Estudo radiológico das cavidades
Introdução Indicações para a radiografia abdominal Vômito, dor abdominal, regurgitação, palpação de massas abdominais, diarréia, disúria, hematúria, tenesmo, herniações, sangramento retal, suspeita de corpo estranho.
Introdução Fatores técnicos para a radiografia abdominal Jejum e enema, se possível, Contenção adequada, Utilizar sempre duas projeções LL, VD ou DV Incluir o diafragma e a entrada da pelve Realizar a exposição na pausa da expiração, para evitar artefatos pela movimentação Utilize um sistema de interpretação Abordagem regional Abordagem por sistemas Projeções laterais: parte cranial à esquerda do observador Projeções VD ou DV: lado direito à esquerda do observador
Introdução Opacidade abdominal Os órgãos abdominais possuem opacidade de água, portanto o contraste é pobre!! A gordura ao redor dos órgãos permite que a superfície serosa seja vista, Pouca gordura em jovens ou emaciação: pouco contraste O gás intraluminal permite que a superfície mucosa seja vista Opacidades anormais ajudam a identificar doenças Duas estruturas com a mesma opacidade em contato: sinal de silhueta Estruturas sobrepostas: soma de opacidades, efeito de somação.
Radiologia do Sistema Digestivo A faringe, a laringe e o aparelho hióide
Radiologia do Sistema Digestivo Aparelho Hióide: sustenta a língua e a laringe estilo-hióides epi-hióides cerato-hióides basi-hióide tiro-hióides Laringe Epiglote Cartilagem tireóide Cartilagem cricóide Cartilagens aritenóides Faringe: cavidade comum ao sistemas digestivo e respiratório Dividida pelo palato mole em: orofaringe: boca e esôfago nasofaringe: nariz e laringe
A faringe é mais larga que a traquéia O ar na faringe promove contraste, que permite que o tecido mole e anormalidades sejam identificadas
a) Palato mole b) Epiglote c) Estilo-hióides d) Epi-hióides e) Cerato-hióides f) Basi-hióide g) Tiro-hióides h) Cartilagem tireóide i) Cartilagem aritenóide j) Cartilagem cricóide
Interpretação Radiográfica a) Avaliar pelo grau de contraste, tamanho e posição b) Diminuição do contraste: Normal Animais jovens (pouca gordura) Radiografia expiratória Braquiocefálicos
Doenças que levam a diminuição do contraste : Inflamação Tumores Corpos estranhos Massas extrafaringeanas
c) Aumento do contraste : Ocorre por presença de gás nos tecidos retrofaringeanos e por : Feridas perfurantes Ruptura de esôfago Ruptura de traquéia Perfuração de faringe
d) Diminuição do tamanho da faringe : Inflamação Neoplasia Edema Alongamento do palato mole (Braquiocefálicos) e) Aumento do tamanho da faringe : Paralisia Obstrução das vias aéreas inferiores Obstrução traqueal Megaesôfago Fratura ou luxação do aparelho hióide
f) Deslocamento da faringe : Ventral Linfadenite retrofaríngea Tumor, cisto e abscesso retrofaríngeos Lateral Abscesso e tumores de tonsilas Tumores de laringe e tireóide Caudal Fratura do aparelho hióide
g) Doenças: Faringite Corpo estranho (Ossos, agulhas, etc.) Tumores A aparência radiográfica pode estar normal Dimunuição do contraste e/ou tamanho Corpo estranho (Ossos, agulhas, etc.) Os radiopacos são facilmente vistos Os radiotransparentes levam a diminuição do enchimento e tamanho Uso de contraste pode ser necessário Tumores Mais comum nas tonsilas Outros: Carcinomas e pólipos Massas Retrofaríngeas Faringite, metástases, abscesso
Radiologia do Sistema Digestivo O Esôfago 1) Anatomia radiográfica Desde a faringe até o cárdia No tórax passa pelo mediastino Não é visível normalmente
Contraste: Pregas da mucosa Sulfato de bário: 2-5 ml/kg Rupturas: iodo orgânico não iônico: 7ml/kg Pregas da mucosa Cão Longitudinais Gato Oblíquas no terço final
Esôfago de cão com contraste
Esôfago do cão, com contraste
Esôfago do gato com contraste
Esôfago do gato com contraste
2) Interpretação Radiográfica Anormalidades Gás na luz do esôfago Aerofagia, excitação, sedação, anestesia Megaesôfago Hereditário ou adquirido Localizado, segmentar ou generalizado
Esofagites Obstruções corpo estranho, tumores, granulomas Causam dilatação esofágica cranial à obstrução
Anormalidades vasculares Persistência do quarto arco arórtico direito Hereditário Desmama Saculação no pescoço Vômito, tosse, pneumonia por aspiração Dilatação esofágica cranial a base do coração
Aumento da radiopacidade Gás ao redor do esôfago Pneumotórax Pneumomediastino Perfuração esofágica Aumento da radiopacidade Lume ou parede Esofagite Obstrução esofágica Tumores esofágicos ou paraesofágicos Retenção de alimento
1) Anatomia radiográfica O Estômago 1) Anatomia radiográfica Áreas Visíveis Cárdia Fúndica Corpo Antro pilórico Canal pilórico
Anatomia gástrica - cão
Anatomia gástrica – cão
Anatomia gástrica - gato
Anatomia gástrica - gato
Localiza-se sob os arcos costais, nunca além da última costela Deslocamento do gás DV gás no cárdia e região fúndica VD gás no antro e corpo, próximo a linha média LLE gás no canal pilórico e antro LLD gás na região fúndica Localiza-se sob os arcos costais, nunca além da última costela Eixo horizontal em VD Eixo quase vertical em LL
LLE - Deslocamento do gás
LLD - Deslocamento de gás
Identificado quando houver 2)Interpretação Radiográfica Identificado quando houver Ar Fluido Alimento O contraste mostra Forma, tamanho, posição Espessura da parede Função/Motilidade
Duplo contraste de estômago
Deslocamento caudal Hepatomegalia, tumores ou cistos hepáticos Pulmões muito inflados Efusão pleural Radiograficamente: LL: Estômago mais obliquo e deslocado caudalmente VD: Estômago deslocado caudalmente ao nível da 13ª costela
Deslocamento cranial Fígado menor: eixo deslocado cranialmente Diminuição do tamanho do fígado Hérnia diafragmática Massas tumorais de baço e pâncreas Radiograficamente Fígado menor: eixo deslocado cranialmente Espessamento da parede Devido a gastrite ou neoplasia Difícil de ser avaliado Pode ser generalizado ou localizado
Aumento de volume Acúmulo de líquido ou alimento Acúmulo de gás Ingestão recente Obstrução pilórica por tumor ou hipertrofia corpo estranho Acúmulo de gás Aerofagia pelo stress, excitação, megaesôfago Dilatação e Torção Radiografia simples Dilatação: gás ou fluido e aumento do órgão Torção: compartimentos, íleo paralítico, esplenomegalia Aumento acentuado do estômago Com a presença de fluidos não se visualiza a parede
Dilatação gástrica
Dilatação gástrica
Torção gástrica
Torção gástrica
Doenças Gastrite Úlceras gástricas Radiografias simples: nada observado Radiografias contrastadas: Aguda: espessamento, irregularidade das pregas Crônica: espessamento das pregas especialmente no canal pilórico Úlceras gástricas Comuns Malignas são maiores; Benigna são menores Radiografia simples: normal ou com espessamento localizado Radiografia contrastada: Pequenas: difícil identificação Maiores: fácil identificação
Úlcera gástrica
Úlcera gástrica
Doenças Corpos estranhos Obstrução do canal pilórico Radiografias contrastadas ou não Obstrução do canal pilórico Radiografias simples Estenose, hipertrofia, tumor: Dilatação Radiografias contrastadas Aumento do tempo de esvaziamento gástrico, canal pilórico estreito ou com ulceração
Corpo estranho gástrico
Radiografia contrastada do estômago - corpo estranho
Doenças Tumores Mais comum: Adenocarcinoma Radiografia simples: Aparência normal ou massa intramural e espessamento de parede Radiografia contrastada Principalmente na curvatura menor Espessamento e úlceras
Avaliação do tempo de esvaziamento gástrico Tempo normal 30 minutos a 1 hora e meia Aumento do tempo Espasmo ou obstrução pilóricas Gastrite por corpo estranho Drogas: atropina, tranqüilizantes, antiespasmódicos Diminuição do tempo Nervosismo Gatos Gastrite e gastroenterite
Radiologia do Sistema Digestivo O Intestino Delgado 1)Anatomia radiográfica Dividido em três seguimentos Duodeno, jejuno e íleo Jejuno: Maior porção Mucosa Visível somente com contraste Lisa e uniforme Duodeno de cão: pseudoúlceras Gato: colar de pérolas Irregularidades: neoplasias, enterites
Intestino delgado - Pseudoúlceras - Colar de Pérolas
Disperso em toda a cavidade Deslocamento caudal 2)Interpretação Radiográfica Disperso em toda a cavidade Deslocamento caudal Aumento do estômago ou fígado Deslocamento ventral ou lateral Aumento renal ou outras massas Deslocamento cranial Aumento de bexiga ou próstata
Interpretação radiográfica Pode aparecer agrupado: Ingestão de corpo estranho linear Peritonite crônica com aderências Grandes massas intra-abdominais Parede visível exceto na: Emaciação, imaturidade, peritonite e ascite Espessamento de parede: Normal: 1/8 a 1/4 do lume Edema , inflamação ou neoplasias
Agrupamento de intestino delgado
Interpretação radiográfica Íleo: Aumento anormal do intestino delgado com acúmulo de líquido e/ou gás Paralítico: peritonite, infarto mesentérico, drogas Obstrutivo: aderências, corpo estranho, tumores
Íleo paralítico ou obstrutivo
Íleo paralítico ou obstrutivo
Íleo paralítico ou obstrutivo
Doenças Enterites Radiografias simples: Radiografias contrastadas: Estômago sem alimento e intestino sem fezes Presença de líquido e gás nas luz do intestino Parede espessada Radiografias contrastadas: Trânsito Rápido na aguda Normal ou rápido na crônica Mucosa Espessada e irregular Úlceras são mais comuns nas enterites crônicas
Enterite
Obstrução Radiografias simples Radiografias contrastadas Corpo estranho radiopaco Gás ou líquido na obstrução total Íleo ausente na obstrução parcial Radiografias contrastadas Diminuição de trânsito proximal à obstrução Íleo intenso anterior à obstrução Obstrução parcial Trânsito normal Visualização de corpos estranhos não radiopacos
Obstrução
Obstrução
Intussuscepção Doenças Freqüente em animais jovens Animais velhos hipermotilidade Animais velhos secundária a neoplasias Local: válvula ileocecal Radiografia Simples Forma alongada Fluido e gás localizados Radiografia contrastada Forma alongada mais visível Usa-se o enema opaco
Intussuscepção
Intussuscepção
Tumores Perfurações Obstrução parcial ou total Mais comum no duodeno e íleo distal Radiografia simples Pode aparecer normal Massas podem apresentar calcificações Íleo em vários graus Radiografia contrastada Diminuição da luz e ulcerações Perfurações Gás livre na cavidade Efusão peritoneal com diminuição de detalhes
Do estômago através de todo intestino delgado Transito intestinal Do estômago através de todo intestino delgado Cão 2 a 3 horas Gato 1 a 2 horas Aumento Enterite Nervosismo Diminuição Obstrução Íleo paralítico ou obstrutivo Drogas
Radiologia do Sistema Digestivo O Intestino Grosso 1) Anatomia Radiográfica Ceco Semicircular e liso no cão Pequeno e cônico no gato Cólon Ascendente Transverso Descendente 2) Interpretação radiográfica Fácil identificação:fezes e gás Ceco: normalmente tem gás, forma de “C”, na altura da 3ª vértebra lombar
Anatomia radiográfica a)Ceco b) Válvula iléo cecocólica
Anatomia radiográfica a)Ceco b) Válvula iléo-cecocólica
Interpretação radiográfica Deslocamento do cólon Ventral Megacólon Massa no rim esquerdo ou sublombar esquerda Dorsal Massa esplênica Distensão da bexiga ou do útero Direito Massa ovariana ou uterina esquerdas Massa sublombar esquerda Aumento de bexiga Esquerdo Aumento vesical Massa mesentérica ou do intestino delgado
Megacólon com fecaloma
Megacólon e fecaloma
3) Doenças Atresia de reto ou ânus Colite Sinais Radiográficos Dilatação intestinal devido ao acúmulo de fezes Colite Freqüente em cães e gatos Colite ulcerativa:Boxer e Pastor Alemão Fezes com muco e sangue Radiografia Simples: Normal Radiografia contrastada Mucosa irregular com úlceras Cólon estreito
Colite
Colite
Doenças Tumores Outras alterações Comum em cães velhos Mais no 1º terço do cólon Radiografia simples Normal Obstrução e retenção fecal Visualização da massa Radiografias contrastadas Raramente são anulares Mucosa irregular com ulcerações Outras alterações Corpo estranho, divertículo retal, hérnia
Neoplasia - constrição
Corpo estranho
Hérnia perineal
Divertículo retal