Teorias e Técnicas de Comunicação

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Transcrição da apresentação:

Teorias e Técnicas de Comunicação Cultura de massa e Indústria Cultural Mauro Alencar Rede Globo e Universidade de São Paulo

Teorias e Técnicas de Comunicação Cultura de massa – toda cultura produzida para as massas. Indústria Cultural – a cultura passa a ser transformada em mercadoria.

Cultura de massa Por ser produto de indústria de porte internacionacional (e, mais tarde, global), a cultura está ligada intrisicamente ao mercado econômico do capital industrial e financeiro Como conseqüência das tecnologias de comunicação aparecidas no século XX, e das circunstâncias geopolíticas configuradas na mesma época, a cultura de massa desenvolveu-se a ponto de ofuscar os outros tipos de cultura anteriores e alternativos a ela. Antes de haver cinema,rádio e TV, falava-se em cultura popular.A chegada da cultura de massa, porém, acaba submetendo as demais “culturas” a um projeto comum e homogêneo — ou pelo menos pretende essa submissão

Cultura de massa A massificação cultural, para melhor servir o capital, requereu a repressão às demais formas de cultura — de forma que os valores apreciados passassem a ser apenas os compartilhados pela massa. São elas: Cultura Popular A cultura popular, em vez de ser recriminada por ser “de mau gosto” ou “de baixa qualidade” , é hoje deixada de lado quando usado o argumento mercadológico do “isto não vende mais” — depois de ser repetida até exaurir-se de qualquer significado ideológico ou político

Indústria Cultural e consumismo A grande alteração da cultura de massa foi transformar todos em consumidores que, dentro da lógica iluminista, são iguais e livres para consumir os produtos que desejarem. A Massa: A inserção na massa lhe impõe que se vista como os outros, que coma como os outros, que goste do que gostam os outros. Ser,Pensar,agir,estar sempre,obrigatoriamente, "como os outros“ é amoldar-se a esse implacável "deus" chamado "todo mundo".

A massa É renunciar à própria individualidade, trocando-a pelo medíocre "eu coletivo" da multidão. Inserir-se na massa é socializar a si mesmo. A massa é, portanto, o povo degenerado A massa, ao contrário, não passa de um amálgama de indivíduos que não se movem, mas são movidos por paixões. A massa é sempre, e necessariamente, passiva. Ela não age racionalmente e por sua conta, mas se alimenta de entusiasmos e idéias não estáveis. É sempre escrava das influências instáveis da maioria, das modas e dos caprichos que passam. A massa é como a areia movida pelo vento, ou o rebanho nas mãos do pastor. Movem-na apenas veleidades: o dinheiro, a facilidade, o luxo, o prazer, o prestígio. Como animais que temem desgarrar-se do rebanho, os indivíduos que compõem a massa jamais discordam da maioria.

Os meios de comunicação de massa A invenção dos tipos moveis de imprensa, feita por Gutemberg no século XV, marca o surgimento desses meios. Isso não significa porem, que de imediato passe a existir uma cultura de massa: embora o meio inventado pudesse reproduzir ilimitadamente os textos da época, o consumo por ele permitido era baixo e restrito a uma elite de letrados. Primeiro produto da cultura de massa: romance de folhetim contem um dos principais traços caracterizadores dos produtos para as massas, eles não são feitos por aqueles que o consumiam. Outros exemplos: o teatro de revista (forma simplificada e massificada do teatro), a opereta (opera), o cartaz (pintura), etc...

Os meios de comunicação de massa É uma cultura que não vale mais como algo a ser usado pelo individuo ou grupo que a produziu e que funciona, quase exclusivamente, como valor de troca (por dinheiro) para quem a produz. Revolução Industrial, capitalismo liberal, economia de mercado, sociedade de consumo.

Histórico da cultura de massa Era da Eletricidade (fim do século XX) e Era da Eletrônica (a partir da terceira década do século XX) quando o poder de penetração dos meios de comunicação se torna praticamente irrefreável. Por outro lado, a cultura de massa esta ligada ao fenômeno do consumo, o momento de instalação definitiva dessa cultura seria mesmo o século XX, onde o capitalismo de organização (ou monopolista) criara as condições para uma efetiva sociedade de consumo cimentada, em ampla mediada, por produtos como a TV