Paradigmas
PARADIGMA Etimologia – do latim tardio paradigma, derivado do grego, paradéigma. Significa modelo, padrão (século XVIII).
Paradigma pode ser entendido como um conjunto de concepções que, em determinado momento histórico, é eficiente, gerando um princípio organizador que governa a própria percepção de uma vasta área da realidade.
Ao longo da História da Arquitetura, é possível identificar 4 (quatro) situações paradigmáticas, quais sejam: SITUAÇÃO DE NÃO-PARADIGMA – momentos que não configuraram um paradigma, devido ao isolamento e fragmentação geográfica. SITUAÇÃO DE PARADIGMA MÚLTIPLO – momentos que denotam a coexistência de várias concepções, sem que haja qualquer predominância. SITUAÇÃO DE PARADIGMA DUAL – momentos de transição, em que há coexistência entre um paradigma em declínio e um paradigma em formação. SITUAÇÃO DE PARADIGMA DOMINANTE – é o momento de predominância de um paradigma.
PERÍODO SITUAÇÃO PARADIGMÁTICA PARADIGMA ATÉ SÉCULO XI P. DOMINANTE CLÁSSICO ROMANO SÉC.XI MULTIPARADIGMA VÁRIAS ESCOLAS (lombarda, normanda, etc.) SÉC. XII-XIV GÓTICO SÉC. XV P. DUAL GÓTICO/RENASCENÇA SÉC. XV-XIX RENASCENÇA (fisicista) – sistema daqueles que explicam o universo pela relação das forças físicas SÉC. XIX FISICISTA E RACIONALISTA (funcionalista) SÉC. XX (1ª metade) FUNCIONALISTA SÉC. XX (2ª metade) PÓS-FUNCIONALISTA – (romantismo, historicismo, tardomodernismo, contemporaneidade) SÉC. XXI ?
PONTOS IMPORTANTES MODERNISMO P. DOMINANTE (ANOS 30 A 50) PÓS-MODERNO PARADIGMA DUAL / MULTIPARADIGMA (50–80) DECONSTRUÇÃO ANOS 80-90 MEIO-AMBIENTAL ARQUITETURA E MEIOAMBIENTE ORIGEM DA FORMA FUNÇÃO HISTÓRIA, CONTEXTO, MEMÓRIA DEFORMAÇÃO CONJUGAÇÃO MÁQUINA / HOMEM / INFORMAÇÃO CONTEÚDO MÁQUINA – FÉ NO PROGRESSO DÚVIDA NA “RAZÃO” – HOMEM (CULTURA) REVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO E CIRCULAÇÃO DAS INFORMAÇÕES CAPACIDADE DE INTEGRAÇÃO HOMEM/NATUREZA LINGUAGEM ABSTRACIONISMO ANALÍTICA/RECUSA DO ORNAMENTO FIGURATIVO/VOLTA DO ORNAMENTO ABSTRACIONISMO DISTORCIDO REGIONALISMO ORGANIZAÇÃO ESPACIAL CONTRASTE / LIBERDADE /ASSIMETRIA COMPOSITIVA SIMETRIA E TIPOLOGIA ASSIMETRIA LIBERDADE COMPOSITIVA RELAÇÃO COM A CIDADE CONTRASTE OU ELIMINAÇÃO DO PRÉ-EXISTENTE BUSCA DE RELAÇÃO/ASSIMILAÇÃO/CONTRASTE/SENTIDO DE LUGAR ORGANIZAÇÃO URBANA COMO BASE DA DISTORÇÃO RECUPERAÇÃO AMBIENTAL LEMA/MOTE RUPTURA TRADIÇÃO LEITURA CRÍTICA DA MODERNIDADE CONHECIMENTO
Conjunto habitacional Pruitt-Igoe (1955) St. Louis, EUA Arq. Minoru Yamasaki (autor do projeto do World Trade Center, destruído em 2001) 33 prédios idênticos, com 11 pavimentos: moradia para 2.764 famílias
Pruitt-Igoe Implosão em 1972
Michael Graves – Edifícios ministeriais Haia, Holanda
Robert Venturi e Denise Scott
Contexto do pós-modernismo 1965: ano que é entendido, nas análises, como divisor de águas Acontecimentos: - Desaparecimento, entre 1965 e 1969, de alguns mestres do Movimento Moderno, Le Corbusier, Mies van der Rohe, Walter Gropius. Descontentamento dos habitantes das áreas sujeitas aos planos modernistas. Questionamento relativo ao progresso e ao desenvolvimento, proteção do meio ambiente e enfoque científico da ecologia. Movimentos estudantis: busca de ideologias alternativas (1968) Governantes pressionados a admitir a participação popular na elaboração de planos
1- Arquitetura Pop (Guild House, Robert Venturi, 1961) 2- Neopurismo (High Museum of Art of Atlanta, Richard Meyer, 1980) 3- Arquitetura Racional (Conjunto Gallaratese, Aldo Rossi, 1969) 4- Historicismo Abstrato (Assembléia Nacional de Dacca, Louis Kahn, 1962-74
5- Revivalismo (Palácio de Abraxas, Ricardo Bofill, 1979-83) 6- Regionalismo Crítico (Catedral de Evry, Mario Botta, 1994) 7- Fantasias (Supermercados BEST, Grupo SITE, 1984) & Fiat Lux, já sabemos o que é pós-moderno (A criação de Adão, Michelangelo).
Plaza d’Italia, New Orleans, Charles Moore, 1978-79
Maggie’s Center, Centro de Apoio às pessoas com câncer, Charles Jencks
Garden of Cosmic Speculation, Charles Jencks
Portland Building Commentary, Portland,Oregon, Michael Graves
WCMA’s atrium, Charles Moore
Antígone, Ricardo Bofill, 1979-1983 Tipologia: complexo residencial Localização: França / Languedoc-Roussillon / Montpellier
A utopia vanguardista dos anos 60 – Grupo Archigram: Warren Chalk, Peter Cook, Dennis Crompton, Davis Greene, Ron Herron e Webb Proposta para as cidade usando megaestruturas inspiradas na cibernética
Louis Kahn Assembléia Nacional de Dacca – Capital de Bangladesh, 1962-1974
Inserção no entorno – Centro Georges Pompidou
Renzo Piano – Richard Rogers
Richard Rogers – Florença (1933)
Palácio da Justiça, Bordeaux, França, 1993-1998 Simboliza a transparência do sistema judiciário
Tribunal Europeu dos Direitos Humanos, Strasbourg, França, 1995
Representação simbólica e mecânica do tema: Complexo articulado de cabeça e corpo onde a cabeça é a parte pública onde funcionam as salas de trabalho das comissões e o corpo contém as divisões administrativas
As duas partes são ligadas por um núcleo de comunicação vertical
Ponte em Glascow – Escócia: Neptune’s Way
Torre de 225m em Londres - 2004 Edifício de escritórios
Cúpula do Milênio, Londres – Área de renovação urbana Complexo para celebrar o novo milênio foi executado em uma ilha artificial.
COOPHIMMELBLAU: Wolf D. Prix Helmut Swiczinsky Wolfdieter Dreibholz
Museu das Confluências – Lyon, França, 2001-2008 The cristal cloud of knowledge
Cobertura Detalhe
A sociedade do futuro será a sociedade do conhecimento: Tecnologia, biologia e a ética são os temas centrais do museu Mutações da forma, penetrações, deformação, simultaneidade, quebras e variedades têm influência na arquitetura A arquitetura resultante é caracterizada pela interação, fusão e mutação de diferentes entidades constituindo uma nova forma
Toyo Ito
Projeto mídiateca em Sendai, Japão, 1995 – “The skin-and-bones” Caixa de vidro favorece não apenas a absoluta transparência, mas também uma exposição da clareza estrutural Torre dos Ventos – Yokohama, Japão, 1986
Nagaoka Lyric Hall: “...na arquitetura moderna nos choca ter que converter nossos tetos tradicionais em tetos planos.”