A Saúde do Trabalhador do Combate a Dengue.

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
XIII Encontro Estadual
Advertisements

Plano “VISA na Atenção Básica”
NÍVEIS DE COMPETÊNCIA DAS AÇÕES DE VIGILANCIA SANITÁRIA
Superintendência Estadual de Mato Grosso Serviço de Saúde Ambiental
CIST COMO INSTÂNCIA DE CONTROLE SOCIAL Seminário Coletivo Nacional de Saúde do Trabalho e Meio Ambiente – CUT Maria Izabel da Silva (Bel) Coordenadora.
POLÍTICA EM SAÚDE DO TRABALHADOR PARA O SUS
POLÍTICAS DE SAÚDE em Atenção à Criança e ao Adolescente
POLÍTICAS INTERSETORIAIS EM SAÚDE DO TRABALHADOR
Exercício Profissional
APOIO INTEGRADO À GESTÃO DESCENTRALIZADA DO SUS – SANTA CATARINA
Gerência de Vigilância Ambiental em Saúde e Saúde do Trabalhador
O PACTO PELA SAÚDE E A VIGILÂNCIA SANITÁRIA
COORDENAÇÃO GERAL DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE AMBIENTAL
Rede Sentinela de Informação em Saúde do Trabalhador na Bahia
ESTRUTURA E FUNÇÃO SOCIAL.
Saúde do Trabalhador no SUS
Mauro Luís Silva de Souza
EQUIPAMENTOS DE PROTECÇÃO COLECTIVA
CONSTRUINDO O CUIDADO EM SAÚDE DO TRABALHADOR NA REDE SUS NO CEARÁ
O SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE E A SAÚDE DO TRABALHADOR PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA SECRETARIA MUNICIPAL DA SAÚDE CENTRO DE SAÚDE AMBIENTAL SERVIÇO DE SAÚDE.
SEGURIDADE SOCIAL - SAÚDE
TECNOLOGIAS DE GESTÃO DO CUIDADO EM SAÚDE
PROGRAMA DE SAÚDE DO TRABALHADOR DE NITERÓI
Profa. Luciana Tolstenko Nogueira
Os servidores estaduais estão ficando doentes...
RESPONSABILIDADE DOS ENTES DA FEDERAÇÃO E FINANCIAMENTO DO SUS
Unidade Saúde do Trabalhador
PGR- Programa de Gerenciamento de Riscos
Departamento de Segurança e Medicina do Trabalho
NR 04 – SESMT 4.1 As empresas privadas e públicas, os órgãos públicos da administração direta e indireta e dos poderes Legislativo e Judiciário, que possuam.
Curso de Especialização para Formação de Gestores e Equipes Gestoras do SUS Módulo I: Políticas de Saúde e os Desafios Contemporâneos Para a Gestão do.
Seminário Nacional sobre Controle de Infecção em Serviços de Saúde
Principais Normas Regulamentadoras
Retrospectiva e Avanços em Saúde Auditiva do Trabalhador
Programa de prevenção de riscos ambientais – PPRA
Vigilância em Saúde do Trabalhador Relacionada à Agrotóxicos
DST/Aids e Rede Básica : Uma Integração Necessária
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE
XXIX Congresso de Secretários Municipais de Saúde do Estado de São Paulo Curso: Vigilância em Saúde nas Redes de Atenção à Saúde José Olimpio Moura de.
VIGILÂNCIA DA PAIR NO SUS História Recente
PROMOÇÃO E CUIDADO DA SAÚDE DO TRABALHADOR
HIGIENE E SEGURANÇA NO TRABALHO
1 º QUADRIMESTRE DE 2014 CEREST 1 º QUADRIMESTRE DE 2014 Luciana Gimenez Raffa Gonçalves Gerente Técnica do CEREST.
ESTRATÉGIA DA SAÚDE DA FAMILÍA
O papel da SESA no campo dos agrotóxicos Desafio sobre o destino de embalagens de produtos afins Reunião sobre a Política Estadual a ser adotada para a.
Secretaria Municipal de Recursos Humanos
Estratégia de Saúde da Família
UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO
Assistência Farmacêutica
Programa Vigilância dos Acidentes de Trabalho Fatais
Um Novo Olhar Saúde de Adolescentes em medidas socioeducativas de internação e internação provisória Fevereiro/2012.
VIGILÂNCIA EM SAÚDE.
vigilancia sanitaria e sus
SAÚDE DO TRABALHADOR.
Vigilância Epidemiológica
23/10/20081 Higiene Industrial Por: Bruno Cotta Danilo Sobral Filipe Campos José Francisco da Silva FUNDAMENTOS DE ENGENHARIA DE SEGURANÇA.
FÓRUNS DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA ESTRATÉGIA DE FORTALECIMENTO DA GESTÃO DO SISTEMA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA NO SUS AVANÇOS: Planos Municipais já.
Saúde Coletiva Saúde : “ È um completo estado de bem estar físico mental e social, e não meramente a ausência de doença” ( OMS 1948). Saúde: “ È um bem.
SEMINÁRIO DE APOIO A DESCENTRALIZAÇÃO DA GESTÃO DOS PRESTADORES DE MÉDIA E ALTA COMPLEXIDADE DO SUS VIGILÂNCIA EM SAÚDE.
LEI ORGÂNICA DA SAÚDE –LOS- LEI 8.080/90 HELENA Y.Y. KANASHIRO.
SAÚDE COLETIVA Professor: Hugo Pascoal.
SAÚDE COLETIVA Professor: Hugo Pascoal. Saúde “É um completo estado de bem estar físico, mental e social, e não meramente a ausência de doença” (OMS,
Secretaria Estadual de Saúde de Tocantins
SAÚDE DO TRABALHADOR NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE – SUS: algumas idéias para inserção de ações na APS. Faculdade de Medicina de BOTUCATU Curso de Especialização.
twitter.com/funasa.
EQUIPE: ODEMAR SLOMP HENRY PROBST APOIO: GERÊNCIA DE SAÚDE- 35ª SDR – TIMBÓ – SC GERÊNCIA DE SAÚDE- 16ª SDR – BRUSQUE –SC SEC. MUNICIPAL DE SAÚDE DE GUABIRUBA.
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988
A Questão da Promoção da Saúde Prof. Samuel Pontes Enfermeiro ACPE-UNIPLAN 1º Semestre
Projeto rio+10 Saúde,Trabalho e Cidadania. COORDENADORES: Claudia D’Oliveira – Fonoaudióloga - Especialista em Saúde do Trabalhador Claudia D’Oliveira.
Transcrição da apresentação:

A Saúde do Trabalhador do Combate a Dengue

Saúde do Trabalhador no SUS Fundamentos legais: CF/88, art. 200 Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos termos da lei: II - executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde do trabalhador Lei 8080/90, art. 6° Estão incluídas ainda no campo de atuação do SUS: I - a execução de ações: c) de saúde do trabalhador;

Ações de Saúde do Trabalhador no SUS: Lei 8080/90, art. 6°, § 3º Assistência ao trabalhador vítima de AT ou de doença profissional e do trabalho; Participação em estudos, pesquisas, avaliação e controle dos riscos e agravos potenciais à saúde existentes no processo de trabalho; Participação da normatização, fiscalização e controle das condições de produção, extração, armazenamento, transporte, distribuição e manuseio de substâncias, de produtos, de máquinas e de equipamentos que apresentam riscos à saúde do trabalhador; Avaliação do impacto que as tecnologias provocam à saúde; Revisão periódica da listagem oficial de doenças originadas no processo de trabalho;

Portaria GM/MS nº 777/04 acidente de trabalho fatal; Dispõe sobre os procedimentos técnicos para a notificação compulsória de agravos à saúde do trabalhador, no Sistema Único de Saúde - SUS acidente de trabalho fatal; b) ac. de trabalho com mutilações; c) acidente com exposição a material biológico; d) acidentes do trabalho com crianças e adolescentes; e) dermatoses ocupacionais; f) intoxicações exógenas, por substâncias químicas, incluindo agrotóxicos, gases tóxicos e metais pesados; g) lesões por esforços repetitivos (LER), distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (DORT); h) pneumoconioses; i) perda auditiva induzida por ruído (PAIR); j) transtornos mentais relacionados ao trabalho; e l) câncer relacionado ao trabalho.

Princípios Norteadores das Práticas da Saúde do Trabalhador do SUS: 1 - Caráter Transformador: a vigilância em saúde do trabalhador - VISAT constitui um processo pedagógico que requer a participação dos sujeitos e implica em assumir compromisso ético em busca da melhoria dos ambientes e processos de trabalho, propondo mudanças e intervindo sobre os fatores determinantes e condicionantes dos problemas de saúde relacionados ao trabalho. 2 - Precedência das ações de promoção, proteção e prevenção sobre as de assistência, reabilitação e reparação: partindo do entendimento de que os problemas de saúde decorrentes do trabalho são potencialmente preveníveis, deve -se fomentar a substituição de matérias primas e de tecnologias prejudicais a saúde por substâncias e produtos menos nocivos; deve -se orientar pela priorização de medidas de proteção coletiva e de controle dos riscos na fonte. .

Princípios Norteadores das Práticas da Saúde do Trabalhador do SUS: 3 - Princípio da precaução: a incorporação do princípio da precaução pela área da Saúde do Trabalhador é de suma importância e busca, sobretudo, prevenir possíveis agravos à saúde dos trabalhadores causados pela utilização de processos produtivos e tecnologias, uso de substâncias químicas, equipamentos e máquinas entre outros, que mesmo na ausência da certeza científica formal da existência de risco grave ou irreversível à saúde requer a implantação de medidas que possam prevenir danos, ou por precaução, a tomada de decisão de que estas tecnologias não devam ser utilizadas. 4 - A participação da comunidade e do controle social: incorporação dos trabalhadores e das suas organizações em todas as etapas da VISAT. 5 - Interdisciplinaridade: a abordagem multiprofissional sobre o objeto da vigilância em saúde do trabalhador deve contemplar os saberes técnicos, com a concorrência de diferentes áreas do conhecimento e, fundamentalmente, o saber dos trabalhadores, necessários para o desenvolvimento da ação. Princípios Norteadores das Práticas da Saúde do Trabalhador do SUS: 3 - Princípio da precaução: busca prevenir possíveis agravos à saúde dos trabalhadores causados pela utilização de processos produtivos e tecnologias, uso de substâncias químicas, equipamentos e máquinas entre outros, que mesmo na ausência da certeza científica formal da existência de risco grave ou irreversível à saúde requer a implantação de medidas que possam prevenir danos, ou por precaução, a tomada de decisão de que estas tecnologias não devam ser utilizadas. 4 - A participação da comunidade e do controle social: incorporação dos trabalhadores e das suas organizações em todas as etapas da VISAT. 5 - Interdisciplinaridade: a abordagem multiprofissional sobre a saúde do trabalhador deve contemplar os saberes técnicos, de diferentes áreas do conhecimento e, fundamentalmente, o saber dos trabalhadores, necessários para o desenvolvimento da ação.

Princípios Norteadores das Práticas da Saúde do Trabalhador do SUS: 6 - Pesquisa-intervenção: entende que a intervenção, no âmbito da saúde do trabalhador, é o deflagrador de um processo contínuo, ao longo do tempo, em que a pesquisa é sua parte indissolúvel, subsidiando e aprimorando a própria intervenção. 7 - Hierarquização e descentralização: consolidação do papel do município e dos distritos sanitários como instância efetiva de desenvolvimento das ações de saúde do trabalhador, integrando os níveis estadual e nacional do SUS. 8 - Articulação intrassetorial: a saúde do trabalhador deve se articular com os demais componentes da vigilância em saúde - vigilância epidemiológica, vigilância sanitária, vigilância em saúde ambiental, promoção da saúde, análise da situação de saúde e a rede de atenção à saúde.

Princípios Norteadores das Práticas da Saúde do Trabalhador do SUS: 9 - Articulação intersetorial : deve ser compreendida como o exercício da transversalidade entre as políticas de saúde do trabalhador, outras políticas setoriais, como Previdência, Trabalho e Meio Ambiente e aquelas relativas ao desenvolvimento econômico e social, nos âmbitos federal, estadual e municipal. 10 – Pluriinstitucionalidade: articulação, com formação de redes e sistemas, entre as instâncias da saúde, incluindo as de saúde do trabalhador, a rede de atenção à saúde, as universidades, os centros de pesquisa e demais instituições públicas com responsabilidade na área de saúde do trabalhador, consumo e ambiente.

Manual de Segurança para a Utilização do Diflubenzuron no Combate à Dengue, no Estado do Rio de Janeiro. Versão Preliminar

POP1: Armazenagem Características do depósito: instalações; Características do pessoal envolvido: escolaridade e capacitação; Equipamentos de Proteção Individual – EPIs: quais são, guarda e manutenção;  No caso dos pontos de apoio. Instruções em caso de acidentes no depósito: o que fazer; Em caso de contaminação humana Em caso de contaminação do depósito (derramamento)

POP 2– Preparo da Suspensão-Mãe Características da área de manipulação: instalações necessárias;  No caso dos pontos de apoio. Características do pessoal envolvido: : escolaridade e capacitação; Equipamentos de Proteção Individual - EPIs: quais são, guarda e manutenção;

POP 2– Preparo da Suspensão-Mãe Instruções para o preparo da Suspensão Mãe (SM) na área de manipulação e nos PAs: pré preparo; Preparação da Suspensão Mãe (SM): manipulação; Instruções para aplicação do produto em pó; Tratamento de depósitos com produto em pó.

POP 3 - Aplicação da Suspensão Mãe Características do pessoal envolvido: : escolaridade e capacitação; Equipamentos de Proteção Individual - EPIs: quais são, guarda e manutenção; Instruções para aplicação da Suspensão Mãe: EPI, material apropriado, operacionalização.

POP 4 - Descarte de embalagens e resíduos de agrotóxicos Características do local de acondicionamento; Características do pessoal envolvido: : escolaridade e capacitação; Equipamentos de Proteção Individual - EPIs: quais são, guarda e manutenção;  No caso dos pontos de apoio; Instruções para descarte de embalagens: depósito, reutilização, devolução de embalagens vazias e tríplice lavagem.

POP 5 – Transporte Alguns cuidados: não pode ser transportado em veículo junto com pessoas (pacientes e/ou outras) Observadas a legislação sobre o transporte de produtos tóxicos; Acondicionamento no veículo; Carregamento e descarregamento.

POP 6 – Avaliação de Saúde Todos os trabalhadores envolvidos na guarda, transporte, manuseio e aplicação do Diflubenzuron no combate à dengue, no Estado do Rio de Janeiro, deverão realizar avaliação clínica ocupacional e o posterior acompanhamento. Cabe ao empregador e/ou contratante de mão-de-obra da prestadora de serviços, indicar o serviço médico que realizará a avaliação clínica acima descrita;

POP 6 – Avaliação de saúde Avaliação clínica inicial: colheita da história ocupacional completa do trabalhador. colheita da história patológica pregressa; realização de exame físico; realização de exame laboratorial: Hemograma; Creatinina; TGO; TGP;meta-hemoglobinemia venosa, para o caso de exposição ao Diflubenzuron;

POP 6 – Avaliação de saúde Reavaliação: deverá ser feita 4 (quatro) meses após a primeira avaliação; avaliar a exposição ao Diflubenzuron no período, incluindo data da última exposição; realizar novo exame físico, caso haja história clínica que justifique; realizar exame laboratorial: Hemograma; Creatinina; TGO; TGP; meta-hemoglobinemia venosa, para o caso de exposição ao Diflubenzuron.  

POP 6 – Avaliação de saúde A dosagem de meta-hemoglobina deverá: ser realizada após um dia normal de trabalho; ser realizada, no máximo, após seis horas do último momento de exposição; ser realizada imediatamente após a coleta; não ser armazenadas amostras para dosagem de meta-hemoglobinemia.

POP 6 – Avaliação de saúde No laboratório analisador : Primeira calibração; deve ser capacitada para realizar as calibrações; o equipamento analisador não necessita de calibração.

POP 6 – Avaliação de saúde No laboratório analisador : para determinação da contaminação, as dosagens devem ser repetidas e confirmadas logo após o resultado positivo; No caso de haver discordância dos resultados da mesma amostra também é necessária a confirmação com nova coleta; as amostras positivas devem ser armazenadas no laboratório analisador para dosagens de outras substâncias associadas; o laboratório analisador deverá comunicar imediatamente ao serviço médico sobre a identificação de amostra que apresentar resultado acima do ponto de corte;

POP 6 – Avaliação de saúde No laboratório analisador : os trabalhadores que apresentarem níveis de meta-hemoglobinemia acima do ponto de corte devem ser afastados da exposição, encaminhados ao serviço de saúde para reavaliação clínica imediata; os resultados considerados normais, isto é, quando a dosagem da meta-hemoglobinemia não ultrapassar o ponto de corte, não precisarão ser confirmados, nem na mesma amostra nem com outra coleta.

POP 7 – Educação Permanente Todos os trabalhadores envolvidos deverão participar de capacitação técnica: contratados, efetivos, FUNASA e agregados; Responsabilidade: municipal, estadual e federal; Metodologia do Programa Nacionalde Educação Permanente em Saúde: metodologias participativas, conteúdo técnico que visem a reconstrução coletiva das práticas, atividades periódicas e permanentes, formais e informais, e durante o processo de trabalho.

Divisão de Saúde do Trabalhador Tels: 2333-3725 e 2333-3864 pstrab@saude.rj.gov.br

obrigado