Introdução ao Design.

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Transcrição da apresentação:

Introdução ao Design

Bases conceituais de operacionalidade do produto

É vinculada intrinsecamente à base conceitual de uso e à ergonomia na relação usuário-produtos industriais. São “as ações ou atos físicos realizados por qualquer usuário para utilizar um produto e fazê-lo funcionar e, de modo amplo, para manejar ou controlar qualquer coisa.”

A operacionalidade do produto é de suma importância e está ligada a elementos ou mecanismos de ação que necessitam de projeto criativo com soluções inteligentes, principalmente, com forte ênfase na ergonomia do manejo e controle.

Exemplos Interruptor Chave Ação operacional de movimentar com o dedo uma diminuta alavanca, para cima e para baixo (ou para dentro e para fora), acendendo ou apagando a luz Chave Ato de introduzir e girar uma chave na fechadura, com os dedos polegar e indicador – para a direita ou esquerda –, fechando ou abrindo e, em seguida, retirando-a para fora

Bases conceituais da ergonomia do produto

“A ergonomia objetiva sempre a melhor adequação ou adaptação possível do objeto aos seres vivos em geral” (GOMES)

Em qualquer Sistema Homem-Máquina- Ambiente – SHMA em que se estabeleça uma interface efetiva de uso, a reflexão ergonômica se impõe e é indispensável para alcançar a melhor solução projetual para o produto a ser concebido. A ergonomia deve ser parte integrante do projeto e de seu desenvolvimento, sempre que houver o envolvimento entre o produto e seu potencial usuário.

Análise da tarefa Diz respeito ao estudo das bases conceituais de uso, de operacionalidade, dos níveis de informação e estético-formal do produto na relação do SHMA Nessa análise da tarefa, são detectados os problemas que poderão surgir no uso do objeto. Essa análise praticamente fornece os principais dados ergonômico que subsidiam melhor o desenvolvimento e adequação do produto.

Interface de uso simples São todas as tarefas que não exigem dos usuários maiores dificuldades de treinamento, habilidade e experiência, em razão da baixa solicitação de esforço físico e mental Ex: Calculadora: o usuário interage dialogando com a calculadora por meio de toques em suas teclas e obtém a resposta desejada inscrita no visos da máquina Vestuário: N uso do vestuário, o usuário interage nos momentos de vesti-lo e tira-lo e ao longo de sua utilização

Interface de uso complexo Configura-se o sistema homem-máquina- ambiente, de modo completo As soluções devem contemplar os conceitos, normas e procedimentos ergonômicos aplicados ao dimensionamento de postos de trabalho e aos demais sistemas técnicos de conforto e segurança. Ex: Cabine de trem: Posto de trabalho do Metrô da linha leste-oeste de São Paulo. Relação: operador-console de operação- assento- condições ambientais. A condução do trem exige muita atenção, treinamento e experiência adequada do operador

Requisitos projetuais A correta adequação dos alcances físicos dos operários ou operadores em envoltórios de trabalho, dentro de condições de usabilidade com conforto e segurança O respeito aos estereótipos populares, alusivos às praticas de uso consagradas pela maioria dos usuários nas interfaces de utilização do produto

Visibilidade, legibilidade e compreensão adequada das informações inscritas no produto, ou no posto, por meio de um design gráfico eficaz Adequação da melhor postura possivel do operador em seu posicionamento de trabalho Provimento de condições adequadas no espaço de trabalho, com relação aos sistemas técnicos de ventilação, calefação, iluminação e outros

Ergonomia do manejo É o conjunto de atos físicos que se relaciona com o uso ou a operacionalidade de qualquer produto Projetualmente falando, quanto mais aprofundado for o estudo do manejo, maior será a probabilidade de prover soluções adequadas ao design de dispositivos físicos de manuseio agregado ao produto

Manejo Simples e médio Envolve ações com menor quantidade de atos operacionais como: Ligar máquina Apertar parafuso Amarrar cadarço de sapato Prender relógio no punho Acender cigarro Folhear jornal

Manejo mais complexo Exige maior numero de atos operacionais, maior frequência, maior velocidade, maior tempo, maior concentração mental ou psicológica e, eventualmente , maior dispêndio de força, como: Digitar texto longo Andar de bicicleta Pilotar avião Operar programa de computação gráfica

Características do usuário Toda ação de manejo implica, necessariamente, o conhecimento a priori de algumas características básicas do usuário, quando se tem por objetivo conceber, projetar e dimensionar os elementos operacionais de um produto

Características individuais Estudos em antropometria apontam diferenças dimensionais entre os indivíduos brancos, negros e amarelos e os seus variados graus de miscigenação É necessário levar em conta os estudos relativos às varias faixas dimensionais

Biotipo Endomorfos Mesomorfos Ectomorfos Indivíduos que apresentam formas arredondadas e macias, braços curtos e flácidos e muita gordura Mesomorfos Indivíduos do tipo musculoso, com formas angulosas, ombros e peitos largos e pouca gordura Ectomorfos Indivíduos com corpo e membros longos e finos com o mínimo de gordura

Combinação dos três tipos Constitui a maioria dos indivíduos É difícil encontrar um individuo que se situe em uma só categoria

Sexo Fatores relacionados entre as diferenças entre o sexo masculino e feminino Exemplo: o homem possui pelo menos 30% mais força física que a mulher Faixa etária A idade influencia as ações, as percepções e os atributos de força, habilidade, sensibilidade, precisão, treinamento, experiência, etc.

Instrução O grau de instrução do usuário influencia, em geral, sua menor ou maior capacidade intelectual, cognitiva, psicológica e emocional. Atributos e qualificação do usuário: são qualidades intrínsecas ou adquiridas pelo individuo por meio de estudo, treinamento e experiência. Habilidade Facilidade e agilidade na manipulação do produto ou em qualquer tipo de exercitação de movimento físico

Sensibilidade Força Precisão Compatibilidade Propriedade de perceber ações a serem realizadas, de maneira mais aguçada. Agir ou reagir às necessidades de uso mais sutilmente. Força Capacidade para empreender esforços que devem ser compatíveis com as necessidades exigidas Precisão Capacidade de agir, reagir ou interagir com exatidão às exigências de uso da tarefa operacional Compatibilidade Coerência em relação às ações desenvolvidas durante a tarefa

Treinamento Experiência Tempo prolongado de uso do produto ou da exercitação da tarefa. Caracterizado pela repetição constante ao longo do tempo Experiência Conhecimentos adquiridos e acumulados ao longo da vida

Diversidade física e Sensorial do usuário Dois fatores são importantes na concepção de qualquer produto: A degradação natural do corpo e da mente do ser humano, desde a infância até a velhice Pessoas portadoras de necessidades especiais (PNES) Nesse sentido a ergonomia tem uma estreita relação com o conceito de design universal

Pressupostos do design universal: Equiparação nas possibilidades de uso Flexibilidade de uso Uso simples e intuitivo Captação da informação Tolerância para o erro Dimensão e espaço para uso e interação Acessibilidade física: garantia de mobilidade e usabilidade para qualquer pessoa, em todos os espaços Acessibilidade virtual: garantia de mobilidade e usabilidade de recursos computacionais

BASE CONCEITUAIS DOS NÍVEIS DE INFORMAÇÃO DO PRODUTO

Diz respeito ao conhecimento e à discrição dos diversos tipos de informação inscrita ou transmitida por determinado produto, com as quais o usuário dialoga, atua e interage antes e durante o processo de uso São as informações de caráter visual, auditivo, olfativo, gustativo, tátil e cinestésico.

Informação visual È a informação que chega à visão do usuário e que se consubstancia por mensagens e outros sinais apresentados pelo produto Esse tipo de informação se desdobra, pela ordem de importância visual do produto, nos seguintes estados

Intrínseca ao produto É a informação que se expressa por si propria e que é parte integrante, funcional e operacional do produto No design de produto Mostradores em geral Display de aparelhos eletrônicos Teclados em geral

No design gráfico A informação intrínseca ao produto abrange praticamente tudo que nele possa ser considerado informação

Identidade do produto Informações que se expressam por meio de marcas, logotipos, etiquetas, grifes e assinaturas As principais informações que identificam o produto são geralmente inscritas nas faces frontais ou aparecem nos espaços mais nobres e visíveis do produto

Características e/ou instruções de uso do produto São expressas por muitas e variadas informações com os quais o usuário interage no seu dialogo com o objeto: Liga-desliga Sintonia Direita-esquerda Sobe-desce À prova d’água

Características técnicas do produto São expressas por vários tipos de informações. Tem como objetivo informar ao usuário dados e propriedades técnicas como: Voltagem Amperagem Tensão Numero de série Gramatura Material Pais fabricante

Informação publicitária É a informação que visa a divulgação de mensagens publicitárias estampadas no próprio produto, Vão desde as de cunho comercial até as sociais

Informação auditiva É a informação que se expressa por meio de sinais sonoros, bem característicos, emitidos pelo produtos Tem como finalidade principal chamar a atenção do usuário ativando ou aguçando o seu sentido de audição.

Informação olfativa È a informação consubstanciada em impressões de cheiro. Agradáveis: tais como odor (aroma, fragrancia) Desagradáveis: como fedor ou fetidez (especialmente útil para identificar produtos estragados)

Informação gustativa Informação tátil É a informação identificada em sensações oriundas do sentido do gosto, do paladar. Informação tátil É a informação identificada em sensações do contato (pressão, vibração e térmica) oriundas do sentido tátil, com as quais o usuário se orienta para manejar e controlar determinados elementos.

Aliado ao senso cinestésico, permite dispensar um acompanhamento visual mais intenso. Ou seja, a ação do usuário é, eventualmente, realizada ou produzida de modo indireto.

Informação cinestésica É a informação identificada por meio de sensações advindas do sentido cinestésico, que é o sentido pelo qual se percebem os movimentos musculares, o peso e a posição dos membros. O senso cinestésico fornece informações sobre estes movimentos e é particularmente importante à realização de uma determinada tarefa de trabalho sem acompanhamento ou controle visual

Exemplo: Digitação sem olhar o teclado Volante, cambio e pedais de veiculos Percepção por vibração de um chamado por celular

Observações Gerais Produtos podem contemplar, dependendo da natureza, um, mais de um ou todos os tipos e níveis de informação simultaneamente O designer deve estar preparado para conceber, equacionar e organizar esses níveis e tipos de informações de modo prático, operacional e estratégico dentro de padrões coerentes e harmoniosos da exigência técnica e funcional do produto