Visão Geral do Mercado de Carbono e o MDL SWISSCAM – 05.05.2004 Roberta Chaves Sá Borges.

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
O PROTOCOLO DE KIOTO O QUE É O PROTOCOLO DE KYOTO?
Advertisements

MPEs- SUSTENTABILIDADE, MUDANÇAS CLIMÁTICAS E MDL
UNIJUI - Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul Ciência Política e Teoria do Estado Professor Dejalma Cremonese Acadêmica.
I n v e n t á r i o d e E m i s s õ e s d e G a s e s d e E f e i t o E s t u f a e P l a n o d e N e u t r a l i z a ç ã o – Begreen Bioenergia.
A Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima e o Protocolo de Quioto Campo Grande, outubro 2007 Larissa Schmidt.
CIER Implicações e oportunidades dos acordos sobre o clima para o setor elétrico Rio de Janeiro, 20 de Maio de 2010 Newton Paciornik Ministério da Ciência.
MADEIRA ENERGÉTICA BNDES Rio de Janeiro, 29 de maio de 2007 Mudança do Clima Luiz Gylvan Meira Filho Pesquisador Visitante Instituto de Estudos Avançados.
Curso de Análise de Projeto de Energia Limpa
JOSÉ MANUEL PUREZA O Direito Internacional do Ambiente - Aula 3 - Faculdade de Direito – Universidade Nova de Lisboa
Trâmite e institucionalidade dos projetos, e introdução em ciclo dos projetos 20 a 23/11/2006, FIEPE Danielle de Araujo Magalhães Ministério da Ciência.
Trâmite e institucionalidade dos projetos, e introdução em ciclo dos projetos 04 a 06/12/2006, FIERGS Gustavo Barbosa Mozzer Ministério da Ciência e Tecnologia.
04 a 06 /11/2006, FIERGS Trâmite e institucionalidade dos projetos, e introdução em ciclo dos projetos Gustavo Barbosa Mozzer Ministério da Ciência e Tecnologia.
EUA já esta “sofrendo”??? 2:15
(Perigo ambiental do planeta, principalmente 3o.Md)
Protocolo de Quioto.
Importante instrumento na luta contra as alterações climáticas. Compromisso assumido pela maioria dos países industrializados de reduzirem em 5%, em média,
Protocolo de quioto.
QUESTÕES AMBIENTAIS Professor Reginaldo.
O INÍCIO DA REVOLUÇÃO AMBIENTAL/ ESTOCOLMO- 72 : A TOMADA DE CONSCIÊNCIA Nesse primeiro encontro nasceram as primeiras polêmicas acerca desse complexo.
Substituição de Combustível Gás Natural
NEGOCIAÇÕES INTERNACIONAIS SOBRE MUDANÇAS CLIMÁTICAS
5 de Abril de 2005 Brasil Comercialização de Créditos de Carbono Helvécio Borges Guimarães.
Camada de ar que envolve a Terra
Projeto de MDL CST Arcelor Brasil Divisão de Meio Ambiente
Delivering sustainable solutions in a more competitive world Biodiesel e o MDL – Oportunidades e Desafios Braulio Pikman 20 de Outubro de 2006.
São Paulo, 01 de setembro de 2010
NEUTRALIZAÇÃO DE EMISSÕES DE POLUENTES
. CREDITOS DE CARBONO ORIGEM E CONCEITO DE MERCADO.
Registro – 21 de outubro de 2009
Protocolo de Quioto e Projetos MDL no Brasil
Cuiabá– 23 a 24 de setembro de 2009
MÓDULO II: Trâmite e Institucionalidade dos Projetos Introdução ao Ciclo de Projetos Setembro Cuiabá Rodrigo F. Gatti.
Vírus A maior de todas as pragas virtuais.
Gold Standard e Mecanismo de Desenvolvimento Limpo
Escola Básica Integrada da Quinta do Conde
AHK SEMINÁRIO: “Aspectos Financeiros do MDL”
O mercado dos créditos de carbono
MDL – Mecanismo de Desenvolvimento Limpo
INFORMATIVO IRANI ESPECIAL
CONFERÊNCIAS AMBIENTAIS DA ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS
Situação Atual do MDL no Brasil e no Mundo
Os Métodos do Inventário do IPCC e sua Aplicação em Nível Estadual
HISTÓRICO DO AMBIENTALISMO
implementados e propostos no Brasil.
Terra, Planeta Vida: Biodiversidade
Aluno: Halisson Golffetto da Veiga Disciplina: Contabilidade Ambiental
Mudanças Climáticas e o Protocolo de Kyoto
PROTOCOLO DE QUIOTO SITUAÇÃO ATUAL Isaura Frondizi 29 de maio de 2003.
Mecanismo de Desenvolvimento Limpo - MDL
RIO 92 / ECO RIO Foi aprovado um documento contendo compromissos para o padrão de desenvolvimento do século XXI, denominando-o Agenda 21. Resgata, assim,
Eco-92.
O ambiente é de todos – vamos usar bem a energia
Política e Meio Ambiente
Sustentabilidade Dra. Susane Chang.
Formalização de um novo acordo internacional EUROPEAN COMMISSION FEBRUARY 2009 Alterações climáticas.
O ambiente é de todos – vamos usar bem a energia
1 COMBATE ÀS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS PERSPECTIVAS FUTURAS António Gonçalves Henriques.
Trâmite e institucionalidade dos projetos, e introdução em ciclo dos projetos Danielle de Araújo Magalhães Ministério da Ciência e Tecnologia 10 a 12/04/2006,
Petiano: Haron Salvador
Introdução Termo mudança climática: Efeito estufa: causado por GEE.
Proposições para o MDL e a Perspectiva Brasileira
E.M.E.F Ilza Molina Martins
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
O DIREITO INTERNACIONAL DO MEIO AMBIENTE FRENTE ÀS MUDANÇAS CLIMÁTICAS
EFA – NS Educação e Formação de Adultos – Nível Secundário
O Protocolo de Quioto é um acordo, entre os vários estados, sobre a defesa das Nações Unidas, que visa diminuir substancialmente as concentrações dos.
1 O Protocolo de Quioto e o Mercado de carbono Marcelo Theoto Rocha CEPEA - ESALQ/USP.
Ministério de Minas e Energia Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Energético MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA Luís Fernando Badanhan Coordenador-Geral.
ANÁLISE DO PROTOCOLO DE KYOTO E MERCADO DE CRÉDITOS DE CARBONO NO CONTEXTO ECONÔMICO ATUAL Autores: Dejuste, André Moraes Almeida, Augusto César Dias,
Instituto Fernando Henrique Cardoso Bolsa de Mercadorias e Futuros Mudança Climática e Desafios do Desenvolvimento São Paulo, 1º de setembro de 2005 Luiz.
Transcrição da apresentação:

Visão Geral do Mercado de Carbono e o MDL SWISSCAM – Roberta Chaves Sá Borges

Mudanças Climáticas - Histórico Aumento das concentrações atmosféricas de Gases de Efeito Estufa Intensificação do efeito estufa natural Aquecimento adicional da superfície e da atmosfera da terra Ações diplomáticas para a solução do problema

Negociações Diplomáticas REUNIÕES INTERNACIONAIS 1994 – Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima 1995 – COP 1 – Berlim 1996 – COP 2 – Genebra 1997 – COP 3 – Quioto – Protocolo de Quioto 1998 – COP 4 – Buenos Aires 1999 – COP 5 – Bohn 2000 – COP 6 – Haia 2001 – COP 6,5 – Bohn 2001 – COP 7 – Marraqueche – Acordos de Marraqueche 2002 – COP 8 – Nova Delhi 2003 – COP 9 – Milão - LULUCF

Protocolo de Quioto OBJETIVO Estabelecer metas de redução de emissão de gases de efeito estufa para os Países signatários. Estabelecer mecanismos que possibilitem a redução nas emissões de gases do efeito estufa pelos Países do Anexo I para o primeiro período de compromisso ( ).

Protocolo de Quioto METAS DE REDUÇÃO Países do Anexo 1: redução das emissões totais de gases em ao menos 5% aos níveis de 1990 para o primeiro período de compromisso. Países Não Anexo 1: não possuem metas de redução para o primeiro período de compromisso.

Protocolo de Quioto MECANISMOS DE FLEXIBILIZAÇÃO Implementação Conjunta (entre Países do Anexo 1) Comércio de Emissões (entre Países do Anexo 1) Mecanismo de Desenvolvimento Limpo – MDL (entre Países Anexo 1 e Não Anexo 1)

Protocolo de Quioto MECANISMO DE DESENVOLVIMENTO LIMPO – MDL - OBJETIVO Auxiliar as Partes Não Anexo 1 a atingir o desenvolvimento sustentável e contribuir para o objetivo da Convenção, assistindo as Partes do anexo 1 a cumprir com seus compromissos de redução de emissão.

Protocolo de Quioto ENTRADA EM VIGOR 90 dias após a ratificação por pelo menos 55 Partes da Convenção, sendo que os Países do Anexo 1 devem contabilizar pelo menos 55% das emissões totais de Situação atual: 120 Partes ratificaram o Protocolo, sendo 32 do Anexo 1, as quais representam um total de 44,2% das emissões.

Acordos de Marraqueche MDL – REQUISITOS DE ELEGIBILIDADE Participação Voluntária Adicionalidade Linha de Base Fugas (leakage) Monitoramento Verificação

Acordos de Marraqueche MDL – PASSO A PASSO Definição do Projeto Validação Registro Implementação Emissão de Relatórios Verificação Certificação Monitoramento Informação ao Conselho Executivo e demais partes Emissão de RCE

Acordos de Marraqueche MDL – VALIDAÇÃO – PERÍODO DE OBTENÇÃO DE CRÉDITOS 1.Prazo máximo de 7 anos, que podem ser renovados no máximo duas vezes, desde que para cada renovação uma entidade operacional designada determine que a linha de base original do projeto ainda é válida ou for atualizada levando em conta a existência de novos dados, se for o caso. 2.Prazo máximo de 10 anos, sem opção de renovação.

Acordos de Marraqueche USO DA TERRA, MUDANÇA NO USO DA TERRA E FLORESTAS A elegibilidade das atividades de projeto de uso da terra, mudança no uso da terra e florestas no âmbito do MDL está limitada ao florestamento e reflorestamento. Os projetos não podem exceder 1% das emissões do ano base, multiplicado por 5.

Acordos de Marraqueche USO DA TERRA, MUDANÇA NO USO DA TERRA E FLORESTAS - DEFINIÇÕES Florestamento é a conversão, induzida diretamente pelo homem, de terra que não foi florestada por um período de pelo menos 50 anos em terra florestada por meio de plantio, semeadura e/ou promoção induzida pelo homem de fontes naturais de sementes. Reflorestamento é a conversão, induzida diretamente pelo homem, de terra não florestada em terra florestada por meio de plantio, semeadura e/ou a promoção induzida pelo homem de fontes naturais de sementes, em área que foi florestada mas convertida em terra não florestada.

COP 9 - LULUCF MDL – LULUCF – PEERÍODO DE OBTENÇÃO DE CRÉDITOS 1.Prazo máximo de 20 anos, que podem ser renovados no máximo duas vezes, desde que para cada renovação uma entidade operacional designada determine que a linha de base original do projeto ainda é válida ou for atualizada levando em conta a existência de novos dados, se for o caso. 2.Prazo máximo de 30 anos, sem opção de renovação.

COP 9 - LULUCF REDUÇÃO CERTIFICADA DE EMISSÃO - RCE RCE Temporária: expira no período de compromisso seguinte àquele em que foi emitida. RCE de Longo Prazo: expira no fim do período de obtenção dos créditos, nos termos do projeto e MDL.

Principais Aspectos Legais – Venda de UREs COMENTÁRIOS GERAIS O Protocolo ainda não entrou em vigor. Ainda não há forma prescrita acerca da estrutura operacional a ser adotada em transações envolvendo reduções de emissão. Importância da elaboração adequada de contratos envolvendo a transferência de UREs.

Roberta Chaves Sá Borges Barbosa, Müssnich & Aragão Advogados Tel: (11)