penetração Acetábulo Cauda (provisória) schistosolum www.wikipedia.com.br www.google.com.br Maria Carolina Zanata

Morfologia - Macho Mede cerca de 1cm Porção anterior do corpo: - Ventosa oral - Acetábulo Porção posterior do corpo: - Canal ginecóforo - Massas testiculares. Maria Carolina Zanata

Morfologia - Fêmea Mede cerca de 1,5cm Tegumento liso Parte anterior do corpo: - Ventosa oral - Acetábulo - Vulva, útero e ovário Parte posterior do corpo: - Ceco. Maria Carolina Zanata

Casal em cópula paginas.terra.com.br Maria Carolina Zanata

Malacologia relacionada aos moluscos - hospedeiros intermediários. Reino: Animalia Filo: Mollusca Classe: Gastropoda Subfamília: Planorbinae Bulininae Gênero Espécie B. glabrata Biomphalaria B. tenagophila B. straminea B. africanus/globosus Bulinus B. truncatus B. forskalii www.medonline.com.br Maria Carolina Zanata

Hábitat da população malacológica www.malaco.ufjf.br Temperatura: 20 a 30º C Locais claros pH: entre 6,8 e 7,8 Maria Carolina Zanata

Hábitat Vermes adultos Fígado (crescimento) Veia mesentérica inferior www.med.cmu.ac.th Fígado (crescimento) 25 dias Maturação sexual Veia mesentérica inferior (acasalamento) 35º dia Postura dos ovos www.usuhs.mil Maria Carolina Zanata

Ciclo Biológico Leila Prezott

Caramujos Biomphalaria (hospedeiro intermediário) Fase Assexuada Fezes com ovos maduros eclosão Miracídios penetração Caramujos Biomphalaria (hospedeiro intermediário) http://pt.wikipedia.org/wiki/Schistosoma Leila Prezott

Penetração do Miracídio Fixação ao tegumento: terebratorium em forma de ventosa e glândulas de adesão; Introdução nos tecidos: movimentos contráteis e glândula de penetração; Duração: 10 a 15 min. http://cienciahoje.uol.com.br/controlPanel/materia/view. Leila Prezott

Penetração do Miracídio Estabelecimento no tecido subcutâneo; Perda contínua de estruturas; Transformação em esporocisto primário: parede cuticulares e células germinativas (50 a 100). Leila Prezott

Desenvolvimento do Esporocisto Secundário Poliembrionia – esporocisto primário dobra de tamanho; Aglomerados de células germinativas em disposição periférica; Formação de septos (150-200); Cada septo é um esporocisto secundário. Leila Prezott

Migração Intratissular dos Esporocistos Secundários Iniciada no 18º dia; Efetuada pela camada muscular dupla e espinhos na parede externa da cutícula; Localização final: ovotéstis e hepatopâncreas; Duas áreas distintas: cercárias em desenvolvimento e formas embrionárias. http://www.klinikum.uni-heidelberg. Leila Prezott

Formação Cercariana (27-30 dias) Células germinativas mórula célula central: glândula de penetração células externas: camadas celulares cutícula acelular ventosas Leila Prezott http://pt.wikipedia.org/wiki/Schistosoma

Emergência Cercariana Regida por fatores éxogenos; Migração pelos espaços intracelulares e pelo sistema venoso; Formação de vesícula no epitélio do manto e pseudobrânquia. Leila Prezott http://www.md.ucl.ac.be/stages/hygtrop/eauimg

Esporocistos terciários Prolongam a eliminação de cercárias pelos caramujos infectados Leila Prezott

Fase Sexuada B.Glabrata infectado em média 4.500 cercárias pele ou mucosas Hospedeiro definitivo (homem) Leila Prezott http://www.md.ucl.ac.be/stages/hygtrop.

Penetração Cercariana Fixação na epiderme: duas ventosas e glândulas acetabulares; Introdução do corpo e perda da cauda por ação lítica e mecânica; Duração: 5 a15 min. Esquistossômulos http://cienciahoje.uol.com.br/controlPanel/materia/view/2643 Leila Prezott

Migração dos Esquistossômulos Tecido subcutâneo Vaso sangüíneo Pulmões via sanguínea via transtissular Sistema porta desenvolvimento e acasalamento http://cienciahoje.uol.com.br/controlPanel/materia Leila Prezott

Migração dos Esquistossômulos Via sangüínea: Pequena circulação; Grande circulação. Via transtissular: Alvéolos pulmonares; Parênquima pulmonar; Pleura; Diafragma; Cavidade peritoneal; Cápsula e parênquima hepático. Leila Prezott

Oviposição Submucosa das veias mesentéricas; Cada fêmea: 400 ovos por dia; 50% chegam a luz intestinal. Leila Prezott http://www.cve.saude.sp.gov.br/htm/hidrica

Fatores que promovem a chegada dos ovos à luz intestinal Lesão tecidual; Reação inflamatória; Distensão endotelial; Descamação epitelial. http://teaching.path.cam.ac.uk/Abnormal/IN_Infections/PS_Parasitic.jpg Leila Prezott

Oviposição Ovo maduro: 6 dias após sua deposição; Morte do miracídio; Sobrevida: 24h (fezes líquidas) e 5 dias (fezes sólidas); temperatura, luz e oxigenação da água – eclosão dos ovos. http://www.dpd.cdc.gov/DPDx/images/ParasiteImages.jpg Leila Prezott

Leila Prezott

Transmissão 1. 2. 3. 4. Leila Prezott

Laíssa Martins Guimarães Patogenia e Imunidade Laíssa Martins Guimarães

Laíssa Martins Guimarães Fatores Patogênicos Cepa do Parasito Carga Parasitária Adquirida Idade Estado Nutricional Resposta Imune do Indivíduo Laíssa Martins Guimarães

Laíssa Martins Guimarães Cercária Dermatite Cercariana Sensação de Comichão Erupção Urticariforme Após 24h: Eritema Edema Pequenas Pápulas Dor Reinfecção: Mastócitos, Eosinófilos, SC’, IgE http://pt.wikipedia.org/wiki/Schistosoma Laíssa Martins Guimarães

Laíssa Martins Guimarães Esquistossômulos Três dias após a penetração da cercária Esquistossômulos chegam aos pulmões A partir da segunda semana Esquistossômulos nos vasos hepáticos Linfademia generalizada Febre Esplenomegalia Sintomas Pulmonares Já apresenta os mecanismos de evasão Resposta Imune Sistema Porta Intra-hepático Laíssa Martins Guimarães

Vermes Adultos Migram do Sistema Porta para a Veia Mesentérica Inferior Permanecem sem produzir grandes danos. Vermes mortos podem causar lesões extensas http://pt.wikipedia.org/wiki/Schistosoma Fígado Laíssa Martins Guimarães

Laíssa Martins Guimarães Ovos Pequeno número de ovos: Lesões pontuais mínimas Reparo Tecidual Rápido Grande número de ovos: Hemorragias Edemas da Submucosa Formações Ulcerativas (pequenas e superficiais) São geralmente reparadas com reconstituição do epitélio. http://www.dpd.cdc.gov/DPDx/images/ParasiteImages.jpg Laíssa Martins Guimarães

Laíssa Martins Guimarães Ovos Secretam antígenos Antígeno Solúvel Resposta Inflamatória Granulomatosa Fases do Granuloma: Fase Necrótica-exsudativa Fase Produtiva Fase de Cura Podem apresentar-se em pontos isolados ou difusos no Intestino Grosso e Fígado. GRANULOMA http://www.dpd.cdc.gov/DPDx/images/ParasiteImages.jpg Laíssa Martins Guimarães

Laíssa Martins Guimarães Imunidade Resposta Imune Inata Fagócitos secretam substâncias microbicidas Não são muito eficazes SC’ Via alternativa IgM Parasitas adultos conseguem escapar da Resposta Imune por aquisição ou síntese de antígenos semelhantes ao do hospedeiro. Laíssa Martins Guimarães

Resposta Imune Adaptativa Polarização Th2 IL-4 e IL-5 Produção de Anticorpos IgA – contra Glutationa-S-transferase IgG4 IgE ADCC mediada por Eosinófilos Proteína básica principal Laíssa Martins Guimarães

Resposta Imune Adaptativa Ovos de Schistosoma mansoni estimulam células T CD4+ Macrófagos Formação de granulomas ao redor dos ovos Pode chegar a uma fibrose grave = interrupção do fluxo sanguíneo venoso do fígado, hipertensão porta e cirrose. Laíssa Martins Guimarães

Laíssa Martins Guimarães Imunidade Protetora Imunidade Concomitante Atua contra as formas evolutivas iniciais das reinfecções sem afetar os vermes adultos. Indivíduos em áreas endêmicas Contato frequente com cercárias IgE IFN-g Th1 Estes indivíduos por terem uma resposta celular via Th1 e Th2 não se infectariam ou apresentariam cargas parasitárias baixíssimas. Laíssa Martins Guimarães

Laíssa Martins Guimarães Vacina ?? 1989 - Oliveira Observou que o organismo das pessoas resistentes à esquistossomose combatia o verme por meio de uma intensa – e quase exclusiva – produção de anticorpos, acionados por IgE e IFN-g. Paramiosina Seu estudo em laboratório não foi satisfatório Anos depois – Oliveira e Loukas Transpaninas (TSP) TSP-1 : reduziu a metade o número de ovos TSP-2 : redução de 64% na quantidade de vermes. As duas podem ser produzidas em quantidades elevadas por meio de bactérias e depois purificadas. Laíssa Martins Guimarães

Lissett González Pérez Esquistossomose Lissett González Pérez

Lissett Gonzalez Perez Esquistossomose Os principais parasitas são: S. mansoni, S. haematobium, S. japonicum., S. mekongi, S. intercalatum S. mansoni caramujos da família Planorbidae, gênero Biomphalaria www.canalkids.com.br/.../esquistossomose.gif Lissett Gonzalez Perez

Esquistossomose Aguda Fase Pré-Postural Fase Aguda Lissett Gonzalez Perez

Lissett Gonzalez Perez Fase Pré-Postural 10 a 35 dias após a infecção. Assintomática crianças Prurido Erupção papuloeritematosa http://pt.wikipedia.org/wiki/Esquistossomose Lissett Gonzalez Perez

Lissett Gonzalez Perez Fase Aguda 2 a 8 semanas Febre elevada Sudorese Calafrios Cefaléia Prostração mialgia www.canalkids.com.br/.../esquistossomose.gif Lissett Gonzalez Perez

Lissett Gonzalez Perez Fase Aguda Dores abdominais diarréia dissentérica Lesões hepatoesplênicas hipersensibilidade aos Ag circulantes produzidos pelos ovos Sintomas respiratórios simula tuberculose Lissett Gonzalez Perez

Esquistossomose Crônica Forma intestinal Forma hepatointestinal Forma hepatoesplênica Forma cardiopulmonar Lissett Gonzalez Perez

Lissett Gonzalez Perez Forma intestinal Anorexia Flatulência Pirose Cólicas intestinais Tenesmo Fases diarréicas intercaladas (evacuação normal ou obstipação) Lissett Gonzalez Perez

Lissett Gonzalez Perez

Lissett Gonzalez Perez Forma intestinal - Forma hepatointestinal: Lesões hepáticas discretas Hepatomegalia Sintomatologia mais acentuada Lissett Gonzalez Perez

Forma Hepatoesplênica Hipertensão porta Varizes esofágicas Ascite ( Barriga D’Água) Lissett Gonzalez Perez

Lissett Gonzalez Perez Varizes esofágicas Lissett Gonzalez Perez

Lissett Gonzalez Perez Sistema Porta Lissett Gonzalez Perez

Lissett Gonzalez Perez Forma Cardiopulmonar Hipertensão da artéria pulmonar Aumenta a pressão cardíaca sistólica e diastólica Dispnéia, palpitações Dor torácica Tontura Tosse Lissett Gonzalez Perez

Christine Rondon Pedrosa Diagnóstico Clínico Christine Rondon Pedrosa

Métodos Parasitológicos ou Diretos Exame de Fezes Biópsia Retal Christine Rondon Pedrosa

Exame de Fezes Procura de ovos do parasita Coletar amostras de fezes em 3 dias diferentes. Procura de ovos do parasita Christine Rondon Pedrosa

Christine Rondon Pedrosa Método de Lutz Sedimentação espontânea Christine Rondon Pedrosa

Método de Lutz 5 g de fezes  adicionar água  misturar  completar volume de água Cobrir com gaze  filtração Recolher no copo de sedimentação Repouso por 1 ou 2 horas Pipetar o fundo do Copo de sedimentação Christine Rondon Pedrosa

Christine Rondon Pedrosa O preparo da lâmina Por uma gota do material na lâmina Adicionar uma gota de lugol Por a lamínula Microscópio Christine Rondon Pedrosa

Christine Rondon Pedrosa Método Kato-Katz Christine Rondon Pedrosa

Christine Rondon Pedrosa Método Kato-Katz QUANTITATIVO permite a visualização e contagem dos ovos por grama de fezes avaliar a intensidade da infecção Christine Rondon Pedrosa

Christine Rondon Pedrosa Colocar amostra fecal em papel absorvente Comprimir tela metálica ou de nailon sobre as fezes Remover as fezes que atravessam a tela Christine Rondon Pedrosa

Christine Rondon Pedrosa 1. Preencher o orificio central do cartão com o material 2. Cobrir as fezes com a laminula,inverter a lâmina e pressionar contra o papel absorvente Christine Rondon Pedrosa

Christine Rondon Pedrosa 1. Deixar as lâminas em repouso por cerca de 1 a 2 horas 2. Observar ao microscópios Christine Rondon Pedrosa

Biópsia ou Raspagem Retal Raspagem da mucosa retal + Maior sensibilidade e rapidez de diagnostico - Desconforto do paciente Christine Rondon Pedrosa

Em busca do Ovo... 60 micrômetros Espinho lateral Schistosoma mansoni Ovo de S. mansoni contendo miracídio Christine Rondon Pedrosa

Métodos Imunológicos ou Indiretos       Métodos Imunológicos ou Indiretos Reação intradérmica ELISA Christine Rondon Pedrosa

Reação intradérmica Teste de hipersensibilidade 1 Formação de Pápula Reação +:Pápula 1cm criança e 1, cm em adulto Christine Rondon Pedrosa

Antes da Intradermorreação Christine Rondon Pedrosa

Durante a Intradermorreação Christine Rondon Pedrosa

Após a Intradermorreaçao Eritema Christine Rondon Pedrosa

Método Imunoenzimático ou ELISA Teste imunoenzimático que permite a detecção de anticorpos específicos no soro Baseado na interação anticorpo-antígeno Placa de Elisa Christine Rondon Pedrosa

Christine Rondon Pedrosa

Christine Rondon Pedrosa Epidemiologia Christine Rondon Pedrosa

Introdução do Schistosoma no Brasil S. mansoni S. haematobium S. japonicum S. mansoni Condições ambientais Presença de Hospedeiro intermediário Christine Rondon Pedrosa

Christine Rondon Pedrosa Brasil – S. mansoni Pernambuco, Alagoas e Sergipe. = Maior prevalência 2 a 3 milhões de infectados Christine Rondon Pedrosa

Christine Rondon Pedrosa Distribuição Global Christine Rondon Pedrosa

Presença e Expansão da Esquistossomose Christine Rondon Pedrosa

Christine Rondon Pedrosa Esgotos desembocando nas águas Poluição orgânica Alta temperatura e luminosidade Proliferação do fitoplancton Contaminação fecal das águas Proliferação dos caramujos – hospedeiro intermediário Desenvolvimento de larvas Esquistossomose Christine Rondon Pedrosa

Fatores ligados à População Humana Christine Rondon Pedrosa

Christine Rondon Pedrosa Idade Maior prevalência nos mais jovens. Fatores: imunológicos e comportamentais Christine Rondon Pedrosa

Christine Rondon Pedrosa Raça A prevalência é menor em negros Christine Rondon Pedrosa

Tratamento e Profilaxia Jessica Castiel Coutinho

Jessica Castiel Coutinho Tratamento Medicamentos específicos para tratamento e cura; Remédios específicos  dosagens inadequadas  problemas  não cura do paciente Alterações neurológicas, mulheres grávidas, doenças cardíacas graves e hepatite; Jessica Castiel Coutinho

Jessica Castiel Coutinho Tratamento Tratamento retardado  complicações graves ( p. ex: ascite); Faixa etária favorecida: jovens até 20 anos; Drogas recomendadas pela OMS:  oxamniquina  praziquantel Jessica Castiel Coutinho

Jessica Castiel Coutinho Praziquantel Ação: espécies do gênero Schistosoma; Composição: isoquinolino-pirazino; Mecanismo de ação: lesão do tegumento do parasito; Efeitos colaterais: dor abdominal, cefaléia, sonolência; Jessica Castiel Coutinho

Jessica Castiel Coutinho Praziquantel elimina o parasita e a disseminação dos ovos no meio ambiente; previne a evolução dos portadores de S. mansoni para formas graves; dosagens recomendadas: 60mg/kg de peso: crianças até 15 anos (3dias); 50mg/kg de peso: adultos (3 dias); Jessica Castiel Coutinho

Jessica Castiel Coutinho Oxamniquina Composição: aminoalquiltolueno; Mecanismo de ação: efeito anti-colinérgico  aumento da motilidade do parasito e inibição da síntese de ác. Nucléicos; Efeitos colaterais: alucinações, tonteiras, excitação; Jessica Castiel Coutinho

Jessica Castiel Coutinho Oxamniquina Dose oral única em adultos, 2x em crianças; Dosagens recomendadas: 10mg/kg  crianças até 15 anos 15mg/kg  adultos Baixa toxicidade Jessica Castiel Coutinho

Jessica Castiel Coutinho Tratamento cirúrgico Reservado para complicações. Esplenectomia; Desvascularização esofagogástrica; Propanolol: profilaxia da hemorragia digestiva; Octreotide. Jessica Castiel Coutinho

Jessica Castiel Coutinho Profilaxia Medidas de saneamento e combate ao caramujo, tratamento dos doentes e proteção do homem são. Medidas que devem ser tomadas pelos órgãos competentes:  Implantação e tratamento adequado de esgotos sanitários;  Aterros, drenagens e retificação de valas e córregos;  Controle periódico de valas de irrigação e barragens; Jessica Castiel Coutinho

Jessica Castiel Coutinho Profilaxia  Limpeza e retirada da vegetação das margens de coleções hídricas;  Destruição dos caramujos transmissores (substâncias molusquicidas);  Informar a população sobre a doença e promover educação sanitária;  Programas de tratamento para pessoas infectadas;  Tratamento massivo em zonas endêmicas. Jessica Castiel Coutinho

Jessica Castiel Coutinho Profilaxia Medidas que devem ser tomadas pela população:  Construir e usar fossas sanitárias;  Utilizar a água não contaminada para fim doméstico - ferver a água ou deixar descansar de um dia para o outro;  Utilizar equipamentos de proteção como luvas e botas de borracha no trabalho em contato com água suspeita ou contaminada; Jessica Castiel Coutinho

Jessica Castiel Coutinho  Evitar banhos, pescaria, natação e lavagem de roupa em rios, lagoas, córregos; Jessica Castiel Coutinho

Jessica Castiel Coutinho Profilaxia  Retirar a vegetação e limpar as margens de coleções de águas;  Impedir o lançamento de dejetos humanos em coleções de água;  Divulgar as medidas de prevenção junto aos seus grupos sociais;  Organizar grupos para obtenção de medidas de controle do meio ambiente. Jessica Castiel Coutinho

“A Construção Cultural da Esquistossomose em Comunidade Agrícola de Pernambuco” Constança Simões Barbosa & Carlos E. A. Coimbra Jr.

Introdução Finalidade: articular diferentes níveis de conhecimento acerca da esquistossomose Identificar elementos relevantes para programas de controle da endemia Comunidade rural: região canavieira do Nordeste Brasileiro. Pernambuco  tratamento em massa das populações  prevalência estável.

Introdução Natuba  prevalência de infecção de Schistosoma mansoni 30% a 40%, de 1983 a 1992. Realização de três tratamentos no período. Presença de alguns fatores de risco  diagnóstico instantâneo de variáveis que poderiam estar associadas a transmissão da esquistossomose na localidade. Estudo visa auxiliar no entendimento das bases socioculturais dos “comportamentos” e “práticas de risco” na área  compreensão da transmissão da doença.

Características da área de Estudo Pesquisa de campo  antiga fazenda de Natuba, município de Vitória de Santo Antão  65 km de Recife, PE. Clima: temperado úmido. Zona da Mata. Período colonial: grandes latifúndios de cana de açúcar. Atualmente: antigos trabalhadores de engenhos  legalização da posse de terra. 117 casas com 535 moradores (1994).

Características da área de Estudo Recurso hídrico natural: rio Canha. Margens: instalação de bombas de sucção  alimentar o sistema de irrigação por aspersão manual. Práticas agrícolas  lavagens de verduras e bombeamento de água para as hortas. Criadouros artificiais para os moluscos. Residências: alvenaria banheiros com fossas (precário estado) drenagens para quintais e para o rio  fonte de contaminação fecal Um posto de saúde. Atendimento: 2x/semana

Pesquisa de campo Base: observação participante, entrevistas (abertas) e discussões de grupo. Levantamento de informações sobre percepções, conhecimentos e crenças da relação saúde / doença. Entrevistados: 30 famílias, das 117. Maioria: mulheres (80%). Roteiro: 1. morbidade referida: doenças comuns na família e na comunidade; recursos assistenciais e terapêuticos. 2. percepções sobre esquistossomose.

Análise dos dados Transcrição do conteúdo das fitas após a realização da entrevista. Retirada dos trechos relacionados a cada tema. Aproximação do imaginário coletivo em relação a esquistossomose, dos moradores de Natuba.

Características socioeconômicas e culturais da comunidade Comunidade predominantemente agrícola Atividades domésticas e de lazer + intensa exposição a esquistossomose Lavagem e limpeza de verduras no rio Escola: freqüentada por crianças até o 1º grau  considerado o suficiente para a vida pática.

Agravos mais comuns à saúde da comunidade, referidos pelos moradores de Natuba, Vitória de Santo Antão - PE Doença do aparelho respiratório (bronquites, pneumonias, cansaço, asma, catarro preso, gripe) 23 Esquistossomose 21 Doenças na pele (sarna, pano branco, alergia) 18 Doenças de aparelho intestinal (desinteria, diarréia com sangue, constipação, cocô empedrado, crise de verme) 16 Verminoses (verme comum, verme brabo, ascaris, hemorróide, ameba, lumbriga, micróbio) 12 Doença do fígado (fígado inchado, fígado ruim) 9 Doença dos rins (rins podres, rins parados, rins infeccionados) 4 Doença da coluna (Espinhaço caído, dor na espinha, espinha troncha) Doença do sistema nervoso (nervoso, neurastênico, doente dos nervos) 2

Etiologia popular da esquistossomose em Natuba “tem gente que abusa da cachaça, achando que ela vai matar o verme, é pior, vai é fraquejar o organismo...” “é pela água que se pega o micróbio da xistosoma (...) depois que entra no corpo da pessoa vai se instalar no baço e no fígado, que vão derretendo virando água e a barriga vai inchando.” “eu já vi xamexuga penetrando nas pessoas quando elas estão nas hortas ou lavando roupas...”

Etiologia popular da esquistossomose em Natuba “do caramujo sai umas lêndeas, e como o corpo da gente já é todo furado, é assim que elas entram. Se beber da água é pior, porque aí elas já entram direto. Dentro do corpo elas começam a desovar e se criar, a verme vai comendo as carnes das pessoas, se não cuidar vai estragando o baço que cresce e toma lugar do estômago, aí não cabe mais nada, tudo o que a pessoa come, ofende”

Conhecimento sobre o vetor “ no rio tem muito caramujo, de manhã, no sol, ficam com os olhinhos pra fora espiando a gente. Eles também se criam na lama das hortas e aí ficam soltando os micróbios que entram na gente...”

Percepção dos sintomas “Vivia de barriga inchada e dolorida, um empachamento, bolo do estômago, azia, crises de disenteria...”

Tratamento e Efeitos Colaterais Oxaminiquina  efeitos colaterais “a primeira vez que me tratei deu uma agonia de morte, uma secura, cabeça zonza, vontade de vomitar, pensei que ia morrer...”

Obrigada!! Obrigada!

Referências Bibliográficas BARBOSA, S. Constança e COIMBRA Jr, E. A. Carlos – A construção cultural da esquistossomose em Comunidade Agrícola de Pernambuco http://pt.wikipedia.org/wiki/Esquistossomose http://www.suapesquisa.com/ecologiasaude/esquistossomose.htm http://www.saudeemmovimento.com.br/conteudos/conteudo_exibe.asp?cod_noticia=661 NEVES, P. Davi – Parasitologia Humana – Editora Atheneu Rio - 2005.