Mulheres e Aids: Desafios para os Serviços de Saúde São Paulo, 27 de Julho de 2001 Apoio: Ministério da Saúde - Coordenação Nacional de DST e Aids.

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
OFICINA Sinalizando a Saúde para Todos HIV/AIDS e pessoas com deficiência Rio de janeiro, 2005 Objetivo Geral Contribuir para a construção de kit com.
Advertisements

Assistência a Saúde da Mulher
Saúde e Prevenção nas Escolas - SPE
POLÍTICAS DE SAÚDE em Atenção à Criança e ao Adolescente
Política de Atenção Integral à Saúde da Mulher.
Ministério da Saúde IMPLANTAÇÃO DO TESTE RÁPIDO COMO DIAGNÓSTICO DA INFECÇÃO PELO HIV Programa Nacional de DST/AIDS Programa Nacional de Controle da Tuberculose.
Teste rápido – HIV, Sífilis e Hepatites B e C
PEP Sexual Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais
DTS/Aids/Hepatites Virais
Saúde e Prevenção nas Escolas
Atuação do nutricionista no Sistema Único de Saúde
NOB SUS 01/96 Inovações: Implantação de valor per capita para financiamento das ações de atenção básica (PAB): reversão da lógica de alocação de recursos,
Intersetorial Micro Área Sousas. A participação do Centro de Saúde Sousas teve início em 2003, quando os serviços da região (OGs e ONGs) passaram a elaborar.
REDE DE ATENÇÃO A SAÚDE DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA NO ESTADO DO TOCANTINS
PLANEJAMENTO REPRODUTIVO NA SMS - SP
ESTRUTURA E FUNÇÃO SOCIAL.
FUNÇÕES DENTRO DA EQUIPE DE SAÚDE DA FAMÍLIA
Informe ENCONTRO PARA ESCOLAS PROMOTORAS DE SAÚDE Junho de 2013 Secretaria de Estado da Saúde de Alagoas Superintendência de Vigilância a Saúde Diretoria.
POLÍTICA NACIONAL DE PROMOÇÃO DA SAÚDE
FIQUE SABENDO de novembro a 1º de dezembro
Saúde e Prevenção nas Escolas - SPE
ACONSELHAMENTO EM DST, HIV AIDS E HEPATITES VIRAIS
TECNOLOGIAS DE GESTÃO DO CUIDADO EM SAÚDE
SUPERINTENDÊNCIA DE POLÍTICAS DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE
Seminário “Instituições de Longa Permanência para Idosos” POLÍTICAS PUBLICAS PARA IDOSOS: EXPERIENCIA DO PARANÁ DENISE RATMANN ARRUDA COLIN Coordenadora.
RENAST Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador
Ações e Atividades do Enfermeiro nos Programas de Assistência à Mulher
Caderneta da Gestante MINISTÉRIO DA SAÚDE
Objetivo Geral Promover a qualidade de vida, bem-estar e autonomia da gestante através de ações multidisciplinares. Troca de experiências e informações.
Programa Saúde na Escola Ministério da Educação
ESF Integralidade da assistência
Bom dia. Obrigado pelo convite
Ações e Atividades do Enfermeiro nos Programas de Assistência à Mulher
SAÚDE MATERNO INFANTIL
PROMOÇÃO DO PARTO NORMAL NA SAÚDE SUPLEMENTAR
Núcleos de Apoio à Saúde da Família - NASF   GABINETE DO MINISTRO Portaria Nº 154, de 24 de janeiro de 2008.
DST/Aids e Rede Básica : Uma Integração Necessária
ATENÇÃO A SAÚDE DA CRIANÇA MUNICÍPIO DE CASCAVEL
Atenção: Recomendamos o material a seguir apenas com o objetivo de divulgar materiais de qualidade e que estejam disponíveis gratuitamente. Profª. Drª.
Secretaria Municipal de Saúde Programa Municipal de DST/Aids
CADASTRO DOS MUNICÍPIOS, MONITORAMENTO E DESAFIOS !
PANORAMA DA REDE MATERNA Área Técnica da Saúde da Mulher
Projeto Criança Exposta ao Vírus HIV em São José
SAÚDE REPRODUTIVA DAS PESSOAS QUE VIVEM E CONVIVEM COM HIV
Saúde da Mulher Ações de 2010 e planejamento para 2011
Estratégia de Saúde da Família
UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO
PROPOSTAS PARA A SUSTENTABILIDADE DAS AÇÕES DE PREVENÇÃO Fala, Comunidade 7! Dezembro de 2006.
UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO - UNINOVE
Programa Estadual de DST/Aids SP Paula de Oliveira e Sousa
FACULDADE DE TECNOLOGIA E CIENCIAS
Orientações Básicas e Agenda Integrada
PROMOÇÃO, PREVENÇÃO E PROTEÇÃO
VIGILÂNCIA EM SAÚDE.
Programa de atenção a saúde do Adolescente
O OLHAR DO VISITADOR NO DIAGNÓSTICO PRECOCE DAS DEFICIÊNCIAS.
Secretaria de Saúde do Estado do Ceará Coordenadoria de Promoção e Proteção à Saúde Núcleo de Prevenção e Controle de Doenças ACESSO UNIVERSAL NA ATENÇÃO.
Uma Abordagem Interdisciplinar no Tratamento à Dependência Química:
REFERÊNCIA E CONTRARREFERÊNCIA
ATUAÇÃO DE PSICÓLOGOS NO CRAS
A atenção primária a saúde diz respeito à trabalhar para promover saúde, informando à população sobre hábitos e atitudes que podem favorecer a manutenção.
MINISTÉRIO DA SAÚDE SECRETARIA DE ATENÇÃO A SAÚDE
CRIAÇÃO DO NASF.
ASSESSORIA TÉCNICA. - Consiste em um conjunto de estratégias técnico-metodológicas (de articulação e mobilização social e de instrumentalização das equipes.
Dra Hedi Martha Soeder Muraro
Serviço Social no IPQ Implantado em 1971; Atualmente: 7 Assistentes Sociais; (16 em 1985). Atividades: Entrevistas na Triagem; Grupos de Admissão; Grupos.
Violência Sexual Em agosto de 2013, o governo brasileiro publicou a Lei considerando violência sexual como qualquer forma de atividade sexual não.
Ações Necessárias Hospitais
Transcrição da apresentação:

Mulheres e Aids: Desafios para os Serviços de Saúde São Paulo, 27 de Julho de 2001 Apoio: Ministério da Saúde - Coordenação Nacional de DST e Aids Programa Estadual de DST/AIDS-CRT/SP Merck Sharp & Dohme

Vulnerabilidade e Cuidado às Mulheres Vivendo com HIV/Aids Iniciativas para a Melhoria do Cuidado Oferecido às Mulheres que Vivem com HIV/Aids Recomendações do ECI/Brasil

Discussão e disponibilidade de métodos de prevenção Recomendações Recomendações aos Programas de Saúde Integrar as ações do Programa de DST/Aids às do Programa de Saúde da Mulher. Sensibilização para vulnerabilidades e riscos de exposição ao HIV e outras Doenças Sexualmente Transmissíveis Discussão e disponibilidade de métodos de prevenção Diagnóstico precoce da infecção pelo HIV e seguimento de saúde adequado

Fortalecer as ações de aconselhamento nos diversos momentos do cuidado Recomendações Recomendações aos Programas de Saúde Fortalecer as ações de aconselhamento nos diversos momentos do cuidado Necessidade de aconselhamento pré-teste e pós-teste, em especial nas situações de rastreamento sorológico (bancos de sangue/leite, assistência pré-natal e parto) Articulação de testagem e aconselhamento com as diversas modalidades assistenciais à Saúde da Mulher, visando facilitar a identificação e o encaminhamento a serviços especializados

Recomendações Recomendações aos Serviços Especializados Oferecer espaços de discussão e troca de experiências entre pacientes vivendo com HIV/Aids - abordar dúvidas, dificuldades e interesses quanto a: Prevenção secundária e manejo da infecção e adoecimentos Significado dos testes laboratoriais de acompanhamento evolutivo da infecção (CD4 e carga viral) Contracepção e gravidez Questões relativas à sociabilidade: relações amorosas, família, trabalho, convívio social, etc.

Recomendações Recomendações aos Serviços Especializados Estimular a formação de equipe multiprofissional Estabilidade de equipes e profissionais em suas funções Estabelecimento de vínculo paciente-equipe Discussão e planejamento do trabalho entre os diversos profissionais da equipe para atuação integrada e consistente Incorporação da atenção à saúde bucal, atenção psicossocial e apoio nutricional à assistência integral

Recomendações Recomendações aos Serviços Especializados Garantir a integração das ações programáticas mesmo no âmbito dos serviços especializados Amplo espaço de discussão sobre sexualidade e direitos reprodutivos Participação efetiva de ginecologista na equipe multiprofissional Estímulo ao vínculo estreito paciente-ginecologista Disponibilidade de informação, discussão e acesso a métodos contraceptivos adequados

Enfatizar a prevenção secundária e a contracepção Recomendações Recomendações aos Serviços Especializados Enfatizar a prevenção secundária e a contracepção Incentivo ao uso e disponibilidade de preservativos como método contraceptivo de escolha. O uso concomitante de contraceptivos de alta eficácia pode ser indicado com a finalidade de dupla proteção Disponibilidade de preservativos para a mulher soropositiva nas unidades especializadas. O preservativo feminino também deve estar disponível como alternativa para os casais. Incorporação efetiva e contínua da dispensação do preservativo a uma estratégia de aconselhamento e discussão abrangente e sensível

Recomendações Recomendações aos Serviços de Pré-Natal Priorizar a avaliação do estado sorológico Priorização do processamento laboratorial dos testes anti-HIV Teste para todas as gestantes, a qualquer época de início do pré-natal Teste rápido deve ser considerado no caso de gestantes que iniciem o pré-natal após 28 semanas de gestação. Encaminhamento das gestantes com sorologia positiva para unidade de referência em atendimento a DST/Aids.

Estabelecimento de referência para maternidade durante o pré-natal. Recomendações Recomendações aos Serviços de Assistência ao Parto e Puerpério Criar uma rotina de cuidados com HIV/Aids no ambiente de assistência ao parto Estabelecimento de referência para maternidade durante o pré-natal. Busca ativa, na admissão às maternidades, de informação sobre o estado sorológico para o HIV (por pergunta direta à gestante ou através da carteira da gestante). Sugere-se que esta informação passe a constar do livro de parto das maternidades.

Recomendações Recomendações aos Serviços de Assistência ao Parto e Puerpério Adequar tecnicamente a intervenção médica no parto Abandono de procedimentos invasivos sem evidência de benefícios Escolha da via de parto segundo recomendações técnicas vigentes. Prescrição de AZT IV em todos os casos sem contra-indicação. A Nevirapina, via oral, também deve ser fornecida quando indicado. A gestante, parturiente ou puérpera soropositiva não deve ser isolada das outras mulheres em função de seu estado sorológico.

Recomendações Recomendações aos Serviços de Assistência ao Parto e Puerpério Otimizar o cuidado à mulher e seu filho após o parto Interrupção o mais precoce possível da lactação, sempre com a concordância da mulher, com assistência psicológica, disponibilização de drogas inibidoras da lactação e fornecimento da fórmula infantil para alimentação da criança. Orientação adequada à mãe sobre a administração de AZT ao filho Referência imediata da mãe e da criança, à saída da maternidade, para unidades especializadas. Notificação à Vigilância Epidemiológica, em todos os níveis de atenção.

Recomendações Recomendações para o Aprimoramento das Ações de Aconselhamento Favorecer uma cultura de acolhimento e atenção às necessidades e valores das mulheres vivendo com HIV/Aids Espaço para discussão sobre sexualidade e direitos reprodutivos Respeito aos desejos dos clientes e suporte possível às suas decisões Rompimento do silêncio sobre sexualidade e direitos reprodutivos das mulheres vivendo com HIV/Aids Privilégio de estratégias que favoreçam a interação e a reflexão nas práticas de aconselhamento, com estímulo à participação dos parceiros nas discussões sobre sexualidade e reprodução

Recomendações Recomendações para o Aprimoramento das Ações de Aconselhamento Fazer avançar técnica e politicamente as práticas de aconselhamento e atenção psicossocial Formulação de diretrizes nacionais para as ações de atenção psicossocial, com participação de serviços, universidades e usuários Capacitação das equipes para cuidados relativos à sexualidade Supervisão continuada das equipes quanto ao aconselhamento Elaboração de normas técnicas - consensos Edição sistemática de material escrito para apoio e atualização das atividades de aconselhamento

Recomendações Recomendações Relativas aos Direitos Humanos Capacitar os serviços a respeitar e promover os Direitos Humanos no Cuidado a Mulheres Vivendo com HIV/Aids Criação ou fortalecimento de mecanismos de controle social Desenvolvimento de ambiente de acolhimento no momento da entrega de resultados da sorologia anti-HIV Respeito estrito à confidencialidade do teste Garantia de acesso a informações precisas e em linguagem adequada, que considerem a diversidade sócio-cultural Garantia de acesso pleno e equânime a recursos preventivos, terapêuticos e à atenção psicossocial

Recomendações Recomendações Relativas aos Direitos Humanos Facilitar a Criação de uma Rede Intersetorial de Ações no Cuidado às Mulheres Vivendo com HIV/Aids Articulação de ONGs e OGs para promoção de programas de ajuda mútua no campo da educação e inserção profissional Identificação e articulação a programas de moradia popular, bolsa-escola e renda mínima, onde eles estiverem disponíveis Ampliação e consolidação de redes de direitos humanos em HIV/Aids, como a promovida pela CN-DST/Aids Estabelecimento, a partir dos serviços de saúde, de rotinas de referência para assistência jurídica contra a violação de direitos.