ESTRATÉGIAS PARA UMA COMUNICAÇÃO EFICAZ

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Transcrição da apresentação:

ESTRATÉGIAS PARA UMA COMUNICAÇÃO EFICAZ Além da própria definição do autismo e da descrição das suas particularidades, os especialistas da linguagem e da comunicação consideram que toda a esfera da “comunicação social” está comprometida no bebé e na criança com autismo, pelo que merece atenção e intervenção dirigida desde a mais tenra idade. Entre algumas incapacidades encontram-se a falha em partilhar um foco de atenção com o outro, a interrupção do contacto pelo olhar, ou alterações na percepção do discurso falado. Para garantir os resultados destas intervenções e para melhor poder avalia-los e partilha-los com outros adultos do quotidiano da criança, recomenda-se que seja seguido um programa estruturado. Mas também podem conseguir-se bons resultados a este nível se forem introduzidas algumas estratégias de comunicação simples

Estratégias 1 – utilizar linguagem com signos (gestos), para acompanhar as frases e palavras 2 – utilizar fotografias / imagens / símbolos para acompanhar a linguagem funcional 3 – utilizar cadernos de comunicação

PECS - Picture Exchange Communication System (Sistema de Comunicação por Troca de Imagens - Frost e Bondy, década 80) Sistema aumentativo de comunicação por troca de cartões Ajuda crianças sem linguagem, ou uma linguagem não funcional, a ter uma “voz” Desenvolve a compreensão Pode ser aplicado por todos os que rodeiam a criança Desenvolve o uso da estrutura da linguagem

As 6 Fases Fase 0. Avaliação e preparação dos reforços Sistema de Comunicação por Troca de Imagens As 6 Fases Fase 0. Avaliação e preparação dos reforços Fase 1. A Troca Fisicamente Assistida Fase 2. Aumento da Espontaneidade Fase 3.Discriminação de Figuras Fase 4. Estruturação das Frases Fase 5. Resposta à questão “O que é que tu queres?” Fase 6. Respostas e Comentários Espontâneos

Fase 1 - A Troca Fisicamente Assistida Sistema de Comunicação por Troca de Imagens Fase 1 - A Troca Fisicamente Assistida Parceiro comunicativo Ajuda física (co-terapeuta) Criança e parceiro comunicativo sentados frente a frente; co-terapeuta posiciona-se atrás da criança Pedido do reforço

Enfraquecimento da assistência física: Sistema de Comunicação por Troca de Imagens Enfraquecimento da assistência física: Enfraquecimento da incitação para libertação da figura Enfraquecimento da incitação para a agarrar Enfraquecimento da incitação para a entregar

Fase 2 - Aumento da Espontaneidade Sistema de Comunicação por Troca de Imagens Fase 2 - Aumento da Espontaneidade Caderno comunicativo e reforço afastados da criança Criança é incitada a ir junto do caderno comunicativo, retirar a imagem e entregá-la ao adulto Variedade de parceiros comunicativos Ensina-se uma variedade de figuras, apresentadas uma de cada vez Criança deve aprender a procurar as figuras no caderno (categorias)

Fase 3 – Discriminação de Figuras Sistema de Comunicação por Troca de Imagens Fase 3 – Discriminação de Figuras Imagens de itens não preferidos Diferença entre item preferido e item não preferido: o adulto dá à criança o item representativo da imagem trocada Verificações de correspondência a partir da discriminação de 2 - 3 itens: reorganizar a posição das figuras no caderno comunicativo Treino discriminação: Alinhar os itens com as imagens Redimensionar as imagens Utilizar técnicas de imagem

Fase 4 – Estruturação das Frases Sistema de Comunicação por Troca de Imagens Fase 4 – Estruturação das Frases Barra de frases e do símbolo “Eu quero” Criança coloca o símbolo “Eu quero” na barra de frases seguindo-se da imagem do item desejado, retira-a e entrega-a ao adulto Itens visíveis e não visíveis

Fase 5 – Resposta à questão “O que é que tu queres?” Sistema de Comunicação por Troca de Imagens Fase 5 – Resposta à questão “O que é que tu queres?” Criança realiza pedidos espontâneos como resposta à questão “O que é que tu queres?”

Fase 6 - Respostas e Comentários Espontâneos Sistema de Comunicação por Troca de Imagens Fase 6 - Respostas e Comentários Espontâneos A criança deverá responder a: “O que é que tu queres?” “O que é que tu vês?” “O que é que tu ouves?” Esta é, normalmente, a fase mais difícil do PECS… Este é um grande passo que a criança tem que aprender, pelo que… Ela necessita do seu apoio, motivação e paciência

foi desenvolvido por M. Walker e K. Park, em Inglaterra, em 1987. Sistema de Comunicação por Troca de Imagens O PROGRAMA MAKATON foi desenvolvido por M. Walker e K. Park, em Inglaterra, em 1987. programa propõe à criança a introdução de um núcleo de vocabulário básico, introduzido em situações estruturadas de ensino. O vocabulário é ensinado falando e usando gestos, em simultâneo. Em Portugal, os gestos utilizados foram adaptados da linguagem gestual portuguesa (LPG).

Nos estádios iniciais são introduzidos os vocábulos necessários Sistema de Comunicação por Troca de Imagens Nos estádios iniciais são introduzidos os vocábulos necessários para exprimir ideias básicas, O vocabulário MAKATON é, então introduzido em 8 níveis de complexidade, trabalhados individualmente com a criança. Enquanto se introduz o vocábulo, o gesto é trabalhado com a criança, bem como o seu olhar, compreensão e produção do gesto. Desta forma, ela tem a oportunidade de aprender a respeitar também as regras de um diálogo.

Os símbolos MAKATON são extremamente simples, Sistema de Comunicação por Troca de Imagens Os símbolos MAKATON são extremamente simples, de forma a poderem ser facilmente desenhados pelo adulto. Mais tarde, esses símbolos são combinados em pequenas frases, de forma graduada e poderão permitir a associação da palavra escrita e ser utilizados na aquisição da leitura. Associação Portuguesa para as Perturbações do Desenvolvimento e Autismo