Química de Polímeros – Fábio H Florenzano

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Materiais poliméricos - Noções
Advertisements

Polímeros Ricardo Bentini.
POLIÉSTER.
POLIAMIDAS Equipe 7: Thaise Araújo, Jessica Araújo, Anabelle Amaral, Tairine Andrade.
P MEROS L.
POLÍMEROS DEFINIÇÃO; Polímeros são macromoléculas em que existe uma unidade que se repete, chamada monômero. O nome vem do grego: poli = muitos + meros.
Polímeros.
CINÉTICA QUÍMICA Estudo da velocidade das reações químicas e dos fatores que nela influem.
ÁLCOOIS São compostos orgânicos que possuem uma ou mais hidroxilas (OH) ligadas diretamente a carbono(s) saturado(s).
Polimerização em Etapas Parte II
Polimerização por Abertura de Anel
Físico-Química de Polímeros Prof. Sérgio Henrique Pezzin
Polimerização em Etapas
Síntese e Modificação de Polímeros
Como se Faz um Polímero ? A reação química que conduz à formação de polímeros chama-se polimerização. As reações de polimerização foram divididas, a princípio,
DEGRADAÇÃO TÉRMICA E PROCESSOS DE OXIDAÇÃO
O que você deve saber sobre
AULA: 04 Materiais Plásticos Prof: Elias Junior
POLÍMEROS CONCEITO Macromoléculas constituídas de unidades repetitivas, ligadas através de ligações covalentes; Moléculas são eletricamente neutras com.
Química A – Colégio Maxi Cuiabá
Química Orgânica 2013 – prof Marcelove
Fundamentos de Química Orgânica
Aula de Química Intensivo 31/10/2012.
Polímeros de Engenharia
Reações de Substituição Nucleofílica
Reações Iônicas: Substituição Nucleofílica
Reações de substituição
Métodos de Determinação da Massa Molar
Ácidos carboxílicos e derivados
Reações de Compostos Aromáticas
Moléculas Orgânicas, Pequenas e Grandes.
1. REAÇÕES DE SUBSTITUIÇÃO.
REVISÃO PROTEÍNAS BIOQUIMICA.
POLÍMEROS Náilon Foi impulsionado pela idéia de conseguir um composto que reproduzisse as qualidades da seda, que Carothers,químico norte-americano,diretor.
POLÍMEROS CONCEITO Macromoléculas constituídas de unidades repetitivas, ligadas através de ligações covalentes. Moléculas são eletricamente neutras com.
2. Polímeros Polímeros naturais.
Polímeros Polímeros são macromoléculas formadas pela união de grande número de moléculas menores iguais ou diferentes.
Química Prof. Enio Prof. Enio S. Santos.
ENERGÉTICA, CINÉTICA E INVESTIGAÇÃO DE MECANISMOS
Felipe físico-química
Polímeros.
VELOCIDADE DAS REAÇÕES QUÍMICAS
Cinética e Cálculo de Reatores
Prof. Mario P. Scatena POLÍMEROS NATURAIS E SINTÉTICOS
Professor: Wanderson A7
Profa: Nádia Fátima Gibrim
polímeros não bioquímicos
Henrique Nunes Faria (14450) Ighor Marques Domingues (14451)
COMPORTAMENTO OPTICO DOS POLÍMEROS
16972-Luis Fernando Villa Rios
Equilíbrio Químico QF - 10
MATERIAIS POLIMÉRICOS
Calculo Estequiométrico
Massas atômicas médias
LOM3058 Prof. Fábio Herbst Florenzano
POLÍMEROS Química Orgânica
Profa. Graça Porto CINÉTICA QUÍMICA
Técnicas de Caracterização de Polímeros
Estequiometria de Reações Trata da interpretação quantitativa das substâncias participantes de uma reação química. Você precisará: Calcular a massa.
Professor Maurílio Martins
PRINCÍPIOS DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA DOS MATERIAIS
Polímeros Priscila Sousa.
Cálculo estequiométrico
Química e Física dos Materiais II Ano lectivo 2013/2014 Departamento de Química e Bioquímica.
POLÍMEROS O que são polímeros?
Cinética e Equilíbrio Velocidade média de uma reação: é a relação entre a variação da quantidade ( massa, mols, moléculas, volume, etc..) de reagentes.
POLÍMEROS.
Resina Composta.
Polímeros MATERIAIS I PROF. ENG. O CLAUDIO SCHAEFFER EVERTON NEZI PEREIRA JEAN OLIVEIRA JULIANA MARTINS WESLEY TAFAREL DE SOUZA.
Professora Cláudia Bacchi REAÇÕES ORGÂNICAS. Professora Cláudia Bacchi Reação de Substituição: É aquela em que um átomo ou grupo de átomos é substituído.
Transcrição da apresentação:

Química de Polímeros – Fábio H Florenzano Síntese de Polímeros Química de Polímeros – Fábio H Florenzano

Polimerização Reações sequenciais que levam à formação de macromoléculas a partir de moléculas orgânicas pequenas Podem ser divididas em dois grandes grupos Adições Condensações Esses polimerizações são bastante diferentes e servem inclusive para classificar os polímeros Via de regra, a polimerização por adição se dá por um mecanismo em cadeia e a polimerização por condensação se dá por um mecanismo chamado de em etapas ou passo-a-passo

Polimerização por adição

Polimerização por Condensação

Polimerização em etapas e em cadeia São os dois principais tipos de cinética de polimerização Muitas vezes usadas como sinônimos de policondensação e poliadição (embora haja exceções!) Reações típicas: H2C=C-X → -(-CH2-CHX-)n- nX-A-R-A-X + nY-B-R’-B-Y → -(-A-R-A-B-R’-B-)n- + nXY

Polimerização em etapas e em cadeia A polimerização em etapas produz, geralmente, polímeros com heteroátomos na sua cadeia principal Ex.: Poliésteres e poliamidas A polimerização produz, geralmente, polímeros que tem carbono (apenas) na sua cadeia principal Ex.: polietileno e outras poliolefinas, poliacrilatos, PVC, poliestireno, etc.

Polimerização em etapas

Polimerização em cadeia

Em cadeia X por etapas Em cadeia Por etapas Uma unidade de cada vez Quaisquer duas unidades complementares podem reagir A concentração de monômeros decresce gradualmente Os monômeros são consumidos no início da reação Já há cadeias de massa molar alta no início da reação A massa molar média aumenta gradualmente A massa molar média é aproximadamente a mesma durante toda a reação Para altas massa molares é necessário que quase todos os grupos reajam. A mistura reacional contém monômeros, polímeros e poucas cadeias em crescimento A mistura reacional apresenta uma mistura de estágios com diversos tamanhos de cadeia.

Poliadição, policondensação, polimerização em etapas e em cadeia Algumas exceções: Formação de poliuretanos e poliuréias (OCN-R-NCO + HO-R´-OH), mecanismo em etapas, sem liberação de molécula pequena, o que é típico das policondensações Lactonas e lactamas, formação de poliésteres e poliamidas (considerados polímeros de condensação) por polimerização em cadeia

Polimerização em etapas Gera alguns dos polímeros usados na atualidade A sua química é essencialmente a mesma das reações de (mono)condensação, como a formação de ésteres e amidas. Os reagentes são bifuncionais (ex.: diácidos reagindo com dialcoóis ou diaminas).

Cinética da Polimerização por etapas Taxa em função de [A] e [B], não catalisada Grau de polimerização médio, DPn = 1/(1-p) Taxa em função de [A] e [B], catalisada Dependência linear de DPn com o tempo Índice de Polidispersão = 2 DPn para excesso de um reagente

Taxa da reação de policondensação não-catalisada

Integrando...

Relação entre grau de polimerização e conversão

Cinética da Policondensação catalisada Faltou o dt na equação 5.26

Distribuição da massa molar DPn= 1/(1-p) Pode também ser demonstrado que DPw=(1+p)/(1-p) Então: DPw/DPn=1+p (ou seja, no limite de p ➝ 1, esse índice é igual a 2)

Relembrando (ou não) Mn=massa molar média usando a base numérica (número de cadeias) Mw= massa molar ponderal, ponderação pela fração de massa

Correção para quantidades “não-estequiométricas” Sendo r a razão entre o o diácido e a dibase (ou o contrário), então: DPn=(1+r)/(1+r-2rp) Portanto, para a mesma conversão (99%) temos: DPn= 1/(1-0,99)=100 DPn= (1+0,995)/(1+0,995-2x0,995x0,99)=80,1 (Para uma diferença de 0,5% entre o diácido e a dibase)

Mecanismo das Poliadições SN2 Ataque do nucleófilo ao carbono carbonílico ou do isocianato

Alguns polímeros de condensação PET Policarbonato Nylon-6,6 e Nylon-6 Aramidas: PPT (Kevlar®) Poliuretanos e poliuréias: Perlon U, RIM Poliéters: PEG Poliéter-éter-cetona: PEEK

Poliésteres Dificuldades na síntese: Resolvendo essas questões Constante de equilíbrio favorecendo a despolimerização (diol + diácido) Estequiometria Resolvendo essas questões Síntese a partir de anidridos Transesterificação Abertura de anel Síntese com dicloretos de acila

PET Esta reação é desfavorecida!

PET Transesterificação Abertura do anel do óxido de etileno

PET Fibras, filmes Cristalização Tm=240oC

Policarbonato

Policarbonato Lexan®, Merlon® CD´s Mamadeiras – Bisfenol-A

Nylon 6,6

Nylon 6,6 Polimerização a partir do sal (Carothers) Controle da massa molar usando ácido acético (Tm=200oC) Pode ser injetado ou usado na forma de fibras para os mais diversos usos, em particular vestuário.

Nylon-6

Nylon-6 Polimerização da caprolactama Criado como substituto do Nylon-6,6 (patentes), apresenta propriedades e aplicações similares Mais vendido na Europa

PPT (Kevlar®)

PPT (Kevlar®) É da classe das aramidas (poliamidas aromáticas) Rígido (estrutura cristalina) Resistente a tração Termo estável (até 500oC) A resistência da fibra vem das ligações covalentes e também das interações pi-pi e ligações de hidrogênio

Perlon U HO-C4H8-OH + OCN-C6H12-NCO Espumas de PU Reaction Injection Molding (RIM)

Outros Polissulfetos PEG (ou PEO) PEEK Etc...

Estratégias Sintéticas Em massa Em solução Interfacial