As abelhas operárias apresentam a habilidade de desopercular e remover as células com crías atacadas por Cria Pútrida Americana ( Paenibacilus larvae) ou outras doenças de crías e parasitas como o ácaro Varroa destructor.

Controle biológico da doença das crías por meio do Comportamento Higiênico:  A remoclão de larvas doentes sem esporos (antes de ter consistência filamentosa)  As abelhas não se contaminam  Não transmitem os esporos para crías sadias

Cria Pútrida Americana (AFB) Prova do palito Quadro com crías falhadas ou saltadas Consistência filamentosa da cria doente Opérculos perfurados Esporas do Paenibacillus larvae Escamas

u =desoperculador e r= removedor Comportamento Higiênico=CH Segundo Rothenbuhler (1964) o CH é geneticamente controlado por dois pares de genes recessivos: u =desoperculador e r= removedor GENOTIPOS FENOTIPOS uu / rr Abelhas higiênicas U - / R- Abelhas não higiênicas Novas hipóteses :Moritz , 1988 y Kefuss et al. (1996) . GRAMACHO (1999) apresentou a hipótese de tres pares de genes recessivos para explicar o Comportamento Higiênico das abelhas: genes u1 e u2 para a desoperculação e r para a remoção. A abelha higiênica teria o seguinte genótipo: u1 u1, u2 u2 / r r

-A abelha higiênica fazendo a remoção da cría morta Abelha Higiênica: u1u1u2u2/ rr segundo GRAMACHO (1999) -A abelha higiênica fazendo a remoção da cría morta

Como pode ol Apicultor aplicar o Comportamento Higiênico ?  Fazendo o diagnóstico das colmeias quanto ao Comportamento higiênico ‚ Fazendo seleção das colmeias mais higiênicas

Diagnóstico das colônias:  Método de Congelamento de crías (Gonçalves e Kerr, 1970, Message, 1979, Moretto, 1993)  Método de Perfuração de crías Newton e Ostasiewski (1986), Gramacho e Gonçalves, 1994 ( Método utilizado por nossa equipe desde 1994 )

Seleção das colônias de um Apiário:  Classificação das colônias  Colônia higiênica: CH  90% (média de 2 testes) As abelhas de una colônia devem limpar ou remover 90% ou mais das crías mortas , doentes ou danificadas , em menos de 24 horas depois da perforação ou congelamento das crías.  Recomenda-se a identificação de todas as colônias higiênicas e não higiênicas do apiário

Estimativa do comportamento higiênico =CH Teste do Comportamento Higiênico 1. Cálculo do fator de correção = Z (Moretto, 1993) limpeza natural = % de células limpas no controle 2. Estimativa do comportamento higiênico =CH CH = CV (após 24 horas) - CV (0 h) x 100 - Z CO ( 0 hora) CV = número de células vazias CO = número de células operculadas antes da perfuração Z = fator de correção

Na parte superior colmeia Higiênica.Na parte inferior colmeia não Higiênica ( Não há genes para a remoção )

Colônia AHB não higiênica (RN) QUADRO DE CRIA OPERCULADA DE COLÕNIA NÃO HIGIÊNICA. Não apresenta genes para remoção

Importância do estudo do comportamento higiênico (CH) das abelhas Realização de programas de melhoramento genético e seleção de abelhas resistentes a doenças de crias e a praga varroatose  substituindo os tratamentos com acaricidas por seleçao massal ou utilizando cruzamentos para obter operárias higiênicas. Aprofundamento nos estudos sobre as causas da variabilidade dp CH; estudo das variáveis que interferem neste comportamento; optimização do método de avaliação deste comportamento.

Sensilla Receptoras Sinal ou estímulo Percepção do sinal ou estímulo por um órgão sensorial (antenas) Sinal ou estímulo Cérebro de la Abeja conecçón entre o orgáo sensorial e o sistema nervoso Reação Comportamental Celulas nervosas

Eliminaçao do foco infeccioso ATIVIDADES FATORES Temperatura Vibraçao Som Luz Nível de atuaçao ”Sinais” Celula operculada (CO) Inspecçao Estructuras Sensoriais Estímulos Físicos  Crias mortas, doentes ou danificadas Não-detecçao Detecçao CO2 Feromonios Odor  Celula operculada (CO) Não-Marcaçao Marcaçao Químicos Nao Desoperculaçao Pontuaçao(CP)  Opérculo Re- Operculacao (CO) desoperculaçao) Selección  Crias Remoçao parcial (CRP) Remoçao=Limpeza Comp. Higiénico(CV)  Eliminaçao do foco infeccioso Da colmeia = Controle Biológico Gramacho (1999)

F = G + A + G/A  O que é fenótipo?  Como se muda o fenótipo? Uma característica morfológica, fisiológica o comportamental = FENOTIPO (F)  O que é fenótipo? F = G + A + G/A Interação entre herança (G=genótipo) + meio ambiente (A)  Como se muda o fenótipo? Mudando o “G”, “A” ou ambos 15 14

ETAPAS DE UM PROJETO DE MELHORAMENTO INSTALAÇÃO DE APROXIMADAMENE 200 COLMEIAS DE ABELHAS AFRICANIZADAS INSPECÇÃO DAS COLÔNIAS PARA AUSÊNCIA DE DOENÇAS, CONTROLE DE RAINHA E POSTURA ETC. TESTES DE COMP. HIGIÊNICO , AREA DE CRIA, PRODUTIVIDADE, ENXAMEAÇÃO, AGRESSIVIDADE, ETC. CRIAÇÃO DE ÍNDICES DE SELEÇÃO PARA MATRIZES FORMAÇÃO DO BANCO DE RAINHAS SELECIONADAS PRODUÇÃO DE RAINHAS PARA FORNECIMENTO AOS APICULTORES

 O n0 de colmeias deve ser superior a 20 para se  Determinação do n0 de colmeias de um apiário   Seleção massal da linhagem higiênica Exêmplo: Apiário com 500 colmeias . Seleção das 50 mais higiênicas = 10%  O n0 de colmeias deve ser superior a 20 para se  evitar consanguinidade produção de zangões diplóides que normalmente surgem com a homozigose dos alelos sexuais que são 20  Para a seleção: ter boa quantidade de material biológico (100-500colmeias) e boa variabilidade genética quanto a característica a selecionar. Os cruzamentos podem ser naturais ou instrumentais.

Aparelho de Inseminação Instrumental Modelo Gonçalves 2001

Micro Seringa para múltiplas inseminaçoes (Francoy & Gonçalves, 2002)

Colônia com tendência enxameatória deve ter a rainha eliminada nos programas de melhoramento.

OBRIGADO Prof.Dr.Lionel Segui Gonçalves UFERSA Mossoró-RN E-mail: lsgoncal@usp.br

Governo do Estado do Rio Grande do Norte AGRADECIMENTOS Governo do Estado do Rio Grande do Norte